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SUMÁRIO
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 2
EXERCÍCIOS COMENTADOS ............................................................................................................................... 7
GABARITO .................................................................................................................................................... 22
EXERCÍCIOS
1. (Cespe-Escrivão de Polícia/Polícia Federal/2018) Um servidor público federal
determinou a nomeação de seu irmão para ocupar cargo de confiança no órgão público
onde trabalha. Questionado por outros servidores, o departamento jurídico do órgão
emitiu parecer indicando que o ato de nomeação é ilegal. Considerando essa situação
hipotética, julgue o item a seguir. Sob o fundamento da ilegalidade, a administração
pública deverá revogar o ato de nomeação, com garantia de que sejam observados os
princípios do devido processo legal e da ampla defesa.
Certo ( ) Errado ( )
2. (Cespe-Papiloscopista/Polícia Federal/2018) Pedro, após ter sido investido em cargo
público de determinado órgão sem a necessária aprovação em concurso público, praticou
inúmeros atos administrativos internos e externos. Tendo como referência essa situação
hipotética, julgue o item que se segue. Atos administrativos externos praticados por
Pedro em atendimento a terceiros de boa-fé tem validade, devendo ser convalidados para
evitar prejuízos.
Certo ( ) Errado ( )
3. (Cespe-EMAP/2018) A autorização é ato administrativo vinculado para a administração
pública.
Certo ( ) Errado ( )
4. (Cespe-EMAP/2018) Caso não haja obrigação legal de motivação de determinado ato
administrativo, a administração não se vincula aos motivos que forem apresentados
espontaneamente.
Certo ( ) Errado ( )
5. (Cespe-EMAP/2018) Quando há desvio de poder por autoridade administrativa para
atingir fim diverso daquele previsto pela lei, o Poder Judiciário poderá revogar o ato
administrativo em razão do mau uso da discricionariedade.
Certo ( ) Errado ( )
6. (Cespe-EMAP/2018) Ato do qual autoridade se utilize para atingir finalidade diversa ao
interesse público deverá ser revogado pela própria administração pública, sendo vedado
ao Poder Judiciário decretar a sua nulidade.
Certo ( ) Errado ( )
7. (Cespe-Advogado/EBSERH/2018) Um edital de licitação foi publicado e, em seguida,
foram apresentadas propostas. No entanto, antes da etapa de homologação, o gestor do
órgão licitador decidiu não realizar o certame, sob a alegação de que aquele não era o
momento oportuno para tal. Nessa situação hipotética, ao decidir por não levar a termo
o certame, o gestor praticou ato administrativo de anulação.
Certo ( ) Errado ( )
8. (Cespe-Analista Judiciário/STJ/2018) No caso de vício de competência, cabe a revogação
do ato administrativo, desde que sejam respeitados eventuais direitos adquiridos de
terceiros e não tenha transcorrido o prazo de cinco anos da prática do ato.
Certo ( ) Errado ( )
EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (Cespe-Escrivão de Polícia/Polícia Federal/2018) Sob o fundamento da ilegalidade, a
administração pública deverá revogar o ato de nomeação, com garantia de que sejam
observados os princípios do devido processo legal e da ampla defesa.
Errado.
Se o ato praticado é ilegal, não há que se falar em revogação, mas em anulação.
É só seguir a súmula 473 do STF: “A Administração pode anular seus próprios
atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam
direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os
direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial”.
ANULAÇÃO: EFEITOS EX TUNC, RETROATIVOS;
REVOGAÇÃO: EFEITOS EX NUNC, PROSPECTIVOS.
14. (Cespe- Auditor Estadual de Controle Externo/TCM BA/2018) João, servidor público
ocupante exclusivamente de cargo em comissão, foi exonerado ad nutum pela administração
pública sob a justificativa de falta de verba, motivo que constou expressamente do ato
administrativo que determinou sua exoneração. Logo em seguida, João descobriu que o
mesmo órgão havia contratado outro servidor para substituí-lo, tendo-o investido na mesma
vaga por ele ocupada. Nessa situação, João
a) Poderá reclamar o seu retorno, independentemente do motivo apresentado pela
administração pública para a exoneração.
b) Não poderá reclamar o seu retorno, pois os motivos invocados no ato exoneratório não
se comunicam com a nova investidura do servidor, ainda que para o mesmo cargo.
c) Poderá reclamar o seu retorno em razão da teoria dos motivos determinantes se
comprovar a não ocorrência da situação declarada.
d) Não poderá reclamar seu retorno, pois a teoria dos motivos determinantes somente
poderia ser aplicada nos casos de servidores públicos estáveis.
e) Não poderá reclamar o seu retorno, tendo em vista que os cargos em comissão são de
livre nomeação e exoneração.
Alternativa “C”. Poderá reclamar seu retorno, caso fique evidenciado que o
motivo elencado foi um motivo falso.
O MOTIVO será sempre as razões que justificam o ato.
A MOTIVAÇÃO é a explicação do motivo. No entanto, nem todo ato precisa de
motivação, pois uma vez motivado o ato, ele passa a integrá-lo.
Nesse caso em tela, o cargo em comissão é de livre nomeação e exoneração,
não precisaria motivar o ato. Uma vez motivado o ato, esse deverá ser verdadeiro
de acordo com a Teoria dos motivos determinantes que diz: "Se a motivação for
falsa ou viciada, o ato também será, ocorrendo a nulidade do ato”.
Certo.
A discricionariedade é representada pela margem de liberdade que os
agentes públicos possuem para definir, no caso concreto, qual o melhor conteúdo
para o ato administrativo, conforme análise dos seus motivos. Por exemplo: se a lei
prevê uma sanção de suspensão de um a noventa dias, caberá a autoridade
competente analisar os motivos (a infração do servidor) para definir o conteúdo do
ato (o prazo da suspensão).
Essa margem de liberdade, no entanto, não é ilimitada, já que deve observar o
ordenamento jurídico, ou seja, os limites e os requisitos estabelecidos em lei. Por
exemplo: a autoridade não poderá impor uma sanção acima dos 90 dias; nem poderá
sancionar o servidor sem conceder o direito de defesa.
Além disso, ainda que discricionário, o ato deverá observar a competência
definida em lei. Por exemplo: na Lei 8.112/90, algumas autoridades podem aplicar a
suspensão somente até o prazo de 30 dias; acima desse prazo, outra autoridade terá
a competência para impor a sanção.
Se a autoridade não observar o ordenamento e a competência, podemos dizer
que o ato foi arbitrário. Nas palavras de Celso Antônio, discricionariedade não se
confunde com arbitrariedade.
18. (Cespe-ABIN/2018) Tendo tomado conhecimento de que um ato vinculado possua vício
que o torne ilegal, a administração deve revogar tal ato, independentemente de
determinação do Poder Judiciário.
Errado.
ANULAÇÃO
Ilegalidade
Adm. Púb. (de ofício ou provocado) ou Poder Judiciário (quando provocado)
“Ex Tunc” (RETROATIVA).
REVOGAÇÃO
=> conveniência ou oportunidade.
=> exclusivamente a Adm. Pública.
=> Ex Nunc (NÃO RETROATIVA; PROSPECTIVA).
Não cabe revogação de atos ilegais, os referidos são anulados pela
Administração de ofício ou pelo Judiciário quando provocado.
MUDE SUA VIDA!
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Alternativa “C”.
Essa questão foi para não zerar a prova. A convalidação ocorrerá apenas nos
vícios de competência quando essa não for exclusiva e nos vícios de forma quando
essa não for essencial à validade do ato. Vícios de motivo, objeto e finalidade não
podem ser convalidados.
Alternativa “C”.
A previsão desses elementos está contida na lei de ação popular, Lei nº
4.717/1965.
Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no
artigo anterior, nos casos de:
a) incompetência;
b) vício de forma;
c) ilegalidade do objeto;
d) inexistência dos motivos;
e) desvio de finalidade.
Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ão as
seguintes normas:
a) a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas atribuições
legais do agente que o praticou;
b) o vício de forma consiste na omissão ou na observância incompleta ou
irregular de formalidades indispensáveis à existência ou seriedade do ato;
c) a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violação
de lei, regulamento ou outro ato normativo;
28. (Cespe-CGM João Pessoa PB/2018) Ocorre anulação do ato administrativo quando o
gestor público o extingue por razões de conveniência e oportunidade.
Errado.
Mais uma vez a banca querendo levar o candidato ao erro. Já estudamos nesse
material, exaustivamente quando os atos são anulados e quando podem ser
revogados. Estudamos ainda os efeitos de cada instituto e ainda esmiuçamos a
súmula do STF que embasa toda essa situação. Olha as questões anteriores sobre
esse tema GUERREIRO! “Pra” cima deles!
29. (Cespe-CGM João Pessoa PB/2018) A execução, de ofício, pela administração pública de
medidas que concretizem o objeto de um ato administrativo caracteriza o atributo da
imperatividade.
Errado.
Autoexecutoriedade: os atos administrativos podem ser executados pela
própria Administração Pública diretamente, independentemente de
autorização dos outros poderes. Consiste na possibilidade que certos atos
administrativos ensejam de imediata e direta execução pela própria
Administração, independentemente de ordem judicial; ao particular que se sentir
ameaçado ou lesado pela execução do ato administrativo é que caberá pedir proteção
judicial para defender seus interesses ou para haver os eventuais prejuízos que tenha
injustamente suportado. De acordo com a doutrina majoritária, o atributo da
autoexecutoriedade não está presente em todos os atos
administrativos, mas somente quando a lei estabelecer e em casos de
urgência.
30. (Cespe -Técnico Municipal de Controle Interno/CGM João Pessoa PB/2018) A revogação
produz efeitos retroativos.
Errado.
ANULAÇÃO
Ilegalidade
Adm. Púb. (de ofício ou provocado) ou Poder Judiciário (quando provocado)
“Ex Tunc” (RETROATIVA).
REVOGAÇÃO
=> conveniência ou oportunidade.
=> exclusivamente a Adm. Pública.
=> Ex Nunc (NÃO RETROATIVA; PROSPECTIVA).
33. (Cespe-CGM João Pessoa PB/2018) As multas de trânsito, como expressão do exercício
do poder de Polícia, são dotadas de autoexecutoriedade.
Errado.
A autoexecutoriedade significa que a Administração Pública tem o poder de
executar suas próprias decisões, sem necessidade de autorização prévia do
Judiciário. No caso da aplicação de multa o que se tem é a exigibilidade, na qual a
administração pode exigir que se cumpra sua decisão mediante o emprego indireto
de coação previsto em lei. Aí se enquadra a multa, configurando apenas uma coação
indireta, não possuindo o atributo da autoexecutoriedade.
“Alternativa E”.
Aqui muito cuidado com essa questão, pois o candidato deve focar na doutrina
tradicional, ou seja, os atributos são: “presunção de legitimidade, imperatividade e
autoexecutoriedade”.
GABARITO
1. Errado
2. Certo
3. Errado
4. Errado
5. Errado
6. Errado
7. Errado
8. Errado
9. Errado
10. Certo
11. Certo
12. Errado
13. Certo
14. C
15. Certo
16. Certo
17. Errado
18. Errado
19. Errado
20. Certo
21. Errado
22. Certo
23. Certo
24. Errado
25. Errado
26. C
27. C
28. Errado
29. Errado
30. Errado
31. Certo
32. Errado
33. Errado
34. E
35. B
36. C