Você está na página 1de 7

Botânica

Caderno: Biologia
Criada em: 28/05/2020 12:07 Atualizada … 28/05/2020 22:05
Autor: Marcele Montalvão
URL: http://agromulher.com.br/voce-ja-ouviu-falar-em-seca-fisiologica/

Botânica
Processo de absorção de água do meio externo:

 O transporte de água para dentro da célula vegetal acontece por


duas forças:
A primeira é a pressão negativa gerada pela transpiração, ou
seja, a água da folha evapora e cria um vácuo que puxa a
água do solo pelos vasos condutores da planta como um
canudinho (capilaridade). É um tipo de transporte passivo.
Teoria da coesão-tensão
Mas a planta não poderia ser dependente só desse
fator, pois e quando não houvesse transpiração?
Quando não há transpiração suficiente, devido ao
fechamento dos estômatos nas altas temperaturas do dia,
ou aumento da umidade relativa do ar, a planta gasta energia
para trazer a água por osmose, ou seja, aproveitar a
tendência natural que a água tem de passar de um meio
menos concentrado em elementos químicos (solução do
solo) para um mais concentrado (interior das células da
raiz). A osmose é a segunda força e a mais importante,
porque é a que mantém a planta recebendo água quando o
potencial hídrico está mais baixo, o que ocorre na maior
parte do tempo em nosso ambiente tropical!
E se a osmose é a principal força, baseada no
movimento da água, o que impediria esse movimento?
Justamente a concentração de solutos (ânions e
cátions)!
A osmose é um tipo de transporte ativo - que envolve
gasto de energia - e é favorecida ou desfavorecida por
esse equilíbrio entre solo x células das raízes. Quanto
mais equilibrado, menos a planta tem que gastar
energia, quanto menos equilibrado, mais tem que
gastar!
Se a água da solução do solo estiver mais concentrada
do que dentro da folha, não só vai diminuir o transporte
da água, como a planta terá que gastar mais energia
para trazer os nutrientes para dentro. Com menos água
e gastando mais energia, os sintomas de seca vão
aparecer mais cedo, mesmo havendo água no solo.
Essa é a seca fisiológica!
Existem ocasiões em que os vegetais, mesmo
possuindo muita água ao seu redor, não podem
absorvê-la. Este fenômeno é denominado seca
fisiológica e pode ocorrer nas seguintes
condições:
O meio externo é mais concentrado
(hipertônico) do que o meio interno. Isto
ocorre por excesso de adubo ou em
ambientes altamente salinos;
Em temperaturas muito baixas;
Em locais onde o excesso de água expulsa
o Oxigênio do solo;
Na presença de substâncias tóxicas no solo.
Processos que ocorrem na planta e que são
responsáveis pela subida da seiva bruta da raiz até as
folhas:
Lá na raiz ocorre primeiramente uma absorção
ativa de sais, a raiz fica hipertônica e a água entra
nas células por osmose (um processo passivo,
sem gasto de energia). A entrada de água com os
sais gera a pressão de raiz, que empurra a seiva
para cima pelos vasos lenhosos.
A subida da água pelo corpo da planta ocorre
graças ao fenômeno da capilaridade. Assim, as
moléculas polares da água aderem à superfície
interna dos vasos lenhosos. Ao mesmo tempo, as
moléculas de água realizam pontes de hidrogênio
entre si, formando um “fio” de água coeso no
interior da planta.
Quando os estômatos se abrem lá nas folhas,
ocorre perda de água, fenômeno conhecido como
evapotranspiração. Essa perda de água estimula
que o “fio” de água suba. Neste momento a
adesão somada à coesão da água favorecem que
mais moléculas de água sejam puxadas, umas
pelas outras, para cima. Isso constitui a pressão
de sucção pelas folhas.
Os vasos lenhosos são células mortas e ocas que
se comunicam entre si, permitindo a passagem
da seiva bruta.
OBS.: Estômatos:
São estruturas encontradas na epiderme dos
órgãos aéreos das plantas. O maior número de
estômatos aparece nas folhas, mas também
são encontrados nos caules, flores e frutos. Em
relação à localização dos estômatos, as folhas
podem ser classificadas em três tipos:
epiestomáticas, hipoestomáticas e
anfiestomáticas. As folhas mais comuns são
aquelas que apresentam estômatos nas duas
epidermes (anfiestomáticas).
Dispersão de frutos e sementes:
A dispersão de frutos e sementes é um mecanismo importante
para as plantas, uma vez que permite a colonização de novas
áreas.
A dispersão natural pode ocorrer com ou sem ajuda de
agentes externos.
Quando a planta espalha sua semente sem a ajuda de
nenhum elemento, dizemos que ela realiza autocoria.
Outras plantas, no entanto, necessitam de agentes
dispersantes, que podem ser seres vivos ou não.
As plantas que possuem frutos e sementes leves
dispersam essas estruturas através do vento
(anemocoria). Além de leves, essas estruturas
podem apresentar adaptações, tais como alas e
pápus plumoso, que facilitam o transporte.
Além do vento, a água também pode ser
considerada um agente dispersor. Quando frutos
e sementes são dispersados pela água, dizemos
que ocorreu uma hidrocoria. Para que esse
processo ocorra, os frutos e sementes devem
possuir adaptações que permitam a flutuação.
Os frutos e sementes também podem ser
dispersados por animais. Nesse caso, a dispersão
recebe o nome de zoocoria e pode ocorrer de
três formas principais:
Ingestão do fruto e liberação da semente
(endozoocoria)
Transporte do fruto e semente de forma
consciente (sinzoocoria)
Transporte de fruto e semente
acidentalmente (epizoocoria)
A endozoocoria e a sinzoocoria estão muito
relacionadas com os frutos carnosos e coloridos,
uma vez que, nesses casos, o animal está
normalmente procurando uma forma de
alimentar-se.
Já a epizoocoria normalmente não está associada
à alimentação, e sim às estruturas que fazem com
que frutos e sementes prendam-se ao corpo do
animal. Nesse caso, são comuns frutos e sementes
com ganchos, espinhos e cascas adesivas, que se
fixam facilmente.
Hormônios Vegetais
Auxina:
A auxina é um importante hormônio vegetal que atua
regulando o crescimento e desenvolvimento da planta.
Esse fitormônio atua inibindo o crescimento das gemas
laterais e promovendo a dominância apical.
Isso pode ser percebido ao podarmos uma planta.
Se cortarmos o seu ápice, ela passará a
desenvolver os ramos laterais, uma vez que a
dominância apical foi quebrada. Se na planta
podada for aplicada auxina, as gemas laterais
serão novamente inibidas.
Outra função importante da auxina diz respeito ao
fototropismo, um curvamento da planta em direção à
luz. A auxina migra para a região onde não há
iluminação e promove o alongamento dessas células,
fazendo com que a planta se curve em direção à luz.
Fototropismo
O fototropismo é um crescimento que ocorre
em resposta à luz. Essa é uma importante
capacidade do vegetal, pois a luz é
necessária para processos essenciais
realizados pela planta, tais como a
fotossíntese e a floração.
No fototropismo, observamos uma curvatura
do caule devido a uma distribuição
desproporcional do hormônio auxina, que
provoca o alongamento das células do lado
não sombreado. Esse alongamento faz com
que o caule se curve em direção ao
estímulo.
Nessa figura, percebemos a migração da
auxina e a curvatura proporcionada pelo
aumento das células do lado não iluminado.
A redistribuição da auxina é mediada por
um fotorreceptor.
A auxina também atua no gravitropismo, que é uma
resposta à gravidade.
Etileno:
O gás etileno é produzido em vários tecidos vegetais, e
sua síntese está relacionada com a resposta a algum
fator estressante. Esse hormônio é produzido
especialmente em locais que sofrem o processo de
envelhecimento ou amadurecimento.
Os efeitos do etileno são variados;
Amadurecimento de frutos
Senescência (envelhecimento) de flores e folhas
e a abscisão (queda) de folhas e frutos.
Outra função que pode ser atribuída ao etileno é
a determinação do sexo de flores de algumas
espécies de plantas, como as da família
Cucurbitaceae. Nessa família, o etileno aumenta
a quantidade de flores femininas nos indivíduos.
Adaptação das plantas ao contra a perda de ágia:
Cutícula
A parede das células epidérmicas apresenta cutina,
principalmente nas partes aéreas da planta, como as folhas.
A cutina é um composto de lipídios, impermeável à água,
que se encontra impregnada às paredes epidérmicas ou se
apresenta como camada separada, denominada de cutícula,
na superfície da epiderme.
Pilosidade densa
Na superfície das plantas podem ocorrer apêndices de
origem epidérmica, comumente denominados tricomas,
muito variáveis na sua estrutura e de valor diagnóstico para a
taxonomia. Como apresentam grande variedade de formas,
podem ser classificados de diversas maneiras. São
classificados em tectores (não glandulares) e glandulares.
Os tricomas tectores possuem função protetora, evitando a
transpiração excessiva.
Posição dos estômatos na folha
Nas folhas, os estômatos podem ser encontrados apenas na
face superior (adaxial), sendo a folha classificada como
epiestomática, como ocorre na folha da ninféia e outras
plantas aquáticas flutuantes ; somente na face inferior
(abaxial), sendo a folha classificada como hipoestomática; ou
ocorrer em ambas as faces e sendo denominada de folha
anfiestomática
Estômatos afundados na epiderme e oculto em criptas
Os estômatos estão relacionados com a entrada e saída de
ar no interior dos órgãos em que se encontram ou, ainda,
com a saída de água na forma de vapor. São encontrados
freqüentemente nas partes aéreas fotossintetizantes,
principalmente nas folhas, e podem também ser
encontrados, em menores quantidades, nos pecíolos, caules
jovens e partes florais.
Suculência
Algumas espécies apresentam um tecido especializado no
armazenamento de água, no caule ou folhas, como nas
Cactaceae, e em folhas e raízes de plantas epífitas e
xerófitas.
Espinescência
Caules suculentos não só armazenam muita água, como
serve também de órgão assimilador pela superfície bem
verde, ao passo que as folhas são suprimidas ou reduzidas,
existindo no seu lugar só alguns feixes de espinhos
Plantas de cerrado têm cascas grossas com sulcos e fendas, que
permitem maior proteção ao fogo e à dissecação.
Sulcos e fendas são regiões onde podem ser
encontradas estruturas denominadas lenticelas, que
auxiliam nas trocas gasosas evitando parcialmente a perda
de água.
Os caules das árvores do cerrado são tipicamente tortos.
Isso ocorre porque o fogo impede o crescimento de caules
retilíneos (ou monopodiais), à medida que provoca a morte
de gemas terminais. Com o brotamento das gemais
laterais, responsáveis pelo crescimento lateral, o caule
acaba tomando o aspecto tortuoso.
As folhas das plantas do cerrado são tipicamente estreitas (com
menor área de evapotranspiração e, consequentente, menor perda
de água). Porém a textura das folhas não é membranácea, pois
tal textura, mais delgada e com menos
células colenquimais/esclerenquimais, permitiria maior
evapotranspiração de água, o que não é adequado em um
ambiente de escassez hídrica.
Gemas apicais são estruturas frágeis e ainda em formação, com
tecidos ainda muito delgados que potencialmente podem perder
muita água. Tal processo pode ser evitado pela presença de pêlos
(tricomas) que aumentam a umidade circundante e diminuem a
evapotranspiração.
Pilosidade: A presença de tricomas é uma adaptação
importante, pois, eles, além de atuarem na defesa da planta
contra herbivoria, atuam diminuindo a perda de água por
transpiração e diminuem a incidência luminosa na planta.
As raízes das plantas do cerrado são profundas e subterrâneas, o
que permite que tais raízes atinjam o lençol freático.
Planta lenhosa, ou simplesmente lenhosa, é a designação dada às
plantas que são capazes de produzir madeira como tecido de
suporte dos seus caules.

Você também pode gostar