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2º Simulado
UNESP 2021
SOCIOLOGIA
Questão 48
Diferentemente das sociedades anteriores ao surgimento do capitalismo, nas quais a técnica
empregada no processo de produção dos bens, dos serviços e das mercadorias
permaneceram as mesmas durante séculos, em nosso tempo – na Contemporaneidade – as
relações de produção se tornaram mais complexas. Essa complexidade é resultado da
histórica e crescente divisão social do trabalho, sendo os autores Émile Durkheim e Karl
Marx as referências neste debate.
Para explicar a divisão social do trabalho, ao longo da história, os autores supracitados
desenvolveram, respectivamente, os conceitos de,
a) Solidariedade Mecânica; Alienação.
b) Solidariedades Orgânica e Mecânica; Luta de Classes.
c) Luta de classes; Solidariedade Orgânica.
d) Solidariedade Mecânica; Luta de classes
e) Solidariedade Orgânica; Alienação
Gabarito: B
Comentários:
Profe Alê Lopes
Vejam, as alternativas são uma salada mista. Todas elas trazem conceitos de Durkheim e de
Marx. Mas só a B correlaciona respectivamente os conceitos. Para Émile Durkheim a divisão
social do trabalho na sociedade gera a Solidariedade Orgânica e Mecânica e, para Karl Marx,
a luta de classes é considerada elemento fundamental. Nesse sentido, só pode ser o gabarito
B.
Veja a explicação dos conceitos:
Diferentemente das sociedades anteriores ao surgimento do capitalismo, nas quais a técnica
empregada no processo de produção dos bens, dos serviços e das mercadorias
permaneceram as mesmas durante séculos, em nosso tempo – na Contemporaneidade – as
relações de produção se tornaram mais complexas. Contudo, mesmo a sociedade da
antiguidade e a medieval também tinham formas de divisão do trabalho, aliás, cada época
histórica tem sua própria divisão e isso dá origem a relações de produção específicas:
escravidão, servidão, assalariamento, entre outras
Essa complexidade é resultado da crescente divisão social do trabalho, sendo os autores
Émile Durkheim e Karl Marx as referências neste debate.
Para Marx, com o aumento da produção dos itens necessários à vida social, o excedente
gerado provocou uma tendência à sedentarização das pessoas. A divisão social do trabalho
passou a ser, em linhas gerais, da seguinte forma: alguns produziam diretamente e outros
passaram a administrar o excedente. Mais adiante na História, em um contexto de Urbes
(burgos), a divisão social se tornou mais complexa: o trabalho rural, via agricultura, passou
a fornecer alimentos e os centros urbanos a fornecer comércio, serviços e mercadorias
industrializas. Em seguida, a divisão social do trabalho, do ponto de vista marxista, passou a
ser: donos do meio de produção (capitalistas) e donos da própria força de trabalho
(proletários). Essa relação social se expandiu para os diversos cantos do mundo.
Vale ressaltar que, no interior das fábricas houve outras divisões: o diretor, o gerente, o
supervisor, o encarregado, e os operários “do chão de fábrica”.
Diante disso, quando estudamos a categoria trabalho no marxismo, a divisão social do
trabalho assume contornos de uma tensão, um confronto entre formas de propriedade,
distribuição de renda entre os indivíduos, formação das classes sociais e até disputas
simbólicas. Daí surge a noção de luta de classes para o marxismo.
Émile Durkheim, por sua vez, faz uma abordagem distinta da de Marx. No livro Da divisão
do trabalho social, o francês demonstra que a crescente especialização do trabalho
promovida pela industrialização trouxe uma forma de solidariedade no funcionamento da
sociedade, e não o conflito (na forma de luta de classes), de modo que essa nova divisão
passou a contribuir para a coesão social. Vejamos:
Questão 49
A obra de Gláucio Henrique Moro faz uma releitura da obra de Tarsila do Amaral, Abaporu.
Nessa releitura ele traz elementos que contribuem para a reflexão sobre:
a) A alienação da juventude que só fica ligada nas redes sociais e esquece da vida
real.
b) Reprodutibilidade técnica da arte que gera perda da originalidade da obra.
c) Cultura de Massas associada a consumo de massa impulsionado pela tecnologia.
d) Cultura popular, considerada inferior à obra clássica.
e) Cultura como consumo de larga escala já que todas as pessoas têm acesso à arte
e cultura.
Gabarito: C
Comentários:
Essa é uma questão de interpretação que nos remete ao campo de estudos sobre cultura,
entretenimento e consumo. A releitura feita pelo artista traz uma obra clássica e agrega a
ela 3 elementos que marcam o consumo de hoje: o celular, o mouse de um computador e o
tênis. Ou seja, arte, consumo e tecnologia.
Nesse sentido, devemos lembrar da associação entre os conceitos de cultura de massas e a
consumo de massas em um contexto de avanço dos meios de tecnologia da comunicação,
inclusive. Assim sendo, o gabarito da questão é alternativa C.
Vejamos a explicação sobre os conceitos:
Nas Ciências Sociais, os estudos sobre os impactos da tecnologia nas artes, comunicação,
consumo e seus efeitos no comportamento humano se desenvolveram a partir do começo
do século XX. Os estudiosos começaram a refletir sobre as transformações na sociedade do
final do século XIX, impulsionadas pelos avanços das tecnologias da comunicação e seus
impactos na vida social e coletiva.
Assim, segundo os especialistas sobre o assunto, essas inovações nos campos da arte e da comunicação tiveram
impactos reais nas formas de sociabilidade por terem o poder de influenciar as formas de os seres humanos
perceberem a realidade, as outras pessoas e a si mesmos. Guarde com carinho essa noção geral, porque,
tendo-a em mente, você consegue responder muitas questões interpretativas sobre esse assunto. 😉
Para os analistas desse contexto histórico, a grande questão passou a ser a imagem, ou
melhor, a disseminação a imagem por meio das novas tecnologias. A máquina fotográfica
possibilitou uma forma inusitada de “eternizar” o que os olhos viam e o cinema passou a
construir histórias que misturavam a realidade e a ficção!! Mais tarde, a televisão também
contribuiu para a formação de uma “cultura da imagem”.
Questão 50
O artigo trata sobre o tema das políticas dos governos para combater os efeitos da pandemia
causada pelo COVID-19, conhecido mundialmente por coronavírus. Na discussão sobre
políticas públicas, como uso de hidroxicloroquina e isolamento social, lideranças políticas,
médicos e mídias confrontam argumentos de duas naturezas, são eles:
a) religiosos e estatísticos
b) ideológicos e propagandísticos
c) de saúde e de interesses políticos
d) científicos e econômicos
e) religiosos e econômicos
Gabarito: D
Comentários:
Essa é uma questão de tipologia clássica na UNESP: trazer um tema polêmico e argumentos
conflitantes. O comando gira em torno de identificar quais argumentos, ou ainda, como é o
caso dessa questão, a natureza de cada argumento.
Nesse caso, segundo o texto, os argumentos em torno das políticas públicas de combate aos
efeitos da pandemia são de natureza científica, na área médica, e econômicas.
Mas, profe, não tem a ver com interesses políticos ou ideológicos?
Cuidados, queridos e queridas, porque não podemos trabalhar com teorias da conspiração,
embates entre grupos de políticos... nada disso importa na nossa resposta.
O texto menciona que Trump, Bolsonaro e Tucker Carlson e Osmar Terra são contrários ao
isolamento porque pode causar problemas da economia, enquanto médicos como Mandeta
e Fauci alertam para os efeitos colaterais do uso da hidroxicloroquina. Ou seja, argumentos
de natureza econômica e científica.
E minha opinião, como fica professora?
Fica para sua próxima “conversa de bar”, ops, no zoom meeting, hangouts meet, whats
vídeo, live do instagram, etc...
Brincadeirinha à parte, como sempre digo, nossa missão, na prova, é obedecer ao comando
do enunciado! Vai lá e arrasa