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UNIVERSIDADE LURIO

FACULDADE DE CIENCIAS DE SAUDE


DEPARTAMENTO DE OFTALMOLOGIA
OFTALMOLOGIA
IX SEMESTRE, 5A

MAL POSICOES DOS GLOBOS OCULARES

Discentes:
Chamo Ali
Chelsea Yougui Belmiro Seifane
Cujali Alberto Joaquim
Domingos Manuel Waite
Egidio Laissone

Docente:Cornelia Tomo

Nampula, Abril de 2020


Índice
Introdução...................................................................................................................................................1
Objectivos...................................................................................................................................................1
Geral........................................................................................................................................................1
Especificos..............................................................................................................................................1
MAL POSICOES DOS GLOBOS OCULARES.........................................................................................2
Visão Binocular...........................................................................................................................................2
Leis da inervação.....................................................................................................................................3
Estrabismo ou Heterotropia.....................................................................................................................4
Conceito..................................................................................................................................................4
Etiologia..................................................................................................................................................4
Classificação............................................................................................................................................5
Manifestações clinicas.................................................................................................................................6
Diagnostico..............................................................................................................................................8
Método de Hirschberg.............................................................................................................................8
Métodos Computacionais de Auxílio ao Diagnostico..............................................................................9
Diagnostico Diferencial.........................................................................................................................10
Tratamento............................................................................................................................................10
Exoftalmia.................................................................................................................................................11
Definição...............................................................................................................................................11
Fisiopatologia........................................................................................................................................12
Etiologia................................................................................................................................................12
Diagnóstico............................................................................................................................................14
Diagnostico Diferencial.........................................................................................................................15
Meios complementares de diagnostico..................................................................................................15
Tratamento............................................................................................................................................15
Complicações........................................................................................................................................15
Enoftalmia.................................................................................................................................................16
Etiologia................................................................................................................................................16
Tratamento............................................................................................................................................16
Conclusão..................................................................................................................................................17
Bibliografia................................................................................................................................................17
Introdução
Estrabismo é uma anomalia dos olhos em que eles perdem o paralelismo entre si. Enquanto um
olho fixa um ponto frontal, a outra volta se para um dos lados ou mesmo para cima ou para
baixo. Dessa forma, o cérebro recebe duas imagens com focos diferentes, em vez de duas
imagens que se fundem numa única. Existem diversos tipos de estrabismo; o olho afetado pode
estar desviado em direção ao nariz (estrabismo convergente), para o lado (estrabismo
divergente), para cima ou para baixo (estrabismo vertical). Pode haver uma combinação de
desvio horizontal e vertical num mesmo paciente, como exemplo, em direção ao nariz e para
cima. O estrabismo ´e uma das alterações oftalmológicas mais comuns na infância. E, da
interação binocular anormal, pode advir uma das formas de ambliopia1; aliás, o estrabismo ´e a
principal causa de ambliopia, especialmente nas esotropias, porque a fóvea do olho desviado ira´
rivalizar com as imagens do campo visual temporal da retina do olho fixador, que ´e bem mais
forte que os estímulos que partem do campo visual nasal.

Objectivos
Geral
 Descrever as mal posicoes dos globos oculares;

Especificos

 Definir o conceito de estrabismo, exoftalmo e enoftalmo;


 Identificar as causas do estrabismo, exoftalmo e enoftalmo;
 Classificar o estrabismo;
 Identificar as manifestacoes clinicas do estrabismo;
 Abordar clinica a tratamento do estrabismo, enoftalmo e exoftalmo.
MAL POSICOES DOS GLOBOS OCULARES

Visão Binocular
Binocularidade, em seu sentido mais amplo, é o termo que se aplica à capacidade de apreender
estímulos visuais com dois olhos. Se considerar o campo de visão dos olhos, existe uma ´área do
campo visual do olho esquerdo que também faz parte do campo visual do olho direito: a esta
região chama se de campo de visão binocular. Quando os indivíduos tem os olhos alinhados e
recebem estímulos visuais normais de ambos os olhos, eles terão, consequentemente, uma região
de sua área de visão monocular que é focalizada também pelo outro olho simultaneamente.
Considerando-se isto no espaço, haverá uma região bidimensional em que os objectos que ali se
encontram estimularão áreas retinianas (dos dois olhos) análogas entre si e onde a visão
binocular se processara de forma muito natural, plano este denominado horoptero

Os objectos são visualizados normalmente com os dois olhos, ambos se fixando ao mesmo
objectos formando uma imagem de igual tamanho, forma e intensidade, que se percebe como
uma única imagem (fusão).

A visão binocular depende do perfeito equilíbrio entre os sistemas motor e sensorial; e também
de uma correspondência retiniana normal, uma máxima acuidade visual da fóvea e característica
de projeção da fóvea directo a frente e qualquer afeção destes alteram-na e anula.

Sistema Motor: constituído pela musculatura ocular extrínseca (músculos que controlam o
movimento de cada globo ocular sendo quatro rectos e dois oblíquos) e sua inervação.

 Músculos rectos - os músculos rectos partem da órbita, ao nível do tendão de Zinn.


Insere-se na porção ínfero-interna da fenda esfenoidal.
 Musculos oblíquos – se inserem na esclera por detrás do equador do olho.

Fonte: Google.com: Musculatura ocular extrínseca


As ações dos músculos oculares externos é complexa, pois eles atuam não só ativando uma
rotação, como resistindo (ainda que passivamente) à oposta. Além disso, a direção rotacional
provocada por cada um varia com a posição ocular sobre a qual a ação se dá. Em suma, diz-se
que todos os músculos actuam (uns sendo ativados, outros relaxando-se, mas ainda assim
contendo) a um mesmo tempo; ou que cada músculo actua em todas as posições; ou que cada
posição ocular é o resultado da ação de todos os músculos. Não obstante, é possível sintetizar
pares musculares para os quais uma dada função rotacional é preponderante. Por exemplo, os
retos horizontais (recto medial e lateral) são os principais responsáveis pelos movimentos
horizontais: a rotação para o lado nasal, ou adução (atribuída, principalmente, à ação do recto
medial) e a para o lado temporal, ou abdução (causada, principalmente, pelo recto lateral). Os
rectos verticais (recto superior e inferior) são os principais responsáveis pelos movimentos
verticais: a rotação de elevação, ou sursundução (superior) e a de abaixamento, ou deorsundução
(inferior). Finalmente, aos músculos oblíquos caberia a complementação do equilíbrio torsional,
com as ações de inciclodução e a exciclodução.

Leis da inervação
É bem conhecida a lei da inervação estabelecendo que, quando um músculo se contrai, seu
antagonista se relaxa (lei de Sherrington). Para o olho, todavia, há também outra, a de que
quando um músculo se contrai, seu conjugado (no outro olho) também se contrai, para produzir o
mesmo movimento (lei de Hering).

Sistema Sensorial: coordena a função binocular de unificar imagens provenientes de cada olho
em uma imagem mental. A visada de um ponto objeto no espaço é normalmente provida pelos
dois olhos, simultaneamente, de tal sorte que suas imagens se formem sobre as fóveas (tendo, por
conseguinte, as mesmas direções visuais “em frente”).

Outros objetos poderão ter suas imagens formadas em pontos retínicos correspondentes, isto é,
os com idênticas direções visuais (relativamente à principal), ou não. Os estímulos viajam até ao
cortex occipital onde a imagem única é percebida.

Inervação: a inervação dos músculos e dada pelos nervos oculomotor (motor ocular comum),
troclear e abducente.
 III par craniano (oculomotor): inerva o recto superior, inferior e medial e
oblíquo inferior;
 IV par craniano (troclear): inerva o obliquo superior;
 VI par craniano (abducente): inerva o recto lateral.

Estrabismo ou Heterotropia
O termo estrabismo é usado para descrever o mau alinhamento dos globos oculares, em que
ambos os olhos não estão dirigidos ao objecto observado. Provem do grego strabismus
significando desviar se da línea, olhar obliquamente. O estrabismo é uma doença ocular
predominante na infância esta presente em aproximadamente 3% das crianças.

Conceito
O estrabismo é definido como perda de paralelismo entre ambos os olhos, ao observar um
objecto. Quando os olhos tem uma posição em que a imagem cai na fóvea de um olho, mas não
na do outro, este Segundo olho esta desviado e portanto apresenta estrabismo.

Fonte: Google.com

Etiologia
A exata fisiopatologia das anomalias oculomotoras não foi ainda determinada de modo a
explicar totalmente as suas mais comuns apresentações. Neste sentido, a busca das verdadeiras
causas do estrabismo é fator estimulador de diversas pesquisas no campo da Genética e
Neurofisiologia do desenvolvimento do sistema nervoso central.

Em 1903, Claud Worth1 propôs uma teoria que influenciou o pensamento de quase a metade do
século 20. Em sua concepção, a origem das heterotropias estaria ligada a um defeito na
capacidade de fusão.: quando a faculdade de fusão é inadequada, os olhos estão em estado de
equilíbrio instável, pronto para o desvio divergente ou convergente diante da menor perturbação
sensorial.

 Refraccionais: ametropias principalmente as hipermetropias e anisometropias.


 Interferência Sensorial: qualquer lesão orgânica que impeça uma correcta acuidade
visual, pode interferir num adequado desenvolvimento do equilíbrio oculomotor.
 Alterações Musculares: As teorias mecânicas apontam para alterações no comprimento,
espessura e tensão muscular como causas básicas provocando os desvios. Encontramos
nesse grupo as anomalias estruturais nos músculos como as miopatias; a fibrose ou
agenesia congênita dos músculos extraoculares; a síndrome de Brown; a doença de
Crouzon; a inserção anômala dos músculos na esclera e secundárias a doenças sistêmicas
 Anatómicas: anomalias orbitais e nas diostoses craniofaciais como a doença se de
Crouzon e a síndrome de Apert.
 Essenciais ou idiopáticas (60-65%): produzidas por uma afeção do Sistema motor
ocular desconhecida.
 Centrais: algumas afeções do Sistema nervosa central cursam com estrabismo como a
síndrome de Down.
 Alterações de inervação: alterações na relação acomodação -convergência ou entre a
convergência -divergência.

Classificação
De acordo com direção do desvio:

Horizontais

 Convergentes ou esodesvios;
 Divergentes ou exodesvios;

Verticais

 Hiper desvio: para cima;


 Hipo desvio: para baixo

Torsionais;

Combinadas;

De acordo com o estado da fusão:


 Forias: desvio latente, em que o controle da fusão esta sempre presente;
 Tropia intermitente: o controle da fusão esta presente parte do tempo;
 Tropia: desvio manifesto, em que o controle da fusão não esta presente;
 Comitante: o desvio não varia com a direção do olhar;
 Incomitante: o desvio varia com a direção do olhar ou de acordo com o olho fixador.

De acordo com a fixação:

 Alternante: existe uma alteração espontânea da fixação de um olho ao outro;


 Monocular: há uma preferência definitiva para fixar por um só olho;

De acordo com a idade de início:

 Congénitos: quando o desvio ocorre nos primeiros seis meses de vida;


 Adquiridos: quando o início do desvio ocorre apos seis meses de idade.

De acordo com a relação cerca/lejos:

 Relação de convergência/acomodação normal (C/A): existe um mesmo desvio da cerca e


de lejos.
 Relação convergência/acomodação elevada: quando a convergência e maior de cerca de
que lejos ou quando a divergência e maior de lejos que de cerca.
 Relação convergência /acomodação baixa: nos esodesvios o angulo é maior de cerca que
de lejos.

Manifestações clinicas
Os sintomas e as consequências do estrabismo diferem conforme a idade em que aparecem e
a maneira como se manifestam. Os estrabismos que surgem antes dos 6 anos possuem um
mecanismo de adaptação que faz com que haja supressão da imagem originada no olho
desviado, por isso a pessoa não apresenta diplopia. Apesar disso, ocorre diminuição da visão
(ambliopia, também conhecida como “olhar preguiçoso”) do olho desviado.

Por sua vez, caso fique estrábica apos os 6 anos, a pessoa apresentar´ diplopia, pois cada olho
focalizara´ a imagem em posições diferentes, de acordo com o desvio. A diplopia consiste na
perceção do mesmo objecto em duas localizações espaciais diferentes (na retina). Na criança,
a diplopia é periódica levando `a supressão.

Esta, consiste num mecanismo cortical de eliminação da imagem captada pelo olho desviado
ocorrendo apenas em crianças, em que ainda há plasticidade cerebral. A ambliopia
caracteriza-se por uma diminuição da acuidade visual de um olho em relação ao outro, como
consequência de um período prolongado de supressão. No estrabismo intermitente, não
ocorre ambliopia, uma vez que a supressão não e constante. A ambliopia estrabısmica será
sempre unilateral, a menos que haja outro fator ambliogenico associado, como alta
ametropia. O uso frequente de apenas um dos olhos para fixar, caso não seja um estrabismo
com boa alternância no padrão de fixacao, em uma pessoa ainda em fase de desenvolvimento
do sistema visual, leva a inibição ativa dos impulsos elétricos provenientes da via retino
cortical do olho desviado, determinando que parte das vias óticas do olho não fixador prive-
se de correta estimulação nervosa.

Isto ocorre particularmente nas camadas do corpo geniculado lateral e cortex ´optico (lobo
occipital). Em um primeiro momento, há´ mera inibição dos estímulos provenientes do olho
desviado, ou seja, apenas uma alteração funcional, que se manifestara somente sob condições
de visão binocular (supressão). Porem, este estado mantido continuadamente levara a
alterações macroestruturais da via retino cortical em questão, fazendo com que o quadro não
mais se reverta pela simples alternância da condição de visão binocular para a monocular.
Nesta fase, teremos instalada a ambliopia. O estrabismo em si não ´e causa de outros
problemas de saúde. Entretanto, em qualquer idade, as pessoas com estrabismos latentes
terão queixas cefaleia pelo esforço que fazem para manter os olhos alinhados, quando isso
for possível. Outra consequência importante do estrabismo ´e o torcicolo (chamados de
torcicolos oculares), isto é, para usar melhor os dois olhos a pessoa gira ou inclina a cabeça
para uma determinada posição.

 Movimentos oculares limitados no estrabismo paralítico e restritivo;


 Acuidade visual reduzida nos precoces e monoculares;
 Alterações da refração;
 Esotropia congénita;
 Sintomas astenopticos nas heteroforias;
Diagnostico
As vezes o diagnostico de estrabismo e evidente examinando o paciente com uma luz em posição
primaria do olhar.

 Cover test: pode usar se monocular (cover uncover test) ou alternante (alternante cover
test), pode ser realizado em qualquer lugar, necessitando apenas de uma luz de fixacao,
um oclusor e certo grau de cooperação do paciente.
 Cover uncover test: se realiza primeiro para estabelecer a presença de um desvio
manifesto ou latente.
 Cover test alternante ou teste de oclusao alternante: é um teste dissociativo em que
são ocluidos alternadamente os olhos observando o olho que se desoclui.

Se for ocluido um olho e o outro não se move e vice versa, o paciente não é estrábico (otoforia).

Se ao ser ocluido qualquer um dos olhos, o outro se move o paciente é estrábico manifesto
(heterotropia)

Se ao destapar um olho previamente ocluido, este fizer um movimento de refixacao, esta se


perante um estrabismo latente (heteroforia)

Se existe uma fixacao excêntrica ou crianças menores em que não haja cooperação, o teste não é
aplicável.

O cover test pode ser associado a prismas que colocam se de base contraria ao desvio, sendo o
angulo de desvio que apresenta o paciente estrábico medido em dioptrias prismáticas (DP).

Exames baseados no reflexo corneal: quando a criança não coopera ou em caso de fixacao
excêntrica.

Método de Hirschberg
Para se avaliar o angulo de desvio de um estrabismo, com o uso de foco luminoso, inicialmente
foi descrito o método de Hirshberg, que calcula a magnitude aproximada do desvio de acordo
com o deslocamento do reflexo luminoso, no olho não fixador, em relação ao centro do seu globo
ocular. Dependendo do local de incidência do reflexo, com relação ao complexo limbo-íris-
pupila, depreende-se de quanto será o desvio ou, para se escapar de variações dadas pelo
tamanho da pupila, pode-se correlacionar o reflexo luminoso apenas com o centro da córnea e o
limbo.

O método de Hirschberg clássico ´e um método de baixa precisão para analise de um desvio e ´e


por isso que a ele somam se outros métodos, progressivamente mais precisos, como o de
Krimsky e o de prisma e cobertura (simultânea ou alternada). Este último, já nem trabalha mais
com reflexo luminoso. Quando se vai examinar uma pessoa pelo método de Hirschberg, para se
chegar ao diagnostico de estrabismo, deve-se considerar que um olho ´e o fixador, tem a primeira
imagem de Purkinje alinhada com o centro optico deste olho e o outro, não fixador, ´e onde o
desvio cera´ observado. O desvio será inferido comparando se o reflexo da luz na superfície
anterior da córnea com o seu centro optico e observando-se se ha desalinhamento. Como fica
difıcil determinar-se onde esta o centro ´optico de um olho não fixador, de facto, a descentração
será avaliada em relação ao centro anatómico do olho, ou, melhor dizendo, ao centro da pupila.

O Teste de Hirschberg, basicamente, esta associado `a localização das imagens que uma fonte
luminosa forma nas córneas. O descentramento de 1mm das imagens luminosas, em relação ao
centro pupilar, corresponde a um desvio de 7° ou de 12 dioptrias prismáticas. Os pacientes que se
submetem a este método, geralmente são crianças muito pequenas ou indivíduos que pouco
colaboram. Pode-se quantificar o valor do desvio em relação a este descentramento das imagens
luminosas: borda pupilar = 15°, entre a borda e o limbo = 30° e no limbo = 45°. Neste tipo de
exame a estimativa da medida do desvio ´e realizada a partir do pressuposto de que o centro da
pupila representa o “ponto zero” do sistema de medidas.

Métodos Computacionais de Auxílio ao Diagnostico


As ferramentas Computacionais de Auxilio a Deteção (CAD - Computer-Aided Detection) são
utilizadas como segunda opinião para os especialistas que utilizam imagens analisadas por
computador na deteção de patologias. A finalidade do CAD ´e melhorar a acurácia do
diagnostico, assim como a consistência da interpretação da imagem utilizando a resposta do
computador como referência. Os computadores podem auxiliar os médicos especialistas em
estrabismo a detectar estrabismo em imagens faciais agindo como um segundo especialista. O
sistema buscara´ por desalinhamento ocular na imagem indicando a presença, ou ausência, de
estrabismo.

Em geral, os sistemas CAD utilizam-se de técnicas provenientes de duas áreas do conhecimento:


visão computacional, que envolve o processamento de imagem para realce, segmentação e
extração de atributos, e inteligência artificial, que inclui métodos para seleção de atributos e
reconhecimento de padrões .

Diagnostico Diferencial
Pseudoestrabismo: tanto o epicanto como o hipertireoidismo podem similar o estrabismo. O
cover test revela que não desvio nestes casos.

O angulo de kappa é o angulo entre o eixe visual e o anatómico, observando se como uma
pequena descentração da córnea. Quando o reflexo se afasta nasalmente é um angulo de kappa
positive e simula um exodesvio e vice versa, constituindo um pseudoestrabismo.

Tratamento
Existem numerosas técnicas que podem ser aplicadas na correção do estrabismo, para estabelecer
o equilíbrio muscular e resolver o problema da ambliopia.

O tratamento medico comumente utilizado ´e: prescrição de óculos, realização de exercícios


ortoptico, obstrução do olho fixador alternando com o outro olho. Quando o tratamento medico
não é suficiente aplica-se o procedimento cirúrgico realizando retrocesso ou ressecção dos
músculos oculares debilitados.

A grande maioria dos estrabismos exige tratamento cirúrgicos para a sua eliminação. Na maior
parte das vezes, a finalidade deste é apenas estética; isso, entretanto, não diminui a sua
importância, visto que a eliminação de um defeito físico, qualquer que seja ele, especialmente
quando localizado nos olhos, principal órgão de relacionamento humano, esta intimamente
ligada a saúde emocional. Em poucos casos, no entanto, a cirurgia visa instaurar ou recuperar a
visão binocular, com todas as suas vantagens, como a estereopsia e o reflexo de fusão, garantia
de estabilidade do resultado obtido.
Objectivos

 Melhorar a acuidade visual de cada olho, prevenido a ambiopia;


 Melhorar a aparência estética eliminando o angulo de desvio;
 Melhorar a visão binocular quando se recupera o equilíbrio entre o Sistema sensorial e
motor.

Procedimentos

Prevenção da ambliopia: diagnostico precoce e oclusão do olho saudável para forcar o uso do
olho com desvio;

Correção optica adequada: defeitos de refração com uso de espelhos, bifocais ou lentes de
contacto, se necessário;

Exercícios ortopticos binocular pré e pos operatórios: melhorar ou desenvolver uma


amplitude de fusão e exercícios de convergência;

Cirúrgico: introduzir modificações nos músculos.

Exoftalmia
Definição
Protusão do globo ocular (ate a frente), activa ou dinâmica, de volume normal, causada por um
processo ocupando espaço retrocular.

Fonte: Google.com
Fisiopatologia
• Secundário a um aumento do volume de tecido adiposo orbitaria, músculos oculomotores,
vasos sanguíneos, nervo.óptico e glândula lacrimal.

• Secundário ao desenvolvimento intra-orbitário de tumores de regiões vizinhas. (SNC,


meninges, seios)

Etiologia
 Doença De Basedow

Exoftalmia:

 Bilateral;
 Simétrica;
 Axial redutível;
 Associada a retracção da pálpebra superior, com rarefacção e pestanejo;
 Associada a assinergia óculo-palpebral;
 Pode evoluir para exoftalmia maligna (irredutível, mal oclusão palpebral com
complicações corneanas , neuropatia óptica por compressão e oftalmoplegia)

 Tumoral

Exoftalmia:

 Unilateral;
 Início progressivo (excepto o rabdomiosarcoma orbitário da criança);
 Irredutível;
 Disposição oblíqua;

Tumor da glândula lacrimal

 Palpável no ângulo supero-externo da órbita;


 Desvio olhar para baixo e dentro;

Tumor do nervo optico

 Glioma;
 Meningioma;
 Linfoma orbitário;
 Leucemia aguda ,com aspecto inflamatório;
 Metástases da orbita;
 Tumores infantis;

 Infecciosas (celulite orbitaria)

Exoftalmia

 Unilateral, irredutível, associada a sinais inflamatórios marcados);


 Infância (etmoidite);

 Traumáticas

Após uma fractura órbita, responsável por um hematoma intraorbitário.

 Exoftalmia unilateral;
 Sinais associados (hematoma periorbitário e diplopia);
 Compressão nervo óptico;

 Vasculares

Exoftalmia:

 Unilateral;
 Associada a sinais vasculares;

 Varizes Orbitarias

Exoftalmia:

 Unilateral;
 Ausente em repouso;
 Aumenta com manobra de Valsalva;
 Inflamatórias

Miosite Orbitaria

 Doença Wegener, Sarcoidose;


 Idiopática;

Inflamação orbitaria não especifica (Pseudotumor inflamatório idiopático)

 Unilateral;
 Inflamatório;
 Início súbito;
 Sensível aos corticosteroides;

Diagnóstico
Ananmese

 Circunstâncias e cronologia de aparecimento;


 Traumatismo;
 Síndrome infeccioso;
 Síndrome tumoral;
 Evolução ;

Exame físico

 Inspeção Facial;
 Medição com exoftalmometro Hertel;

Sinais Indirectos

 Alargamento fenda palpebral, com visualização do limbo esclero-corneano;


 Dor;
 Hiperémia ciliar;
 Quemose;
 Infecciosos;
 Dilatação dos vasos conjuntivais;
 Fractura órbita;
 Enfisema subcutâneo.
 Massa tumoral;

Diagnostico Diferencial
 Olho grande (alta miopia, buftalmia ou glaucoma congénito );
 Enoftalmia contralateral;
 Retracção cicatriz da pálpebra superior (queimaduras, cirurgia);
 Malformação craniofaciais, com órbitas pequenas;

Meios complementares de diagnostico


 TAC da órbita;
 Análises função tiróideia;
 RMN cérebro-orbitária;s
 Biopsias;

Tratamento
Depende da causa e da forma clinica de apresentação.

Medico

 Antinflamatorios, antibióticos e corticoides.

Cirúrgico

 Punção e drenagem, evisceração, enucleação; exenteração orbitaria e orbitotomia lateral,


anterior ou tranfrontal.

Complicações
 Diminuição da acuidade visual, por compressão do nervo óptico (edema papila

atrofia óptica);
 Hipertensão ocular por compressão do globo ocular;
 Má oclusão palpebral, com complicações corneanas;
 Pregas retinianas ou coroideias, por deformação e compressão do globo ocular ;

Enoftalmia
Retração anormal do olho em relação a orbita. E o afundamento do globo ocular para dentro da
orbita, podendo ser congénito ou adquirido.

Etiologia
Senil :ligada á atrofia da gordura orbitaria)

 Bilateral;
 Simétrica;

Desnutrição

Traumatismo por fractura da parede da órbita, aumentando o volume do conteúdo;

 Unilateral;
 Sinais associados (hematoma peri orbitário unilateral, enfisema orbitário, hipoestesia,
diplopia com encarceração);

Pós radiação por irradiação de tumor orbitário com fibrose;

Tratamento
Os sintomas mais comuns no enoftalmo é a queda da pálpebra superior e visão dupla. Seu
tratamento é realizado através de cirurgias reparadoras que possibilitam posicionar o globo
ocular em sua posição primaria. Isto é possível através de implantes de materiais especiais
fixados no interior da orbita.

Conclusão

Os distúrbios de posição ocular são alterações frequentes na infância e merecem uma atenção e
importância especial. São alterações originadas por diversos factores desde os congénitos ao
adquiridos. O estrabismo é uma entidade caracterizada pela perda de paralelismo entre os olhos e
pode ocasionar alterações na função visual como a perda da estereopsia, muitos casos são
geneticamente determinados, podendo exigir um tratamento clinico ou cirúrgico. O exoftalmo e
enoftalmo sao alterações oculares de etiologia diversa, podendo ser unilateral ou bilateral, que
necessitam maioritariamente de intervenção cirúrgica.

Bibliografia
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