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Discentes:
Chamo Ali
Chelsea Yougui Belmiro Seifane
Cujali Alberto Joaquim
Domingos Manuel Waite
Egidio Laissone
Docente:Cornelia Tomo
Objectivos
Geral
Descrever as mal posicoes dos globos oculares;
Especificos
Visão Binocular
Binocularidade, em seu sentido mais amplo, é o termo que se aplica à capacidade de apreender
estímulos visuais com dois olhos. Se considerar o campo de visão dos olhos, existe uma ´área do
campo visual do olho esquerdo que também faz parte do campo visual do olho direito: a esta
região chama se de campo de visão binocular. Quando os indivíduos tem os olhos alinhados e
recebem estímulos visuais normais de ambos os olhos, eles terão, consequentemente, uma região
de sua área de visão monocular que é focalizada também pelo outro olho simultaneamente.
Considerando-se isto no espaço, haverá uma região bidimensional em que os objectos que ali se
encontram estimularão áreas retinianas (dos dois olhos) análogas entre si e onde a visão
binocular se processara de forma muito natural, plano este denominado horoptero
Os objectos são visualizados normalmente com os dois olhos, ambos se fixando ao mesmo
objectos formando uma imagem de igual tamanho, forma e intensidade, que se percebe como
uma única imagem (fusão).
A visão binocular depende do perfeito equilíbrio entre os sistemas motor e sensorial; e também
de uma correspondência retiniana normal, uma máxima acuidade visual da fóvea e característica
de projeção da fóvea directo a frente e qualquer afeção destes alteram-na e anula.
Sistema Motor: constituído pela musculatura ocular extrínseca (músculos que controlam o
movimento de cada globo ocular sendo quatro rectos e dois oblíquos) e sua inervação.
Leis da inervação
É bem conhecida a lei da inervação estabelecendo que, quando um músculo se contrai, seu
antagonista se relaxa (lei de Sherrington). Para o olho, todavia, há também outra, a de que
quando um músculo se contrai, seu conjugado (no outro olho) também se contrai, para produzir o
mesmo movimento (lei de Hering).
Sistema Sensorial: coordena a função binocular de unificar imagens provenientes de cada olho
em uma imagem mental. A visada de um ponto objeto no espaço é normalmente provida pelos
dois olhos, simultaneamente, de tal sorte que suas imagens se formem sobre as fóveas (tendo, por
conseguinte, as mesmas direções visuais “em frente”).
Outros objetos poderão ter suas imagens formadas em pontos retínicos correspondentes, isto é,
os com idênticas direções visuais (relativamente à principal), ou não. Os estímulos viajam até ao
cortex occipital onde a imagem única é percebida.
Inervação: a inervação dos músculos e dada pelos nervos oculomotor (motor ocular comum),
troclear e abducente.
III par craniano (oculomotor): inerva o recto superior, inferior e medial e
oblíquo inferior;
IV par craniano (troclear): inerva o obliquo superior;
VI par craniano (abducente): inerva o recto lateral.
Estrabismo ou Heterotropia
O termo estrabismo é usado para descrever o mau alinhamento dos globos oculares, em que
ambos os olhos não estão dirigidos ao objecto observado. Provem do grego strabismus
significando desviar se da línea, olhar obliquamente. O estrabismo é uma doença ocular
predominante na infância esta presente em aproximadamente 3% das crianças.
Conceito
O estrabismo é definido como perda de paralelismo entre ambos os olhos, ao observar um
objecto. Quando os olhos tem uma posição em que a imagem cai na fóvea de um olho, mas não
na do outro, este Segundo olho esta desviado e portanto apresenta estrabismo.
Fonte: Google.com
Etiologia
A exata fisiopatologia das anomalias oculomotoras não foi ainda determinada de modo a
explicar totalmente as suas mais comuns apresentações. Neste sentido, a busca das verdadeiras
causas do estrabismo é fator estimulador de diversas pesquisas no campo da Genética e
Neurofisiologia do desenvolvimento do sistema nervoso central.
Em 1903, Claud Worth1 propôs uma teoria que influenciou o pensamento de quase a metade do
século 20. Em sua concepção, a origem das heterotropias estaria ligada a um defeito na
capacidade de fusão.: quando a faculdade de fusão é inadequada, os olhos estão em estado de
equilíbrio instável, pronto para o desvio divergente ou convergente diante da menor perturbação
sensorial.
Classificação
De acordo com direção do desvio:
Horizontais
Convergentes ou esodesvios;
Divergentes ou exodesvios;
Verticais
Torsionais;
Combinadas;
Manifestações clinicas
Os sintomas e as consequências do estrabismo diferem conforme a idade em que aparecem e
a maneira como se manifestam. Os estrabismos que surgem antes dos 6 anos possuem um
mecanismo de adaptação que faz com que haja supressão da imagem originada no olho
desviado, por isso a pessoa não apresenta diplopia. Apesar disso, ocorre diminuição da visão
(ambliopia, também conhecida como “olhar preguiçoso”) do olho desviado.
Por sua vez, caso fique estrábica apos os 6 anos, a pessoa apresentar´ diplopia, pois cada olho
focalizara´ a imagem em posições diferentes, de acordo com o desvio. A diplopia consiste na
perceção do mesmo objecto em duas localizações espaciais diferentes (na retina). Na criança,
a diplopia é periódica levando `a supressão.
Esta, consiste num mecanismo cortical de eliminação da imagem captada pelo olho desviado
ocorrendo apenas em crianças, em que ainda há plasticidade cerebral. A ambliopia
caracteriza-se por uma diminuição da acuidade visual de um olho em relação ao outro, como
consequência de um período prolongado de supressão. No estrabismo intermitente, não
ocorre ambliopia, uma vez que a supressão não e constante. A ambliopia estrabısmica será
sempre unilateral, a menos que haja outro fator ambliogenico associado, como alta
ametropia. O uso frequente de apenas um dos olhos para fixar, caso não seja um estrabismo
com boa alternância no padrão de fixacao, em uma pessoa ainda em fase de desenvolvimento
do sistema visual, leva a inibição ativa dos impulsos elétricos provenientes da via retino
cortical do olho desviado, determinando que parte das vias óticas do olho não fixador prive-
se de correta estimulação nervosa.
Isto ocorre particularmente nas camadas do corpo geniculado lateral e cortex ´optico (lobo
occipital). Em um primeiro momento, há´ mera inibição dos estímulos provenientes do olho
desviado, ou seja, apenas uma alteração funcional, que se manifestara somente sob condições
de visão binocular (supressão). Porem, este estado mantido continuadamente levara a
alterações macroestruturais da via retino cortical em questão, fazendo com que o quadro não
mais se reverta pela simples alternância da condição de visão binocular para a monocular.
Nesta fase, teremos instalada a ambliopia. O estrabismo em si não ´e causa de outros
problemas de saúde. Entretanto, em qualquer idade, as pessoas com estrabismos latentes
terão queixas cefaleia pelo esforço que fazem para manter os olhos alinhados, quando isso
for possível. Outra consequência importante do estrabismo ´e o torcicolo (chamados de
torcicolos oculares), isto é, para usar melhor os dois olhos a pessoa gira ou inclina a cabeça
para uma determinada posição.
Cover test: pode usar se monocular (cover uncover test) ou alternante (alternante cover
test), pode ser realizado em qualquer lugar, necessitando apenas de uma luz de fixacao,
um oclusor e certo grau de cooperação do paciente.
Cover uncover test: se realiza primeiro para estabelecer a presença de um desvio
manifesto ou latente.
Cover test alternante ou teste de oclusao alternante: é um teste dissociativo em que
são ocluidos alternadamente os olhos observando o olho que se desoclui.
Se for ocluido um olho e o outro não se move e vice versa, o paciente não é estrábico (otoforia).
Se ao ser ocluido qualquer um dos olhos, o outro se move o paciente é estrábico manifesto
(heterotropia)
Se existe uma fixacao excêntrica ou crianças menores em que não haja cooperação, o teste não é
aplicável.
O cover test pode ser associado a prismas que colocam se de base contraria ao desvio, sendo o
angulo de desvio que apresenta o paciente estrábico medido em dioptrias prismáticas (DP).
Exames baseados no reflexo corneal: quando a criança não coopera ou em caso de fixacao
excêntrica.
Método de Hirschberg
Para se avaliar o angulo de desvio de um estrabismo, com o uso de foco luminoso, inicialmente
foi descrito o método de Hirshberg, que calcula a magnitude aproximada do desvio de acordo
com o deslocamento do reflexo luminoso, no olho não fixador, em relação ao centro do seu globo
ocular. Dependendo do local de incidência do reflexo, com relação ao complexo limbo-íris-
pupila, depreende-se de quanto será o desvio ou, para se escapar de variações dadas pelo
tamanho da pupila, pode-se correlacionar o reflexo luminoso apenas com o centro da córnea e o
limbo.
O Teste de Hirschberg, basicamente, esta associado `a localização das imagens que uma fonte
luminosa forma nas córneas. O descentramento de 1mm das imagens luminosas, em relação ao
centro pupilar, corresponde a um desvio de 7° ou de 12 dioptrias prismáticas. Os pacientes que se
submetem a este método, geralmente são crianças muito pequenas ou indivíduos que pouco
colaboram. Pode-se quantificar o valor do desvio em relação a este descentramento das imagens
luminosas: borda pupilar = 15°, entre a borda e o limbo = 30° e no limbo = 45°. Neste tipo de
exame a estimativa da medida do desvio ´e realizada a partir do pressuposto de que o centro da
pupila representa o “ponto zero” do sistema de medidas.
Diagnostico Diferencial
Pseudoestrabismo: tanto o epicanto como o hipertireoidismo podem similar o estrabismo. O
cover test revela que não desvio nestes casos.
O angulo de kappa é o angulo entre o eixe visual e o anatómico, observando se como uma
pequena descentração da córnea. Quando o reflexo se afasta nasalmente é um angulo de kappa
positive e simula um exodesvio e vice versa, constituindo um pseudoestrabismo.
Tratamento
Existem numerosas técnicas que podem ser aplicadas na correção do estrabismo, para estabelecer
o equilíbrio muscular e resolver o problema da ambliopia.
A grande maioria dos estrabismos exige tratamento cirúrgicos para a sua eliminação. Na maior
parte das vezes, a finalidade deste é apenas estética; isso, entretanto, não diminui a sua
importância, visto que a eliminação de um defeito físico, qualquer que seja ele, especialmente
quando localizado nos olhos, principal órgão de relacionamento humano, esta intimamente
ligada a saúde emocional. Em poucos casos, no entanto, a cirurgia visa instaurar ou recuperar a
visão binocular, com todas as suas vantagens, como a estereopsia e o reflexo de fusão, garantia
de estabilidade do resultado obtido.
Objectivos
Procedimentos
Prevenção da ambliopia: diagnostico precoce e oclusão do olho saudável para forcar o uso do
olho com desvio;
Correção optica adequada: defeitos de refração com uso de espelhos, bifocais ou lentes de
contacto, se necessário;
Exoftalmia
Definição
Protusão do globo ocular (ate a frente), activa ou dinâmica, de volume normal, causada por um
processo ocupando espaço retrocular.
Fonte: Google.com
Fisiopatologia
• Secundário a um aumento do volume de tecido adiposo orbitaria, músculos oculomotores,
vasos sanguíneos, nervo.óptico e glândula lacrimal.
Etiologia
Doença De Basedow
Exoftalmia:
Bilateral;
Simétrica;
Axial redutível;
Associada a retracção da pálpebra superior, com rarefacção e pestanejo;
Associada a assinergia óculo-palpebral;
Pode evoluir para exoftalmia maligna (irredutível, mal oclusão palpebral com
complicações corneanas , neuropatia óptica por compressão e oftalmoplegia)
Tumoral
Exoftalmia:
Unilateral;
Início progressivo (excepto o rabdomiosarcoma orbitário da criança);
Irredutível;
Disposição oblíqua;
Glioma;
Meningioma;
Linfoma orbitário;
Leucemia aguda ,com aspecto inflamatório;
Metástases da orbita;
Tumores infantis;
Exoftalmia
Traumáticas
Exoftalmia unilateral;
Sinais associados (hematoma periorbitário e diplopia);
Compressão nervo óptico;
Vasculares
Exoftalmia:
Unilateral;
Associada a sinais vasculares;
Varizes Orbitarias
Exoftalmia:
Unilateral;
Ausente em repouso;
Aumenta com manobra de Valsalva;
Inflamatórias
Miosite Orbitaria
Unilateral;
Inflamatório;
Início súbito;
Sensível aos corticosteroides;
Diagnóstico
Ananmese
Exame físico
Inspeção Facial;
Medição com exoftalmometro Hertel;
Sinais Indirectos
Diagnostico Diferencial
Olho grande (alta miopia, buftalmia ou glaucoma congénito );
Enoftalmia contralateral;
Retracção cicatriz da pálpebra superior (queimaduras, cirurgia);
Malformação craniofaciais, com órbitas pequenas;
Tratamento
Depende da causa e da forma clinica de apresentação.
Medico
Cirúrgico
Complicações
Diminuição da acuidade visual, por compressão do nervo óptico (edema papila
atrofia óptica);
Hipertensão ocular por compressão do globo ocular;
Má oclusão palpebral, com complicações corneanas;
Pregas retinianas ou coroideias, por deformação e compressão do globo ocular ;
Enoftalmia
Retração anormal do olho em relação a orbita. E o afundamento do globo ocular para dentro da
orbita, podendo ser congénito ou adquirido.
Etiologia
Senil :ligada á atrofia da gordura orbitaria)
Bilateral;
Simétrica;
Desnutrição
Unilateral;
Sinais associados (hematoma peri orbitário unilateral, enfisema orbitário, hipoestesia,
diplopia com encarceração);
Tratamento
Os sintomas mais comuns no enoftalmo é a queda da pálpebra superior e visão dupla. Seu
tratamento é realizado através de cirurgias reparadoras que possibilitam posicionar o globo
ocular em sua posição primaria. Isto é possível através de implantes de materiais especiais
fixados no interior da orbita.
Conclusão
Os distúrbios de posição ocular são alterações frequentes na infância e merecem uma atenção e
importância especial. São alterações originadas por diversos factores desde os congénitos ao
adquiridos. O estrabismo é uma entidade caracterizada pela perda de paralelismo entre os olhos e
pode ocasionar alterações na função visual como a perda da estereopsia, muitos casos são
geneticamente determinados, podendo exigir um tratamento clinico ou cirúrgico. O exoftalmo e
enoftalmo sao alterações oculares de etiologia diversa, podendo ser unilateral ou bilateral, que
necessitam maioritariamente de intervenção cirúrgica.
Bibliografia
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