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FACULDADE DE

ARQUITECTURA

(RE)VIVER ALCÂNTARA INDUSTRIAL

RECONVERSÃO E REABILITAÇÃO DE UMA ZONA INDUSTRIAL OBSOLETA


ADEQUANDO A MEMÓRIA DOS ESPAÇOS À MODERNIDADE

Aluna

Mestrado Integrado em Arquitetura


Proposta para Projeto Final de Mestrado

Orientação Científica

Lisboa, Outubro de 2016


ÍNDICE

01| TEMA E SUBTEMA 02

02| PROBLEMA | QUESTÃO DE PARTIDA 02

03| OBJETIVOS 02

04| QUESTÕES DE TRABALHO | HIPÓTESES 03

05| CONCEITOS-CHAVE 05

06| ESTADO DO CONHECIMENTO 06

07| METOLOGIA 10

08| CALENDARIZAÇÃO 13

09| ESTRUTURA DO PROJECTO FINAL DE MESTRADO 14

10| BIBLIOGRAFIA 15

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01| TEMA E SUBTEMA

TEMA: (Re)viver Alcântara Industrial


SUBTEMA: Reconversão e Reabilitação de uma Zona Industrial
Obsoleta, Adequando as Memórias dos Espaços à Modernidade

02| PROBLEMA | QUESTÃO DE PARTIDA

Porquê habitação flexível e adaptável, associada a um complexo


multifuncional, para dinamizar e revitalizar social e urbanisticamente
uma zona industrial obsoleta, da zona Ribeirinha em Alcântara?

03| OBJETIVOS

Este trabalho de Projeto Final de Mestrado pretende dar


continuidade ao tema iniciado em Laboratório de Projeto VI,
desenvolvendo-o e aprofundando o tema. A área de estudo é a
freguesia de Alcântara, mais especificamente uma zona industrial,
atualmente devoluta, na zona Ribeirinha de Lisboa.

Tomando como ponto de partida a situação atual de Alcântara,


caracterizada pela existência de zonas industriais deixadas ao
abandono e várias infraestruturas devolutas, que impedem uma
melhor relação entre a envolvente construída e a frente rio, numa
primeira premissa para o trabalho, pretende-se explorar novas
formas de qualificar o espaço público, tanto a nível urbano, como
social.

A proposta projetual incidirá na requalificação desta antiga área


industrial, criando condições para a fixação de atividades terciárias
e criação de um núcleo habitacional. Tal será possível através do
desenho urbano do quarteirão, propondo uma diversificação dos
usos, habitação ao nível de pisos superiores e voltada para uma rua

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criada paralelamente à Rua Rodrigues de Faria, comércio e serviços
no piso térreo e nos edifícios situados na Rua Maria Luísa Holstein.

A criação deste núcleo multifuncional será executável pela


proximidade a eixos viários de grande relevância, como a Avenida
de Ceuta e a Avenida da Índia, e uma acessibilidade facilitada
relativamente a transportes público, nomeadamente os transportes
públicos rodoviários da Carris e ferroviários da empresa CP.

Pela carência de zonas verdes em espaço urbano nas proximidades


da zona de intervenção, no sentido de enfatizar o encontro entre
pessoas na rua, há uma necessidade de criar zonas ajardinadas de
carácter público, através da criação de zonas de edificado densas
e vazios urbanos.

Recorrendo à iconografia histórica de Filipe Folque e de Silva Pinto,


vão ser criadas formas semelhantes às anteriormente existentes na
zona, percebendo de que modo podem ser reinterpretadas e
adaptadas aos modos de vida da atualidade e ao local de
intervenção.

De modo a manter a memória do edificado, existe uma necessidade


de perceber o núcleo urbano a requalificar, para que o a
construção nova se possa relacionar com as pré-existências, já com
identidade. A adaptação dos edifícios a reabilitar, para um novo
uso, deverá fazê-lo sem que as alterações propostas os
descaracterizem.

04| QUESTÕES DE TRABALHO | HIPÓTESES

Na elaboração das hipóteses de trabalho, três questões


prevaleceram, as quais permitem uma reflexão cuidada acerca das
intenções a seguir aquando a realização da proposta
arquitectónica.

De que modo é que a requalificação de zonas industriais obsoletas


identitárias, na zona Ribeirinha de Alcântara, pode criar novas
dinâmicas sociais e urbanas?

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A requalificação da área de intervenção deve criar espaços que
levem diferentes tipos de pessoas a frequentá-los, quer atuais
moradores, em grande maioria pessoas idosas, quer futuros, ou
mesmo possíveis visitantes.

Para esse fim são criados vários espaços de carácter público, que
acolhem edifícios de âmbito multifuncional, que reúnem uso
habitacional, de carácter temporário e flexível e para utilização de
famílias, e uso comércio e de serviços, com a criação de espaços de
co-working e escritórios, comércio e culturais.

Diminuir o acesso de veículos motorizados no interior do quarteirão,


associado à criação de estacionamento subterrâneo, que permita
desimpedir os espaços ao nível da rua, leva a que estes possam ser
usados pela população.

Apelando ao desenho do espaço urbano, a intenção será maximizar


o nível de percursos pedonais, de modo a restituir a ideia de vida em
comunidade, consequente de uma vivência ao nível da rua.

De que modo pode a história da indústria na zona de intervenção


ser reinterpretada e adaptada à modernidade?

Relembrando a construção existente no século XIX e a malha urbana


deste quarteirão, o espaço será requalificado, de modo a reviver a
história, no entanto, adaptado aos paradigmas da atualidade.

Tomando como base a cartografia histórica, para estabelecer os


limites dos cheios e vazios propostos, há uma tentativa de simplificar
e regrar essas formas, para que possam ser apropriadas pelos usos
propostos.

É proposto um novo edifício, composto por várias partes, que advém


dos limites históricos, o qual será maioritariamente para satisfazer
funções de serviço e comércio. Outros dois edifícios propostos neste
registo, serão para uso habitacional e escritórios e espaços de co-
working.

Quando em caso de reabilitação, as intervenções devem ser


estabelecidas de forma clara, numa estrutura pré-existente, sem que
esta perca a sua identidade, estabelecendo simultaneamente
relações físicas e conceptuais com o novo edificado proposto e com
diferentes funções.
Porquê habitação flexível e adaptável , associada a um complexo
multifuncional, para dinamizar e revitalizar a zona?

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A criação de um espaço multifuncional, que agregue habitação e
serviços num mesmo núcleo, tem o intuito de aproximar o local de
trabalho da habitação, viabilizando um dinamismo contínuo do
quarteirão, nos vários períodos do dia. A articulação dos vários
espaços com diferentes funcionalidades, torna-se então
imprescindível.

Visto que a cidade não funciona, nem poderá funcionar somente


de zonas habitacionais, é necessário conjugar os vários usos. A
criação de diferentes tipos de espaço pretende dinamizar a zona,
de modo a aproximar o local de trabalho da residência e de
espaços de visita, para que a atividade seja mantida durante todo
o dia, não só no período noturno e fins-de-semana.

Na tentativa de contrariar o envelhecimento da população, a


solução é atrair novas faixas etárias e diferentes grupos sociais,
propondo novas formas de habitar, de carácter adaptável e flexível,
devidamente adequadas aos paradigmas da sociedade atual.

Os modelos de habitação encontrados no mercado, reproduzidos


ao longo de vários séculos, seguindo permanentemente os mesmos
princípios, podem não corresponder às necessidades da sociedade
contemporânea. Logo, uma possível reformulação dos mesmos
pode ser tida em conta na elaboração da proposta.

05| CONCEITOS-CHAVE

REQUALIFICAR
(RE)VIVER
PATRIMÓNIO INDUSTRIAL
ICONOGRAFIA HISTÓRICA
COMPLEXO
HABITAR
ADAPTABILIDADE
FLEXIBILIDADE

06| ESTADO DO CONHECIMENTO

_ PATRIMÓNIO INDUSTRIAL

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Evolução da indústria em Alcântara
Dados estatísticos
Casos de estudo

_ FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O significado de Habitar
Adaptabilidade e Flexibilidade na Habitação

EVOLUÇÃO DA INDÚSTRIA EM ALCÂNTARA

Alcântara, caracteriza-se, para a grande maioria da população da


cidade de Lisboa, como uma zona tipicamente industrial. Esta ideia
é consequente da presença de alguns equipamentos industriais, que
ainda hoje prevalecem, e, também, da existência de vestígios
daquilo que outrora foram indústrias ou registos de que as mesmas
existiram.

No século XX, as mudanças ocorridas foram particularmente


notórias, devido à influência no futuro da freguesia. Entre estas,
destacam-se a arborização do Parque Florestal de Monsanto, a
construção do Bairro do Alvito (onde se viriam a instalar várias
pequenas indústrias), aparecimento da Estação de Marítima de
Alcântara, da Avenida de Ceuta e do Pavilhão da FIL (Feira
Internacional de Lisboa) e ainda a inauguração do Estádio da
Tapadinha.

No entanto, o aparecimento da indústria nesta área começou já no


século XVII, devido a Marquês de Pombal que aí instalou a Tinturaria
da Real Fábrica das Sedas, entre outras.

Ao longo dos vários séculos, foram-se instalando distintos tipos de


indústria, onde era possível depararmo-nos, tanto com a existência
de fábricas de grandes dimensões, como com presença de um
elevado número de pequenas oficinas. As últimas, estreitamente
ligadas ao serviço portuário e que salpicavam todo o bairro, eram
na sua maioria indústria de carácter metalo-mecânico.

Ademais, existia ainda uma grande abundância de serralharias civis


e mecânicas, grandes serrações e um intenso comércio de sucatas,
principalmente de automóveis e ferro, situados na sua maioria na
zona alta da freguesia.

Se no sector comercial, Alcântara não encontrou o seu ponto forte,

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pelo contrário, a nível industrial não havia falta de uma enorme
quantidade de empresas, algumas das quais contribuíram para que
esta área ganhasse uma enorme importância a nível económico e
alterasse gradualmente os modos do vida da população e a própria
cidade.

A Companhia União Fabril, uma das grandes unidades fabris aqui


instalada, detinha uma grande produção de, principalmente, no
ramos das indústrias químicas, fabricando adubos, óleos, sabões,
insecticidas e fungicidas. Com um total de 400 operários e
rendimento acima da média das restantes fábricas, constituía-se
como uma empresa de grande dimensão.

Também a nível da indústria alimentar existiram diversas empresas


como a SIDUL, Sociedade Industrial do Ultramar, a antiga Refinaria
Colonial (com 340 operários a laborar); a Sociedade Aliança, uma
fábrica de massas, bombons e rebuçados (instalada desde 1920 na
Rua da Junqueira e com 491 operários); e, ainda, a Fábrica de
Chocolate Regina (na rua Sá Miranda, fundada em 1920 e com 500
operários).

No ramo têxtil existiam várias oficinas e fábricas, estas últimas


concentradas em Lisboa e nos arredores. Na região de Alcântara
coexistiam meramente seis, sendo umas destas a Fábrica de
Lanifícios do Conde Daupiás, com cerca de 700 operários. Esta
constituía-se como a mais antiga de Lisboa, deste género, sendo
prosaicamente denominada como ‘Fábrica do Ratão’, corruptela
do apelido da família proprietária.

Paulatinamente, a cidade de Lisboa começou a avançar em


direção a Alcântara, levando a que a mudança para outros locais
se tornasse indispensável para a grande maioria das empresas. A
deslocação para um outras zonas no qual se pudessem estender e
construir as suas fábricas horizontalmente, visto que o
desenvolvimento vertical seria menos económico. Assim as fábricas
começariam a seguir a única solução viável: a mudança para locais
mais desafogados.
DADOS ESTATÍSTICOS

De modo a obter uma comparação entre o século XX e o século XXI,


foi feita uma recolha de dados e valores de igual natureza, de modo
a tirar algumas considerações sobre a evolução da indústria em
Portugal, particularmente em Lisboa.

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Nos dados recolhidos relativos ao ano de 2011, no que diz respeito à
densidade populacional da Área Metropolitana Lisboa apresenta
um valor de 2 281 876 habitantes, que representa 26.8 % da
população total do país.

Tendo em conta o número de habitantes total de Portugal , de 10


562 178 habitantes, visto que 1 154 709 desses habitantes estão
empregados no sector secundário, é possível concluir que 10,9% da
população se encontra inserida nessa área. Relativamente à grande
Lisboa esse número é de 203 141.

No ano de 1981, os dados recolhidos relativamente à região de


Lisboa indicam um número de 290 199 empregados no sector
secundário (que corresponde a uma percentagem de 16.6%,
relativamente ao número total do país de 1 480 348.

Através destes dados é possível concluir que existiu um decréscimo


da importância do sector secundário e, concludentemente, uma
grande recessão da indústria, que têm vindo a perder importância
na economia nacional.

CASOS DE ESTUDO

_ La Fábrica (antiga Fábrica de Cimento) - Ricardo Bofill

_ LisboaLoft (antiga Fábrica de Lâmpadas Lumiar) - José Luís Abreu e


Miguel Varela Gomes

_ NonConventional Housing Units - Garcés - De Seta - Bonet,


Arquitectes

_ House N - Sou Fujimoto

_ Library House - Shinichi Ogawa & Associates


_ e2a - High Rise London

O SIGNIFICADO DE HABITAR

Desde os primórdios da nossa existência que, o conceito habitar


surge de modo abrangente, numa alternância de sentidos que
dependem fundamentalmente da origem da interpretação.

Habitar, do latim habitare, significa residir ou viver em, povoar,


ocupar como morada. Etimologicamente, deriva da palavra hábito,

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do latim habitus, e refere-se a algo que fazemos sucessiva e
vulgarmente. Encontra-se ainda relacionado com o termo ter, do
latim habere, associado a possuir algo.

Habitar é uma necessidade do Homem, tal como “edificar” e


“pensar” são inevitáveis para a satisfação desse ato. Desde o
momento em que o ser humano existe, a sua necessidade de
procurar abrigo tornou-se incontornável, e aliado a essa
necessidade surgiu o conceito de residência. Esse local fazia
transparecer as relações entre as pessoas que desse espaço
usufruíam.

Ao ser mais que um refúgio, os espaços que definem uma habitação


são lugares, na verdadeira acepção da palavra, com carácter
simbólico que confere qualidades, tanto ao interior como ao exterior
dos mesmos. Heidegger aponta que “A referência do homem aos
lugares e através dos lugares aos espaços repousa no habitar.

A relação entre homem e espaço nada mais é do que um habitar


pensado de maneira essencial.”.

Para o Homem, é essencial satisfazer as suas necessidades básicas


para sobrevivência pessoal e, principalmente, encontrar o local
onde o habitar se realiza de um modo absoluto, em todas as duas
dimensões. Habitar não é, nem nunca poderá ser, o resultado
forçoso do pragmatismo do lugar. O lugar é a perceptível expressão
do ser humano, revelada através do ato de habitar.

ADAPTABILIDADE E FLEXIBILIDADE NA HABITAÇÃO

Na contemporaneidade, a sociedade é marcada por uma


crescente diversidade sócio-cultural e por modos e estilos de vida
distintos.

A socióloga Karin Wall, cuja atividade de investigação se centra


principalmente ao nível das áreas da sociologia da família, das
relações de género e sociologia das políticas sociais, refere que a as
famílias em Portugal tem sofrido graduais alterações na sua estrutura
e dinâmica.

Por estas alterações, o espaço da casa, sofre uma alteração de


paradigma, no qual as interações que nele ocorrem têm uma
natureza diferente. O núcleo familiar vai sofrendo alterações no

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decorrer do tempo, onde há entrada de novos membros para o
agregado ou o desligamento de outros, numa dinâmica natural e
necessária.

Ainda relativamente ao tema das famílias, Alexandra Almeida e


Paiva, na sua tese final de Mestrado sobre habitação flexível,
considera que o aspeto que mais influencia o desenho de uma casa
é a diminuição do número de filhos, alterando aquilo que é a família
tradicional. Outros tipos de fenómenos podem ser também
considerados, como o aumento do número de divórcios, casais com
filhos de variados casamentos, pessoas solteiras, casais sem filhos,
entre outros.

A organização de uma casa deve, em todos os sentidos, satisfazer


as necessidades dos indivíduos que nela habitam, sem condicionar
de modo negativo o seu estilo de vida.

07| METODOLOGIA

O Trabalho Final de Mestrado será separado em duas partes com


carácter distinto: teórico e projectual. Ambos os processos
funcionarão concomitantemente, de modo a que se possam
complementar mutuamente.

FASE TEÓRICA

A primeira fase da metodologia compreende a reunião de


informação de auxilie a elaboração do projeto, através da recolha
de referências bibliográficas (livros, artigos, estudos) e ainda reunir
informação através de
palestras, colóquios e aulas. Simultaneamente existe uma análise de
casos de estudo de carácter prático e de relevância, quer nacional,
quer internacional, que serão comparados entre si.

De modo a auxiliar algumas das conclusões a tirar e o modo como


vai ser abordado o projeto, serão recolhidos dados estatísticos,
retirados do Instituto Nacional de Estatística (INE), referentes à
população residente em Portugal e ao sector secundário. Assim será
possível compreender a evolução da indústria no contexto do país

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e da área metropolitana de Lisboa, bem como a sua situação
demográfica.

A elaboração do documento escrito acompanhará, quase na


integra, todas as fases de projeto e será elaborado ao longo do
tempo, englobando todas as informações que forem gradualmente
descobertas.

FASE PROJECTUAL

No âmbito de projeto, numa primeira fase, haverá uma pesquisa e


análise da indústria na freguesia de Alcântara, a nível histórico e na
atualidade, para permitir um melhor entendimento entre a história e
a proposta a implementar.

Nas fases 2 e 3, após escolhida a zona de intervenção, é feito um


levantamento do edificado existente, através de fotografias,
planimetria e altimetria, através dos quais são elaborados plantas e
perfis fidedignos.

A quarta etapa compreende a execução de desenhos


esquemáticos, numa avaliação às potencialidades e problemas do
local e que permitam compreender a inserção deste na cidade.
Numa quinta fase é elaborado o programa, no qual são propostas
as funções a albergar aquando a elaboração do projeto.

De seguida será elaborado o desenho urbano proposto para o


quarteirão, que terá como base as reflexões, ideias e resultados
obtidos em todas as fases anteriores. Neste ponto recorrer-se-á a
casos de estudo, com estratégias implantadas e problemáticas
semelhantes.

Nas fases 7 e 8, serão abordadas questões relativas ao projeto e


materialidade do mesmo. Inicialmente serão escolhidos somente
dois dos edifícios do complexo, um a reabilitar e um de construção
proposta, para que existam diferentes graus de interpretação e de
conhecimentos a aplicar.

Após um primeiro período de reflexão sobre estes dois objetos


arquitectónicos, tendo em conta os conhecimentos adquiridos e um
fio condutor na elaboração dos mesmos, a proposta avançará de
modo a englobar os restantes edifícios. Cada um dos edifícios será
pensado individualmente e em grupo, inserido na área de
intervenção e na cidade.

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Por último, será apresentado um projeto final, que permitirá a
execução das peças finais para a apresentação do projeto.

08| CALENDARIZAÇÃO

FASE TEÓRICA

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Fase 01| Casos de estudo
Fase 02| Análise e comparação de casos de estudo
Fase 03| Referências bibliográficas
Fase 04| Recolha estatística
Fase 05| Documento Escrito

FASE PROJECTUAL

Fase 01| Levantamento de edifícios industriais na freguesia de


Alcântara
Fase 02| Levantamento do edificado na zona de intervenção
(fotografias, planimetria, altimetria..)
Fase 03| Análise urbana e contexto (Escalas 1:10000 e 1:5000)
Fase 04| Proposta Esquemática (Escala 1:500)
Fase 05| Formulação do Programa
Fase 06| Desenho Urbano (Escalas 1:1000 e 1:500)
Fase 07| 1ª Abordagem – Proposta Arquitectónica (Escala 1:200)
Fase 08| 1ª Abordagem – Matéria e Detalhe (Escalas 1:20 e 1:5)
Fase 09| Proposta Arquitectónica (Escala 1:200)
Fase 10| Matéria e Detalhe (Escalas 1:20 e 1:5)
Fase 11| Proposta Final
Fase 12| Peças Finais (Desenhos)
09| ESTRUTURA DO PROJETO FINAL DE MESTRADO

01| INTRODUÇÃO
Enquadramento
Objetivo

02| PATRIMÓNIO INDUSTRIAL


Breve introdução histórica
A indústria em Lisboa
Iconografia histórica de Filipe Folque
Alcântara no contexto de Lisboa
Considerações do contexto urbano
Património industrial devoluto
Abordagens de reabilitação

03| A CASA E O HABITAR


Qual é o significado de habitar
O contexto habitacional em Portugal
O conceito de flexibilidade
O conceito de adaptabilidade
Novos paradigmas e a flexibilidade na habitação

04| PROPOSTA

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Objectivos projetuais
Estratégia Urbana (da cidade ao quarteirão, do quarteirão à rua)
Os elementos (as pré-existências e o proposto)
A casa

05| CONSIDERAÇÕES FINAIS

06| FONTES BIBLIOGRÁFICAS


Bibliografia
Publicações
Teses de Mestrado e Doutoramento, Artigos Académicos
Páginas Web

10| BIBLIOGRAFIA

BIBLIOGRAFIA

_ AMÉLIA, Maria, LIMA, F. Freire – Alcântara: Evolução de um Bairro


de Lisboa, Lisboa, 1971

_ HALL, Edward T. – A Dimensão Oculta, Lisboa: Relógio d’Água, 1986

_ HEIDEGGER, Martin – Construir, Habitar, Pensar, Madrid: La Oficina,


2015

_ ILLICH, Ivan - La reivindicación de la Casa, Alternativas II, México:


Ed. Joaquín Mortiz/Planeta, 1989

_ JORGE, José Duarte Gorjão – Lugares em Teoria, 1ª Edição, Casal


de Cambra: Caleidoscópio, 2007

_ NORBERG-SCHULZ, Christian, Existence, Space and Architecture,


Londres: Studio Vista, 1972

_ NORBERG-SCHULZ, Christian - Genius Loci: Towards a


Phenomenology of Architecture, New York: Rizzoli, 1980

TESES DE MESTRADO E DOUTORAMENTE, ARTIGOS ACADÉMICOS,


CONFEREÊNCIAS

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_ COSTA, Tiago – Património Industrial Português da Época do
Movimento Moderno: das experiências modernistas às novas
necessidades contemporâneas, Coimbra: Departamento de
Arquitectura, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade
de Coimbra, 2011 (Tese de Mestrado)

_ JORGE, José Duarte Gorjão - Retóricas da Casa; 


_ PAIVA, Alexandra – Habitação Flexível: Análise de conceitos e


soluções, Lisboa: Faculdade de Arquitectura da Universidade
Técnica de Lisboa, 2003 (Tese de Mestrado)

_ SILVA, Marta – Reabilitação com Reconversão de Usos em Edíficios


Industriais, Lisboa: Instituto Superior Técnico, 2013 (Tese de Mestrado)

_ PEREIRA, Maria João – A Flexibilidade na Habitação: Realidade ou


utopia? A propósito do Parque Urbano do Rio Seco, Lisboa:
Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa, 2015 (Tese de
Mestrado)

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