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Im p losão e d issu asão rança absoluta, q u e vai gen eralizar-se a tod o o cam p o social e
qu e é p rofu n d am en te u m m od elo d e d issu asão (é o m esm o
qu e nos rege m u n d ialm en te sob o sign o d a coexistên cia
p acífica e d a sim u lação d e p erigo atóm ico).
O m esm o m od elo, gu ard an d o as d ev id as p rop orções, se
elabora no Cen tro: fissão cu ltu ral, d issu asão p olítica.
Dito isto, a circu lação d os flu id os é d esigu al. Ven tilação,
arrefecim en to, red es eléctricas — os flu id os «trad icion ais»
circu lam aí m u ito bem . Já a circu lação d o flu id o h u m an o é
m en os bem assegu rad a (solu ção arcaica d as escad as rolan tes
n os cilin d ros d e p lástico, d ev eríam os ser asp irad os, p rop u l
O efeito Bea u b o u rg , a m áq u in a Bea u b ou r g , a coisa sad os, sei lá, m as u m a m obilid ad e q u e esteja à altu ra d esta
Beau bou rg — com o d ar-lh e u m nom e? En igm a d esta carcaça teatralid ad e barroca d os flu id os q u e con stitu i a origin alid ad e
d e flu xos e d e sign os, d e red es e d e circu itos — ú ltim a v elei d a carcaça). Q u an to ao m aterial d e obras, d e objectos, d e
d ad e d e trad u zir u m a estru tu ra q u e já n ão tem n om e, a livros e ao esp aço in terior d ito «p olivalen te», já nad a circu la
estru tu ra d as relações sociais en tregu es à ven tilação su p er d e tod o. Q u an to m ais nos en terram os em d irecção ao in te
ficial (an im ação, au togestão, in form ação, media) e a u m a rior, m enos circu la. É o op osto d e Roissy, on d e d e u m cen tro
im p losão irreversív el em p rofu n d id ad e. M on u m en to aos fu tu rista com design «esp acial» irrad ian d o p ara «satélites»,
jogos d e sim u lação d e m assas, o cen tro fu n cion a com o u m etc. se ch ega, m u ito terren am en te a... aviões trad icion ais.
in cin erad or q u e absorve tod a a en ergia cu ltu ral d evoran d o- Mas a in coerên cia é a m esm a. (Qu e se p assa com o d in h eiro,
esse ou tro flu id o, qu e se p assa com o seu m od o d e circu lação,
-a — d e certo m od o com o o m on ólito n egro d e 2001: con
d e em u lsão, d e recaíd a em Beau bou rg?)
vecção lou ca d e tod os os con teú d os qu e aí v ieram m ate A m esm a con trad ição se verifica até n os com p ortam en tos
rializar-se, absorv er-se e an iqu ilar-se. d o p essoal d estin ad o ao esp aço «p olivalen te» e sem esp aço
Tu d o á volta d o bairro n ão é m ais q u e u m vern iz — p rivad o d e trabalh o. De p é e em m ovim en to, as p essoas
lim p eza d a fach ad a, d esin fecção, design snob e h igién ico — afectam u m com p ortam en to cool *, m ais su btil, m u ito design,
m as sobretu d o m en talm en te: é u m a m áqu in a d e p rod u zir ad ap tad o à «estru tu ra» d e u m esp aço «m od ern o». Sen tad os
vazio. De certo m od o com o as cen trais n u cleares: o verd ad eiro no seu can to, q u e n em sequ er é v erd ad eiram en te isso, u m
p erigo qu e elas con stitu em n ão é a in segu ran ça, a p olu ição, can to, esgotam -se segregan d o u m a solid ão artificial, a refazer
a exp losão, m as o sistem a d e segu ran ça m áxim o q u e irrad ia a su a «bolh a». Bela táctica d e d issu asão a í tam bém : são con
à su a volta, u m vern iz d e con trole e d e d issu asão qu e se d en ad os a em p regar tod a a su a en ergia nesta d efen siva in d i
esten d e, a p ou co e p ou co, a tod o o território, vern iz técn ico, vid u al. Cu riosam en te, v oltam os a en con trar, assim , a m esm a
ecológico, econ óm ico, geop olítico. Q u e im p orta o n u clear se
a cen tral é u m a m atriz on d e se elabora u m m od elo d e segu
Hm in glês n o origin al. (N . d a T.)
Jean BaudriUard 83 84 Sim ulacros e Sim ulação
con trad ição q u e é a d a coisa Beau bou rg: u m exterior m óvel, d e u m sólid o geom étrico. Tal com o as carrip an as d e César
com u tan te, cool e m od ern o — u m in terior crisp ad o sobre os saíd as sem beliscad u ra d e u m acid en te id eal, já n ão exterior,
velh os valores. m as in tern o à estru tu ra m etálica e m ecân ica e q u e teria feito
Este esp aço d e d issu asão, articu lad o sobre a id eologia d e u m a gran d e q u an tid ad e d e ferro-v elh o cú bico em q u e o caos
visibilid ad e, d e tran sp arên cia, d e p olivalên cia, d e con sen so e d e tu bos, alav an cas, carroçaria, m etal e carn e hu m an a no
d e con tacto, é virtu alm en te h oje em d ia o d as relações sociais. in terior é talh ad o à m ed id a geom étrica d o m ais p equ en o
Tod o o d iscu rso social está aí p resen te e n este p lan o, com o esp aço p ossível — assim a cu ltu ra d e Beau bou rg está fractu -
no d o tratam en to d a cu ltu ra, Beau bou rg é, em total con tra rad a, torcid a, cortad a e p ren sad a n os seu s m ais p equ en os
d ição com os seu s objectivos exp lícitos, u m m on u m en to gen ial elem en tos sim p les — feixe d e tran sm issões e m etabolism o
d a n ossa m od ern id ad e. É bom p en sar q u e a id eia n ão veio ao d efu n to, con gelad o com o u m m ecan óid e d e ficção cien tífica.
esp írito d e u m q u alq u er rev olu cion ário m as sim ao d os Mas em vez d e p artir e d e com p rim ir aqu i tod a a cu ltu ra
lógicos d a ord em estabelecid a, d estitu íd os d e q u alqu er esp í n esta carcaça qu e d e tod as as m an eiras tem o ar d e u m a com
rito crítico e, logo, m ais p róxim os d a verd ad e, cap azes, na p ressão, em vez d isso exp õe-se César. Exp õe-se D u bu ffet e a
su a obstin ação, d e p ôr em fu n cion am en to u m a m áqu in a no con tracu ltu ra, cu ja sim u lação in versa serve d e referen cial à
fu n d o in con trolável, q u e lh es escap a n o seu p róp rio êxito, e cu ltu ra d efu n ta. N esta carcaça q u e p od eria ter serv id o d e
qu e é o reflexo m ais exacto, até n as su as con trad ições, d o m au soléu à op eracion alid ad e in ú til d os sign os, reexp õem -se
estad o d e coisas actu al. as m áqu in as efém eras e a u tod estru id oras d e Tin g u ely sob o
sign o d a etern id ad e d a cu ltu ra. Assim se n eu traliza tod o o
Claro q u e tod os os con teú d os cu ltu rais d e Beau bou rg con ju n to: Tin g u ely é em balsam ad o na in stitu ição d o m u seu ,
são an acrón icos p orqu e a este in v ólu cro arq u itectón ico só Beau bou rg é abatid o sobre os seu s p reten sos con teú d os
p od eria ter corresp on d id o o v azio in terior. A im p ressão artísticos.
geral é d e q u e tu d o aqu i está em com a p rofu n d o, q u e tu d o Felizm en te tod o este sim u lacro d e v alores cu ltu rais é
se qu er an im ação e n ão é m ais q u e rean im ação e q u e está an iqu ilad o com an teced ên cia p ela arq u itectu ra e x t e r i o r E
bem assim , p ois a cu ltu ra m orreu , o qu e Beau bou rg d es q u e esta, com as su as red es d e tu bos e o seu ar d e ed ifício d e
creve ad m iravelm en te, m as d e m an eira v ergon h osa, qu an d o exp osições ou d e feira u n iv ersal, com a su a fragilid ad e (cal
se d everia ter aceite triu n falm en te esta m orte e ter erigid o cu lad a?) d issu asiv a d e tod a a m en talid ad e ou m on u m en tali
u m m o n u m en to ou u m a n tim o n u m en to eq u iv a len te à d ad e trad icion al, p roclam a abertam en te qu e o n osso tem p o
in an id ad e fálica d a Torre Fiffel n o seu tem p o. M on u m en to à n u n ca m ais será o d a d u ração, q u e a nossa tem p oralid ad e é
d escon exão total, à h ip er-realid ad e e à im p losão d a cu ltu ra a d o ciclo acelerad o e d a reciclagem , d o circu ito e d o trân sito
— feita h oje em d ia p ara nós com o u m efeito d e circu itos d os flu id os. A n ossa ú n ica cu ltu ra no fu n d o é a d os h id rocar-
tran sistorizad os, sem p re esp reitad os p or u m cu rto-circu ito
gigan tesco.
Beau bou rg é já u m a com p ressão à César — figu ra d e
1. Ain d a ou tra coisa an iq u ila o p rojecto cu ltu ral d e Beau bou rg: as
u m a tal cu ltu ra q u e é esm agad a p elo seu p róp rio p eso — p róp rias m assas q u e a í aflu ein p ara o g oz a r (v oltarem os a este p on to m ais
com o os m óv eis au tom óveis con gelad os d e rep en te d en tro ad ian te).
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Jean Baudrillard 85
p ara elev ar as m assas a esta nova ord em sem iú rgica qu e elas p ap el d e agen te catastrófico n esta estru tu ra d e catástrofe, são
são aqu i ch am ad as — sob o p retexto op osto d e acu ltu rá-las as próprias massas que põem fim à cultura de massas.
ao sen tid o e à p rofu n d id ad e.
Circu lan d o n o esp aço d a tran sp arên cia, são, d ecerto, con
H á, p ois, qu e p artir d este axiom a: Beau bou rg é u m monu vertid as em flu xo m as a o m esm o tem p o, p ela su a op acid ad e
mento de dissuasão cultural. Sob u m cen ário d e m u seu qu e só e in ércia, p õem fim a este esp aço «p olivalen te». São con v i
serve p ara salv ar a ficção h u m an ista d e cu ltu ra, é u m v erd a d ad as a p articip ar, a sim u lar, a br in ca r com os m od elos
d eiro trabalh o d e m orte d a cu ltu ra q u e a í se faz e é a u m fazem ain d a m elh or: p articip am e m an ip u lam tão bem qu e
verd ad eiro trabalh o d e lu to cu ltu ral aqu ele a qu e as m assas ap agam tod o o sen tid o qu e se q u er d ar à op eração e p õem
são alegrem en te ch am ad as. em p erigo até a in fra-estru tu ra d o ed ifício. C om o sem p re
E elas p recip itam -se p ara lá. É essa a su p rem a ironia d e acon tece u m a esp écie d e p aród ia, d e h ip ersim u lação em
Beau bou rg: as m assas p recip itam -se p ara lá n ão p orqu e resp osta à sim u lação cu ltu ral, tran sform a as m assas, q u e n ão
salivem p or essa cu ltu ra d e q u e estariam p rivad as d esd e há d everiam ser m ais qu e o cheptel* d a cu ltu ra, no execu tor qu e
sécu los, m as p orqu e têm p ela p rim eira vez a op ortu n id ad e m ata esta cu ltu ra, d a qu al Beau bou rg era a en carn ação ver
d e p articip ar m aciçam en te n esse im en so trabalh o d e lu to d e gon hosa.
u m a cu ltu ra qu e, n o fu n d o, sem p re d etestaram . H á qu e ap lau d ir este êxito d a d issu asão cu ltu ral. Tod os
O m a l-en ten d id o é, p ois, total q u a n d o se d en u n cia os an tiartistas, esqu erd istas e d etractores d e cu ltu ra n u n ca
Beau bou rg com o u m a m istificação cu ltu ral d e m assas. As tiveram , n em d e lon ge, a eficácia d issu asiv a d este m on u
m assas, essas, p recip itam -se p ara lá p ara g ozar essa m orte, m ental bu raco n egro qu e é Beau bou rg. É u m a op eração
essa d ecep ção, essa p rostitu ição op eracion al d e u m a cu ltu ra v erd ad eiram en te revolu cion ária, ju stam en te p orqu e é in vo
p or fim v erd ad eiram en te liqu id ad a, in clu in d o tod a a con lu n tária, louca e in con trolad a, en qu an to as ten tativas sen satas
tracu ltu ra q u e não é sen ão a su a ap oteose. A s m assas aflu em d e acabar com a cu ltu ra n ão fizeram m ais, com o se sabe, q u e
a Beau bou rg com o aflu em aos locais d e catástrofe, com o ressu scitá-la.
m esm o im p u lso irresistível. M elh or: elas são a catástrofe d e
Beau bou rg. O seu n ú m ero, a su a obstin ação, o seu fascín io, o Em rigor, o ú n ico con teú d o d e Beau bou rg são a s p róp rias
seu p ru rid o d e v er tu d o, d e m an ip u lar tu d o é u m com p or m assas, qu e o ed ifício trata com o u m con versor, com o u m a
tam en to objectiv am en te m ortal e catastrófico p ara qu alqu er câm ara escu ra ou , em term os d e iuput-output, exactam en te
em p reen d im en to. N ão só o seu p eso p õe em p erigo o ed ifício com o u m a refin aria trata u m p rod u to p etrolífero ou u m
com o a su a ad esão, a su a cu riosid ad e an iqu ila os p róp rios flu xo d e m atéria bru ta.
con teú d os d esta cu ltu ra d e an im ação. Este ru sh* já não tem N u n ca foi tão claro q u e o con teú d o — aqu i a cu ltu ra,
qu alqu er m ed id a com u m com o q u e se p rop u n h a com o objec- n ou tro sítio a in form ação ou a m ercad oria — é ap en as o
tivo cu ltu ral, é m esm o a su a n egação rad ical, no seu excesso su p orte fan tasm a d a op eração d o p róp rio médium, cu ja fu n ção
e no seu p róp rio êxito. São, p ois, as m assas qu e fazem o é sem p re in d u zir m assas, p rod u zir u m flu xo h u m an o e m ental
* A rrem etid a. Hm in glês n o orig in al. (N . d a T.) * O gad o d ad o a criar em arren d am en to. (N . d a T.)
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fcan Baudrillard 89
m u ltid ão, o ar com p rim id o) pela sua própria circulação ace en qu an to tal — m assa p rojéctil qu e d esafia o ed ifício da
lerada. cu ltu ra d e m assa, qu e rip osta com o seu p eso, isto é, p elo seu
asp ecto m ais d estitu íd o d e sen tid o, m ais estú p id o, m en os
M as sc os stocks d c objectos in d u zem o arm azen am en to cu ltu ral, ao d esafio d e cu ltu ralid ad e q u e lhe é lan çad o p or
d os h om en s, a violên cia laten te no stock d e objectos in d u z a Beau bou rg. A o d esafio d a acu ltu ração m aciça a u m a cu ltu ra
violên cia op osta d as p essoas. esterilizad a, a m assa resp on d e p or u m a irru p ção d estru id ora,
Q u alqu er stock é v iolen to e existe u m a v iolên cia em qu e se p rolon ga n u m a m an ip u lação bru tal. À d issu asão
qu alqu er m assa d e p essoas tam bém , p elo facto d e q u e ela m ental a m assa resp on d e p or u m a d issu asão física d irecta. É
im p lod e — v iolên cia p róp ria à gravitação, à su a d en sificação o seu p róp rio d esafio. A su a astú cia, q u e con siste em resp on
em torno d o seu p róp rio foco d e in ércia. A m assa é foco d e d er nos m esm os term os em q u e é solicitad a, m as p ara além
inércia e d aí foco d e u m a violên cia com p letam en te n ova, d isso, em resp on d er ã sim u lação em qu e a en cerram , com
in exp licável e d iferen te d a violên cia exp losiva. u m p rocesso social en tu siasta qu e lh e u ltrap assa os objectivos
Massa crítica, m assa im p losiva. Para além d os 30000, a e d esem p en h a o p ap el d e h ip ersim u lação destru idoraQi.
estru tu ra d e Beau bou rg corre o risco d e «vergar». Q u e a
m assa atraíd a p ela estru tu ra se torn e n u m a variável d es As p essoas têm von tad e d e tom ar tu d o, p ilh ar tu d o, com er
tru id ora d a p róp ria estru tu ra — se isto tiver sid o d a von tad e tu d o, m an ip u lar tu d o. Ver, d ecifrar, ap ren d er n ão as afecta.
d os q u e a con ceberam (m as com o esp erá-lo?), se eles p ro O ú n ico afecto m aciço é o d a m an ip u lação. O s organ izad o
gram aram assim a p ossibilid ad e d e acabar d e u m a só vez res (e os artistas e os in telectu ais) estão assu stad os com esta
com a arqu itectu ra e a cu ltu ra — en tão Beau bou rg con stitu i veleid ad e in con trolável, p ois n u n ca esp eram sen ão a ap ren
o objecto n iais au d acioso e o happen in g* m ais bem su ced id o d izagem d as m assas ao espectdculo d a cu ltu ra. N u nca esp eram
d o sécu lo. esse fascín io activo, d estru id or, resp osta bru tal e origin al ao
Façam vergar Beaubourg! N ova p alavra d e ord em revolu d om d e u m a cu ltu ra in com p reen sível, atracção qu e tem tod as
cion ária. Inú til in cen d iar, inú til con testar. Força! É a m elh or as características d e u m arrom bam en to e violação d e u m
m an eira d e o d estru ir. O êxito d e Beau bou rg já n ão é m istério: santu ário.
as p essoas vão lá para isso, p recip itam -se p ara este ed ifício, Beau bou rg p od eria ou d everia ter d esap arecid o n o dia
cu ja fragilid ad e resp ira já a catástrofe, com o ú n ico objectivo a segu ir à in au gu ração, d esm on tad o ou rap tad o p ela m u l
d e o fazer vergar. tid ão, o qu e teria con stitu íd o a ú n ica resp osta p ossível ao
Decerto qu e obed ecem ao im p erativ o d e d issu asão: d á- d esafio absu rd o d e tran sp arên cia e d e d em ocracia d a cu ltu ra
-se-lh es u m objecto p ara con su m ir, u m a cu ltu ra p ara d ev o — levan d o cad a qu al u m p ed aço fetich e d esta cu ltu ra, ela
rar, u m ed ifício p ara m an ip u lar. M as ao m esm o tem p o visam p róp ria fetich izad a.
exp ressa m en te, e sem o saberem , esse an iqu ilam en to. A cor
rid a p recip itad a é o ú n ico acto qu e a m assa p od e p rod u zir
2. Em relação a esta m assa crítica e à su a rad ical com p reen são d e
Beau bou rg, com o foi irrisória a m an ifestação d os estu d an tes d e Vin cen n es
• Em in glês n o origin al. (N . d a T.) na n oite d a in au gu ração!
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Jeatt Baudrillard 93