Você está na página 1de 35

Sistema Financeiro Nacional p/ BACEN

Teoria e exercícios comentados


Prof. Caio de Oliveira Aula 03
AULA 03: Instituições Operadoras do SFN
(Parte 2)

SUMÁRIO PÁGINA
1. Apresentação 1-2
2. Sociedades de arrendamento mercantil 2-4
3. Administradoras de consórcio 4-5
4. Sociedades corretoras de câmbio 5-8
5. Sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários 8-12
6. Sociedades distribuidoras de títulos e valores 12
mobiliários
7. Bolsas de valores 12-17
8. Bolsas de mercadorias e futuros 17-18
9. SELIC 18-20
10. CETIP 20-22
11. Sociedades seguradoras 22-25
12. Resseguradores 25
13. Sociedades de capitalização 25-26
14. Entidades de previdência complementar 26-29
15. Lista das questões apresentadas 30-34
16. Gabarito das questões apresentadas 35

1 - Apresentação

Caríssimo aluno,

Seja bem-vindo à nossa quarta aula!

Na aula de hoje, terminaremos o nosso famoso quadro do SFN,


analisando as instituições operadoras que não são instituições financeiras.
As instituições que estudaremos nesta aula são aquelas que atuam no
mercado de capitais (e são reguladas, portanto, principalmente pela
CVM), que atuam no mercado de crédito (e são reguladas, assim, pelo
BACEN) e uma última que participa apenas do mercado de câmbio
(regulada, então, pelo BACEN). Ademais, vamos apresentar rapidamente
instituições não financeiras que, apesar de fazerem parte do SFN, não são
regulamentadas pelo CMN e, por esse motivo, são dificilmente cobradas
em concursos do BACEN: instituições do mercado de seguros e de

Prof. Caio de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 35


Sistema Financeiro Nacional p/ BACEN
Teoria e exercícios comentados
Prof. Caio de Oliveira Aula 03
previdência complementar. Por fim, vamos estudar o SELIC e a CETIP,
que são sistemas nos quais ocorre grande parte das negociações de renda
fixa no país.
Este é o programa da aula de hoje (Instituições Operadoras do SFN
– Parte 2): sociedades de arrendamento mercantil; administradoras de
consórcio; sociedades corretoras de câmbio; sociedades corretoras de
títulos e valores mobiliários; sociedades distribuidoras de títulos e valores
mobiliários; bolsas de valores; bolsas de mercadorias e futuros; SELIC;
CETIP; resseguradores; sociedades seguradoras; sociedades de
capitalização; entidades de previdência complementar.

Agora, vamos ao que interessa!

2 Sociedades de arrendamento mercantil


Na última aula, estudamos já o que fazem e o que são as
sociedades de arrendamento mercantil. Elas não são consideradas
Instituições Financeiras, apesar de trabalharem com a
intermediação de recursos, porque não realizam operações de
financiamento, mas sim arrendamento mercantil (que, como vimos,
não são exatamente a mesma coisa). As Sociedades de Arrendamento
Mercantil são constituídas com base na Lei das S/As e, na sua
denominação social, deve constar a expressão “Arrendamento
Mercantil”. Estudamos essas sociedades na última aula, porque elas
podem ser uma das carteiras de um banco múltiplo, porém o seu lugar
correto é nesta aula, por serem operadores do SFN que não são
instituições financeiras. Vamos, portanto, rever rapidamente suas
operações ativas e passivas.
Suas operações ativas são bem restritas: operações de
arrendamento mercantil de bens móveis, de fabricação nacional ou
estrangeira; aquisição de contratos de arrendamento mercantil cedidos
por outras instituições; investimento das disponibilidades de caixa no
mercado financeiro, principalmente em títulos públicos federais.

Prof. Caio de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 35


Sistema Financeiro Nacional p/ BACEN
Teoria e exercícios comentados
Prof. Caio de Oliveira Aula 03
Além dos recursos próprios dos seus acionistas, as Sociedades de
Arrendamento Mercantil podem captar dinheiro pelos seguintes meios:
 empréstimos contraídos no exterior;
 empréstimos e financiamentos de instituições financeiras
nacionais, inclusive de repasses de recursos externos;
 instituições financeiras oficiais, destinados a repasses de
programas específicos;
 colocação de debêntures de emissão pública ou particular (ou
seja, títulos de dívida negociados em mercados regulamentados
pela CVM ou privadamente) e de notas promissórias destinadas à
oferta pública (um título de crédito de curto prazo de emissão bem
simples);
 cessão de contratos de arrendamento mercantil, bem como dos
direitos creditórios deles decorrentes (a Sociedade de Arrendamento
Mercantil “vende” para terceiros os contratos de arrendamento
mercantil que tem na sua carteira para poder financiar novos
contratos de arrendamento);
 depósitos interfinanceiros, nos termos da regulamentação em
vigor;
 outras formas de captação de recursos, autorizadas pelo Banco
Central.

Uma questão para começarmos bem a aula:


(CESGRANRIO; CEF 2012)
1 - As sociedades de arrendamento mercantil são constituídas sob a
forma de sociedade anônima, devendo constar obrigatoriamente na sua
denominação social a expressão “Arrendamento Mercantil”.
Uma das operações típicas realizadas por essas sociedades é o(a)
(A) leasing
(B) factoring
(C) underwriting
(D) câmbio internacional

Prof. Caio de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 35


Sistema Financeiro Nacional p/ BACEN
Teoria e exercícios comentados
Prof. Caio de Oliveira Aula 03
(E) venda de ações

Solução: Essa questão é quase um teste de inglês. Arrendamento


mercantil=leasing. Gabarito: Letra A.

3 - Administradoras de consórcio
Muito provavelmente você tem um familiar ou amigo que já
participou de um grupo de consórcio. Eles foram muito populares na
década de 1990 e antes, quando o crédito era muito limitado no país de
maneira geral. De qualquer forma, ainda são importantes atualmente,
sobretudo na aquisição de veículos, e são fiscalizados de perto pelo
BACEN.
Basicamente, um consórcio é a reunião de um grupo de pessoas
com o fim de que cada uma adquira determinado bem. Periodicamente
cada uma contribui um valor X, que varia de acordo com o prazo e com o
bem a ser adquirido, e, sempre que há disponibilidade de fundos, uma
das pessoas é contemplada (a escolha da pessoa contemplada
normalmente é por sorteio) e pode adquirir o bem com os recursos do
grupo. Esse grupo não tem personalidade jurídica e sua administração
não é realizada pelos próprios membros do grupo, mas sim por uma
administradora de consórcios, que tem personalidade jurídica e pode
representar o grupo.
É por tudo isso que se diz que o consórcio é uma forma de
autofinanciamento, porque são as próprias pessoas que desejam adquirir
determinado bem que fornecem recursos para que a aquisição seja
possível. Agora, vamos usar termos legais: o consórcio é a reunião de
pessoas naturais e jurídicas em grupo, com prazo de duração e
número de cotas previamente determinados, promovida por
administradora de consórcio, com a finalidade de propiciar a seus
integrantes, de forma isonômica, a aquisição de bens ou serviços,
por meio de autofinanciamento.

Prof. Caio de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 35


Sistema Financeiro Nacional p/ BACEN
Teoria e exercícios comentados
Prof. Caio de Oliveira Aula 03
A administradora de consórcios é a pessoa jurídica prestadora
de serviços com objeto social principal voltado à administração de grupos
de consórcio, constituída sob a forma de sociedade limitada ou sociedade
anônima. A administradora de consórcio deve figurar no contrato de
participação em grupo de consórcio na qualidade de gestora dos negócios
dos grupos e de mandatária de seus interesses e direitos. A
administradora, pelo seu serviço, recebe uma taxa de administração, que
deve ser definida no contrato de consórcio. O seu serviço é o de receber
as contribuições dos participantes para o grupo, entregar a quantia
determinada quando um participante é contemplado e, por fim,
representar o grupo frente qualquer parte, zelando pelos seus direitos e
fazendo cumprir os seus deveres.

4 - Sociedades corretoras de câmbio


Antes de falarmos sobre as corretoras de câmbio propriamente,
vamos fazer uma pequena introdução sobre as instituições autorizadas a
operar no mercado de câmbio. Depois disso, falamos sobre os detalhes
institucionais das corretoras de câmbio.
Como já vimos na nossa segunda aula, o Banco Central do Brasil é
o responsável por fiscalizar e regulamentar, dentro das diretrizes criadas
pelo Conselho Monetário Nacional, o mercado de câmbio no país. A sua
preocupação maior é manter-se informado sobre os fluxos de moeda
estrangeira saindo e entrando no país e garantir que sempre haja
operações de câmbio acontecendo para que as empresas não fiquem sem
a possibilidade de fazer negócios com o resto do mundo. É por isso que
não é qualquer instituição que pode operar com câmbio e todas aquelas
que operam tem que cumprir diversas obrigações definidas pelo BACEN.
As autorizações para a prática de operações no mercado de câmbio
podem ser concedidas pelo BACEN a bancos múltiplos, bancos comerciais,
caixas econômicas, bancos de investimento, bancos de desenvolvimento,
bancos de câmbio, agências de fomento, sociedades de crédito,

Prof. Caio de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 35


Sistema Financeiro Nacional p/ BACEN
Teoria e exercícios comentados
Prof. Caio de Oliveira Aula 03
financiamento e investimento, sociedades corretoras de títulos e valores
mobiliários, sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários e
sociedades corretoras de câmbio. Cada uma dessas instituições, porém,
não realizam os mesmos tipos de operação.
Os agentes do mercado de câmbio podem realizar as seguintes
operações:
 bancos, exceto de desenvolvimento, e a Caixa Econômica Federal:
todas as operações de câmbio;
 bancos de desenvolvimento e agências de fomento: operações
específicas autorizadas pelo Banco Central do Brasil;
 sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades
corretoras de títulos e valores mobiliários, sociedades distribuidoras
de títulos e valores mobiliários e sociedades corretoras de câmbio:
(I) compra e venda de moeda estrangeira em cheques vinculados a
transferências unilaterais; (II) compra e venda de moeda
estrangeira em espécie, cheques e cheques de viagem relativos a
viagens internacionais; (III) operações de câmbio simplificado de
exportação e de importação e transferências do e para o exterior,
de natureza financeira, não sujeitas ou vinculadas a registro no
BACEN, até o limite de US$50.000,00 ou seu equivalente em outras
moedas; (V) operações no mercado interbancário, arbitragens no
País e, por meio de banco autorizado a operar no mercado de
câmbio, arbitragem com o exterior (arbitragem é, em resumo, uma
operação que confere ganho imediato sem risco para aquele que
identifica uma precificação incorreta dos ativos: no caso do mercado
de câmbio, o banco faz várias operações de câmbio instantâneas e
alcança um lucro sem correr riscos).
Para ser autorizada a operar no mercado de câmbio, a instituição
deve:
 indicar diretor responsável pelas operações relacionadas ao
mercado de câmbio;

Prof. Caio de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 35


Sistema Financeiro Nacional p/ BACEN
Teoria e exercícios comentados
Prof. Caio de Oliveira Aula 03
 apresentar projeto, nos termos fixados pelo BACEN, indicando, no
mínimo, os objetivos operacionais básicos e as ações desenvolvidas
para assegurar a observância da regulamentação cambial e prevenir
e coibir crimes de lavagem de dinheiro.
Relativamente às autorizações para a prática de operações no
mercado de câmbio, o BACEN pode, motivadamente (ou seja, se explicar
o porquê):
 revogá-las ou suspendê-las temporariamente em razão de
conveniência e oportunidade;
 cassá-las em razão de irregularidades apuradas em processo
administrativo, ou suspendê-las cautelarmente, na forma da lei;
 cancelá-las em virtude da não realização, pela instituição, de
operação de câmbio por período superior 180 dias.
As instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pelo BACEN, depois de autorizadas a operar no mercado de
câmbio, podem abrir posto permanente ou provisório para a condução de
operações de câmbio, após efetuar o seu cadastro no Sistema de
Informações sobre Entidades de Interesse do Banco Central (Unicad) até
o dia anterior à data de início de suas operações. Para efeitos desse
cadastro, considera-se posto de câmbio a instalação utilizada para
realização de operações de câmbio que esteja situada fora de
dependência da instituição. São aquelas barraquinhas de câmbio que
costumamos ver em shoppings, aeroportos e rodoviárias.
A sociedade corretora de câmbio tem como único objetivo as
operações de câmbio que vimos acima e que não envolvem, em hipótese
alguma, empréstimo ou financiamento. É por isso que a corretora de
câmbio não é uma instituição financeira. De qualquer forma, para
funcionar, a corretora de câmbio necessita de autorização do BACEN e é
por ele fiscalizada (o BACEN regula e fiscaliza todo o mercado de câmbio,
certo?). A sociedade corretora deve ser constituída sob a forma de
sociedade anônima (S/A) ou por quotas de responsabilidade limitada

Prof. Caio de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 35


Sistema Financeiro Nacional p/ BACEN
Teoria e exercícios comentados
Prof. Caio de Oliveira Aula 03
(Ltda.), devendo constar obrigatoriamente de sua denominação social a
expressão "corretora de câmbio".
Os administradores de sociedades corretoras de câmbio não podem
participar, concomitantemente, de mais de uma sociedade corretora
autorizada a intermediar operações de câmbio. Por fim, é importante
notar que as corretoras de câmbio só podem adquirir bens para uso
próprio e que só podem receber empréstimos para adquirir bens para uso
próprio.

5 - Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários


Como todas as instituições que estudamos anteriormente, as
Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários (ou simplesmente
Sociedades Corretoras) dependem da autorização do BACEN para
funcionar. No entanto, elas atuam em diversas atividades que são
reguladas principalmente pela CVM e, portanto, para funcionar, precisam
também da autorização da CVM. Além do mais, devem ser admitidas em
alguma Bolsa de Valores (a BM&FBOVESPA é a principal, mas não é a
única) e serem constituídas sob a forma de Sociedade Anônima ou por
sociedade de quotas de responsabilidade limitada.
As Sociedades Corretoras têm muitos objetivos:
 operar em recinto ou em sistema mantido por bolsa de valores;
 subscrever, isoladamente ou em consórcio com outras
sociedades autorizadas, emissões de títulos e valores mobiliários
para revenda;
 intermediar oferta pública e distribuição de títulos e valores
mobiliários no mercado;
 comprar e vender títulos e valores mobiliários por conta própria
e de terceiros, observada regulamentações baixadas pela CVM e
pelo BACEN nas suas respectivas áreas de competência;
 encarregar-se da administração de carteiras e da custódia de
títulos e valores mobiliários;

Prof. Caio de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 35


Sistema Financeiro Nacional p/ BACEN
Teoria e exercícios comentados
Prof. Caio de Oliveira Aula 03
 exercer funções de agente fiduciário (toda série de debêntures
deve ter um agente fiduciário que tem o dever de proteger o
interesse dos debenturistas frente a companhia emissora das
debêntures);
 instituir, organizar e administrar fundos e clubes de investimento
(nesta área, a fiscalização é realizada pela CVM);
 constituir sociedade de investimento - capital estrangeiro e
administrar a respectiva carteira de títulos e valores mobiliários;
 exercer as funções de agente emissor de certificados e manter
serviços de ações escriturais;
 emitir certificados de depósito de ações e cédulas pignoratícias de
debêntures;
 intermediar operações de câmbio;
 praticar operações no mercado de câmbio de taxas flutuantes;
 praticar operações de conta margem, conforme
regulamentação da CVM;
 realizar operações compromissadas;
 praticar operações de compra e venda de metais preciosos,
no mercado físico, por conta própria e de terceiros, nos termos da
regulamentação baixada pelo BACEN;
 operar em bolsas de mercadorias e de futuros por conta própria
e de terceiros, observada regulamentação baixada pela CVM e
BACEN nas suas respectivas áreas de competência;
 prestar serviços de intermediação e de assessoria ou assistência
técnica, em operações e atividades nos mercados financeiro e de
capitais;
 exercer outras atividades expressamente autorizadas, em
conjunto, pelo BACEN e pela CVM.
As Sociedades Corretoras, porém, estão impedidas de conceder
empréstimos ou financiamentos aos seus clientes, fora a possibilidade de
concessão de conta margem (até por isso não são IFs). A conta margem
é, basicamente, um pequeno crédito que os clientes têm para negociar

Prof. Caio de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 35


Sistema Financeiro Nacional p/ BACEN
Teoria e exercícios comentados
Prof. Caio de Oliveira Aula 03
valores mobiliários por meio da Sociedade Corretora. Esse crédito,
todavia, é garantido pelos valores mobiliários do cliente, que podem ser
liquidados caso ele não pague o que deve pela conta margem. Essa
limitação à Corretora existe para evitar que as corretoras quebrem por
causa de eventuais calotes, o que atrapalharia em muito o funcionamento
do Mercado de Capitais.
Por fim, deve-se notar que as operações realizadas pelos clientes
das Sociedades Corretoras são confidenciais e não podem ser reveladas
sem autorização por escrito do cliente. De outra forma, as operações
devem ser reveladas apenas a pedido do BACEN, CVM e da Bolsa de
Valores.

Como nós não somos o Romário, precisamos treinar antes do jogo:


(CESPE; BB 2009)
Com relação às Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários
(SCTVMs), que são constituídas sob a forma de sociedade anônima ou por
quotas de responsabilidade limitada, julgue os itens a seguir.
2 - São objetivos das SCTVMs: praticar operações de compra e venda de
metais preciosos no mercado físico, por conta própria e de terceiros;
operar em bolsas de mercadorias e de futuros por conta própria e de
terceiros.

Solução: Se ficou em dúvida, é melhor reler o tópico. Gabarito: Certo.

3 - As SCTVMs são supervisionadas pela CVM.

Solução: Perfeito, pois são supervisionadas pela CVM e pelo BACEN.


Gabarito: Certo.

4 - As SCTVMs podem emitir certificados de depósito de ações e cédulas


pignoratícias de debêntures; intermediar operações de câmbio; praticar

Prof. Caio de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 35


Sistema Financeiro Nacional p/ BACEN
Teoria e exercícios comentados
Prof. Caio de Oliveira Aula 03
operações no mercado de câmbio de taxas flutuantes; praticar operações
de conta margem; e realizar operações compromissadas.

Solução: Se ficou em dúvida, é melhor reler o tópico. Gabarito: Certo.

(CESGRANRIO; CEF 2012)


5 - As sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários são
constituídas sob a forma de sociedade anônima ou por quotas de
responsabilidade limitada.
Um dos seus objetivos principais é
(A) controlar o mercado de seguros.
(B) regular o mercado de valores imobiliários.
(C) assegurar o funcionamento eficiente do mercado de Bolsa de Valores.
(D) subscrever emissões de títulos e valores mobiliários no mercado.
(E) estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores
mobiliários.

Solução: Vamos começar eliminando as incorretas?


(A) Essa seria uma função de um órgão supervisor, e não de uma
empresa privada. Na verdade, é a função da SUSEP;
(B) Idem da questão anterior. E é a função da CVM;
(C) Essa afirmativa poderia causar confusão, porque certamente a
SCTVM não pode tornar o mercado de bolsa em que atua
“ineficiente”. Porém, veja que a questão pergunta por um dos
“objetivos principais”. Certamente, esse não é um objetivo
principal da SCTVM, mas provavelmente da própria Bolsa ou da
CVM;
(D) Exato. Esse é um dos seus principais objetivos, como vimos.
Mas, antes de marcar, vamos olhar a última (eliminando as
erradas fica mais fácil);
(E) A SCTVM não é tão ambiciosa... Esse objetivo costuma se referir
à Bolsa de Valores, que possibilita um ambiente propício para

Prof. Caio de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 35


Sistema Financeiro Nacional p/ BACEN
Teoria e exercícios comentados
Prof. Caio de Oliveira Aula 03
que as pessoas queiram investir diretamente nas empresas,
estimulando de certa forma a formação de poupança e, com
certeza, sua aplicação em valores mobiliários.
Gabarito: Letra D.

6 - Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários


Historicamente, as Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores
Mobiliários atuavam de forma diferente das Sociedades Corretoras, mas,
nos dias de hoje (para efeitos de concurso), são idênticas.

7 Bolsas de Valores
As Bolsas de Valores são onde quase tudo acontece no Mercado de
Capitais. Bancos de Investimento, administradores de fundos de
investimento e demais agentes se encontram nas bolsas para negociar
valores mobiliários diversos (mas, no Brasil, principalmente ações). As
Bolsas podem se constituir em associações civis sem fins
lucrativos, das quais as Corretoras são mutuários que não podem
receber participação dos resultados, ou em S/As, das quais as
Corretoras devem ter algumas ações (mas qualquer outra pessoa
pode ter ações também) e, portanto, receber participação nos lucros.
Diferentemente do que as pessoas pensam, apenas as Corretoras
operam nas Bolsas de Valores. Os Bancos de Investimento, pessoas
físicas etc., na verdade, pedem para as suas corretoras fazerem
determinada operação e elas, então, que de fato realizam o que foi
pedido. Quem se obriga diante da Bolsa e das demais corretoras,
portanto, é a Corretora, e não quem pediu a operação.
As bolsas de valores dependem, para o início de suas
operações, de prévia autorização da Comissão de Valores
Mobiliários, sob cuja supervisão e fiscalização funcionam,
observados os seguintes requisitos básicos:
 patrimônio ou capital social (devem ter dinheiro suficiente para
montar um negócio que funcione bem);

Prof. Caio de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 35


Sistema Financeiro Nacional p/ BACEN
Teoria e exercícios comentados
Prof. Caio de Oliveira Aula 03
 livre negociação de seus títulos patrimoniais ou das ações de sua
emissão (não pode haver impedimentos no estatuto da Bolsa à
negociação de seus títulos);
 duração por prazo indeterminado (as Bolsas não podem ser
criadas com um prazo definido para terminarem suas atividades);
 permissão para o ingresso de Sociedades Corretoras como
membros, mediante a aquisição de título patrimonial ou de
número mínimo de ações estabelecido no estatuto social, e o
atendimento das exigências estabelecidas pelo BACEN, pela CVM e
pela própria bolsa de valores.

Os objetivos das Bolsas de Valores são os seguintes:


 manter local ou sistema adequado à realização de operações de
compra e venda de títulos e/ou valores mobiliários, em mercado
livre e aberto, especialmente organizado e fiscalizado pela própria
bolsa e pelas autoridades competentes (BACEN e CVM);
 dotar, permanentemente, o referido local ou sistema de todos os
meios necessários à pronta e eficiente realização e visibilidade das
operações;
 estabelecer sistemas de negociação que propiciem
continuidade de preços e liquidez (liquidez é a facilidade de se
comprar e vender os valores mobiliários) ao mercado de títulos e/ou
valores mobiliários;
 criar mecanismos regulamentares e operacionais que possibilitem
o atendimento, pelas sociedades membros, de quaisquer ordens
de compra e venda dos investidores, sem prejuízo de igual
competência da CVM, que poderá, inclusive, estabelecer limites
mínimos considerados razoáveis em relação ao valor monetário
das referidas ordens;
 efetuar registro das operações;
 preservar elevados padrões éticos de negociação, estabelecendo,
para esse fim, normas de comportamento para as sociedades

Prof. Caio de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 35


Sistema Financeiro Nacional p/ BACEN
Teoria e exercícios comentados
Prof. Caio de Oliveira Aula 03
membros e para as companhias abertas e demais emissores de
títulos e/ou valores mobiliários, fiscalizando sua observância e
aplicando penalidades, no limite de sua competência, aos infratores;
 divulgar as operações realizadas, com rapidez, amplitude e
detalhes;
 conceder, à sociedade membro, crédito para assistência de
liquidez, com vistas a resolver situação transitória, até o limite do
valor de seus títulos patrimoniais ou de outros ativos especificados
no estatuto social mediante apresentação de garantias
subsidiárias adequadas;
 exercer outras atividades expressamente autorizadas pela CVM.

As Bolsas de Valores são reguladas e fiscalizadas pela CVM,


mas têm elas próprias o papel de regular e fiscalizar as operações
realizadas no seu sistema de negociação.
As bolsas de valores, independentemente de inquérito
administrativo, e com o objetivo de assegurar o funcionamento eficiente e
regular do mercado, bem como o de preservar elevados padrões éticos de
negociação, em decisão fundamentada, sem prejuízo do exercício dos
poderes atribuídos por lei à CVM, têm competência para:
 decretar o próprio recesso, em caso de grave emergência,
comunicando o fato, imediatamente, à CVM, para sua manifestação;
 suspender as atividades da sociedade membro relacionada aos
negócios realizados em bolsa de valores, ou o exercício das funções
de seus administradores, quando a proteção dos investidores
assim o exigir, comunicando, de imediato, a ocorrência à CVM e ao
BACEN;
 suspender a negociação, em seu recinto, de títulos e de valores
mobiliários;
 impedir a realização de negociações que estejam realizando em
bolsa de valores, quando existirem indícios de que possam

Prof. Caio de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 35


Sistema Financeiro Nacional p/ BACEN
Teoria e exercícios comentados
Prof. Caio de Oliveira Aula 03
configurar infrações a normas legais e regulamentares, ou
consubstanciar práticas não equitativas;
 cancelar os negócios realizados em bolsas de valores, ou solicitar
às entidades de compensação e liquidação de operações com
títulos e valores mobiliários a suspensão da sua liquidação, nos
casos de operações onde haja indícios que possam configurar
infrações a normas legais e regulamentares, ou que
consubstanciem práticas não equitativas, modalidades de fraude ou
manipulação.

Para ver se você prestou atenção à aula, umas questões de concurso:


(CESPE; BRB 2009)
6 - As bolsas de valores, que negociam ações de companhias abertas, são
instituições financeiras sem fins lucrativos constituídas pelas corretoras de
valores com o objetivo de garantir a transparência das transações
realizadas com valores mobiliários.

Solução: Essa questão apresenta três erros importantes. Primeiro, as


Bolsas não negociam ações; elas são um lugar/sistema onde as ações de
companhias abertas, entre outros valores mobiliários, são negociados.
Segundo, não são instituições financeiras, porque não financiam ninguém,
são apenas, como dito, um lugar onde ocorrem as negociações. Terceiro,
podem ser associações civis sem fins lucrativos, mas também podem ser,
como é o caso da BM&FBovespa, empresas estabelecidas como
sociedades anônimas com fins lucrativos.
Gabarito: Errado.

(CESPE; CEF 2010)


7 - O sistema de distribuição de valores mobiliários, previsto na Lei n.o
6.385/1976, é composto por várias entidades, instituições, sociedades e
agentes autônomos. Esse sistema inclui as
A corretoras de seguros.

Prof. Caio de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 35


Sistema Financeiro Nacional p/ BACEN
Teoria e exercícios comentados
Prof. Caio de Oliveira Aula 03
B bolsas de valores.
C administradoras de consórcio.
D cooperativas de crédito.
E empresas de factoring.

Solução. Essa é tão fácil que nem precisa começar eliminando as erradas!
Gabarito: Letra B.

(CESGRANRIO; CEF 2012)


8 - A BM&FBOVESPA é uma companhia de capital brasileiro, formada em
2008, a partir da integração das operações da Bolsa de Valores de São
Paulo e da Bolsa de Mercadorias & Futuros.
Por meio de suas plataformas de negociação, a BM&FBOVESPA, dentre
outras atividades, realiza o(a)
(A) registro, a compensação e a liquidação de ativos e valores mobiliários
(B) registro e a compensação de transferências internacionais de recursos
(C) seguro de bens e ativos mobiliários, negociados no mercado
(D) compensação nacional de cheques e a liquidação de outros ativos
bancários
(E) intermediação, o registro e a liquidação de transferências
Interbancárias

Solução: A letra A está certíssima: a BM&FBOVESPA registra as operações


realizadas no seu sistema e faz a compensação entre as partes,
normalmente uma pagando em dinheiro e a outra recebendo um valor
mobiliário.
Gabarito: Letra A.

(ESAF; BACEN 2002) ATUALIZADA PELO PROFESSOR


9 - Com relação à estrutura do mercado de capitais, é correto afirmar
que:

Prof. Caio de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 35


Sistema Financeiro Nacional p/ BACEN
Teoria e exercícios comentados
Prof. Caio de Oliveira Aula 03
a) as bolsas de valores são instituições do governo que mantêm local ou
sistema adequado à negociação de títulos e valores mobiliários.
b) são considerados valores mobiliários e, portanto, estão sujeitos à
normatização pela CVM, os seguintes títulos, quando ofertados
publicamente: ações, debêntures e títulos da dívida pública.
c) a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é o órgão regulamentador e
fiscalizador do mercado de capitais.
d) as negociações de títulos e valores mobiliários em bolsas de valores
denominam-se usualmente de operações no mercado primário.
e) cabem às sociedades corretoras de valores mobiliários e aos bancos de
investimento as operações no recinto das bolsas de valores.

Solução: Ótima questão para vermos alguns conceitos:


(A) Não são instituições do governo, mas sim privadas com ou sem
fins lucrativos;
(B) Títulos de dívida pública poderiam ser considerados valores
mobiliários, mas a Lei 6.385 os excluiu da esfera de competência
da CVM. A mesma lei excluiu da esfera de competência da CVM
também os títulos cambiais de emissão de instituições
financeiras, exceto debêntures (estamos falando aqui, por
exemplo, dos CDBs);
(C) Correto;
(D) No mercado de capitais, há uma divisão entre mercado primário e
secundário. No mercado primário, há uma captação por parte
das empresas abertas que recebem recursos e entregam valores
mobiliários para os investidores. No mercado secundário, os
valores mobiliários são negociados entre os investidores em
bolsas de valores ou em mercados de balcão. A assertiva está
incorreta, porque, no caso, refere-se ao mercado secundário;
(E) Cabem às sociedades corretoras e àquelas distribuidoras de títulos
e valores mobiliários as operações no recinto das bolsas de
valores.

Prof. Caio de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 35


Sistema Financeiro Nacional p/ BACEN
Teoria e exercícios comentados
Prof. Caio de Oliveira Aula 03
8 Bolsas de Mercadorias e Futuros
As Bolsas de Mercadorias e Futuros são muito semelhantes às
Bolsas de Valores. Listar aqui todos os seus objetivos, poderes e
limitações iria mais lhe cansar e, talvez, confundir do que ajudar. Por isso,
para fins de prova, pense nas duas Bolsas de forma igual. Grave apenas a
sua diferença essencial: nas Bolsas de Valores negociam-se ações e
debêntures, principalmente, enquanto que, nas Bolsas de
Mercadorias e Futuros, negociam-se derivativos e produtos
minerais e agrícolas para entrega futura.

9 - Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC)


O Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC) é de grande
importância para o funcionamento do mercado financeiro brasileiro.
Dentro deste sistema ocorre grande parte das operações que geram
liquidez às instituições financeiras e das quais participa o BACEN, que tem
interesse em controlar a inflação por meio do estabelecimento de uma
taxa diária de juros (se você estudar política monetária, entenderá melhor
o que estou falando). Dezenas de bilhões de reais trocam de mãos
diariamente neste sistema e, portanto, podemos ver que um problema
nele não seria nada positivo para a economia do país.
Por causa da sua importância, você poderia imaginar que o SELIC é
uma “bolsa de valores” em um grande prédio etc. Não obstante, o SELIC
é apenas um sistema de informática administrado pelo Departamento de
Mercado Aberto do BACEN, em parceria com a Associação Brasileira das
Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA). O SELIC se
destina à custódia de títulos escriturais de emissão do Tesouro
Nacional, bem como ao registro e à liquidação de operações com
esses títulos.
Os títulos escriturais são títulos que não existem em pedaços de
papel, mas são registrados em um livro. A cada compra e venda, o
sistema registra nesse livro que a propriedade do título passou da pessoa
A para a pessoa B. Títulos de Emissão do Tesouro Nacional, por sua vez,

Prof. Caio de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 35


Sistema Financeiro Nacional p/ BACEN
Teoria e exercícios comentados
Prof. Caio de Oliveira Aula 03
são os títulos da dívida pública federal: LTN, LFT etc. No SELIC, não são
negociados títulos privados de dívida.
As liquidações no âmbito do SELIC ocorrem por meio do mecanismo
de entrega contra pagamento (ou seja, só há entrega se houver
pagamento, sendo a operação cancelada caso contrário), que se opera no
conceito de Liquidação Bruta em Tempo Real (a operação é liquidada no
momento em que é contratada), sendo as operações liquidadas uma a
uma por seus valores brutos em tempo real.

Nada como uma questão para fechar um tópico:

(CESGRANRIO; BB 2010) ATUALIZADA PELO PROFESSOR


10 - O SELIC – Sistema Especial de Liquidação e Custódia – foi
desenvolvido em 1979 pelo Banco Central do Brasil e pela ANBIMA
(Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de
Capitais) com a finalidade de
(A) custodiar os títulos públicos e privados negociados no mercado aberto
antes de sua liquidação financeira.
(B) liquidar financeiramente as ações negociadas no mercado de Bolsa de
Valores e custodiar os títulos públicos.
(C) regular e fiscalizar a atividade de liquidação e custódia dos títulos
públicos federais, exercida pelas instituições financeiras.
(D) verificar e controlar o índice de liquidez dos títulos públicos e privados
antes da sua custódia.
(E) controlar e liquidar financeiramente as operações de compra e venda
de títulos públicos e manter sua custódia escritural.

Solução: Letra E. Exatamente a definição que vimos!

(CESPE; BRB 2009)

11 - A liquidação financeira das operações realizadas no âmbito do


Sistema Especial de Liquidação e Custódia é feita por meio do Sistema de

Prof. Caio de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 35


Sistema Financeiro Nacional p/ BACEN
Teoria e exercícios comentados
Prof. Caio de Oliveira Aula 03
Transferência de Reservas, cujos participantes são instituições
financeiras.

Solução: Errado. O erro da questão é que não apenas instituições


financeiras fazem parte do SELIC, mas outras instituições autorizadas,
como as Sociedades Corretoras de Valores Mobiliários.

(CESGRANRIO; CEF 2012)


12 - Com as alterações do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), o
Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) passou a liquidar as
operações com títulos públicos federais em
(A) dois dias úteis
(B) três dias úteis
(C) uma semana
(D) tempo real
(E) curto prazo

Solução: SELIC=real time. Rsrs

Gabarito: Letra D.

10 - Central de Liquidação Financeira e de Custódia de Títulos


(CETIP)
A Central de Liquidação Financeira e de Custódia de Títulos (CETIP)
realiza o mesmo tipo de serviço que o SELIC só que com títulos privados,
títulos públicos estaduais e municipais e alguns títulos públicos federais
(de empresas estatais extintas, Proagro e alguns outros). Ademais, ela é
uma empresa privada, e não um sistema controlado pelo BACEN como a
SELIC.
Os títulos de dívida negociados na CETIP são em grande parte
escriturais e a liquidação (pagamento e entrega do título) da compra ou
venda ocorre em no máximo um dia. Importante dizer também é que a
CETIP não funciona como a Bolsa de Valores, onde as corretoras
negociam em nome dos clientes. Na CETIP, os clientes negociam

Prof. Caio de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 35


Sistema Financeiro Nacional p/ BACEN
Teoria e exercícios comentados
Prof. Caio de Oliveira Aula 03
diretamente entre si e, se um deles não cumprir com sua obrigação, o
prejuízo é do outro cliente com quem ele fez negócios (essa é a definição
de “mercado de balcão”).
Podem participar da CETIP bancos comerciais, bancos múltiplos,
caixas econômicas, bancos de investimento, bancos de desenvolvimento,
sociedades corretoras de valores, sociedades distribuidoras de valores,
sociedades corretoras de mercadorias e de contratos futuros, empresas
de leasing, companhias de seguro, bolsas de valores, bolsas de
mercadorias e futuros, investidores institucionais (tais como de pensão),
pessoas jurídicas não financeiras, incluindo fundos de investimento e
sociedades de previdência privada, investidores estrangeiros, além de
outras instituições também autorizadas a operar nos mercados financeiro
e de capitais.

Vamos exercitar :
(ESAF; BACEN 2002)
13 - Tanto o SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia), quanto a
CETIP (Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos)
correspondem a sistemas onde são feitas a custódia e liquidação de
operações com títulos. Sobre estes dois sistemas, assinale a opção
correta.
a) A custódia e liquidação das operações com títulos públicos federais
podem ser feitas tanto no SELIC, quanto na CETIP, cabendo às partes
envolvidas no negócio realizar a escolha do sistema a ser utilizado.
b) Os títulos negociados no SELIC são escriturais, o que praticamente
elimina os riscos relativos a extravio, roubo ou falsificação dos papéis
negociados naquele sistema.
c) A liquidação das operações realizadas na CETIP são feitas
exclusivamente pela Centralizadora de Compensação de Cheques e
Outros Papéis.

Prof. Caio de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 35


Sistema Financeiro Nacional p/ BACEN
Teoria e exercícios comentados
Prof. Caio de Oliveira Aula 03
d) Somente instituições com conta de reserva bancária junto ao Banco
Central do Brasil podem registrar suas operações na CETIP.
e) A CETIP custodia e promove a liquidação tanto dos CDB (Certificados
de Depósito Bancário) ao portador quanto dos CDB nominativos.

Solução: É devagarinho que a gente chega lá:


(A) Títulos públicos federais, com pouquíssimas exceções, são
negociados apenas no SELIC;
(B) É isso mesmo! Que banca inteligente! Mas vamos continuar para
ver se não tem uma alternativa melhor;
(C) Sistema de Pagamentos Brasileiro ainda será matéria de aula
específica, mas é possível você imaginar que a assertiva está
errada (cheques?!). Na verdade, a liquidação financeira final se
dá via STR: sistema do BACEN que interconecta todas as
instituições financeiras monetárias e mais algumas
sistematicamente relevantes;
(D) Como vimos, muitas instituições não financeiras podem registrar
suas operações no CETIP;
(E) Atualmente, praticamente não existem mais títulos ao portador.
Os títulos são escriturais (com raríssimas exceções), constando o
nome do atual proprietário e dos anteriores em um livro
(eletrônico, claro está). Acredito que a CETIP não custodiava
CDBs ao portador, mas atualmente a existência ou não dessa
limitação é desimportante e não será cobrada em concurso.

11 - Sociedades seguradoras
Normalmente, nos filmes americanos, quando uma pessoa é muito
certinha e careta, ela trabalha em uma seguradora. E isso não é sem
motivo! As seguradoras têm a grande responsabilidade de ter dinheiro
disponível para pagar os segurados quando os sinistros ocorrem. Os
segurados pagaram seus prêmios por isso e dependem da proteção das
seguradoras para a própria sobrevivência muitas vezes. É por isso, então,
que o setor de seguro é altamente regulado e as pessoas que dirigem as

Prof. Caio de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 35


Sistema Financeiro Nacional p/ BACEN
Teoria e exercícios comentados
Prof. Caio de Oliveira Aula 03
seguradoras devem ser muito responsáveis, porque as penalidades contra
elas são drásticas se fizerem algo errado. Antes de começarmos com a
matéria sobre seguradoras, apresento um pequeno glossário sobre
seguros para facilitar a nossa comunicação:
 Apólice: é o documento no qual se formaliza o contrato de seguro,
estabelecendo-se as garantias que o seguro cria e as obrigações da
seguradora e do segurado;
 Prêmio: o quanto o segurado paga à seguradora para ter direito às
garantias oferecidas pelo seguro;
 Sinistro: é a ocorrência do evento que gera o pagamento do valor
assegurado (roubo do veículo por ex.);
 Franquia: valor pelo qual o próprio segurado é responsável na
ocorrência do sinistro (por ex., se o carro bater e o conserto for de
$5mil e a franquia de $2mil, a seguradora paga $3mil e o segurado
paga $2mil do conserto).
Sociedades Seguradoras são empresas, constituídas sob a forma de
sociedades anônimas, especializadas em pactuar contrato por meio do
qual assumem a obrigação de pagar ao contratante (segurado), ou a
quem este designar, uma indenização, no caso em que advenha o risco
indicado e temido, recebendo, para isso, o prêmio estabelecido.
As Sociedades Seguradoras só podem operar em seguros
para os quais tenham a necessária autorização, segundo os
planos, tarifas e normas aprovadas pelo CNSP.
O mais importante para a seguradora é não contratar planos de
seguro que não possa, não exercer qualquer atividade que não
seja a de seguradora (não pode ser banco, prestar consultoria etc.) e
manter as reservas técnicas necessárias segundo regulamentação
vigente. Reservas técnicas são fundos de recursos, em dinheiro ou
em aplicações de fácil liquidação, que devem permanecer
disponíveis para o pagamento de possíveis sinistros dos contratos
de seguro vendidos. As reservas técnicas devem ter tamanho

Prof. Caio de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 35


Sistema Financeiro Nacional p/ BACEN
Teoria e exercícios comentados
Prof. Caio de Oliveira Aula 03
suficiente, segundo as metodologias estabelecidas pelo CNSP e
pela SUSEP, para garantir os eventuais sinistros.
É vedado às Sociedades Seguradoras reter responsabilidades
cujo valor ultrapasse os limites técnico, fixados pela SUSEP de
acordo com as normas aprovadas pelo CNSP, ou seja, não podem ser
responsáveis por mais contratos de seguro do que a sua reserva técnica
possibilita.
Os bens garantidores das reservas técnicas, fundos e
previsões são registrados na SUSEP e não podem ser alienados,
prometidos alienar ou de qualquer forma gravados sem sua prévia
e expressa autorização, sendo nulas de pleno direito, as
alienações realizadas ou os gravames constituídos sem essa
autorização. Isso quer dizer que os bens das reservas técnicas devem
ser registrados na SUSEP e não podem ser vendidos ou “congelados” de
alguma maneira sem autorização do órgão supervisor. Caso isso ocorra, a
venda e o “congelamento” será desfeito, como se nunca tivesse ocorrido.
As Sociedades Seguradoras não podem distribuir lucros ou
quaisquer fundos correspondentes às reservas patrimoniais,
desde que essa distribuição possa prejudicar o investimento
obrigatório do capital e reserva. Isso quer dizer que, se a reserva
técnica for insuficiente, a seguradora não poderá distribuir lucro aos seus
acionistas enquanto a situação não for regularizada.
Os inspetores e funcionários credenciados do órgão
fiscalizador de seguros (a SUSEP) têm livre acesso às sociedades
seguradoras e aos resseguradores, deles podendo requisitar e
apreender livros, notas técnicas e documentos, caracterizando-se
como embaraço à fiscalização, sujeito às penas previstas em lei.
Isso quer dizer que os funcionários da SUSEP podem fiscalizar os
documentos das seguradoras e das resseguradoras livremente e, se
forem impedidos, essas empresas serão penalizadas.
Em caso de insuficiência de cobertura das reservas técnicas
ou de má situação econômico-financeira da Sociedade

Prof. Caio de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 35


Sistema Financeiro Nacional p/ BACEN
Teoria e exercícios comentados
Prof. Caio de Oliveira Aula 03
Seguradora, a critério da SUSEP, pode esta, além de outras
providências cabíveis, inclusive fiscalização especial, nomear, por
tempo indeterminado, às expensas da Sociedade Seguradora, um
diretor-fiscal com as atribuições e vantagens que lhe forem
indicadas pelo CNSP. Esse diretor-fiscal ficaria responsável por “botar
ordem na casa”.
Os Diretores, administradores, gerentes e fiscais das
Sociedades Seguradoras respondem solidariamente com a mesma
pelos prejuízos causados a terceiros, inclusive aos seus acionistas,
em consequência do descumprimento de leis, normas e instruções
referentes as operações de seguro, cosseguro, resseguro ou
retrosseção, e em especial, pela falta de constituição das reservas
obrigatórias. Em poucas palavras: se os dirigentes das seguradoras
desrespeitarem as leis e regulamentos, deverão pagar eventual prejuízo
de terceiros junto com a própria seguradora e, inclusive, se ela não tiver
bens suficientes para cobrir os prejuízos. Mais ainda, deve-se notar que
constitui crime a ação ou omissão, pessoal ou coletiva, de que decorra a
insuficiência das reservas e de sua cobertura, vinculadas à garantia das
obrigações das Sociedades Seguradoras.

12 Resseguradores
Muitas vezes as seguradoras fazem seguros de bens muito valiosos.
Esses bens às vezes são tão valiosos que, se ocorrer o sinistro (=evento
que gera a obrigação da seguradora de pagar o valor previsto na apólice
do seguro), as seguradoras poderiam quebrar. No caso de contratos de
seguros muito grandes, portanto, as seguradoras normalmente fazem (e
são obrigadas a fazer, por causa das regulamentações criadas pelo CNSP)
um seguro com uma resseguradora, que garante o pagamento de parte
do valor previsto na apólice se o sinistro ocorrer. Em termos
institucionais, porém, a resseguradora é idêntica a uma sociedade
seguradora.

Prof. Caio de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 35


Sistema Financeiro Nacional p/ BACEN
Teoria e exercícios comentados
Prof. Caio de Oliveira Aula 03
13 - Sociedades de capitalização
Sociedades de Capitalização são entidades, constituídas sob
a forma de S/As, que negociam contratos (títulos de
capitalização) que têm por objeto o depósito periódico de
prestações em dinheiro pelo contratante (normalmente a cada
mês), o qual terá, depois de cumprido o prazo contratado, o
direito de resgatar parte dos valores depositados corrigidos por
uma taxa de juros estabelecida contratualmente. Os títulos de
capitalização normalmente conferem também o direito de concorrer a
sorteios de prêmios em dinheiro (mas não tem nada a ver com loteria
federal, ok?) durante o prazo contratado. As sociedades de capitalização
são fiscalizadas pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) e
suas normais gerais são criadas pelo Conselho Nacional de Seguros
Privados (CNSP). As normas do CMN, por sua vez, afetam os operadores
do Sistema de Seguros Privados no que tocam a forma pela qual são
aplicados os recursos captados dos assegurados.

14 - Entidades de previdência complementar


Todo trabalhador deve contribuir a um regime de previdência (a não
ser que não tenha carteira assinada, claro está). Se for servidor público,
contribui para o Governo ao qual está vinculado, pelas regras da Lei
8.112, e, se for da iniciativa privada, ao Instituto Nacional de Seguridade
Social, pelas regras da CLT. Não obstante, se quiser receber mais do que
lhe é de direito nesses programas obrigatórios de contribuição, deve
contribuir para uma entidade de previdência complementar. As
entidades de previdência complementar podem ser fechadas (que
são fundações ou sociedades civis sem fins lucrativos) ou abertas
(que são apenas S/As).
Note-se que apenas as entidades abertas de previdência
complementar são fiscalizadas pela Superintendência de Seguros
Privados (SUSEP) e regulamentadas pelo Conselho Nacional de
Seguros Privados (CNSP). As entidades fechadas de previdência

Prof. Caio de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 35


Sistema Financeiro Nacional p/ BACEN
Teoria e exercícios comentados
Prof. Caio de Oliveira Aula 03
complementar, por sua vez, são fiscalizadas pela
Superintendência Nacional de Previdência Complementar
(PREVIC) e regulamentadas pelo Conselho Nacional de
Previdência Complementar (CNPC).
As entidades fechadas de previdência complementar são acessíveis
exclusivamente:
 aos empregados de uma empresa ou grupo de empresas e aos
servidores da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, entes denominados patrocinadores; e
 aos associados ou membros de pessoas jurídicas de caráter
profissional, classista ou setorial, denominadas instituidores.
As entidades fechadas têm como objetivo a administração e
execução de planos de benefícios de natureza previdenciária, sendo
vedada a prestação de quaisquer outros tipos de serviço.
Dependem de prévia e expressa autorização do órgão regulador e
fiscalizador:
 a constituição e o funcionamento da entidade fechada, bem como a
aplicação dos respectivos estatutos, dos regulamentos dos planos
de benefícios e suas alterações;
 as operações de fusão, cisão, incorporação ou qualquer outra forma
de reorganização societária, relativas às entidades fechadas;
 as retiradas de patrocinadores;
 as transferências de patrocínio, de grupo de participantes, de planos
e de reservas entre entidades fechadas.
As entidades abertas têm por objetivo instituir e operar planos de
benefícios de caráter previdenciário concedidos em forma de renda
continuada ou pagamento único, acessíveis a quaisquer pessoas físicas.
No caso das entidades abertas, compete à SUSEP determinar:
 os critérios para a investidura e posse em cargos e funções de
órgãos estatutários de entidades abertas, observado que o
pretendente não poderá ter sofrido condenação criminal transitada

Prof. Caio de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 35


Sistema Financeiro Nacional p/ BACEN
Teoria e exercícios comentados
Prof. Caio de Oliveira Aula 03
em julgado, penalidade administrativa por infração da legislação da
seguridade social ou como servidor público;
 as normas gerais de contabilidade, auditoria, atuária e estatística a
serem observadas pelas entidades abertas, inclusive quanto à
padronização dos planos de contas, balanços gerais, balancetes e
outras demonstrações financeiras, critérios sobre sua periodicidade,
sobre a publicação desses documentos e sua remessa ao órgão
fiscalizador;
 os índices de solvência e liquidez, bem como as relações
patrimoniais a serem atendidas pelas entidades abertas, observado
que seu patrimônio líquido não poderá ser inferior ao respectivo
passivo não operacional;
 as condições que assegurem acesso a informações e fornecimento
de dados relativos a quaisquer aspectos das atividades das
entidades abertas.
Dependerão de prévia e expressa aprovação da SUSEP:
 a constituição e o funcionamento das entidades abertas, bem como
as disposições de seus estatutos e as respectivas alterações;
 a comercialização dos planos de benefícios;
 os atos relativos à eleição e consequente posse de administradores
e membros de conselhos estatutários;
 as operações relativas à transferência do controle acionário, fusão,
cisão, incorporação ou qualquer outra forma de reorganização
societária.
Pronto para mais uma questão?
(CESPE; BRB 2009)
Julgue os itens subseqüentes, relativos ao sistema de seguros privados e
previdência complementar.
14 - Os fundos de pensão devem seguir as diretrizes estabelecidas pelo
CMN no que se refere à aplicação dos recursos dos planos de benefícios.

Solução: No que se refere à aplicação, é o CMN; no restante, CNPC.

Prof. Caio de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 35


Sistema Financeiro Nacional p/ BACEN
Teoria e exercícios comentados
Prof. Caio de Oliveira Aula 03
Gabarito: Certo.

(CESPE; BB 2009)
Com referência ao Sistema de Seguros Privados e Previdência
Complementar, julgue o item abaixo.
15 - As entidades fechadas de previdência complementar correspondem
aos fundos de pensão e são organizadas sob a forma de empresas
privadas, sendo somente acessíveis aos empregados de uma empresa ou
a um grupo de empresas ou aos servidores da União, estados ou
municípios.

Solução: O erro da questão é que entidades fechadas de previdência


complementar são organizadas sob a forma de fundações ou sociedades
civis sem fins lucrativos.
Gabarito: Errado.

Prof. Caio de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 35


Sistema Financeiro Nacional p/ BACEN
Teoria e exercícios comentados
Prof. Caio de Oliveira Aula 03
15 - Lista das questões apresentadas
(CESGRANRIO; CEF 2012)
1 - As sociedades de arrendamento mercantil são constituídas sob a
forma de sociedade anônima, devendo constar obrigatoriamente na sua
denominação social a expressão “Arrendamento Mercantil”.
Uma das operações típicas realizadas por essas sociedades é o(a)
(A) leasing
(B) factoring
(C) underwriting
(D) câmbio internacional
(E) venda de ações

(CESPE; BB 2009)
Com relação às Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários
(SCTVMs), que são constituídas sob a forma de sociedade anônima ou por
quotas de responsabilidade limitada, julgue os itens a seguir.
2 - São objetivos das SCTVMs: praticar operações de compra e venda de
metais preciosos no mercado físico, por conta própria e de terceiros;
operar em bolsas de mercadorias e de futuros por conta própria e de
terceiros.

3 - As SCTVMs são supervisionadas pela CVM.

4 - As SCTVMs podem emitir certificados de depósito de ações e cédulas


pignoratícias de debêntures; intermediar operações de câmbio; praticar
operações no mercado de câmbio de taxas flutuantes; praticar operações
de conta margem; e realizar operações compromissadas.

(CESGRANRIO; CEF 2012)


5 - As sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários são
constituídas sob a forma de sociedade anônima ou por quotas de
responsabilidade limitada.

Prof. Caio de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 35


Sistema Financeiro Nacional p/ BACEN
Teoria e exercícios comentados
Prof. Caio de Oliveira Aula 03
Um dos seus objetivos principais é
(A) controlar o mercado de seguros.
(B) regular o mercado de valores imobiliários.
(C) assegurar o funcionamento eficiente do mercado de Bolsa de Valores.
(D) subscrever emissões de títulos e valores mobiliários no mercado.
(E) estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores
mobiliários.

(CESPE; BRB 2009)


6 - As bolsas de valores, que negociam ações de companhias abertas, são
instituições financeiras sem fins lucrativos constituídas pelas corretoras de
valores com o objetivo de garantir a transparência das transações
realizadas com valores mobiliários.

(CESPE; CEF 2010)


7 - O sistema de distribuição de valores mobiliários, previsto na Lei n.o
6.385/1976, é composto por várias entidades, instituições, sociedades e
agentes autônomos. Esse sistema inclui as
A corretoras de seguros.
B bolsas de valores.
C administradoras de consórcio.
D cooperativas de crédito.
E empresas de factoring.

(CESGRANRIO; CEF 2012)


8 - A BM&FBOVESPA é uma companhia de capital brasileiro, formada em
2008, a partir da integração das operações da Bolsa de Valores de São
Paulo e da Bolsa de Mercadorias & Futuros.
Por meio de suas plataformas de negociação, a BM&FBOVESPA, dentre
outras atividades, realiza o(a)
(A) registro, a compensação e a liquidação de ativos e valores mobiliários
(B) registro e a compensação de transferências internacionais de recursos

Prof. Caio de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 35


Sistema Financeiro Nacional p/ BACEN
Teoria e exercícios comentados
Prof. Caio de Oliveira Aula 03
(C) seguro de bens e ativos mobiliários, negociados no mercado
(D) compensação nacional de cheques e a liquidação de outros ativos
bancários
(E) intermediação, o registro e a liquidação de transferências
Interbancárias

(ESAF; BACEN 2002) ATUALIZADA PELO PROFESSOR


9 - Com relação à estrutura do mercado de capitais, é correto afirmar
que:
a) as bolsas de valores são instituições do governo que mantêm local ou
sistema adequado à negociação de títulos e valores mobiliários.
b) são considerados valores mobiliários e, portanto, estão sujeitos à
normatização pela CVM, os seguintes títulos, quando ofertados
publicamente: ações, debêntures e títulos da dívida pública.
c) a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é o órgão regulamentador e
fiscalizador do mercado de capitais.
d) as negociações de títulos e valores mobiliários em bolsas de valores
denominam-se usualmente de operações no mercado primário.
e) cabem às sociedades corretoras de valores mobiliários e aos bancos de
investimento as operações no recinto das bolsas de valores.

(CESGRANRIO; BB 2010)
10 - O SELIC – Sistema Especial de Liquidação e Custódia – foi
desenvolvido em 1979 pelo Banco Central do Brasil e pela ANDIMA
(Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto) com a
finalidade de
(A) custodiar os títulos públicos e privados negociados no mercado aberto
antes de sua liquidação financeira.
(B) liquidar financeiramente as ações negociadas no mercado de Bolsa de
Valores e custodiar os títulos públicos.
(C) regular e fiscalizar a atividade de liquidação e custódia dos títulos
públicos federais, exercida pelas instituições financeiras.

Prof. Caio de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 35


Sistema Financeiro Nacional p/ BACEN
Teoria e exercícios comentados
Prof. Caio de Oliveira Aula 03
(D) verificar e controlar o índice de liquidez dos títulos públicos e privados
antes da sua custódia.
(E) controlar e liquidar financeiramente as operações de compra e venda
de títulos públicos e manter sua custódia física e escritural.

(CESPE; BRB 2009)

11 - A liquidação financeira das operações realizadas no âmbito do


Sistema Especial de Liquidação e Custódia é feita por meio do Sistema de
Transferência de Reservas, cujos participantes são instituições
financeiras.

(CESGRANRIO; CEF 2012)


12 - Com as alterações do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), o
Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) passou a liquidar as
operações com títulos públicos federais em
(A) dois dias úteis
(B) três dias úteis
(C) uma semana
(D) tempo real
(E) curto prazo

(ESAF; BACEN 2002)


13 - Tanto o SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia), quanto a
CETIP (Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos)
correspondem a sistemas onde são feitas a custódia e liquidação de
operações com títulos. Sobre estes dois sistemas, assinale a opção
correta.
a) A custódia e liquidação das operações com títulos públicos federais
podem ser feitas tanto no SELIC, quanto na CETIP, cabendo às partes
envolvidas no negócio realizar a escolha do sistema a ser utilizado.

Prof. Caio de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 35


Sistema Financeiro Nacional p/ BACEN
Teoria e exercícios comentados
Prof. Caio de Oliveira Aula 03
b) Os títulos negociados no SELIC são escriturais, o que praticamente
elimina os riscos relativos a extravio, roubo ou falsificação dos papéis
negociados naquele sistema.
c) A liquidação das operações realizadas na CETIP são feitas
exclusivamente pela Centralizadora de Compensação de Cheques e
Outros Papéis.
d) Somente instituições com conta de reserva bancária junto ao Banco
Central do Brasil podem registrar suas operações na CETIP.
e) A CETIP custodia e promove a liquidação tanto dos CDB (Certificados
de Depósito Bancário) ao portador quanto dos CDB nominativos.

(CESPE; BRB 2009)


Julgue os itens subseqüentes, relativos ao sistema de seguros privados e
previdência complementar.
14 - Por constituírem exemplo típico de sociedade de capitalização, os
fundos de pensão devem seguir as diretrizes estabelecidas pelo CMN no
que se refere à aplicação dos recursos dos planos de benefícios.

(CESPE; BB 2009)
Com referência ao Sistema de Seguros Privados e Previdência
Complementar, julgue o item abaixo.
15 - As entidades fechadas de previdência complementar
correspondem aos fundos de pensão e são organizadas sob a forma de
empresas privadas, sendo somente acessíveis aos empregados de uma
empresa ou a um grupo de empresas ou aos servidores da União, estados
ou municípios.

Prof. Caio de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 35


Sistema Financeiro Nacional p/ BACEN
Teoria e exercícios comentados
Prof. Caio de Oliveira Aula 03
16 - Gabarito das questões apresentadas
1 A
2 Certo
3 Certo
4 Certo
5 D
6 Errado
7 B
8 A
9 C
10 E
11 Errado
12 D
13 B
14 Certo
15 Errado

Prof. Caio de Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 35

Você também pode gostar