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OPERAÇÕES ESTRUTURADAS

Certificado de Operações Estruturadas


Certificado O produto
Certificado de Operações Estruturadas (COE) é um

de Operações instrumento de captação bancária, único e indivi-


sível, que agrega a um investimento financeiro fun-

Estruturadas
cionalidades de derivativo e renda fixa, oferecendo
transparência a investidores, emissores e regulado-
res, além de flexibilidade e dinamismo.
O COE substitui outros instrumentos financeiros

Diversifique seus com características semelhantes às utilizadas ante-


riormente pelo mercado, como operações de cap-

investimentos conforme tação estruturada. Essas operações associavam um


fator caixa, geralmente por meio de CDB, e outro de

suas necessidades derivativo, como swap ou opção flexível.


É regulamentado pela Lei 12.249/2010, pela Reso-
lução 4.263/2013 do Conselho Monetário Nacio-
nal e pelas Circulares do Banco Central do Brasil
3.684/2013 e 3.685/2013.

Estruturas disponíveis para


registro no iBalcão
O COE é dividido em quatro grandes famílias. A
combinação de funcionalidades e regras de remu-
neração disponíveis em cada uma dessas estrutu-
ras geram centenas de diferentes alternativas de
registro, que estão divididas nas seguintes famílias:
• digital: a remuneração depende da observação
de regras estabelecidas para o preço do ativo
subjacente, quando são definidos um ou mais
intervalos de preços para o ativo-objeto e, de
acordo com o intervalo atingido, será acionada
a regra de remuneração preestabelecida;
• duplo indexador: a remuneração é dada por
um de dois indexadores, de acordo com a regra
de comparação entre eles, podendo ser o maior
ou o menor dos dois;
• participação: a remuneração replica a compra ou
a venda de um ativo subjacente, pois o proprie-
tário do COE recebe a participação sobre o de-
sempenho positivo e/ou negativo desse ativo em
relação a um preço de exercício estabelecido; e
• volatilidade: a remuneração replica a compra e
a venda simultâneas de opções de compra (call)
e de venda (put) para o proprietário, que rece-
berá participação sobre o desempenho positivo
ou negativo desse ativo em relação ao preço de
exercício estabelecido no momento do registro
em um cenário de alta ou baixa volatilidade.
Rentabilidade dos certificados
A Resolução 4.263/2013, de 05/09/2013, instituiu as características do COE estabelecendo, de acordo com a
estrutura de rentabilidade, as seguintes modalidades:
• com Valor Nominal Protegido (VNP): investimento cujo valor total dos pagamentos mínimos previstos ao
investidor é igual ou superior ao investimento inicial; ou
• com Valor Nominal em Risco (VNR): investimento cujo valor total dos pagamentos mínimos previstos ao
investidor é igual ou superior a uma parcela previamente definida do investimento inicial.
O COE pode ser referenciado em índices de preço, de títulos de dívida, de valores mobiliários, taxas de juro ou de
câmbio e em outros ativos subjacentes, incluindo índices de ativos negociados no Exterior. Sua rentabilidade segue
o retorno dos ativos e índices citados desde que haja série regularmente calculada e objeto de divulgação pública.

Vantagens do produto
• Diversificação de investimento e transparência para o
investidor combinando as funcionalidades de derivati-
vo e renda fixa em um único instrumento.
• Agilidade e eficiência tributária em relação às operações
estruturadas já existentes.
• Disseminação da cultura de investimento de longo prazo.
• Solução customizada para necessidades e objetivos de
investimento, sendo possíveis combinações entre a ren-
tabilidade do ativo subjacente e as diversas funcionali-
dades de derivativos.

Fique atento!
Ao adquirir um COE, o investidor deve considerar que:
• há investimentos na modalidade Valor Nominal em Risco, em
que não há garantia de receber o valor do principal investido
no vencimento;
• existe o risco de crédito do emissor do COE, que não conta com
cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC); e
• há risco de liquidez, já que poderá não haver mercado secun-
dário para o COE.
Tributação
Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) Imposto de Renda Retido na Fonte (IR)
Cobrado nos resgates ocorridos anteriores a 30 dias da apli- Recolhimento no vencimento sobre o rendimento
cação, conforme tabela regressiva incidente (abaixo) sobre o da aplicação, conforme tabela regressiva de IR (Lei
rendimento da operação. A partir do trigésimo dia, a aplica- 11.033/2004) abaixo:
ção fica isenta da cobrança de IOF.
Prazo Alíquota (%)

Prazo (dias % do IOF sobre Prazo (dias % do IOF sobre Até 180 dias 22,5
corridos) rendimento corridos) rendimento
De 181 a 360 dias 20,0
1 96 16 46
De 361 a 720 dias 17,5
2 93 17 43
Acima de 720 dias 15,0
3 90 18 40

4 86 19 36
O controle e o recolhimento dos referidos percentuais de IR
5 83 20 33 e IOF são de responsabilidade do participante de registro
6 80 21 30 emissor.
7 76 22 26

8 73 23 23

9 70 24 20

10 66 25 16

11 63 26 13

12 60 27 10

13 56 28 06

14 53 29 03

15 50 30 00
Como funcionam os serviços de registro e resgate de COE na BM&FBOVESPA
Registros de COE de emissão própria (Banco x Cliente)
Em registro de COE de emissão própria, o participante de registro emissor (o próprio banco) fará inserção dos dados do COE
e identificação do titular (seu cliente). Nesse caso, o fluxo financeiro decorrente do resgate ocorrerá entre as partes, fora dos
ambientes da BM&FBOVESPA. Confira os fluxos a seguir:

Registro Resgate

$ COE $ COE

Investidor Participante de BM&FBOVESPA Investidor Participante de BM&FBOVESPA


realiza a
Registro Emissor (Banco) provê o serviço recebe o valor de
Registro Emissor (Banco) realiza a baixa
aplicação realiza a emissão de registro resgate do COE. informa o resgate do COE do registro do COE.
no COE. do COE. do COE. à BM&FBOVESPA e credita o valor
3 do mesmo ao investidor. 2
1 2 3
1

Registro de COE de emissão a mercado


Em registros de COE de emissão a mercado, após inserção das informações pelo participante de registro emissor, será neces-
sário o duplo comando pelo participante de registro proprietário.
A aprovação do registro, nesse caso, está condicionada à confirmação, pelo participante de registro proprietário, dos dados
informados pelo participante de registro emissor, e à identificação do titular, sendo necessária a aprovação no mesmo dia de
seu lançamento, observando-se os horários estipulados.
O resgate dos direitos e das obrigações em recursos financeiros decorrentes desse registro será realizado no Sistema de Liqui-
dação da BM&FBOVESPA, observando-se os horários determinados. Confira os fluxos a seguir:

Registro Resgate
Participante de Registro Proprietário (Corretora)
1
negocia o título, podendo ser ele mesmo o proprietário ou um cliente.

$ COE
$ $
COE $
Participante de BM&FBOVESPA Participante de Registro
Registro Emissor (Banco) provê o serviço de registro do Proprietário (Corretora) Participante de Registro BM&FBOVESPA Participante de
realiza o registro em COE e o repasse dos recursos ao confirma os dados Proprietário (Corretora) realiza a baixa do Registro Emissor (Banco)
nome do Participante Participante de Registro Emissor, informados pelo Participante recebe o pagamento do realiza o pagamento
COE e operacionaliza
de Registro Proprietário. mediante transferência de de Registro Emissor.
resgate do COE ou transfere o resgate. dos valores informados
recursos do Participante de
esse valor para o cliente, caso não pela BM&FBOVESPA.
2 Registro Proprietário. 3
seja o proprietário desse título. 1
2
4
3
Aplicabilidade
Digital Duplo Indexador (com Digital)
Modalidade: VNP (Valor Nominal Protegido). Modalidade: VNP (Valor Nominal Protegido).
Ativo subjacente: taxa de câmbio de dólar. Ativo subjacente: Ibovespa.
Cenário 1: se a taxa de câmbio ficar entre R$2,00/US$ e Cotação inicial registrada para o índice: 57.000 pontos.
R$2,10/US$, a remuneração será dada por 110% do CDI Preço de exercício: 60.000 pontos.
(Regra 1). Cenário 1: se o índice ficar abaixo de 60.000 pontos, a re-
Cenário 2: se a taxa de câmbio ficar entre R$2,10/US$ e muneração será dada por 100% do CDI (Regra 1).
R$2,20/US$, a remuneração será dada por 120% do CDI Cenário 2: se o índice ficar acima de 60.000 pontos, a re-
(Regra 2). muneração corresponderá à variação do índice, utilizan-
Cenário 3: se a taxa de câmbio ficar entre R$2,20/US$ e do-se, para o cálculo, a cotação final observada e a cota-
R$2,30/US$, a remuneração será dada por 110% do CDI ção inicial registrada (Regra 2).
(Regra 3).
Cenário 4: se a taxa de câmbio ficar acima de R$2,30/US$ Payoff (Valor de liquidação)
e abaixo de R$2,00/US$, o cliente receberá o valor nomi-
nal protegido. $

Payoff (Valor de liquidação)


Valor
investido
$ +Variação
Ibovespa Regra 2
Valor Regra 2
investido
+120%
CDI Valor
investido
Regra 1 Regra 3 +100% Preço de
Valor Regra 1
CDI exercício
investido
+110%
CDI 60.000 Ativo subjacente
(Preço de exercício) (Índice Ibovespa)
Valor Regra 4 Regra 4
Nominal
Protegido % Valor Nominal % Valor Nominal
Protegido Protegido

2,00 2,10 2,20 2,30 Ativo subjacente


(Taxa de Câmbio)
Participação (Compra) Volatilidade (Compra de straddle)
Modalidade: VNR (Valor Nominal em Risco). Modalidade: VNP (Valor Nominal Protegido).
Ativo subjacente: Ibovespa. Ativo subjacente: taxa de câmbio de dólar.
Preço de exercício: 60.000 pontos. Compra de call e put com mesmo preço de exercício:
Cenário 1: se o índice ficar acima de 60.000 pontos, a re- R$2,25/US$.
muneração corresponderá a 100% da alta do índice, uti- Cenário 1: se a cotação do dólar ficar abaixo de R$2,25/
lizando-se, para o cálculo, a cotação final observada e o US$, a remuneração corresponderá a 90% da queda da
preço de exercício. taxa de câmbio em módulo. A variação considera a cota-
Cenário 2: se o índice ficar abaixo de 60.000 pontos, a re- ção final em relação ao preço de exercício.
muneração corresponderá a 90% da queda do índice, uti- Cenário 2: se a cotação do dólar ficar acima de R$2,25/
lizando-se, para o cálculo, a cotação final observada e o US$, a remuneração corresponderá a 110% da alta da taxa
preço de exercício. de câmbio. A variação considera a cotação final em rela-
ção ao preço de exercício.
Payoff (Valor de liquidação)
Payoff (Valor de liquidação)
$

$
+100% da
alta do Regra 1
Ibovespa

Ativo subjacente +90% da


60.000 (Índice Ibovespa) queda da +110% da
+90% da Regra 2 (Preço de exercício) taxa de alta da
queda do câmbio em taxa de
Ibovespa módulo câmbio
(Regra 1) (Regra 2)

R$2,25/US$ Ativo subjacente


(Preço de exercício) (Taxa de Câmbio)

Obs.: o exemplo dado é da modalidade VNR, mas podem ser inseridos


limitadores de alta e baixa e barreiras de alta e baixa com pagamento
de rebate, em caso de acionamento de barreiras. Dessa forma, é pos-
sível montar estruturas da modalidade VNP na família “Participação”.
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