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10/05/2018

Módulo IV

Fundos de Investimento

Fundos de Investimento
• PROPORÇÃO: De 10 a 20 %
• O objetivo deste módulo é verificar se o
profissional tem domínio dos principais
conceitos sobre os Fundos de Investimento,
sua regulamentação, estrutura, forma de
negociação e características operacionais dos
produtos.

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Conceito

• É uma modalidade de investimento coletivo,


onde vários investidores (cotistas) aportam
dinheiro neste produto com o objetivo de
obter lucro com a compra e venda de ativos.

Condomínio
• O fundo é uma comunhão de recursos,
constituída sob a forma de condomínio, ou
seja, todos cotistas do fundo usufruem dos
mesmos direitos ao limite que lhe compete e
estão abaixo das mesmas regras/deveres

Registro
• Sua criação é feita por um administrador, habitualmente uma
instituição financeira (Banco, Corretora, Gestora de Recursos,
etc..), que efetua o seu registro.

• Na sua constituição são definidos:


Seus objetivos,
Suas políticas de investimento,
As modalidades de ativos financeiros em que investirá,
As taxas que serão cobradas pelos serviços,
Regras gerais de funcionamento.

• Todas essas informações são reunidas em um documento, o


regulamento, que veremos mais a frente.

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Abertura
• Concluída esta etapa, o fundo é aberto para
investimento. Nesta etapa entra a figura do
distribuidor, que pode ser um Banco ou uma
Corretora, ligado ou não ao administrador, que
oferecem o fundo de investimento a seus clientes.

• É a partir desse momento que os investidores


interessados aplicam seu dinheiro

Funcionamento
• A soma dos recursos aplicados pelos investidores
forma o patrimônio do fundo, que por sua vez é
dividido em cotas

• Portanto, quando um investidor realiza o investimento,


ele está adquirindo cotas do fundo na proporção do
capital aplicado

• Suponha, por exemplo, que um fundo fechado tenha


um patrimônio de R$ 100.000,00, e que seja dividido
em 10.000 cotas, cada uma valendo R$ 10,00. Se
alguém investe R$ 500,00 neste Fundo, estará
adquirindo 50 cotas

Funcionamento
• Com o patrimônio formado, o fundo investirá seus
recursos no mercado financeiro e de capitais, por
intermédio de um profissional especializado, o gestor
da carteira, que pode ser o próprio administrador ou
um terceiro contratado

• Esses investimentos são realizados com base em


objetivos e políticas de investimentos pré-definidos e
poderão valorizar ou não

• É isso que definirá a valorização ou a desvalorização


das cotas e, por consequência, a rentabilidade do
fundo.

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Participantes do Fundo
• ADMINISTRADOR: Responsável legal pelo funcionamento do fundo. Controla
todos os prestadores de serviço, e defende os interesses dos cotistas.
Responsável pela comunicação com o cotista.

• CUSTODIANTE: Responsável pela “guarda” dos ativos do fundo. Responde


pelos dados e envio de informações dos fundos para os gestores e
administradores.

• DISTRIBUIDOR: Responsável pela venda das cotas do fundo. Pode ser o


próprio administrador ou terceiros contratados por ele.

• GESTOR: Responsável pela compra e venda dos ativos do fundo (gestão)


segundo política de investimento estabelecida em regulamento. Quando há
aplicação no fundo, cabe ao gestor comprar ativos para a carteira. Quando
houver resgate o gestor terá que vender ativos da carteira.

• AUDITOR INDEPENDENTE: Todo Fundo deve contratar um auditor


independente que audite as contas do Fundo pelo menos uma vez por ano.

Documentos dos Fundos de


Investimento
• Os fundos de investimentos devem divulgar informações de forma
abrangente, equitativa e simultânea para todos, inclusive utilizando os
canais eletrônicos e as páginas na internet do administrador e dos demais
responsáveis pela divulgação das informações.
• As informações devem ser escritas em linguagem simples, clara, objetiva e
concisa, além de ser úteis à avaliação do investimento. Devem ainda ser
verdadeiras, completas, consistentes e não podem induzir o investidor ao
erro.
• Não podem assegurar ou sugerir a garantia de resultados futuros ou
isenção de risco, e devem diferenciar fatos de estimativas e opiniões.

• Os principais documentos dos fundos de investimento que devem ser


elaborados e divulgados pelo administrador são:
• o Regulamento;
• o Formulário de Informações Complementares; e
• a Lâmina de Informações Essenciais;

Regulamento
• No momento da constituição de um fundo, o
administrador elabora e aprova o seu regulamento,
documento que formalmente "dá vida" ao fundo, e
contem as regras que servem de base para o seu
funcionamento.

• O regulamento é um documento de natureza mais


estática, pois não sofre alterações constantes, e
possui uma linguagem com caráter bastante formal.

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Formulário de Informações
Complementares
• É um documento de natureza virtual, que deve ser disponibilizado
pelo administrador e pelo distribuidor do fundo em seus sites.
• Trata-se de um documento de característica mais dinâmica, que
fornece informações complementares sobre o fundo, como:

Procedimento de Divulgação de informações periódicas do fundo;


Procedimento de Solicitação de informações pelo cotista;
Exposição dos fatores de riscos inerentes à composição da carteira
do fundo;
Descrição da tributação aplicável ao fundo e a seus cotistas,
Descrição da política de administração de risco;
Política de distribuição de cotas, inclusive no que se refere à
descrição da forma de remuneração dos distribuidores.

Lâmina de Informações Essenciais


• O administrador de fundo de investimento aberto
deve elaborar a lâmina de informações essenciais,
documento que apresenta de forma simplificada as
principais informações do fundo

• Ela é apresentada em um formato simples, reduzido


e deve seguir um padrão e uma sequência pré-
definidos

Termo de Adesão
• Para que o investidor concretize a aplicação no fundo, é necessária
a assinatura do termo de adesão e ciência de risco.

• Este termo serve para o cliente atestar que teve acesso ao


regulamento, a lâmina e ao formulário de informações
complementares do fundo.

• O cotista declara ainda que:

Tem ciência dos fatores de risco relativos ao fundo,


De que não há qualquer garantia contra eventuais perdas
patrimoniais e,
De que as estratégias de investimento do fundo podem resultar em
perdas superiores ao capital aplicado e a consequente obrigação do
cotista de aportar recursos adicionais para cobrir o prejuízo do
fundo.

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Cota
• Uma cota é a menor fração do patrimônio
líquido de um fundo de investimento
• Como é calculada a cota?
ATIVOS = Carteira
de títulos do VALORES A PATRIMÔNIO
fundo + Valores a PAGAR LÍQUIDO
Receber + Caixa

PATRIMÔNIO
Nº DE COTAS VALOR DA COTA
LÍQUIDO

Cálculo do Valor da Cota


Um fundo de investimento fechou o dia com um PL de R$ 15.000.000,00. Este fundo
cobra uma taxa de administração de 1% a.a. e teve um gasto com despesas em D+0
no valor de R$ 4.700,00 com taxas de corretagem e serviços terceirizados.
Considerando que em D+1 o fundo teve um lucro de R$ 13.500,00, qual será o valor
da cota deste fundo em D+1?
Quantidade de cotas: 10.000,00

• Para encontrarmos o valor da cota em D+1 temos que seguir alguns passos.

1. Pegamos o valor do PL do fundo, diminuímos as despesas (Salvamos este valor na memoria


da HP)
2. Encontramos a taxa de administração ao dia e retiramos do PL líquido do dia anterior
3. Somamos a rentabilidade em D+1
4. Dividimos pelo numero de cotas

Cálculo do Valor da Cota


Cálculo: DESCONTAMOS A TAXA DE
ADMINISTRACAO DO VALOR LIQUIDO DO
VALOR LIQUIDO = PL D+0 - DESPESAS FUNDO
15.000.000,00 ENTER RCL 1 ENTER
4700 – RCL 2 % -
14.995.300 STO 1 CLX 14.994.707,89

TRANSFORMACAO DA TAXA DE SOMAMOS AO LUCRO EM D+1


ADMINISTRACAO AO ANO PARA DIA 14.994.707,89 (Usar o valor acima, com
1i todas as casas)
252 n 13.500,00 +
1 R/S 15.008.207,89
0,003948622 STO 2 CLX
DIVIDIMOS PELA QUANTIDADE DE COTAS
15.008.207,89
10.000 ÷
Resposta: R$ 1.500,82

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Propriedade da Carteira de Ativos

• A propriedade da carteira de ativos de um


fundo de investimento é do condomínio e a
cada cotista cabe a sua fração correspondente
ao seu número de cotas.

Marcação a Mercado
• Para se encontrar o valor diário da cota, o fundo precisa
precificar o valor diário dos ativos da carteira do fundo,
este processo se chama marcação a mercado

• É um processo pelo qual é feita uma cotação para se


chegar ao valor de mercado do fundo, isto é, por quanto
seria possível vender, hoje, todos os investimentos que
compõem sua carteira

• O objetivo da marcação a mercado é evitar transferência


de riqueza entre cotistas

Marcação a Mercado
IMPORTANTE!!!
• Caso o ativo não tenha liquidez ou não tenha uma cotação no
mercado, o administrador deve utilizar uma estimativa
adequada de preço que o ativo teria em uma eventual
negociação feita no mercado

• O administrador deve publicar uma versão no mínimo


resumida da metodologia de marcação a mercado que utiliza

• O mesmo ativo não pode ter critérios diferentes de avaliação,


salvo nos casos previstos em regulamentação específica

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Direitos dos Cotistas


O cotista deve ser informado:
• Do objetivo do fundo.
• Da política de investimento do fundo e dos riscos associados a essa
política de investimentos.
• Das taxas de administração e de performance cobradas.
• Dos critérios de divulgação de informação e em qual jornal são
divulgadas as informações do fundo.
• Sempre que o material de divulgação apresentar informações
referentes à rentabilidade ocorrida em períodos anteriores, deve ser
incluída advertência, com destaque, de que:
– Os investimentos em fundos não são garantidos pelo administrador
ou por qualquer mecanismo de seguro ou, ainda, pelo fundo
garantidor de crédito .
– A rentabilidade obtida no passado não representa garantia de
rentabilidade futura.

Direitos dos Cotistas


O cotista deve ter acesso:
• Ao Regulamento e ao Formulário de Informação
Complementar.
• Ao valor do patrimônio líquido, ao valor da cota e à
rentabilidade no mês e no ano civil.
• À composição da carteira do fundo (o administrador deve
colocá-la à disposição dos cotistas).
• O cotista deve receber:
– Mensalmente extrato dos investimentos.
– Anualmente demonstrativo para Imposto de Renda com
os rendimentos obtidos no ano civil, número de cotas
possuídas e o valor da cota.

Obrigações dos cotistas


O cotista deve ser informado e estar ciente de suas
obrigações, tais como:

• O cotista poderá ser chamado a aportar recursos ao fundo


nas situações em que o PL do fundo se tornar negativo.
• O cotista pagará taxa de administração, de acordo com o
percentual e critério do fundo.
• Observar as recomendações de prazo mínimo de
investimento e os riscos que o fundo pode incorrer.
• Comparecer nas assembleias gerais.
• Manter seus dados cadastrais atualizados para que o
administrador possa lhe enviar os documentos.

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Assembleia Geral de Cotistas


• É a reunião dos cotistas para deliberarem sobre
assuntos referentes ao Fundo.
• Principais deliberações:
Apresentação das demonstrações contábeis;
A substituição do administrador, gestor ou custodiante do fundo;
A fusão, a incorporação, a cisão, a transformação ou a liquidação do fundo;
O aumento da taxa de administração, da taxa de performance e demais taxas;
A alteração da política de investimento do fundo;
A emissão de novas cotas, no fundo fechado;
A amortização e o resgate compulsório de cotas, caso não estejam previstos no regulamento
A alteração do regulamento, exceto quando:
• decorrer exclusivamente da necessidade de atendimento a exigências expressas da CVM ou
de adequação a normas legais ou regulamentares;
• envolver redução da taxa de administração ou da taxa de performance.

Informações Periódicas e Eventuais


Existem informações que devem ser divulgadas, por todos os administradores, em
periodicidades pré-estabelecidas.

• Diariamente: o valor da cota e do patrimônio líquido, disponibilizado para os


investidores no site do administrador e enviados para a CVM, que também
disponibiliza essas informações em seu site.
• Mensalmente: enviar ao investidor extrato da sua conta, com informações gerais
sobre o fundo e sua rentabilidade, além de remeter à CVM o balancete e a
composição da carteira.
• Anualmente: o administrador deve enviar aos cotistas a demonstração de
desempenho do fundo e à CVM as demonstrações contábeis devidamente
acompanhadas do parecer do auditor independente.

• Eventuais: Além das informações periodicamente divulgadas, existem outras que


devem ser realizadas apenas na ocorrência de ato ou fato relevante relacionado ao
funcionamento do fundo ou aos ativos financeiros integrantes de sua carteira.
Identificada essa situação, o Administrador deve, imediatamente, enviar
comunicado a todos os cotistas e comunicar o fato à CVM.

Por que investir em Fundos de Investimento?


Possibilidade de diversificação da carteira, mesmo
dispondo de pouco recurso financeiro

Gestão profissional de um especialista certificado

Maior liquidez

Acesso a produtos de investimento que muitas vezes são


inacessíveis ao investidor comum

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Fundos Abertos
• Neste tipo de fundo os cotistas podem entrar
e sair a qualquer momento

• O número de cotas do Fundo é variável.


Quando um cotista aplica dinheiro no Fundo,
novas cotas são geradas e quando resgata, as
cotas são extintas.

Fundos Fechados
• Ao contrário do que ocorre com os fundos abertos, nos
fundos fechados a entrada e a saída de cotistas não pode
ser realizada a qualquer momento.
• Após o período de captação de recursos pelo fundo, não
são admitidos novos cotistas nem novos investimentos
pelos antigos cotistas, entretanto a assembleia de cotistas
poderá deliberar a distribuição de novas cotas do fundo
fechado.
• Como também não é admitido o resgate de cotas por
decisão do cotista, ele tem que vender suas cotas a
terceiros se quiser receber o seu valor antes do prazo de
encerramento do fundo, para isso o fundo deve ser
negociado em bolsa de valores ou no mercado de balcão
organizado

Fundos Restritos
• São fundos de investimento constituídos para
serem acessados somente por uma classe
restrita de cotistas.
• Estes fundos podem ser utilizados por
exemplo por funcionários de uma mesma
empresa, entidades de classe ou membros de
uma única família, buscando planejamento
sucessório, blindagem patrimonial e uma
gestão de recursos profissional.

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Fundos Exclusivos
• São fundos de investimento constituídos por
um único investidor, ou seja, possuem apenas
um único cotista.
• Este fundo pode ser acessado exclusivamente
por um Investidor Profissional.
• Neste fundo a Marcação a mercado é
facultativa.

Fundos de Investimento com Carência


• São fundos que apresentam prazo de carência para
resgate em seu regulamento .

• Exemplo: Resgate em D+15 (Valor só cairá na conta do


cliente passados 15 dias após a data de solicitação do
resgate)

• OBS: É permitido o resgate de cotas em Fundos com


Carência antes do término da carência estabelecida,
caso conste em regulamento, porém terá incidência de
IOF à alíquota de 0,5% ao dia limitada aos rendimentos
do fundo.

Fundos de Investimento sem Carência

• Permitem resgates a qualquer momento, ou


seja, liquidez diária

• Fundos com resgate em D+0

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Dinâmica de Aplicação e Resgate

• Aplicação de Recursos : Quando um cotista


investe em um Fundo, o gestor deverá usar
este dinheiro para comprar ativos para a
carteira do Fundo, respeitando a sua política
de investimento.

Dinâmica de Aplicação e Resgate

• Resgate de Recursos: Quando o cotista pede o


resgate das suas cotas, o gestor deve vender
ativos financeiros da carteira do fundo para
pagar o resgate solicitado ao cotista.

Iliquidez
ICVM 522 - Art. 16 - Em casos excepcionais de iliquidez dos ativos
componentes da carteira do Fundo, inclusive em decorrência de pedidos de
resgates incompatíveis com a liquidez existente, ou que possam implicar
alteração do tratamento tributário do fundo ou do conjunto dos cotistas, em
prejuízo destes últimos, o administrador poderá declarar o fechamento do
fundo para a realização de resgates, e, caso o fundo permaneça fechado por
período superior a 5 dias consecutivos será obrigatória a convocação de
Assembleia Geral Extraordinária, no prazo máximo de 1 dia, para deliberar,
no prazo de 15 dias, a contar da data do fechamento para resgate, sobre as
seguintes possibilidades:

• substituição do administrador, do gestor ou de ambos;


• reabertura ou manutenção do fechamento do fundo para resgate;
• possibilidade do pagamento de resgate em títulos e valores mobiliários;
• cisão do fundo; e
• liquidação do fundo.

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Política de Investimento
• Fundo Passivos (Indexados) – Têm o objetivo de acompanhar
seu “benchmark”.

• Fundos Ativos – Têm o objetivo de superar o seu o seu


“benchmark”.

• Fundo Alavancado – São fundos destinados para investidores


agressivos. Oferecem possibilidade altos retornos porém
operam com risco de perda superior ao seu patrimônio.

Taxa de Administração
• É um encargo cobrado pelo Administrador do
Fundo como remuneração pela prestação dos
serviços de administração e gestão da sua
carteira, bem como sua distribuição

• É cobrada em todos os fundos de


investimentos. Embora seja calculada e
divulgada como um percentual anual, é
provisionada proporcional e diariamente,
como despesa do fundo

Taxa de Performance
• É como um prêmio cobrado pelo gestor por ter conseguido
superar determinado referencial de rentabilidade
previamente combinado (benchmark)

• Exemplo: Um fundo de renda fixa cobra taxa de


performance de 20% sobre o que exceder o seu benchmark.
Supomos que o CDI no período acumulou 10% e o fundo
rentabilizou 14%, sobre estes 4% o fundo irá cobrar a taxa de
20% por ter superado o seu índice de desempenho, ou seja
0,8% no período.

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Taxa de Performance
• Esse referencial usado como parâmetro deve ser compatível com a
política de investimento do fundo e com os títulos que compõem a
carteira

• Assim, um fundo de ações deve ter como referência algum índice da


bolsa relacionado ao mercado de ações, como o Ibovespa ou o IBR-X

• Além disso, não é permitido vincular a cobrança da taxa de


performance a percentuais inferiores a 100% do parâmetro de
referência escolhido, e a cobrança deve ser feita após dedução de
todas as despesas do fundo, inclusive a taxa de administração

• Periodicidade mínima: Semestral

• Metodologia utilizada para cobrança de taxa de performance é a Linha


d’água

Linha d’água
• Um fundo de investimento que efetua a cobrança semestral de taxa de performance apresentou a
seguinte variação em suas cotas:

Início 1 2 3 4 5 6

Valor da Cota 1,1927 1,2165 1,2107 1,2157 1,2193 1,2672 1,2798

Variação do fundo 2,00% -0,47% 0,41% 0,30% 3,93% 1,00%


Variação do
1,32% 0,97% 0,35% 0,79% 1,20% 1,25%
Benchmark
• O fundo superou o benchmark nos meses 1, 3 e 5, agora devemos verificar a linha d’água.

• A incidência da taxa de performance ocorrerá somente se o valor da cota do período for superior
ao valor da cota referente à última cobrança, não do período anterior.

• Mês 1: Será cobrada, pois o valor da cota de 1,2165 é superior ao valor da cota de 1,1927.
• Mês 3: Não será cobrada, pois o valor da cota de 1,2157 é inferior ao da última cobrança 1,2165.
• Mês 5: Será cobrada, pois o valor da cota de 1,2672 é superior ao valor da cota da última cobrança
(mês 1) de 1,2165

Outras Taxas
• Taxa de Ingresso – Sua cobrança não é muito
comum, porém podem ser aplicadas caso conste
no regulamento do produto. Como o próprio
nome sugere são taxas cobradas quando o
investidores realiza aportes no fundo.

• Taxa de Saída – Estas taxas são aplicadas quando


o investidor faz o resgate de suas cotas. Estão
normalmente presentes em fundos com prazo de
carência, onde o cliente paga caso queira resgatar
seu capital com uma carência menor do que a
convencional prevista no regulamento.

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Limites de Concentração
• Para reduzir a exposição ao risco, os fundos
devem respeitar limites de concentração na
sua carteira. Esses limites referem-se à
concentração por:
Mesmo emissor;
Mesma modalidade de ativo financeiro
Investimentos no exterior.

Limites de Concentração por Emissor


• Quanto aos limites por emissor, os fundos poderão
investir no máximo:

20% de seu patrimônio em ativos emitidos por


instituição financeira
Até 10% em outros fundos de investimento ou
companhia aberta
Até 5% para os demais emissores pessoa física ou
jurídica de direito privado

Limites de Concentração por tipo de Ativo


• Os fundos também devem respeitar o limite máximo de
aplicação de 20% do seu patrimônio líquido em uma lista
de ativos financeiros dispostos na regulamentação, como
Cotas de fundos de investimento, Cotas de fundos de
índices, Cotas de FII, CRI, dentre outros.

• No caso de Investidores Qualificados os limites por


modalidade são computados em dobro, ou seja 40%

• Já os fundos destinados a Investidores Profissionais não


estão obrigados a observar os limites de concentração
por ativo ou por emissor

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Limites de Concentração por tipo de Ativo


• Porém, não há limite para alguns produtos
como:

Títulos Públicos Federais


Ouro negociado em bolsa
Títulos de instituições financeiras
Alguns valores mobiliários, como ações e debêntures, desde
que tenham sido objeto de oferta pública

Limites de Concentração para


Aplicação em Ativos no Exterior
• A Instrução CVM nº 555 estabeleceu o limite de
investimento no exterior para 20% do patrimônio
líquido para as classes Renda Fixa (exceto o Fundo
Risco Soberano Simplificado), Multimercado e
Ações.
• No caso do Fundo Renda Fixa – Dívida Externa,
manteve-se a regra que permite o investimento
ilimitado em ativos no exterior.

Limites de Concentração para


Aplicação em Ativos no Exterior
• Para fundos destinados a Investidores
Qualificados, a regra geral é um limite de 40% do
PL, porém podem investir ilimitadamente nas
hipóteses desses Fundos atenderem algumas
condições

• Já os fundos destinados a Investidores


Profissionais podem investir ilimitadamente em
ativos no exterior desde que incluam o sufixo
"Investimento no Exterior" após a classe de
Fundo

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Resumo dos Limites de Concentração


• 20% - Fundos de Varejo
• 40% - Fundos para Investidores Qualificados
Ativo • Ilimitado – Fundos para Investidores Profissionais

• 20% - em Ativos de Instituição Financeira (Ex: CDB, Letra Financeira, etc)


• 10% - em outros fundos ou Ativos de Companhia Aberta (Ex: Debêntures, Cotas de
Fundos, etc)
Emissor • 5% - Demais emissores PF ou PJ de Direito Privado ( CPR, CCB, etc)

• 20% - Fundos de Varejo


• 40% - Fundos para Investidores Qualificados
Investimentos
no Exterior
• Ilimitado – Fundos para Investidores Profissionais

Classificações de Fundos

• Em julho de 2015 passou a vigorar a instrução CVM 555 que dispõe sobre
fundos de investimento

• A Anbima no mesmo ano através de sua atuação como órgão


autorregulador criou a nova classificação de fundos complementando a
instrução CVM 555. A intenção da entidade foi adequar as diferentes
classes de fundos às novas necessidades do mercado além de alinhar a
classificação aos padrões internacionais

Classificação de Fundos - CVM


• A regulamentação da CVM organiza os fundos de
investimento em quatro diferentes classes:

Renda Fixa
Ações
Cambial
Multimercado

• Além da classificação geral, os fundos podem


acrescentar sufixos ao seu nome, que funcionam como
uma espécie de subclassificação.

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Sufixos
Classe Sufixos
Curto Prazo
Renda Fixa Referenciado
Simples
Longo Prazo
Crédito Privado
Renda Fixa ou Multimercado
Dívida Externa
Investimento no Exterior
BDR Nível I
Ações Mercado de Acesso
Investimento no Exterior
Os sufixos podem ser utilizados de forma cumulativa

Fundos de Renda Fixa


• Investem no mínimo 80% de seu Patrimônio
Líquido em ativos que apresentam como
principal fator de risco a variação da taxa de
juros, de índice de preços, ou ambos.

• É vedada a cobrança de taxa de performance,


salvo quando se tratar de Fundo Longo Prazo
ou Dívida Externa destinados a investidores
qualificados.

Sufixo - Renda Fixa Referenciado


• Buscam acompanhar a variação de determinado indicador de
referência (benchmark) definido em seu objetivo. Esse indicador
pode ser um índice de mercado ou uma taxa de juros.

• No mínimo 95% do seu patrimônio líquido deve estar alocado em


ativos que acompanham, direta ou indiretamente, determinado
índice de referência (benchmark)

• Deve possuir 80% no mínimo, de seu patrimônio líquido, aplicado


em TPF ou Títulos Privados de baixo risco de crédito

• Não podem cobrar taxa de performance salvo se destinados a


Investidores Qualificados ou classificado como Longo Prazo ou
Dívida Externa.

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Sufixo - Renda Fixa Simples


• Deve ter no mínimo 95% de seu patrimônio líquido aplicado em TPF ou
títulos de renda fixa de instituições financeiras que possuam
classificação de risco no mínimo equivalente à atribuída aos títulos da
dívida pública federal
• Utiliza derivativos somente para proteção da carteira (hedge)
• Deve obrigatoriamente ser um fundo aberto
• Seu benchmark deve ser a SELIC
• Dispensa o Termo de Adesão e dispensa aplicação do API (Suitability)

• É vedado ao fundo simples:

I – a cobrança de taxa de performance


II – a realização de investimentos no exterior
III – a concentração em créditos privados
IV – a transformação do fundo em fundo fechado
V – qualquer transformação ou mudança de classificação do fundo

Sufixo - Renda Fixa Curto Prazo


• Devem investir seus recursos, exclusivamente,
em títulos públicos federais ou privados de
baixo risco de crédito com prazo máximo a
decorrer de 375 dias, e prazo médio da
carteira do fundo inferior a 60 dias

• Utiliza derivativos somente para proteção da


carteira (hedge)

Sufixo - Longo Prazo


• Fundo que garante em seu regulamento o
compromisso de obter o tratamento fiscal
destinado a fundos de longo prazo previsto na
regulamentação fiscal, ou seja, manter uma
carteira com prazo médio maior ou igual a 365
dias corridos, devendo incluir a expressão
“Longo Prazo” em sua denominação.

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Sufixo - Crédito Privado


• Os fundos de renda fixa, cambiais ou
multimercados, que tiverem como política
investir mais de 50% do seu patrimônio em
ativos de emissão privada.

• Devem incluir em sua denominação o sufixo


“Crédito Privado” e destacar essa informação
no termo de adesão e ciência de risco.

Sufixo - Dívida Externa


• Mantêm no mínimo 80% de seu patrimônio
líquido em títulos representativos da dívida
externa de responsabilidade da União. Em
regra não podem manter ou aplicar recursos
no país, com exceção de algumas hipóteses
previstas na regulamentação, como a
aplicação dos recursos remanescentes na
realização de operações com derivativos para
proteção da carteira.

Fundos de Ações
Devem alocar no mínimo, 67% da carteira em:
• Ações
• Bônus ou recibos de subscrição
• Certificados de depósito de ações
• Cotas de fundos de ações ou cotas de fundos de
índice de ações
• BDRs classificados com nível II e III.

Podem cobrar taxa de performance

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Fundos de Ações
• Dependendo das características dos ativos que
integram a sua carteira, assim como da
política de investimento, os fundos da classe
“Ações” podem receber os seguintes sufixos:

Mercado de Acesso
BDR Nível I

Fundos de Ações – Sufixo Mercado de Acesso

• Fundos de ações que devem investir no


mínimo 2/3 do seu patrimônio em ações de
companhias listadas no segmento mercado de
acesso (Listadas no segmento de governança
corporativa chamado “Bovespa Mais”). Este
segmento é voltado para empresas de
pequeno porte ou para grandes companhias
que desejam emitir pequenos lotes de ações
em várias ofertas.

Fundos de Ações – Sufixo BDR Nível I

• Caso um fundo invista no mínimo 67% do


patrimônio em ativos que fazem parte do hall
“Ações”, além de BDRs nível I, deve ser
classificado como Fundo de Ações – BDR Nível I

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Fundos Cambiais
• A classificação agrega os fundos que aplicam pelo
menos 80% da carteira em ativos relacionados
diretamente ou sintetizados, via derivativos, à
moeda estrangeira

• Importante: Este fundo não replica 100% a


cotação da moeda, podem ocorrer pequenos
desvios

• Podem cobrar taxa de performance

Fundos Multimercados
• Fundos com políticas de investimento que
envolvam vários fatores de risco, sem o
compromisso de concentração em nenhum
fator em especial

• Podem usar derivativos para alavancagem

• Podem cobrar taxa de performance

Classificação de Fundos - Anbima


• Na nova Classificação de Fundos ANBIMA, os
investimentos estão divididos em 3 níveis
sendo:

1º Nível: Classes de Ativos


2º Nível: Riscos
3º Nível: Estratégias de investimento

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Primeiro Nível
No primeiro nível, os fundos estão agrupados por classe de
ativos

A Instrução n° 555/14 estabelece quatro classes de fundos:

Renda Fixa
Ações
Multimercado
Cambial

Segundo Nível
Neste nível, os fundos são classificados
conforme o tipo de gestão (passiva ou ativa) e
riscos. Para a gestão ativa, a classificação é
desmembrada conforme a sensibilidade à taxa
de juros. Aqui estão:

1. Fundos indexados
2. Fundos ativos
3. Fundos de investimento no exterior.

Terceiro Nível

• Neste nível os fundos são classificados de


acordo com a estratégia. Enquadram-se aqui,
por exemplo, os fundos soberanos, os fundos
dinâmicos e os setoriais, entre outros.

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Resumo dos Níveis

• Classificados de acordo com a Classe de Ativos


Nível I

• Classificados de acordo com o Tipo de Gestão e


Nível II Riscos

• Classificados de acordo com a Estratégia ou


Nível III Liberdade da Carteira

Fundos de Renda Fixa

Nível II - Categorias
Renda Fixa Simples: Estes fundos seguem o disposto no art. 113 da
Instrução nº 555 que dispõe sobre os fundos de Renda Fixa com sufixo
“Simples” em sua denominação.

Indexados: Fundos que têm como objetivo seguir as variações de


indicadores de referência do mercado de Renda Fixa.

Ativos: Fundos não classificados nos itens anteriores. Os fundos nesta


categoria devem ser classificados conforme a sensibilidade a alterações na
taxa de juros (risco de mercado) medida por meio da duration média
ponderada da carteira. São divididos em:

- Duração Baixa (Short duration)


- Duração Média (Mid duration)
- Duração Alta (Long duration)
- Duração Livre

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Duração Baixa (Short Duration)


• Fundos que objetivam buscar retornos investindo em ativos
de renda fixa com duration média ponderada da carteira
inferior a 21 dias úteis.

• Estes fundos buscam minimizar a oscilação nos retornos


promovida por alterações nas taxas de juros futuros.

• Estão nesta categoria também os fundos que buscam


retorno investindo em ativos de renda fixa remunerados à
taxa flutuante em CDI ou Selic.

• Fundos que possuírem ativos no exterior deverão realizar o


hedge cambial da parcela investida no exterior.

Duração Média (Mid duration)


• Fundos que objetivam buscar retornos investindo em
ativos de renda fixa com duration média ponderada da
carteira inferior ou igual à apurada no IRF-M do último
dia útil de junho.

• Estes fundos buscam limitar oscilação nos retornos


decorrentes das alterações nas taxas de juros futuros.

• Fundos que possuírem ativos no exterior deverão


realizar o hedge cambial da parcela investida no
exterior.

Duração Alta (Long duration)


• Fundos que objetivam buscar retornos investindo em
ativos de renda fixa com duration média ponderada da
carteira igual ou superior à apurada no IMA-GERAL do
último dia útil de junho.

• Estes fundos estão sujeitos a maior oscilação nos


retornos promovida por alterações nas taxas de juros
futuros.

• Fundos que possuírem ativos no exterior deverão


realizar o hedge cambial da parcela investida no
exterior.

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Duração Livre
• Fundos que objetivam buscar retorno por
meio de investimentos em ativos de renda
fixa, sem compromisso de manter limites
mínimo ou máximo para a duration média
ponderada da carteira.

• O hedge cambial da parcela de ativos no


exterior é facultativo ao gestor

Nível III – Subcategorias

Nível III – Subcategorias


Neste nível os fundos são classificados conforme a exposição ao risco de crédito:
Ao optar pela gestão ativa, o investidor tem à disposição os seguintes fundos:

- Soberano: Fundos que investem 100% em títulos públicos federais do Brasil


- Grau de Investimento: Fundos que investem no mínimo 80% da carteira em títulos públicos federais, ativos
com baixo risco de crédito do mercado doméstico ou externo, ou sintetizados via derivativos
- Crédito Livre: Fundos que objetivam buscar retorno por meio de investimentos em ativos de renda fixa,
podendo manter mais de 20% da sua carteira em títulos de médio e alto risco de crédito do mercado
doméstico ou externo

Ao optar por renda fixa simples, no terceiro nível, a única, opção disponível será renda fixa
simples

Ao optar por um fundo de renda fixa de gestão indexada, o comportamento do fundo passa a
ser atrelado ao índice de referência (Índices)

Ao optar por investimento no exterior, as opções para o terceiro nível são:

- Investimento no Exterior: Fundos que investem em ativos financeiros no exterior em parcela superior a 40%
do patrimônio líquido.
- Dívida Externa: Fundos que investem no mínimo 80% de seu patrimônio líquido em títulos representativos
da dívida externa de responsabilidade da União.

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Fundos de Ações

Nível II - Categorias
Neste nível os fundos são classificados conforme o tipo de gestão (indexada
ou ativa), específicos para fundos com características diferenciadas ou
investimento no exterior.

Indexados: Fundos que têm como objetivo replicar as variações de


indicadores de referência do mercado de renda variável.

Ativos: Fundos que têm como objetivo superar um índice de referência


ou que não fazem referência a nenhum índice.

Específicos: Fundos que adotam estratégias de investimento ou possuam


características específicas tais como condomínio fechado, não
regulamentados pela Instrução nº 555 da CVM, fundos que investem
apenas em ações de uma única empresa ou outros que venham a surgir.

Investimento no Exterior: Fundos que investem em ativos financeiros no


exterior em parcela superior a 40% do patrimônio líquido.

Nível III – Subcategorias

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Nível III – Subcategorias


Neste nível os fundos são classificados conforme a estratégia:

Os fundos ativos, por sua vez, se dividem no terceiro nível em:


- Valor / Crescimento: Fundos que buscam retorno por meio da seleção de empresas cujo valor das
ações negociadas esteja abaixo do “preço justo” estimado ou aquelas com histórico ou perspectiva
de continuar com forte crescimento de lucros, receitas e fluxos de caixa em relação ao mercado.
- Setoriais: Fundos que investem em empresas pertencentes a um mesmo setor ou conjunto de
setores afins da economia.
- Dividendos: Fundos que investem em ações de empresas com histórico de dividend yield (renda
gerada por dividendos) consistente ou que, na visão do gestor, apresentem essas perspectivas.
- Small Caps: Fundos cuja carteira é composta por, no mínimo, 85% em ações de empresas que não
estejam incluídas entre as 25 maiores participações do IBrX - Índice Brasil, ou seja, ações de
empresas com relativamente baixa capitalização de mercado. Os 15% remanescentes podem ser
investidos em ações de maior liquidez ou capitalização de mercado, desde que não estejam
incluídas entre as dez maiores participações do IBrX – Índice Brasil.
- Sustentabilidade / Governança: Fundos que investem em empresas que apresentam bons níveis de
governança corporativa, ou que se destacam em responsabilidade social e sustentabilidade
empresarial no longo prazo.
- Índice Ativo: Fundos que têm como objetivo superar o índice de referência do mercado acionário.
Estes fundos se utilizam de deslocamentos táticos em relação à carteira de referência para atingir
seu objetivo.
- Livre: Fundos sem o compromisso de concentração em uma estratégia específica.

Nível III – Subcategorias


Ao optar pelos fundos indexados, as opções no
terceiro nível são os fundos atrelados a índices de
referência.

No nível 3, os fundos específicos se dividem em:


- Fundos Fechados de Ações: Fundos de condomínio fechado
regulamentados pela Instrução nº 555 da CVM.
- Fundos de Ações FMP-FGTS: De acordo com a
regulamentação vigente.
- Fundos de Mono Ação: Fundos com estratégia de
investimento em ações de apenas uma empresa.

Fundos Multimercado

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Nível II - Categorias
Neste nível, a classificação se dá em três grupos:
Alocação: Fundos que buscam retorno no longo prazo por meio de
investimento em diversas classes de ativos (renda fixa, ações,
câmbio etc.), incluindo cotas de fundos de investimento.

Estratégia: Fundos nesta categoria se baseiam nas estratégias


preponderantes adotadas e suportadas pelo processo de
investimento adotado pelo gestor como forma de atingir os
objetivos e executar a política de investimentos dos fundos.
Admitem alavancagem.

Investimento no Exterior: Fundos que investem em ativos


financeiros no exterior em parcela superior a 40% do patrimônio
líquido.

Nível III – Subcategorias

Nível III – Subcategorias


Neste nível, os fundos são classificados conforme a liberdade da carteira ou
necessidade de manter um benchmark composto.

Os fundos por alocação dividem-se entre:

Balanceados: Buscam retorno no longo prazo por meio da compra de diversas


classes de ativos, incluindo cotas de fundos. Estes fundos possuem estratégia de
alocação pré-determinada devendo especificar o mix de investimentos nas
diversas classes de ativos, incluindo deslocamentos táticos e/ou políticas de
rebalanceamento explícitas. O indicador de desempenho do fundo deverá
acompanhar o mix de investimentos explicitado (asset allocation benchmark), não
podendo, assim, ser comparado a uma única classe de ativos (por ex, 100% CDI)
Não admitem alavancagem.

Dinâmicos: Buscam retorno no longo prazo por meio de investimento em diversas


classes de ativos, incluindo cotas de fundos. Estes fundos possuem uma estratégia
de asset allocation sem, contudo, estarem comprometidos com um mix pré-
determinado de ativos. A política de alocação é flexível, reagindo às condições de
mercado e ao horizonte de investimento. Admitem alavancagem.

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Nível III – Subcategorias


No terceiro nível, os fundos por estratégias dividem-se entre:
Macro: Fundos que realizam operações em diversas classes de ativos com
estratégias de investimento baseadas em cenários macroeconômicos de médio e
longo prazos.
Trading: Fundos que realizam operações em diversas classes de ativos explorando
oportunidades de ganhos a partir de movimentos de curto prazo nos preços dos
ativos.
Long and Short - Direcional: Fundos que fazem operações de renda variável,
montando posições compradas e vendidas. O resultado deve ser proveniente,
preponderantemente, da diferença entre essas posições.
Long and Short - Neutro: Fundos que fazem operações de renda variável,
montando posições compradas e vendidas, com o objetivo de manterem a
exposição financeira líquida limitada a 5%.
Juros e Moedas: Fundos que buscam retorno com estratégias que impliquem
risco de juros, risco de índice de preço e risco de moeda estrangeira.
Livre: Fundos sem compromisso de concentração em alguma estratégia específica.
Capital Protegido: Fundos que buscam retornos em mercados de risco procurando
proteger, parcial ou totalmente, o principal investido.
Estratégia Específica: Fundos que adotam estratégia de investimento que implique
riscos específicos, tais como commodities, futuro de índice.

Fundos Cambiais

Nível I, II e III – Cambial


• A mesma lógica vale para os fundos cambiais, que se
repetem nos três níveis

• A classificação agrega os fundos que aplicam pelo menos


80% da carteira em ativos relacionados diretamente ou
sintetizados, via derivativos, à moeda estrangeira

• Importante: Este fundo não replica 100% a cotação da


moeda, podem ocorrer pequenos desvios

• Podem cobrar taxa de performance

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FIC – Fundo de Investimento em Cotas


de Fundos de Investimento
• O FIC deverá manter, no mínimo, 95% de seu patrimônio investido em
cotas de fundos de investimento de uma mesma classe, exceto os
Fundos de Investimento em cotas classificados como "Multimercado",
que podem investir em cotas de fundos de classes distintas.

• Os restantes 5% do patrimônio do fundo poderão ser mantidos em


depósitos à vista ou aplicados em:

- Títulos Públicos Federais


- Títulos de renda fixa de emissão de instituição financeira
- Operações compromissadas

Fundo de Índice
• Também chamados de ETFs - Exchange Traded
Funds

• São fundos que seguem algum índice de


mercado (Ibovespa, Ibr-x, ISE) e suas cotas são
negociadas em bolsa

Fundo de Investimento Imobiliário


• É uma comunhão de recursos destinados à aplicação em
ativos relacionados ao mercado imobiliário.

• Obrigatoriamente são constituídos em condomínio


fechado, ou seja, quando o investidor deseja se desfazer do
investimento precisa fazer a venda das cotas na bolsa

• Os recursos captados na venda das cotas poderão ser


utilizados para:

Aquisição de imóveis físicos


Aquisição de cotas de outros FIIs
Aquisição de títulos e valores mobiliários ligados ao setor imobiliário, tais
como LCI, CRI, ações de companhias do setor imobiliário etc.

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FII - Fundo de Investimento Imobiliário


• Com a aquisição dos imóveis, o fundo obterá renda com sua
locação, venda ou arrendamento

• Caso aplique em títulos e valores mobiliários, a renda se originará


dos rendimentos distribuídos por esses ativos ou ainda pela
diferença entre o seu preço de compra e de venda

• No mínimo 95% dos rendimentos do FII são distribuídos aos seus


cotistas

• O rendimento mensal é isento de IR para pessoa físicas

• Caso o investidor acumule mais de 10% do total de cotas do fundo


ou o fundo tenha no máximo 50 cotistas não há isenção

FIP – Fundo de Investimento em


Participação
• É uma comunhão de recursos destinados à
aplicação em companhias abertas, fechadas ou
sociedades limitadas, em fase de
desenvolvimento.

• O FIP é um investimento em renda variável


constituído sob a forma de condomínio fechado,
em que as cotas somente são resgatadas ao
término de sua duração ou quando é deliberado
em assembleia de cotistas a sua liquidação.

FIP – Fundo de Investimento em


Participação
• Os FIPs devem manter, no mínimo, 90% de seu
patrimônio investido em participações de
sociedades limitadas.

• O FIP pode investir até 20% de seu capital


subscrito em ativos no exterior

• Adicionalmente, pode investir em cotas de outros


FIP ou em cotas de fundos de ações – mercado de
acesso para fins de atendimento do limite
mínimo de 90%.

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FIDC - Fundo de Investimento em Direitos


Creditórios
• É uma comunhão de recursos que destina no mínimo 50% do seu
respectivo patrimônio líquido para aplicações em direitos
creditórios.

• Os direitos creditórios que compõem a carteira de ativos de um


FIDC, são provenientes dos créditos que uma empresa tem a
receber, como duplicatas, cheques e outros.

• Por exemplo, a empresa vende um produto a prazo para um


consumidor através de cartão de crédito e estes recebíveis (as
parcelas a serem pagas pelo consumidor) podem ser vendidos para
um FIDC na forma de direitos creditórios, permitindo à empresa,
antecipar o recebimento destes recursos em troca de um taxa de
desconto que, por outro lado, remunera os investidores do fundo.

FIDC - Fundo de Investimento em


Direitos Creditórios
• Valor mínimo para aplicação: R$ 25.000,00

• Pode ser aberto ou fechado

• Tem duas classes de cotas:


- Sênior
- Subordinada

• Pode operar derivativos somente para hedge

Carteira Administrada

• A administração de carteira de valores mobiliários


consiste na gestão profissional de recursos ou valores
mobiliários, sujeitos à fiscalização da CVM, entregues
ao administrador, com autorização para que este
compre ou venda títulos e valores mobiliários por
conta do investidor.

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Carteira Administrada
• Gestão discricionária é aquela em que o
administrador de carteiras detém,
exclusivamente, o poder de decidir, por conta e
risco do investidor, sobre a análise, a seleção, a
compra e venda de ativos.
• Gestão não discricionária é aquela em que o
investidor toma as decisões de investimento
segundo o seu próprio juízo de valor, e as informa
ao administrador de carteiras para que este
meramente as operacionalize.

Tributação em Fundos de
Investimento

Come-cotas
• Os fundos de Renda Fixa tem uma particularidade
em relação a forma de tributação quando
comparados com os outros tipos de produtos

• Em determinados casos, o cliente não faz o


pagamento da tributação em dinheiro mas em cotas
do fundo, por esta razão este método é chamado de
come-cotas

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Come-cotas
• No último dia útil dos meses de Maio e Novembro o
administrador recolhe a alíquota mínima (segundo a
classe de imposto para pagamento de IR) convertida
em cotas, sobre a posição atualizada do investidor

• Ou seja, é uma antecipação do IR, pois de qualquer


maneira o cliente pagará até o limite da alíquota
mínima o valor devido em imposto

• Lembre-se, o come-cotas diminui a quantidade de


cotas, não o valor da cota

Fundos de Curto Prazo


Prazo de Investimento Alíquota
Até 180 dias 22,5%
Acima de 180 dias 20%

De acordo com a classificação da Receita Federal são fundos cujo prazo


médio da carteira é igual ou inferior a 365 dias
Fator gerador do imposto: Resgate ou Semestral (Come-cotas)
Semestre: último dia útil dos meses de MAIO e NOVEMBRO
Responsável pelo recolhimento: Administrador do fundo
Alíquota semestral: 20% sobre os rendimentos

Fundos de Longo Prazo


Fundos de Investimento Alíquota
Até 180 dias 22,5%
De 181 a 360 dias 20%
De 361 a 720 dias 17,5%
Acima de 721 dias 15%

Para classificação da Receita Federal, são fundos cujo prazo médio da


carteira é superior a 365 dias
Fator gerador do imposto: Resgate ou Semestral
Semestre: último dia útil dos meses de MAIO e NOVEMBRO
Responsável pelo recolhimento: Administrador do fundo
Alíquota semestral: 15%

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Fundos de Ações
• NÃO INCIDE COME COTAS

• Carteiras com no mínimo 67% aplicado no Mercado de Ações


• Fator Gerador do imposto: Resgate
• Responsável pelo recolhimento: Administrador do fundo
• Alíquota única de: 15% (resgate, não tem come-cotas)

Tributação Fundos Imobiliários


• Neste fundo incidem duas alíquotas, uma sobre o ganho de
capital (Venda da cota com lucro) e outra sobre os
rendimentos, não há come-cotas
GANHO DE CAPITAL
• Alíquota: 20% sobre o lucro da operação
• Recolhimento: Até o último dia útil do mês subsequente a
venda
• Permite Compensação de Perdas em outras operações de
mesma espécie
• Responsável pelo recolhimento: Cotista

Tributação Fundos Imobiliários

RENDIMENTOS

• Pessoa Jurídica incidência de 20% na fonte


• Pessoa Física é Isenta, salvo caso:
- Fundo possua 50 cotistas ou menos
- Cotista detenha mais de 10% do total de cotas do fundo

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IOF - Resgate Antecipado em Fundos


de Renda Fixa com Carência
• Os fundos de investimento de renda fixa estão
sujeitos à cobrança de IOF pela tabela regressiva, que
é zerado com resgate de prazo igual ou superior a 30
dias, quando se tratar de um fundo de investimento
com resgate, no resgate de suas cotas, antes de
completado o prazo de carência para crédito de
rendimentos, a alíquota aplicada é de 0,5% ao dia,
sempre limitado ao rendimento do investidor.

Lucas Signorini Reinhardt


lucas@advisorsbrasil.com
41-99926-9923

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