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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

Prof. Sebastião Xavier


O que são finanças?

• No nível MACRO, as finanças são o


campo de estudo de instituições
financeiras e mercados financeiros e como
funcionam dentro do sistema financeiro.

• No nível MICRO, as finanças são o estudo do


planejamento financeiro, da gestão de ativos e da captação
de fundos por empresas e instituições financeiras.

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Sistema Financeiro Nacional

• Sistema Financeiro Brasileiro


Faz a intermediação e distribuição de recursos no mercado

Advindos de poupança e destinados ao


financiamento de investimentos em setores
produtivos da economia

• Administrador Financeiro
Identifica as melhores oportunidades de alocação de
recursos corporativos
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Sistema Financeiro Nacional

Definição:

Conjunto de instituições financeiras públicas e privadas


que atuam por meio de diversos instrumentos financeiros,
na captação de recursos, distribuição e transferências
de valores entre agentes econômicos

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Sistema Financeiro Nacional

Subsistema normativo do SFN


• Conselho Monetário Nacional (CMN)
• Banco Central do Brasil (Bacen)
• Comissão de Valores Mobiliários (CVM)

Intermediários financeiros

a) Bancos comerciais/múltiplos
b) Bancos de investimentos
c) Sociedades de arrendamento mercantil
d) Sociedades de crédito, financiamento e investimento
e) Associações de poupança e empréstimos
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Sistema Financeiro Nacional

Conselho Monetário Nacional - CMN

• Órgão máximo do SFN

• Define as diretrizes de funcionamento do SFN

• Formula a política de moeda e crédito da economia

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Mercado Financeiro

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Administração Financeira:
conceito e campo de atuação

• Assegurar melhor e mais eficiente processo empresarial de captação e


alocação de recursos de capital.
• Trabalha com a escassez de recursos e gestão financeira
• Avalia a capacidade de um bem em gerar riqueza
• Leva em conta o equilíbrio entre risco e retorno

• Tem o objetivo de promover a maximização do valor de mercado da


ação da empresa

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Dinâmica das Decisões Financeiras

Ativo Passivo

Decisões de
financiamento
Decisões de Captação de
investimento recursos
Aplicação de
recursos Decisões de
dividendos
Financiamento das
atividades

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Dinâmica das Decisões Financeiras

Decisões de investimento

• Envolve todo o processo de identificação, avaliação e seleção


das alternativas de aplicações na expectativa de benefícios
econômicos futuros
• São avaliadas pela relação risco-retorno

• São atraentes quando o retorno esperado


da alternativa supera o retorno exigido
pelos proprietários de capital

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Exemplos

Decisões de investimento

❑ Compras de maquinaria
❑ Aplicações financeiras de curto e longo prazo: títulos públicos, fundos de
investimento, certificados de depósito bancário, ações (com intenção de venda)
❑ Participação em empresas coligadas
❑ Compra de obras de arte
❑ Compra de terrenos e edificações
❑ Marcas e patentes

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Dinâmica das Decisões Financeiras

Decisões de financiamento

• Escolha das melhores ofertas de recursos


e grau de alavancagem

• Descrevem as taxas de retorno exigidas pelos detentores


de capital

• Devem adequar o passivo às características de rentabilidade


e liquidez das aplicações de recursos

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Exemplos

Decisões de financiamento

❑ Captação de empréstimos bancários


❑ Emissão de debêntures
❑ Empréstimos para capital de giro
❑ Desconto de títulos
❑ Hot money
❑ Factoring

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Objetivo da Administração Financeira

•Maximização do lucro? NÃO!!!! Por quê?

•Primeiro: Lucro pode ser de curto prazo ou longo prazo (Lucro =


Receita – Despesa). Tem-se receita de R$ 10,00 e custos de R$ 9,00,
obtém-se um lucro de R$ 1,00. Pergunta-se: R$ 1,00 maximiza o valor
da empresa no mercado??? Vai pagar o capital investido no negócio?
•Segundo: Outra forma de obter “lucro” no curto prazo é postergar
custos com manutenção, não-reposição de estoques e medidas de cortes
de custos. Contudo, estas ações afetarão a empresa no médio-longo
prazo – os níveis de fluxos de caixa futuros .

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Objetivo da Administração Financeira

Maximização da riqueza (bem estar econômico) dos


proprietários de capital

Para tanto:
•Foco nas decisões de investimento, financiamento e de
dividendos de maneira a promover a riqueza dos proprietários da
empresa
• As decisões financeiras de maximização de riqueza
reflete nos recursos da sociedade, maximizando a
riqueza da economia como um todo

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Risco e Retorno

• As decisões financeiras são tomadas em um ambiente


de incerteza com relação ao futuro

• Parte-se do pressuposto que todo investidor tem


aversão ao risco e que prefere maximizar o retorno de
seus investimentos

• Risco: capacidade de se mensurar o estado de incerteza de


uma decisão mediante o conhecimento das probabilidades
de ocorrência de determinados resultados
• Retorno é o ganho ou perda total que se obtém em um
investimento.
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Risco e Retorno Esperados
Componentes do RISCO:
• RISCO ECONÔMICO
Advindo de conjunturas econômicas, de mercado e do
próprio planejamento e gestão da empresa
• RISCO FINANCEIRO
Está relacionado com o endividamento da empresa e sua
capacidade de solvência

• RISCO SISTEMÁTICO
É inerente a todos os ativos e determinado por eventos
externos à empresa e não pode ser eliminado ou reduzido
• RISCO NÃO SISTEMÁTICO (Diversificável)
Identificado nas características do próprio ativo (intríseco) e pode
ser total ou parcialmente diluído pela diversificação da carteira

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Retorno Esperado de um Ativo Individual

O retorno esperado de um ativo individual pode ser mensurado a partir da


probabilidade de sua ocorrência pelo valor do retorno desta ocorrência:

Onde:

= Valor do retorno esperado


Rk = valor do retorno na ocorrência k ou valor de cada resultado considerado
Pk = probabilidade da ocorrência k (de cada evento)
n = número de ocorrências consideradas
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Exemplo - Medidas estatísticas de risco e retorno

Admita ilustrativamente que se esteja avaliando o risco de dois


investimentos A e B

INVESTIMENTO A INVESTIMENTO B

RESULTADOS PROBABILIDADE RESULTADOS PROBABILIDADE


ESPERADOS S ESPERADOS S

$ 600 10% $ 300 10%

$ 650 15% $ 500 20%

$ 700 50% $ 700 40%

$ 750 15% $ 900 20%

$ 800 10% $ 1.100 10%


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Exemplo - Medidas estatísticas de risco e
retorno
Substituindo a expressão de cálculo para os investimentos
anteriores, tem-se:
• Valor Esperado do Investimento A
E(RA) = (0,10 x $ 600) + (0,15 x $ 650) + (0,50 x $ 700)
+ (0,15 x $ 750) + (0,10 x $ 800)
E(RA) = $ 700,00

• Valor Esperado do Investimento B


E(RB) = (0,10 x $ 300) + (0,20 x $ 500) + (0,40 x $ 700)
+ (0,20 x $ 900) + (0,10 x $ 1.100)
E(RB) = $ 700,00
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Graficamente - Medidas estatísticas de risco e retorno

Distribuições de probabilidades das alternativas de investimentos A e B.

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Medidas estatísticas de risco e retorno

Análise dos resultados obtidos

• As duas alternativas apresentam o mesmo valor esperado


($ 700), sendo indiferentes em termos de retorno

• A alternativa b possui um desvio-padrão maior, sendo


classificada como a de maior risco

• A alternativa a apresenta o mesmo retorno


esperado e um nível mais baixo de risco,
sendo considerada a mais atraente

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Carteira ou Portfólio: risco e retorno

• Uma carteira é qualquer conjunto ou combinação de ativos financeiros.

•Se supusermos que todos os investidores são racionais e, portanto, têm aversão a risco,
um investidor sempre optará por investir em carteiras, e não em ativos individuais.
• Os investidores aplicarão em carteiras porque, com isso, estarão diversificando parte do
risco inerente à situação em que se coloca todo o dinheiro em um único ativo.
• Se um investidor aplicar em um único ativo, sofrerá todas as conseqüências de um mau
desempenho e isso é minimizado quando o investidor aplica em uma carteira
diversificada de ativos.

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Retorno Esperado de uma Carteira de Ativos

O retorno esperado de uma carteira composta por mais de um ativo é


definido pela média ponderada do retorno de cada ativo em relação a sua
participação no total da carteira

onde:

E(Rp) = Rp = retorno esperado ponderado da carteira (portfólio)


W= percentual da carteira aplicado na ação X
(1-W) = percentual da carteira aplicado na ação Y
Rx, Ry = retorno esperado das ações X e Y, respectivamente
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Retorno Esperado de um Carteira de Ativos

Exemplo ilustrativo
X Y
Retorno esperado (R) 20% 40%
Representação da carteira (W) 40% 60%

Retornos esperados
de diferentes
composições
de um porfólio

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Risco de uma Carteira: Modelo de Formação de
Preços de Ativos (CAPM)
•Custo do capital próprio com base no risco da carteira

•O CAPM é dado pela seguinte equação:

Onde:

Ks = retorno exigido ou taxa de retorno exigida


Rf = taxa livre de risco
Km = retorno de mercado, retorno da carteira de mercado de ativos.
ß = coeficiente beta
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Risco de uma Carteira: Modelo de Formação de
Preços de Ativos (CAPM)
O retorno exigido (ks), para todos os ativos, é formado de duas partes: a taxa livre de risco
e um prêmio por risco.
• A taxa livre de risco (Rf) representa o retorno exigido de um ativo sem riscos e o prêmio
por risco do ativo, determinado pela equação β(Rm – Rf), representa o prêmio que o
investidor deve receber por assumir o nível médio de risco associado à posse da carteira de
mercado de ativos
• O prêmio por risco de um ativo tem duas partes:

– O prêmio por risco do mercado (Rm), ou seja, o retorno exigido ao se aplicar em


qualquer ativo com risco, em lugar de aplicar à taxa livre de risco.
– Beta, um coeficiente de risco que mede a sensibilidade do retorno da ação específica a
variações das condições do mercado.

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Exemplo: Modelo de Formação de Preços de Ativos
(CAPM)

Calcule o retorno exigido da Tudo Rápido Express, supondo


que tenha beta igual a 1,25, uma taxa livre de risco de 5% e
que o retorno esperado do índice Bovespa seja igual a 15%.

Dica: O índice Bovespa é a representação da taxa de retorno


de mercado (Rm)

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Exemplo: Modelo de Formação de Preços de Ativos
(CAPM)

Para o cálculo do retorno exigido da empresa (Ks),


conforme os dados apresentados no exercício, utilizaremos
o modelo CAPM:

Onde:
Rf = 5% β = 1,25 Rm = 15%
Resolvendo...
ks = 5% + 1,25 [15% – 5%]
ks = 17,5%
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SML – Representação Gráfica do Modelo de
Formação de Preços de Ativos (CAPM)
Graficamente
ki % SML
17,5%
15%

Prêmio por risco do


ativo (12,5%)
Prêmio por
risco do
mercado
(10%)
RF =
5%

bi
1 1,25 30
Custo de Capital
Conceito:

• Custo de capital da empresa que reflete a remuneração mínima


exigida pelos proprietários de suas fontes de recursos

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Fatores Determinantes do Custo de Capital

• Risco dos lucros


• Proporção da dívida na estrutura da empresa
• Solidez financeira da empresa
• Avaliação dos títulos da empresa

Quanto maior for o custo de capital de


uma empresa, mais riscos e mais baixa
avaliação dos títulos da empresa.

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Tipos de Capital

• Capital Próprio ou Patrimônio Líquido: Capital dos donos,


Ações Ordinárias, Ações Preferenciais e Lucros Retidos

• Capital de Terceiros ou Passivo: financiamentos, empréstimos


bancários, dívidas, debêntures

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Diferenças entre Ações Ordinárias e Preferenciais
Ações Ordinárias – Capital Ordinário (Ks)
•Não têm prazo de vencimento
•Não tem prioridade em relação a dividendos ou a falência
•Cada ação, um voto
•Pode haver cessão de votos a terceiros por meio de procuração
•Direito proporcional no pagamento de dividendos e nos ativos remanescentes, após o pagamento de
passivos, em caso de liquidação
•Direito a deliberações sobre matérias de grande importância
•Direito de preferência no caso de reemissão de novas ações pela empresa
Ações Preferenciais – Capital Preferencial (kp)
•Concede a seu titular uma promessa de dividendo periódico fixo, definido em termos percentuais
ou monetários por unidade.
• Vista como quase-dívida, pois há pagamento periódico de juros
• Não constitui dívida pois não tem data de vencimento
• Têm precedência em relação aos direitos fixos dos resultados da empresa, ou seja, desfrutam de
preferência em relação aos acionistas ordinários tanto no que se refere à distribuição de lucros,
quanto em uma possível liquidação de ativos da empresa - falência.
• Menor risco
• Não recebem direito de voto

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Custo de Capital Próprio (Ks)
• Retorno que os proprietários ou investidores em ações ordinárias da
empresa exigem por seu investimento
• Custo do capital próprio refere-se a taxa exigida de retorno sobre o
investimento do acionista ordinário – representada em forma percentual %
• Duas abordagens para estimação do custo do capital próprio:

• Crescimento de dividendos ou modelo de crescimento constante ou


Modelo de Gordon: (Preferenciais = Kp)

• Modelo de formação de preços de ativos (CAPM) ou linha de


mercado de títulos (SML): (Ordinárias = Ks)

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Obtenção do Kp – Modelo de Gordon

kp = D1 +
g

P0

Isto significa que:

O custo de capital próprio (Ações Preferenciais) pode ser obtido,

dividindo-se o dividendo esperado (D1) ao final de um determinado

período pelo preço da ação (P0) e somando a taxa esperada de

crescimento para este período (g).

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Obtenção do Ks – Modelo de formação de preços de
ativos (CAPM)
Equação do Ks

Ks = Rf + [b x (Rm – Rf)]
Onde:
Ks = custo do capital próprio Prêmio pelo risco de mercado
Rf = taxa de retorno livre de risco
Rm = retorno do mercado ou retorno da carteira de mercado de ativos
b = coeficiente beta

Determinação de beta:
bp = Σ wj x bj
Onde: bp = beta da carteira de ativos
wj = proporção do valor total da carteira aplicado no ativo j
bj = beta do ativo j
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Custo de Capital de Terceiros (kd)

• Retorno exigido pelos financiadores das dívidas da empresa.

• É o custo após o imposto de renda (IR), hoje, de levantar


recursos emprestados de longo prazo.

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Obtenção de ki – Custo do Capital de Terceiros
antes do IR
• Para calcularmos Kd, é necessário calcular primeiro o custo de capital de terceiros antes do IR. O
custo do capital de terceiros antes do IR, Ki, para uma obrigação com valor de face pode ser
calculado a partir da seguinte fórmula:

• Ki = Juros / Valor da dívida

Onde:
Ki = custo do capital de terceiros antes do IR
J = juros anuais
Vn = valor nominal ou valor de face da obrigação
n = número de anos até a data de vencimento da obrigação
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Nd = recebimentos líquidos com a venda da obrigação
Obtenção de kd
Para o cálculo do custo de capital de terceiros após o IR, utiliza-se:

Onde:
Ki = custo do capital de terceiros antes do IR
Kd= custo do capital de terceiros após o IR
T = alíquota do imposto de renda (IR)

40
Custo Médio Ponderado do Capital
(CMPC ou WACC) : Ka
• Custo que considera a estrutura de capital da empresa – capital próprio
(acionistas ordinários e preferenciais) e capital de terceiros.
• É obtido multiplicando o custo de cada tipo específico de capital por sua
proporção na estrutura de capital da empresa.
• O CMPC (ou WACC) - ka - pode ser obtido pela expressão:

Onde:
Wd = proporção de empréstimo a longo prazo na estrutura de capital
wp = proporção de ações preferenciais na estrutura de capital
ws = proporção de ações ordinárias na estrutura de capital
kd = custo de capital de terceiros após o imposto de renda (IR)
kp = custo de capital de ações preferenciais
ks = custo de capital próprio. 41
Estrutura de Capital da Empresa

• Reflete a estrutura desejada de capital

• Exerce influência direta na aceitação de projetos de


investimentos

• Combinação dos dois tipos de fontes:


✔ Capital próprio

✔ Capital de Terceiros

Quais serão as fontes de recursos a serem buscadas que permitirão


a efetivação do investimento proposto, maximizando a riqueza dos
acionistas da empresa?
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Alavancagem Financeira

• Resulta da presença de custos financeiros fixos nos resultados da empresa.

• Essa alavancagem, portanto, pode ser definida como sendo o uso de


custos financeiros fixos para ampliar os efeitos de variações de Lajir
sobre o LPA (Lucro por Ação) da empresa.
• Os dois custos financeiros fixos mais comumente encontrados na
demonstração do resultado da empresa são (1) juros de dívidas e (2)
dividendos de ações preferenciais.

43
Alavancagem Financeira

• GAF – Grau de alavancagem financeira - mede a sensibilidade


de variações de LPA a variações de Lajir

• Somente as empresas que usam capital de terceiros ou outras


formas de financiamento com custo fixo (como ações
preferenciais) têm alavancagem financeira.

44
Alavancagem Financeira

45
Alavancagem Financeira

Buscando os dados do exemplo anterior, calcula-se o GAF:

GAF = % Variação de LPA = 46,67% = 1,33


% Variação de Laji 35%

Nesse caso, o GAF é maior do que 1, indicando a presença


de financiamento com capital de terceiros. Em geral,
quanto maior o GAF, maior a alavancagem financeira e
mais alto o risco financeiro.

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Estrutura de Capital
Teoria de Modigliani e Miller

• Proposição I. O valor da empresa é medido pelo valor de seus ativos reais e


não pela repartição de seus fluxos financeiros entre acionistas e credores.
Para o acionista da empresa, qualquer estrutura de capital não é pior ou
melhor em um mercado de capitais perfeito.

• Proposição II. O retorno esperado do capital próprio está diretamente


associado ao endividamento, pois o risco do capital próprio eleva-se com o
endividamento.

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Estrutura de Capital - Teoria de Modigliani e
Miller
• A teoria de MM, II proposição, prevê que o valor de uma empresa com dívidas é
igual ao valor da empresa sem dívidas (representada pelo Patrimônio Líquido - PL)
acrescido do valor presente do benefício fiscal do uso de capital de terceiros:

Ve = PL + D.T

• Sabe-se que:
PL = Resultados Operacionais (FCL)
Ks
• Daí temos que:
Ve = FCL+ D . T
Ks

Onde:
FCL = fluxo líquido de caixa; Ks = custo de capital próprio (ordinário); D = dívida; T = alíquota do IR

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Teoria da Estrutura Ótima de Capital

Portanto, o que é a estrutura ótima de capital?

• Em geral, acredita-se que o valor de mercado de uma empresa é maximizado quando


seu custo de capital (a taxa de desconto) é minimizado.
• O valor da empresa pode ser algebricamente definido da seguinte maneira:

Ve = Laji (1 – T)
ka

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Teoria da Estrutura Ótima de Capital

Graficamente
ks
Custo (%)

CMPC
ks

kd

kd

0 Estrutura
ótima de Dívida/Total Ativo (%)
capital (M) 50
Teoria da Estrutura Ótima de Capital
Valor da
empresa ($) Graficamente

Ve = Laji (1 – T)
ka

V($)

0
Estruturaó D/TA (%)
tima de
capital 51
Administração Financeira

Capital de Giro
Gestão do Capital de Giro

• Dentre as aplicações de uma empresa, parcela ponderável destina-se


ao que chamamos de Ativos Correntes, Ativos Circulantes ou
Capital de Giro.

• Em geral esses ativos compreendem os saldos mantidos por uma


empresa nas contas de Disponibilidades, Investimentos Temporários
(aplicações em mercado aberto), Contas a Receber, Estoques
(matéria-prima, produtos em fabricação e produtos acabados), todos
tidos como capital de giro no sentido bruto.

• Capital de Giro Líquido resulta da subtração de todos os


compromissos a curto prazo da empresa para com fisco,
fornecedores, funcionários, etc., do total do Capital de Giro Bruto.
Ou seja, Ativos Circulantes – Passivos Circulantes.

53
53
Capital Circulante Líquido

• O objetivo da Administração do Capital de Giro, é administrar


cada um dos ativos circulantes e dos passivos circulantes da
empresa, de tal forma que um nível aceitável de capital
circulante líquido (CCL) seja mantido, garantindo-se com isso
a margem razoável de segurança.

• Quanto maior for a margem com a qual os ativos circulantes de


uma empresa cobrem as suas obrigações a curto prazo (passivos
circulantes), maior será a sua capacidade de pagar suas contas na
data do vencimento.

• As saídas de caixa resultantes do pagamento de obrigações


correntes são relativamente previsíveis. O difícil é prever as
entradas de caixa.
54
54
Situações do CCL
Fórmula do Capital Circulante Líquido

ATIVO PASSIVO ATIVO PASSIVO ATIVO PASSIVO

Ativo Passivo Ativo Passivo Ativo Passivo


corrente corrente corrente corrente corrente corrente

CCL CCL

Ativo Passivo Ativo Passivo Ativo Passivo


não não não não não não
corrente corrente corrente corrente corrente corrente

CCL Positivo CCL Negativo


55 CCL Nulo
55
Capital de Giro Próprio
• Procura mostrar o quanto do meu capital esta
financiando o Ativo Circulante da Empresa.

56
56
Exercício de CCL

Contas Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4

Ativo Circulante 5.000 9.000 3.000 6.700

Imobilizado 10.000 30.000 3.009 300

Passivo
3.200 23.000 3.000 1.700
Circulante
Patrimônio
1.000.000 3.000.000 300.000 34.212
Líquido

CCL 1.800 (14.000) 0 5.000

SITUAÇÃO DO CCL Positiva Negativa Nula Positiva


57
57
Exercícios de Fixação
• A empresa tem os seguintes dados no balanço
patrimonial:
– Caixa $ 500,00
– Títulos negociáveis $ 8.000,00
– Salários a pagar $ 2.000,00
– Estoques $ 8.000,00
– Impostos $ 3.000,00
– Duplicatas a receber $ 4.000,00
– Duplicatas a pagar $ 13.000,00
– Capital Social $ 95.500,00
• Calcular o Capital Circulante
58 Líquido?
58
Resolução
• Classificação das contas:
• Ativo Circulante $ 20.500,00
• Caixa $ 500,00
• Títulos negociáveis $ 8.000,00
• Estoques $ 8.000,00
• Duplicatas a receber $ 4.000,00

• Passivo Circulante $ 18.000,00


• Salários a pagar $ 2.000,00
• Impostos $ 3.000,00
• Duplicatas a pagar $ 13.000,00

CCL = AC – PC
CCL = 20.500,00 – 18.000,00
CCL = 2.500,00
59
59
Gestão do Ativo Circulante

• Disponíveis
– Caixa,
– Bancos.
• Títulos negociáveis
• Contas a receber
• Estoques
– Estoque de matéria-prima,
– Estoque de produto em elaboração,
– Estoque de produto acabado.
60
60
Necessidade de manter Saldo de Caixa
• Pagamento de transações geradas pelas atividades
operacionais como matéria-prima, serviço profissionais
e salários;
• Amortização de empréstimos e financiamentos;
• Desembolso para investimentos permanentes;
• Pagamento de eventos não previstos; e
• Reciprocidade em saldo médio exigidas pelos bancos.
61
61
Fontes de capital de giro
Aplicações Fontes

ATIVO CIRCULANTE
PASSIVO CIRCULANTE

(aplicação de
capital de giro) EXIGÍVEL A LONGO
PRAZO

REALIZÁVEL A LONGO
PRAZO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

ATIVO PERMANENTE
62
62
Fontes de capital de giro
• PASSIVOS CIRCULANTES: fontes de
financiamento a curto prazo (onerosa)

– Duplicatas a pagar aos fornecedores


– Impostos a recolher
– Salários e encargos sociais a pagar
– Financiamentos e empréstimos bancários

63
63
Fontes de capital de giro

• EXIGÍVEL A LONGO PRAZO: fontes de


financiamento a longo prazo (onerosa)

– Financiamento
– Debêntures
– Provisão para imposto de renda diferido

64
64
Fontes de capital de giro

• PATRIMÔNIO LÍQUIDO: fontes de


financiamento não onerosa

– Capital social
– Reserva de capital
– Lucro acumulado

65
65
Estratégias Básicas para
Gestão do Fluxo de Caixa
• Retardar, tanto quanto possível, o pagamento de duplicatas, sem
prejudicar o conceito de crédito da empresa, aproveitando
quaisquer descontos financeiros favoráveis;
• Girar os estoques com a maior rapidez possível, evitando faltas
de estoques que possam resultar na interrupção das atividades da
empresa;
• Receber o mais cedo possível as duplicatas a receber, sem perder
vendas futuras, devido a técnicas muito rígidas de cobrança.
Obs.: os descontos financeiros, se economicamente justificáveis,
podem ser utilizados para realizar esse objetivo.

66
66
Ciclos
Compra de Pagamento Venda Recebimento
Matéria-prima Fornecedor da Venda

PMP PMR

PME

Ciclo Operacional
Ciclo Econômico
Ciclo de Caixa ou
Ciclo Financeiro
Ciclo Operacional
Ciclo de Caixa
Ciclo Econômico 67
67
Ciclos

Compra de Início da Fim da Venda Recebimento


Matéria-prima Fabricação Fabricação da Venda

PME(Mp) PMF PMV PMR

PME

PME= Prazo Médio de Estocagem


PME(Mp) = Prazo Médio de Estocagem de Matéria-prima
PMF = Prazo Médio de Fabricação
PMV = Prazo Médio de Venda
PMP = Prazo Médio de Pagamento ao Fornecedor
PMR = Prazo Médio de Recebimento
68
68
Ciclos
• Operacional (CO): período entre a compra de mercadoria
e o recebimento da venda.

• Econômico (CE): eventos de natureza econômica,


envolvendo a compra de materiais até a respectiva venda.

• Financeiro: (CF): período de tempo que vai do ponto em


que a empresa faz um desembolso para adquirir
matérias-primas, até o ponto em que é recebido o dinheiro
da venda do produto acabado.

69
69
Giro de Caixa

• O Giro de Caixa (GC) refere-se ao número de


vezes por ano que o caixa da empresa realmente
se reveza.
• O Giro de Caixa é calculado dividindo o suposto
número de dias do ano (360) pelo ciclo
financeiro:

70
70
Caixa Mínimo Operacional

• Objetivo: fazer com que a empresa opere de modo a precisar de um


mínimo de caixa, planejando o montante de caixa e com margem de
segurança para efetuar pagamentos;

• Um dos métodos utilizados consiste em determinar o nível mínimo de


caixa com base em um percentual (%) sobre as vendas. Ex. 8 % das
vendas faturadas.

• Outro método é dividir os Desembolsos Totais Anuais (DTA) da


empresa pelo seu Giro de Caixa (GC).

71
71
Exercício de Fixação
Aquisição de matéria-prima realizada em 01/07/2021, para
pagamento em 02/08/2021.

Estoque de produtos acabados vendidos em 01/09/2021,


para receber em 01/10/2021.

Empresa tem um desembolso total anual de $


6.000.000,00.

Calcule o Ciclo de caixa, o Giro de caixa e o Caixa mínimo


operacional?
72
72
Resolução
Compra Pagamento Venda Recebimento

01/07/2021 02/08/2021 01/09/2021 01/10/2021


PMP PMR

32 30
Compra Venda

01/07/2021 01/09/2021
PME

62

CF = (PME + PMR) – PMP GC = 360 CMO = DTA


CF = 62 + 30 – 32 CC GC
CF = 60 dias GC = 360 CMO = 6.000.000
60 6
GC = 6 vezes CMO = $ 1.000.000,00 cada 60 dias
anos
73
73
Gestão Eficiente Ciclos de Caixa

Nível baixo de investimentos em caixa


=
Maximização do valor da empresa

74
74
Estratégias para reduzir o Ciclo
Financeiro
• Girar o estoque tão rápido quanto possível,
• Cobrar duplicatas a receber o mais cedo possível,
• Retardar os pagamento de duplicatas a pagar
Desembolsos Operacionais
• Pagamentos relacionados com as atividades operacionais no
exercício social.
Caixa operacional
• Média mensal dos recursos mínimos necessários para
atender aos desembolsos operacionais
• Parcela de capital de giro necessária para suportar
determinado nível de vendas.
75
75
Administração Financeira

Orçamento
Planejamento e Controle
PLANEJAMENTO

ESTRATÉGICO TÁTICO OPERACIONAL

5 ou mais anos.
Abrange informações qualitativas.
(1) Decide para onde a organização vai;
(2) Avalie o ambiente dentro do qual ela operará; e
(3) Desenvolve estratégias para alcançar o objetivo pretendido.
77
77
Planejamento e Controle
PLANEJAMENTO

ESTRATÉGICO TÁTICO OPERACIONAL

3 a 5 anos.
Inclui objetivos qualitativos e quantitativos.
(1) Orientar o planejamento operacional;
(2) Avaliar o desempenho de gerentes; e
(3) Metas para alcançar o objetivo pretendido.

78
78
Planejamento e Controle
PLANEJAMENTO

ESTRATÉGICO TÁTICO OPERACIONAL


Geralmente de 1 ano.
Inclui informações quantitativas.
(1) Decide operações do dia-a-dia;
(2) Avalie o desempenho do departamento
específico; e
(3) Desenvolve metas visando alcançar os
objetivos pretendidos.
79
79
Planejamento e Controle
ESTRATÉGIA

Loop de Aprendizado Estratégico Experimentação


BALANCED das hipóteses
Conexão entre
SCORECARD
Estratégia e Orçamento
Elaboração de
Relatórios
ORÇAMENTO

Recurso Avaliação
Loop de Gestão das Operações
OPERAÇÕES
Input (Recursos) Output
(Resultados)
Fonte: KAPLAN e NORTON, 2000. 80
80
Conceitos e Objetivos

Orçamento é um plano administrativo abrangendo


todas as fases das operações para um período
futuro definido (Welsch, 1973).

Orçamento é um instrumento de ação, elemento


motor que auxilia a orientar o processo de tomada
de decisão da empresa (Zdanowicz, 1983).

81
81
Conceitos e Objetivos
PLANEJAR
O orçamento materializa os
planos (planejar) sob a forma
de valores.

CONTROLAR EXECUTAR

O orçamento é um meio eficaz de efetuar a A execução do orçamento contribui para


continuação dos planos. Ele fornece as assegurar a eficácia da organização e o
medidas para avaliar a performance da comando que vai possibilitar a difusão dos
empresa. Ele permite acompanhar a planos. Isto serve para coordenar as diversas
estratégia, verificar seu grau de êxito e em unidades da empresa, motivando e avaliando
caso de necessidade, tomar ação corretiva. os gestores e empregados.
Fonte: Boisvert,1999 82
Conceitos e Objetivos
O orçamento deve permitir:
→ Precisar os objetivos seguintes da organização;
→ Elaborar os planos a curto prazo;
→ Estimar os recursos associados aos planos;
→ Estabelecer um plano de investimento;
→ Desenvolver um plano de produção;
→ Planejar as compras;
→ Prever a necessidade de MOD e prepará-la;
→ Ajustar o orçamento de produção;
→ Estabelecer os orçamentos financeiros;
→ Ajustar o orçamento global.
83
Fonte: Boisvert,1999
Funções
Decisão Gerencial
• Construir Conhecimento
• Comunicar Conhecimento
• Plano
ORÇAMENTO

Decisão de Controle
• Direcionar ações e decisões
• Medidas de desempenho

84
Fonte: Zimmerman, 2000.
Condições para Implementação
Os objetivos operacionais
∙ Taxa interna de retorno;
Análise dos fatores
∙ Participação no mercado global;
macroeconômicos
∙ O controle ambiental;
∙ A maximização do lucro, etc. ∙ situação geral da
Contabilidade aberta e
economia;
informatizada
∙ tendência da politica
∙ voltada para o aspecto governamental;
gerencial; ∙ evolução do setor em
Condições
∙ possibilitar o controle que atua a empresa;
para
orçamentário; ∙ evolução da taxa de
Implementação
∙ atender além dos inflação;
aspectos gerenciais, os ∙ evolução do real em
legais, acionistas, etc. Estrutura organizacional relação ao dólar;
∙ mercado de trabalho;
∙ níveis hierárquicos existentes; ∙ tendência dos preços do
∙ interdependência dos orgãos produtos, tendências da
subordinados; MP (preços, qualidade,
∙ linhas de comunicação riscos de fornecimento);
ascendentes e descendentes; ∙ taxa de juros, entre
∙ delegação de autoridade e outras.
cobrança de responsabilidade.
85
85
Vantagens
O orçamento é uma característica principal da
maioria dos sistemas de controle. Quando se
gerencia corretamente o orçamento, ele:

1. Auxilia o planejamento ajudando na implementação


dos planos;
2. Produz padrões de performance;
3. Promove a coordenação e comunicação dentro da
empresa;
4. Apoio gerencial e administrativo.

86
86
Fonte: Horngren et al.,(1997).
Limitações

→ A excessiva associação dos custos na preparação do


orçamento;
→ A incapacidade de adaptar-se ao ambiente em constantes
mudanças e à modificação das metas orçamentárias
conseqüentemente.

87
87
Tipos de Orçamento

Vendas

Custos/Despesas

ORÇAMENTO
Investimentos

Caixa

88
88
Fonte: Zimmerman, 2000.
Orçamento de Vendas

Orçamento de vendas são as previsões de vendas para


um determinado período orçamentário.

89
89
Orçamento de Vendas
RESTRIÇÕES

RESTRIÇÕES INTERNAS RESTRIÇÕES EXTERNAS


• capacidade produtiva • política de comércio exterior
insuficiente; desfavorável;
• estrutura administrativa • política monetária (crédito
inadequada; e taxa de juros) desfavorável;
• pessoal interno • mercado fornecedor
inabilitado; precário;
• insuficiência de capital • restrição de mão-de- obra
de giro; externa;

90
90
Orçamento de Vendas
FATORES E FONTES DE INFORMAÇÃO:

→ Dados históricos, como tendências de vendas da empresa,


competidores e a indústria (se disponíveis);
→ Tendências econômicas gerais ou fatores como taxas
inflacionárias, taxas de juros, crescimento da população e
gasto pessoal etc.;
→ Fatores regionais e locais que afetam as vendas;
→ Mudanças de preço previstas, em custos de compras e de
vendas;
→ Planos de marketing previstos;

91
91
Orçamento de Vendas
Exemplo Ilustrativo:

Janeiro Fevereiro Março

Previsão de Vendas 3.000 3.500 4.000


(Unidades)
Preço Unitário – R$ X 80 X 80 X 80

Total de Vendas – R$ 240.000 280.000 320.000


(Receita Bruta)
Impostos (20%) 48.000 56.000 64.000

Receita Líquida 192.000 224.000 256.000

92
92
Orçamento de Custos/Despesas

.Produção
.Matéria Prima
.Mão de obra
.CIF
.Despesas
.Impostos
93
93
Orçamento de Produção
Exemplo Ilustrativo:
Janeiro Fevereiro Março
Previsão de 3.000 3.500 4.000
Vendas (Un.)
(+) Estoque 350 400 450
Final
Total Previsão 3.350 3.900 4.450
Necessária
(–) Estoque 300 350 400
Inicial
Previsão de 3.050 3.550 4.050
Produção (Un.)
94
94
Orçamento de Custos da
Matéria Prima
Exemplo Ilustrativo:
Janeiro Fevereiro Março
Previsão de 3.050 3.550 4.050
Produção (Un.)
MP Un. (Kg) X2 X2 X2
Total MP Neces. 6.100 7.100 8.100
(+)Est. MP Final 710 810 910
Total Prev. MP 6.810 7.910 9.010
(–) Est. MP Inic. 610 710 810
Previsão MP-Kg 6.200 7.200 8.200
Preço MP – R$ X5 X5 X5
Total Custo MP 31.000 36.000 41.000
95
95
Orçamento de Custos de Mão
de Obra
Exemplo Ilustrativo:
Janeiro Fevereiro Março
Previsão de 3.050 3.550 4.050
Produção Un.
MOD por Un. X2 X2 X2
(Horas)
Total de MOD 6.100 7.100 8.100
(Horas)
Previsão Valor X 10 X 10 X 10
Hora MOD–R$
Total Custo MOD 61.000 71.000 81.000

96
96
Orçamento de Custos Indireto
de Fabricação
Exemplo Ilustrativo:

Janeiro Fevereiro Março


Custos Variáveis R$ R$ R$
∙ Material indireto 6.100 7.100 8.100
∙ Mão-de-obra 9.150 10.650 12.150
indireta
∙ Energia-elétrica 3.050 3.550 4.050
∙ Manutenção 1.220 1.420 1.620
Total Variável 19.520 22.720 25.920

97
97
Orçamento de Custos Indireto
de Fabricação
Exemplo Ilustrativo:

Custos Fixos Janeiro Fevereiro Março


∙ Salários supervisão 20.000 20.000 20.000
∙ Depreciação 4.500 4.500 4.500
∙ Taxas / Seguros 3.000 3.000 3.000
∙ Manutenção 5.700 5.700 5.700
Total Fixos 33.200 33.200 33.200
Total CIF 52.720 55.920 59.120
Horas MOD 6.100 7.100 8.100
Taxa de Rateio dos CIF Total CIF / Total Horas MOD (167.760 / 21.300) = 7,88

98
98
Orçamento das Despesas
Exemplo Ilustrativo:

Janeiro Fevereiro Março


Despesas R$ R$ R$
Variáveis
∙ Comissão de 9.000 10.500 12.000
vendas
∙ Frete 3.000 3.500 4.000
Total Variável 12.000 14.000 16.000

99
99
Orçamento das Despesas
Exemplo Ilustrativo:

Despesas Fixas
∙ Propaganda 5.000 5.000 5.000
∙ Salários Vendas 3.000 3.000 3.000
∙ Salários 12.500 12.500 12.500
Administração
∙ Depreciação 1.500 1.500 1.500
∙ Taxas e Seguros 1.000 1.000 1.000
Total Fixos 23.000 23.000 23.000
Total Despesas 35.000 37.000 39.000

100
100
Projeção da DRE

A Demonstração de Resultado do Exercício Projetada


é elaborada a partir dos orçamentos operacionais
auxiliares, como: o orçamento de vendas, orçamento
de fabricação e orçamento de despesas operacionais.

101
101
Projeção da DRE
Exemplo Ilustrativo:

Elemento de Custo Quantidade Custo Unitário – Total


R$
∙ Material Direto 2 Kg 5 10
∙ Mão-de-obra 2 horas 10 20
Direta
∙ CIF 2 horas 7,88 15,76
45,76

102
102
Projeção da DRE
Exemplo Ilustrativo:
Janeiro Fevereiro Março
Receita Bruta R$ R$ R$
Vendas 240.000 280.000 320.000
(–) Deduções
Impostos 48.000 56.000 64.000
Receita Líquida 192.000 224.000 256.000
CPV (137.280) (160.160) (183.040)
Lucro Bruto 54.720 63.840 72.960
Despesas Operacionais
Desp.Vendas Adm. (35.000) (37.000) (39.000)

Lucro Operacional 19.720 26.840 33.960


Contribuição Social (9%) (1.774,80) (2.415,60) (3.056,40)
Imposto de Renda (15%) (2.958) (4.026) (5.094)
Lucro líquido 14.987,20103 20.398,40 25.809,60
103
Orçamento de Investimento

* A geração de propostas de investimento;


* A estimação dos fluxos de caixa das diversas
propostas;
* A avaliação dos fluxos de caixa;
* A escolha de projetos com base em um critério
de aceitação;
* A reavaliação permanente dos projetos de
investimentos já aceitos e em execução.

104
104
Orçamento de Investimento

ANÁLISE DE INVESTIMENTOS:
• Valor Presente Líquido
• Taxa Interna de Retorno
• Payback

105
105
Orçamento de Caixa

* Indicar a posição financeira provável em resultado


das operações planejadas.
* Indicar o excesso ou a insuficiência de
disponibilidades.
* Indicar a necessidade de empréstimos ou a
disponibilidade de fundos para investimento
temporário.
* Permitir a coordenação dos recursos financeiros em
relação a: (1) capital de giro total; (2) vendas; (3)
investimentos; e (4) capital de terceiros.
* Estabelecer bases sólidas para a política de crédito.
* Estabelecer bases sólidas para o controle corrente
da posição financeira.
106
Orçamento de Caixa
Exemplo Ilustrativo:

ORÇAMENTO DE CONTAS A RECEBER

Janeiro Fevereiro Março Abril


Contas a Receber – dezembro 60.000
Vendas – Janeiro 144.000 96.000
Vendas – Fevereiro 168.000 112.000
Vendas – Março 192.000 128.000
Total Entradas 204.000 264.000 304.000 128.000

107
Orçamento de Caixa
Exemplo Ilustrativo:
ORÇAMENTO DE PAGAMENTO DE FORNECEDORES

Janeiro Fevereiro Março Abril


Fornecedores 12.000
Dezembro
Compras Janeiro 15.500 15.500
Compras 18.000 18.000
Fevereiro
Compras Março 20.500 20.500
Total Saídas 27.500 33.500 38.500 20.500

108
O Balanço Patrimonial projetado poderá ser
apresentado na forma de comparabilidade entre
os exercícios encerrados no ano anterior e o
orçado.

109
BP Projetado
ATIVO PASSIVO

Circulante Circulante

Caixa (Tabela 3.11) 10.565,50 Fornecedores (Tabela 3.10) 20.500,00


Aplicação Financeira (Tabela 11) 20.000,00 Salários a Pagar

Contas a Receber (Tabela 3.9) 128.000,00 Imposto de Renda e Cont.Social a Recolher 8.150,40
(Tabela 3.8)
Estoque Impostos a Recolher (Tabela 3.1 e 3.8) 64.000,00

Matéria-Prima (Tabela 3.3) 4.550,00 Empréstimos e Financiamentos 80.000,00


Produtos Acabados (Tabela 3.2) 20.592,00 Outras Contas a Pagar 600,00
Exigível a Longo Prazo

Realizável a Longo Prazo Empréstimos e Financiamento 20.000,00

Contas a Receber 1.000,00

Permanente Patrimônio Líquido

Investimentos Capital Social 200.000,00

Participações Outras Empresas 800,00 Lucros Acumulados 59.757,10


Imobilizado

Terreno 120.000,00

Imóvel 90.000,00

Veículos (Tabela 11) 35.000,00


110
Obrigado

Prof. Sebastião Xavier


xsebatiao@gmail.com
62 98203-5450

111

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