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Destacou também a Ministra Rosa Weber, em seu voto, que o país é signatário do Pacto
Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, que foi promulgado no
Brasil em 1992. E tal pacto reconhece o direito de toda pessoa humana de ter condições
de trabalho justas e favoráveis, que confiram segurança no trabalho. Desta forma, para a
Ministra, a mudança feita pela Reforma na CLT, neste ponto, é um “inegável retrocesso
social”. E, como reiterou o Ministro Luiz Fux, então, o retrocesso é negado na Lei.
Direitos garantidos na Constituição, afinal, não podem ser retirados mais!
A íntegra do voto de Alexandre de Moraes, que foi o relator, pode ser verificada
neste link.
O que fazer, então?
Isto deve ocorrer imediatamente após a empresa ser notificada pela empregada
gestante de sua condição.
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Art. 394-A. Sem prejuízo de sua remuneração, nesta incluído o valor do adicional de
insalubridade, a empregada deverá ser afastada de: (Redação dada pela Lei nº 13.467, de
2017)
§ 3o Quando não for possível que a gestante ou a lactante afastada nos termos
do caput deste artigo exerça suas atividades em local salubre na empresa, a hipótese será
considerada como gravidez de risco e ensejará a percepção de salário-maternidade, nos
termos da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, durante todo o período de
afastamento. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
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Lei 8213 Art. 72. O salário-maternidade para a segurada empregada ou trabalhadora avulsa
consistirá numa renda mensal igual a sua remuneração integral. (Redação Dada pela Lei
nº 9.876, de 26.11.99)
§ 2o A empresa deverá conservar durante 10 (dez) anos os comprovantes dos
pagamentos e os atestados correspondentes para exame pela fiscalização da Previdência
Social. (Incluído pela Lei nº 10.710, de 2003)
Cf: Art. 248. Os benefícios pagos, a qualquer título, pelo órgão responsável pelo regime geral
de previdência social, ainda que à conta do Tesouro Nacional, e os não sujeitos ao limite
máximo de valor fixado para os benefícios concedidos por esse regime observarão os limites
fixados no art. 37, XI. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
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Por sua vez, se não houver a possibilidade de transferir a gestante ou lactante para atividade
salubre, ela deverá ser afastada do trabalho e, o respectivo período, de acordo com o
parágrafo terceiro do Art. 394-A da CLT, será considerado como gravidez de risco e ensejará a
percepção de salário-maternidade, nos termos da Lei nº 8.213, DE 1991, durante todo o
período de afastamento. (Grifei)
Entretanto, esta hipótese tem gerado dúvidas quanto ao responsável pelo pagamento do
salário-maternidade, se pela empresa ou pela própria Previdência Social. Assim, a fim de
esclarecer o assunto, precisamos recorrer à própria Lei nº 8.213, DE 1991 para obter a
resposta. Vejamos:
Teto de Compensação
Vale lembrar, de acordo com o Art. 248 da CF combinado com o inciso IX do art. 37 da
CF/88, para fins de compensação, devemos observar como teto o valor do “subsídio
mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal”. (Grifei)