Você está na página 1de 14

O sino da igrejinha faz bélem blem blom.

Deus meia noite o galo ja cantou, seu tranca ruas que é o dona da gira

Oh corre gira que Ogum mandou.

Papai quero ver o sol

Mamãe quero ver a lua

Também quero ver seu Exu tranca ruas.

Soltaram o pombo lá nas matas

Oh nas pedreiras não pouso....

Oh foi pousar na encruzilhada..

Seu tranca ruas que mandou.

Eu amei alguém, mais esse alguém já não ama ninguém; Eu amei!

Eu amei o sol, eu amei a lua, na encruzilhada tirim titim eu amei tranca ruas.

Seu corta corda, seu corta corda sigura a gira

Auê, seu tranca ruas me abre as portas me fecha as ruas.

Quando ele vêm é no raiar do sol

Quando ele vai é no clarão da lua

Quáquáquáquáquá, seu tranca ruas ainda é o dono na rua.

Ele é filhop do sol, pai eterno da lua

Ele é filho do sol, ele é neto da lua

Quem comteu as suas faltas peça perdão á tranca ruas


Seu tranca ruas tem uma tesoura pra cortar língua de falador.

Deu um clarão na encruzilhada e no clarão surgiu uma gargalhada

Não era o sol, nem era a lua

O que brilhava é o mestre tranca ruas.

Deixa o tiro lê, deixa o tiro lá;

Embaixo da pedra o jacaré gemeu

Quem não pode com a mandinga não carrega patuá.

Oh salve exu, salve o rei da encruzilhada Umbanda seu exu não se pode fazer nada

Siolelê Siolalá a Umbanda sem exu não se pode trabalhar.

Tava curiando na encruza, quando sua banda me chamou

Exu no terreiro é rei na encruza ele é doutor

Exu pega a demanda exu é curadô.

Exu de um olho só

Sai do mato rebentando sipó.

Exu fez uma casa sem porta e sem janela

Pra que exu quer casa? Se exu não mora nele.

Exu que tem duas cabeças, ele faz sua gira com fé

Uma é Satánas do inferno, a outra é de Jesus Nazaré.


A porta do inferno estremeceu, abri as portas para ver quem é.

Deram uma gargalhada na encruzilhada, era a pomba gira e o compade Lucifer.

Portão de ferro cadeado é de madeira

A vela preta pertenceu a exu caveira

O túmulo estremceu o defunto alevantou

Na calunga de meu pai a coruja alevantou.

Olha a folha da mangueira e não deixe cair

Fima o ponto camarada seu exu mangueira vem aí.

Auê pemba preta auê pemba encarnada

Corre gira tranca ruas com seu sete encruzilhadas.

Era meia noite quando o malvado chegou

Corre gira corre gira vai chegar a madrugada

Salve exu, salve exu das sete encruzilhadas.

Seu capa preta tem sete capas

Todas as setes encantadas

Uma fica no calunga as outras seis na encruzilhada.

Estava beirando a linha firmando meu ponto quando o trem passou

Jogaram um balai de martelo que veio do inferno, Ferrabrás quem mandou.

A noite escura aiaia ascende a vela


Sete coroa é Umbanda na favela

Eu disse, eu disse, eu disse, eu disse que tem mistério

Com o povo da encruza e o povo do cemitério.

A bananeira que eu plantei a meia noite na encruzilhada no meio do caminho

Eu quero ver esse cabra teimoso, que arrisca ponto e diz que é feiticeiro;

A bananeira que eu plantei a meia noite, ela deu caxo na beira do caminho

Eu quero ver esse cabra teimoso que arrisca ponto e diz que é feiticeiro.

Na encruzilhada eu botei um despacho pra você

Uma galinha preta com azeite de dendê

Aiaiai eu vou fazer você penar

Aiaiai mais quem é bom não fica lá;

Quem entra na macumba e não tem seu protetor

Mais cedo ou mais tarde vai virar borocoxô.

De agosto pra setembro o ganso brigou com a ema

Jogou a ema no pasto, tum tum tum; tum tum tum

Quando da a meia noite, meu cantar vai nas auturas

Eu nunca vi um defunto rejeitar a sepultura;

Tum tum tum; tum tum tum.

Exu tiriri trabalhador da encruzilhada

Toma conta e presta conta no romper da madrugada.

Exu da meia noite, exu na madrugada


Salva o povo da calunga sem exu não e faz nada.

O dedê o dadá olha a dança omolu

Este boi preto ô calunga

Amarrado na mangueira ô calunga

Eu vou tirar o corô dele ô calunga

Amarrado na mangueira ô calunga

Vou fazer pandeiro dele ô calunga

Amarrado na mangueira ô calunga.

O dedê o dadá olha a dança omulu.

Marimbondo pequenino eá, faz sua casa de sapé eá

Oh gangá Oh gangá, esse galho quebra.

Exu marabô toquinho pedaço de pedacinho no meio da encruzilhada que abra meus caminhos;

Girei de Umbanda na encruzilhada

Toma conta e presta conta no romper da madrugada.

Senhor morador da encruzilhada firma seu ponto com sete facas cruzadas

Filho de Umbanda pede com fé pra seu sete encruzilhadas

Ela dá o que você quer.

Oh corre corre encruzilhada seu sete encruza já chegou

Na porteira da calunga virá, o morador de Marabô.

Ninguém pode comigo eu posso com tudo


Lá na encruzilhada ele é seu exu veludo.

Exu veludo é um exu muito lindo

Caboclo em qualquer lugar

Exu veludo pega o seu aralto, exu veludo sabe o que faz

Quáquáquáquá exu veludo está na banda ele vem pra trabalhar.

Soltaram um bode preto meia noite na calunga

Correu os quatros cantos e foi parar lá na porteira

Bebeu marafô com tatá caveira.

Sutão das matas sou eu

Sua rainha já te chama

Rei do inferno já despachou.

Pomba girou porque já chegou ninguém pode com ela, pai de santo saldou

Pomba gira Dama da Noite mulher rica sim senhor, ela anda a noite inteira a espera de um amor

Pomba girou porque já chegou ninguém pode com ela, pai de santo saldou

Oh pomba gira mulher formosa venho te oferecer está linda rosa

Pomba girou porque já chegou ninguém pode com ela, pai de santo saldou

Quero a proteção neste terreiro, vou falar contigo eu serei sempre o primeiro.

ABRE ESSA COVA QUERO VER TREMER ABRE ESSA COVA QUERO VER BALANZEAR!
MARIA PADILHA DAS ALMAS! NO CEMITÉRIO E SEU LUGAR EM UM BURACO QUE A
PADILHA MORA EM UM BURACO QUE A PADILHA VAI GIRAR! (X2)
Dói, dói, dói, dói, dói
Um amor faz sofrer
Dois amor faz chorar

Dói, dói, dói, dói, dói


Um amor faz sofrer
Dois amor faz chorar

No tempo em que ela tinha dinheiro


Os homens queriam lhe amar
Mas hoje o dinheiro acabou
A velhice chegou e ela se põe a chorar

Dói, dói, dói, dói, dói


Um amor faz sofrer
Dois amor faz chorar

Dói, dói, dói, dói, dói


Um amor faz sofrer
Dois amor faz chorar

Te dei amor
Te dei carinhos
Te dei uma rosa
E tirei os espinhos

Te dei amor
Te dei carinhos
Te dei uma rosa
E tirei os espinhos

Dói, dói, dói, dói, dói


Um amor faz sofrer
Dois amor faz chorar
Dói, dói, dói, dói, dói
Um amor faz sofrer
Dois amor faz chorar

Salve Maria Padilha, Salve Maria Padilha


Salve Maria Padilha que ilumina o meu caminhar

Perambulava pelas ruas, já sem saber, o que fazer


Procurava na noite, uma solução, para tanta dor
Sofrimento e solidão

Então eu clamei, ao povo da rua


Que me enviasse, no momento alguma ajuda pois eu já não tinha
Força para continuar

Então eu clamei, ao povo da rua


Que me enviasse ,no momento alguma ajuda pois eu já não tinha
Força para continuar

Quando me virei vi uma mulher, na beira da estrada


Trazia uma rosa em suas mão, um feitiço no olhar
Naquela bela noite de luar, deslumbrei sua dança
Com sua saia a rodar, eu me aproximei e lhe perguntei o que ela
fazia na estrada

Ela respondeu, moço eu sou Rainha, vim lhe ajudar


Sou Maria Padilha
Ela respondeu, moço eu sou Rainha, vim lhe ajudar
Sou Maria Padilha

Salve Maria Padilha, Salve Maria Padilha


Salve Maria Padilha que ilumina o meu caminhar

Quando eu precisei o pombo gira, você veio me ajudar


Deste outro rumo a minha vida
Hoje eu venho lhe louvar
Eu caminhava pela alta madrugada

Sob o clarão da lua

Ouvi uma gargalhada

Linda morena, formosa mulher

Me diga quem você é

Tu és dona da rosa

És pombagira de fé

Pode abrir qualquer gira

Pode chegar quem quiser

És pombagira de Umbanda

Só não te conhece

Quem não querer

De vermelho e negro, vestindo


À noite o mistério traz,

De colar de ouro,
Brincos dourados,
A promessa faz…

Se é preciso ir
Você pode ir,
Peça o que quiser…

Mas cuidado amigo,


Ela é bonita, ela é mulher.

E num canto da rua,


Girando, girando, girando está

Ela é moça bonita,


Girando, girando, girando lá

Oi girando laroiê
Oi girando lá!
Arreda homem que aí vem mulher!
Arreda homem que aí vem mulher!

Ela é a pombagira, a rainha do cabaré.


Sete saias vem na frente prá dizer quem ela é.

Ela é a pombagira, a rainha do cabaré.

É segunda feira, eu vou


pro casamento de rosa caveira,
Que vai ser a meia noite em ponto
em uma capela feita de madeira.
Mandei chamar seu omolu, pra cerimônia vir rezar.
A capela toda enfeitada, com um chão de flores para ela entrar

A catacumba se abriu e até o chão tremeu


Com as sete badaladas que o sino deu
Vem anunciando, que ela vem ai
A corte convidada, dama da noite com seu tiriri
Eu pensei que eles não vinham,foi o que eu falei

Tomei um tapa na minha cara


pois eu vi a rainha com o exu rei
Quem vem vindo ai, veja quem chegou
Com sua roupa em escamas douradas
era a da praia com seu marabô

Eu até me assustei, quando olhei para a esquina


Vinha chegando o exu maré
bem acompanhado de sua menina
A festa foi ficando boa e o tempo foi passando.
Maria mulambo e exu do lodo, era mais
um casal que vinha chegando

Exu morcego bebeu todas e o convite não chegou lá em casa,


Nós viemos assim mesmo, eu sou
a milongueira e esse é o exu brasa
E nesse momento a confusão aconteceu
Rosa caveira ficou na mão, porque o seu noivo desapareceu

Os irmãos da noiva, joão caveira e o caveirinha


Foram correndo atrás do noivo que estava fugindo com a "maria"
O malandro entrou na favela, pulando telhados muros e janelas.
Feito fumaça ele sumiu no ar, mais uma noiva ele deixou no altar
Dizem por ai que ele é José, usa um terninho branco que danado que ele é

Exú Caveirinha!
Venha trabalhar!
Levanta dessa Tumba!
Faz pedra Rolar!

Na mão esquerda a foice!


Na cinta o Punhal!
Não sai da linha mano!
Pra não se dar mal!

Umbanda sua rainha chegou

Umbanda mais uma estrela brilhou (bis)

O salve, salve a Pomba Gira que veio da encruzilhada

Para salvar sua gira

Oi salve o seu ponteiro de aço,

Salve a sua tesoura que corta todo embaraço.

Ê, Caveira, firma seu ponto na folha da bananeira, Exú Caveira! (x2)


Quando o galo canta é madrugada
Foi Exú na encruzilhada, batizado com dendê
Rezo uma oração de traz pra frente
Eu queimo fogo e a chama ardente aquece Exú, Ô Laroiê!
Eu ouço a gargalhada do Diabo
É Caveira, o enviado do Príncipe Lúcifer
É ele quem comanda o cemitério
Catacumba tem mistério, seu feitiço tem axé
Ê Caveira!

Ê, Caveira, afirma ponto na folha da bananeira


Exú Caveira!

Na Calunga, quando ele aparece


Credo em cruz, eu rezo prece pra Exú, o dono da rua
Sinto a força deste momento
E firmo o meu pensamento nos quatros cantos da rua
Eu peço a ele que me proteja
Onde quer que eu esteja ao longo desta caminhada
Confio em sua ajuda verdadeira
Ele é Exú Caveira, o Senhor das Encruzilhadas
Ê Caveira!

Ê, Caveira, afirma ponto na folha da bananeira


Exú Caveira!

Santo Antônio Pequenino,


Amansador de burro brabo,
Quem mexer com Sto Antônio,
Ta mexendo com o diabo.

Rodeia, rodeia, rodeia,


Meu Santo Antônio rodeia. (bis)

Pomba Gira Rainha,


Gira a noite, gira o dia,
No embalo dessa gira,
Gira o Exu Ventania.

Rodeia, rodeia,...

Maria Mulambo,
No meio da encruzilhada,
Convidou João Caveira,
Dando uma gargalhada.

Rodeia, rodeia,...

Tiriri matou um galo,


E cortou em pedacinho,
Convidou Maria Padilha,
Para não comer sozinho.

Rodeia, rodeia,...

Me convidaram,
Pra pular amarelinha,
Se eu perder você me ganha,
Se eu ganhar você é minha.

Rodeia, rodeia,...

Você também pode gostar