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gum (em iorubá: Ògún) possui vários nomes iorubás no candomblé, a citar: Ogulê,[7] Ogundelê,

Ogundilê (Ògundélé), Ogundilei, Ogum-de-lei, Ogundemenê (Ògúndemonlé).[8] Entre os fons, é


chamado Gu.[2] No vodu haitiano, foi desmembrado numa família de loás[4] que tem Ogum como
prenome: Ferreiro (em francês: Ferraille , lit. "ferragem"), Balinjô (Balindjo), Badagris, Panamá,
Olixá (em iorubá: Olis̩ a), Ossanguê (em francês: Ossangoué; em iorubá: Ossangwé)[9] Axadê (em
iorubá: Aṣade),[10] Trovão (em francês: Tonnerre),[11] Xangô (em iorubá: S̩ango),[12] Batalá
(Bhathalah), Guerriê, Chatarrá, Chal. Na umbanda, como uma série de entidades, aparece como
Beira-Mar/Marinho (quiçá de mariuô), Malê, Dilê (Oggun Nile da santeria), Nagô, Iara (em
iorubá: yára , lit. "rápido", "ativo"), Matinada, Metá, Naruê, Oiá, Rompe-Mato, Xoroquê, Mejê
ou Mejejê (Ògún méjeje).[8] No batuque, como o orixá Avagã.[13]

Religião iorubá
Na religião iorubá, é citado como o primeiro orixá a descer ao reino de Ilê-Aiê ("Terra"), com o
objetivo de encontrar uma habitação adequada para a futura vida humana e,[14] consequentemente,
recebe o nome de Oriki ou Osin Imole, que significa o "primeiro orixá a vir para a Terra."[14] Foi
provavelmente a primeira divindade cultuada pelos iorubás.[15]
Considerado senhor do ferro, da guerra, da agricultura e da tecnologia, Ogum era o filho mais velho
de Odudua. Este último era o rei fundador da cidade de Ifé,[15] e Ogum assume o título de rei
regente da cidade quando seu pai perde momentaneamente a visão.[16]

Arquétipo
De acordo com Pierre Verger, o arquétipo de Ogum é o das pessoas fortes, aguerridas e impulsivas,
incapazes de perdoar as ofensas de que foram vítimas. Das pessoas que perseguem energicamente
seus objetivos e não se desencorajam facilmente. Daquelas que, nos momentos difíceis, triunfam
onde qualquer outro teria abandonado o combate e perdido toda a esperança. Das que possuem
humor mutável, passando de furiosos acessos de raiva ao mais tranqüilo dos comportamentos.
Finalmente, é o arquétipo das pessoas impetuosas e arrogantes, daquelas que se arriscam a
melindrar os outros por uma certa falta de discrição quando lhe prestam serviços, mas que, devido à
sinceridade e franqueza de suas intenções, tornam-se difíceis de serem odiadas.[17]

Representatividade
Por causa deste contexto, compreende-se a popularidade de Ogum. Especula-se que ele tenha sido a
primeira divindade cultuada pelos iorubás na África Ocidental; além disso, era um dos deuses em
que os escravos africanos recorriam.[15] Os seguidores de Ogum podem jurar a verdade em
tribunais "beijando" um pedaço de ferro ou metal,[18] enquanto que os motoristas carregam um
amuleto de Ogum para evitar acidentes de trânsito.[19][20]

Em outras mitologias
Ogum é conhecido no candomblé como o orixá ferreiro. Ele é irmão de Exu, com quem é
considerado dono de todos os caminhos e encruzilhadas,[14] e identificado no jogo do merindilogun
pelos odus etaogunda, odi e obeogunda, representado materialmente e imaterial através do
assentamento sagrado denominado igba ogun.[15] Já na santeria, ele é um dos quatro orixás
guerreiros, representando o solitário hostil que vaga pelos caminhos. Além disso, Ogum é o dono
dos montes junto com Oxóssi e dos caminhos, este último junto com Eleguá.[14]

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