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SOLICITAÇÃO PARA NOVA CORREÇÃO DA AP2 PROVA MODELO 05

QUESTÃO 4

Quanto à 4º questão, na letra B, a pergunta formulada pelo senhor não libera possibilidades
para uma resposta como ''lesões recentes e tardias'', pois a pergunta não foi ''é possível identificar a
data?'', ou até, ''é possível inferir que a data do ocorrido é recente ou tardia?''

A pericianda apresenta sinais recentes, hemorrágicos, roturas himenais, além de sinais


inflamatórios com presença de supuração, nesse sentido é possível afirmar sim que essa conjunção,
se é que tenha ocorrido conjunção carnal (pênis-vagina), seria recente devido aos sinais recentes. Já
quanto aos achados tardios, como a presença de tecido fibrinoso, eles se devem a uma conjunção
carnal, ou trauma perineal tardio, ou seja, com mais de 20 dias.

LETRA B

RECURSO NÃO ACEITO

Questão 05

Em 24 de dezembro de 2019, os médicos de plantão do IML de Teresina realizam o exame


pericial do corpo de uma idosa encontrada dentro de sua casa, localizada na cidade de
Barras. A perícia, ao chegar ao local, encontrou o cadáver deitado na cama de um dos
quartos da casa, descansando sobre um travesseiro sujo de sangue saindo de ambas as
orelhas, em decúbito dorsal, com uma camisa envolta no pescoço, amarrada com um forte
nó na região do anterior cervical.
Antecedentes patológicos pessoais
Diabetes mellitus, pressão alta, doença isquêmica do coração, úlcera varicosa na perna
esquerda e distúrbios psiquiátricos. Era sedentária e tinha referido que se sentia mal;
apresentava ansiedade e, em várias ocasiões, havia se referido que ela não chegaria ao
final do ano.
Exame na Residência do cadáver feito pela Perícia Criminal
Suja e desorganizada, de madeira e alvenaria, possuindo 5 quartos, com porta da frente e
porta dos fundos e várias janelas, todas bem fechadas. Em um dos quartos, à esquerda da
porta de entrada, estava o corpo em decúbito dorsal estendida na cama, com a cabeça
virada para a cabeceira, descansando sobre um travesseiro sujo e com sangue e pés na
direção da cozinha. Ambos os membros superiores estavam próximo do peito e o corpo
estava encoberto por um lençol branco e sujo. Ao redor do pescoço está uma camisa
xadrez com um nó forte amarrado na região anterior.
Trata-se de uma idosa, 69 anos, viúva, pensionista, de ancestralidade europeia, cabelos
longos e grisalhos, amarrados com uma liga branca e olhos com íris marrom escura. Há
sinal de violência, evidenciado por uma escoriação de 3 cm de largura na região do
pescoço em sua parte posterior, com superfície macia e rasa, direcionada de trás para a
frente e interrompida na porção anterior do pescoço, correspondendo à posição do nó.
O corpo foi trasladado ao IML para proceder à necropsia médico-legal.
Exame Necroscópico
a)Traje: um cadáver vestindo blusa de camiseta azul prussiana com flores amarelas, aberta
na região posterior, bermuda xadrez rosa e branca e calcinha branca, ambos manchadas
com urina e fezes. Há uma camisa xadrez amarrada ao pescoço com forte nó na região
anterior
b)Exame externo: idosa do sexo de feminino, normolínea, obesa. Ancestralidade
europeia, olhos com íris marrom escuro. Cabelos longo, grisalho, amarrados com uma liga.
Cadáver em rigidez generalizada e resfriado. Livores dorsais fixos que desaparecem
lentamente na dígitopressão. Sem mancha verde abdominal, estimando morte entre 8 e 12
horas. Há um sulco contínuo, largo, raso, transversal, de trás para frente, com nó na região
anterior do pescoço.
Evidencia edema facial, cianose a distância, úlcera varicosa no membro inferior esquerdo
coberto com curativos, lesão hiperpigmentada arredondada de 1 cm de diâmetro na região
escapular esquerda.
Há uma cicatriz cirúrgica antiga no hipocôndrio direito e região paramediana infraumbilical.
Hematoma em resolução na região glútea esquerda.
Observa-se protusão da língua e dos globos oculares, leve hiperemia conjuntival, secreção
de espuma serohemática através da boca. Otalgia de ambas as orelhas. Relaxamento da
bexiga e esfíncter anal.
c) Exame interno: feita incisão submentoneana, dissecada por planos, observando osso
hioide com pequeno infiltrado hemorrágico, com cornos e corpo de aparência normal.
Glândula tireoide localizada centralmente com lóbulos simétricos e superfície lisa. Não
houve alteração nos cortes. Morfologia da larínge sem alterações musculares e vasculares.
Corpos vertebrais inalterados. Cavidade torácica: feito incisão bi-acrômio-clavicular-xifoide,
removido o esterno, os órgãos foram examinados in situ, sendo verificada manchas de
Tardieu nos pulmões e edema pulmonar leve. Árvore traqueobrônquica mostrou-se
inalterada. Coração aumentado em tamanho, aorta e seus ramos inalterados de suas
paredes.

5. Com base nas informações do exame cadavérico, a perícia criminal sustentou que houve
homicídio e o legista refutou a tese de homicídio, informando na conclusão do laudo que foi
suicídio. Quais os argumentos que reforçam o posicionamento dos peritos? (2,0) 0,0
De acordo com o exame necroscópico, há fortes evidências de que houve estrangulamento
na vítima. Segundo Croce e Croce Júnior (2004, p.370) há sinais externos que evidenciam a
hipótese de estrangulamento: sulco contínuo, lago, raso, transversal, de trás para frente,
com nó na região anterior do pescoço (denotando lesão constritiva típica de
estrangulamento), otorragia, secreção de espuma serohemática através da boca, hiperemia
conjuntival, protusão da língua e dos globos oculares, e liberação dos esfíncteres (fezes e
urina nas vestes). Também segundo Croce e Croce Júnior (2004, p.370) há sinais internos
de estrangulamento: pequeno infiltrado hemorrágico no osso hióide. Além disso, como visto
em Croce e Croce Júnior (2004, p. 360 e 361), há outros sinais gerais que caracterizam o
precesso asfixo, que são: as manchas de Tardieu, edema pulmonar leve e cianose á
distância. Diante disso, como exposto por Croce e Croce Júnior (2004, p.371), o homicídio é
a etiologia mais comum de estrangulamento, e sendo raríssimo o suicídio e a morte
acidental, esses argumentos reforçam a posição dos peritos.

REFERÊNCIA: CROCE, D; CROCE JÚNIOR, D. Manual de Medicina Legal. 5 edição. São


Paulo: Editora Saraiva, 2004. Capítulo 6, páginas 264-397.

Solicitamos a nova correção com bases nos seguintes argumentos:

1) Houve um erro na questão que não permite diferenciar com total clareza entre
estrangulamento e enforcamento.

Neste trecho retirado da prova são citadas as características do laço. Mas possui características tanto
de estrangulamento como enforcamento.
Sulco contínuo é uma das principais características em estrangulamento como mostrado em Croce e
Croce Júnior (2004, p. 371):

Nó na região anterior do pescoço é característica importante para enforcamento como mostrado em


Croce e Croce Júnior (2004, p. 371):

Sulco transversal pode ser característica de ambos como mostrado em Croce e Croce Júnior (2004, p.
371):
Logo, o nó é uma pista importante para elucidar o tipo de asfixia, mas na prova não foi possível essa
diferenciação.
2) As outras características indicavam para estrangulamento

Neste trecho retirado da prova são citadas características condizentes com estrangulamento como
mostrado em Croce e Croce Júnior (2004, p. 370):

Conclusão:
1) Solicitamos que a nota da questão seja revista, pois como mostrado nos argumentos, é provavel
que tenha ocorrido um estrangulamento, e estrangulamento em sua maioria da vezes ocorre por
homicidio. Logo, a pergunta teria sido respondido de forma correta, uma vez que, o enunciado
solicitava argumentos condizentes com homicidio.
2) Também solicitamos que a questão seja revista, afinal há um erro, uma vez que, não seria
possível o laço ser contínuo e possuir nó na região anterior, e esse erro leva a uma má
interpretação da questão. Consequemente uma resolução completamente correta não se torna
possível.
Referência: CROCE, D; CROCE JÚNIOR, D. Manual de Medicina Legal. 5 edição. São
Paulo: Editora Saraiva, 2004. Capítulo 6, páginas 264-397.

RECURSO NÃO ACEITO

QUESTÃO 6
Nesta situação, na questão 06 da prova modelo 05 realizada pelo grupo 05 referente a 2ª
nota do semestre 2020.1 da disciplina de Medicina Legal e Deontologia, foi indagado ao aluno quais
as limitações referentes ao método de identificação “FOTOGRAFIA” – segue foto abaixo. Em que, o
grupo, embasado em referências indicadas na ementa da disciplina, respondeu o enunciado e foi
atribuída pontuação 0(ZERO) a questão. 
Percebe-se que, embora o texto fale sobre bertillonagem, o enunciado da questão restringe
a fotografia.
 

 
Abaixo seguem os trechos retirados de livros indicados na Ementa. 
DEL CAMPO:   

                                                
FRANÇA: 

                    
 
 
Como exposto, o grupo respondeu à questão de acordo com os livros-base, atendendo as
demandas do enunciado da questão e formulou referências seguindo as normas vigentes (2020) da
ABNT. Protestamos a questão devido aos fatos supra-citados. 

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