Os diuréticos tiazídicos têm sido utilizados no tratamento da hipertensão arterial por mais de 40 anos e permanecem como uma das cinco classes de medicamentos anti-hipertensivos de primeira linha, tanto em monoterapia quanto em associação. Esses fármacos apresentam efeitos colaterais como distúrbios eletrolíticos e metabólicos, bem como interações com outros medicamentos, que tornaram-se menos frequentes e intensos com o uso de doses menores.
Os diuréticos tiazídicos têm sido utilizados no tratamento da hipertensão arterial por mais de 40 anos e permanecem como uma das cinco classes de medicamentos anti-hipertensivos de primeira linha, tanto em monoterapia quanto em associação. Esses fármacos apresentam efeitos colaterais como distúrbios eletrolíticos e metabólicos, bem como interações com outros medicamentos, que tornaram-se menos frequentes e intensos com o uso de doses menores.
Os diuréticos tiazídicos têm sido utilizados no tratamento da hipertensão arterial por mais de 40 anos e permanecem como uma das cinco classes de medicamentos anti-hipertensivos de primeira linha, tanto em monoterapia quanto em associação. Esses fármacos apresentam efeitos colaterais como distúrbios eletrolíticos e metabólicos, bem como interações com outros medicamentos, que tornaram-se menos frequentes e intensos com o uso de doses menores.
RESUMO Diurticos, especialmente tiazdicos e correlatos, tm sido utilizados no tratamento da hipertenso arterial h mais de 40 anos e permanecem como uma das cinco classes de medicamentos anti-hipertensivos de primeira linha. Diurticos continuam sendo utilizados em monoterapia, mas sobretudo em associaes xas ou no, com os de- mais agentes anti-hipertensivos devido potencializao de seus efeitos redutores da presso arterial. So frma- cos de baixo custo e boa tolerabilidade. Suas principais reaes adversas relacionam-se a distrbios eletrolticos e metablicos, os quais se tornaram menos frequentes e menos intensos com a utilizao de doses menores do que as empregadas inicialmente. Neste artigo so discutidos os principais efeitos colaterais do uso crnico dos diurti- cos, bem como as consequncias de algumas interaes medicamentosas com outros agentes anti-hipertensivos e frmacos em geral. PALAVRAS-CHAVE Diurticos, anti-hipertensivos, reaes adversas, intera- es medicamentosas. Diurticos Diuretics Michel Batlouni 1 ABSTRACT Diuretics, especially tiazides and correlates, have been used in the treatment of the arterial hypertension for more than 40 years and remain as one of the ve Top line antihypertensive classes. Diuretics continue being used in monotherapy, but over all in associations, xed or not, with the other antihypertensive agents due the potencialization of its reducing effect of the arterial pressure. They are drugs of low cost and good tolerability. Their main adverse reactions are related to electrolytic and metabolic disturbs, which have become less frequent and less intensive with the use of lower doses in comparison with the doses employed initially. In this article the main collateral effects of the chronic use of diuretics, are discussed as well as the consequences of some drugs interactions with other antihypertensive agents and drugs of general uses. KEYWORDS Diuretics, antihypertensive drugs, adverse reactions, farma- cological interactions. 1 Consultor cientco do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (IDPC). Docente-livre de Clnica Mdica da Universidade Federal de Gois (UFG). Professor de ps-graduao em Cardiologia da Universidade de So Paulo (USP-IDPC). Correspondncia para: Michel Batlouni. Alameda dos Anapurus, 238 040087-000 So Paulo, SP. E-mail: m.batlouni@terra.com.br De acordo com a frao mxima excretada do sdio ltrado e seus princpios locais de ao no nfron, os diurticos disponveis em nosso meio podem ser assim classicados: 1) Diurticos de alta eccia (> 15%) ou potentes, com ao na poro espessa ascendente na ala de Henle, como furosemida e bumetanida; 2) Diurticos de eccia mdia (5% a 10%), com ao na poro inicial do tbulo distal: tiazdicos e correlatos clorotiazida, hidroclorotiazida, clortalidona e indapamida; 3) Diurticos fracos ou adjuntivos ( 5%), em geral poupadores de potssio, com ao na poro nal do tbulo distal (troca de Na + , K + /H + ) amilorida, triantereno e espironolactona, este ltimo antagonista competitivo da aldosterona 1 . Recebido: 10/6/2009 Aceito: 17/9/2009 Diurticos Batlouni M 212 Rev Bras Hipertens vol.16(4):211-214, 2009. Os diurticos triazdicos tm sido utilizados no tratamento da hipertenso arterial h mais de 40 anos e permanecem como uma das cinco classes de medicamentos anti-hipertensivos de primeira linha, tanto em monoterapia como especialmente em associao. Juntamente com os betabloqueadores, diurticos tiazdicos foram os frmacos mais utilizados no tratamento da hipertenso arterial, nos ltimos 40 anos, com eccia comprovada na redu- o da morbidade e da mortalidade relacionadas doena. So medicamentos de baixo custo e boa tolerabilidade e apresentam efeitos potencializadores para os demais anti-hipertensivos. No obstante a introduo de novos frmacos para o tratamento da hipertenso arterial nos ltimos 25 anos, com diferentes me- canismos farmacolgicos, os diurticos devem ser, na maioria dos casos, associados ao esquema teraputico. Considerando que os diurticos so usados cronicamente, por vezes durante toda a vida, importante assinalar as reaes adversas suscetveis de ocorrer nessa circunstncia, sobretu- do eletrolticas e metablicas. Alm disso, h as interaes farmacolgicas com outros agentes anti-hipertensivos e com alguns frmacos utilizados frequentemente no tratamento de comorbidades associadas 2-4 . REAES ADVERSAS Muitas das alteraes eletrolticas e metablicas dos tiazdicos foram observadas quando se utilizaram inicialmente doses eleva- das no tratamento da hipertenso arterial (clorotiazida, at 500 mg/dia, hidroclorotiazida ou clortalidona, at 100 mg/dia 5 . Sabe- se h muito que a curva dose-resposta dos tiazdicos plana, ou seja, 80% do efeito anti-hipertensivo da hidroclorotiazida atingido com a dose de 12,5 mg/dia e quase 100% do efeito, com a dose de 25 mg/dia 6 . Em consequncia, passaram-se a utilizar doses baixas desses medicamentos (6,25 a 25 mg/dia), sem perda da eccia anti-hipertensiva, porm com reduo importante dos efeitos metablicos adversos. HIPOCALEMIA Todos os diurticos que agem antes da poro nal do tbulo controlado distal, como os de ala e os tiazdicos, promovem aumento da excreo de potssio. A perda urinria desse on maior com os tiazdicos, devido sua ao mais prolongada, dicultando a atuao intermitente dos mecanismos de reteno de potssio. Por ser um on intracelular, a decincia absoluta de potssio difcil de determinar. Na prtica clnica, porm, a determinao de potssio srico oferece um ndice indireto do potssio intracelular 7 . Em pacientes tratados com benzotiadiazinas em doses baixas e sem suplementao de potssio, a hipocalemia rara e, quando ocorre, leve, no havendo necessidade de correo ativa, exceto se o potssio srico for inferior a 3 mEq/L. Nessa condio, o uso associado de diurtico poupador de potssio mais ecaz que a suplementao oral de sais de potssio, alm de corrigir possvel hipomagnesemia 8 . Entretanto, em pacientes com insucincia renal, o uso de diurticos poupadores de po- tssio pode induzir hiperpotassemia grave. A hipomagnesemia, concomitante hipotassemia induzida por diurticos, pode dicultar a correo da depleo de potssio intracelular e ter participao importante na gnese de arritmias em pacientes digitalizados ou aps infarto agudo do miocrdio 9 . A associao de betabloqueadores, inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECA) ou bloqueadores dos recep- tores ATI da angiotensina (BRA) aos tiazdicos diminui o risco de hipopotassemia. A associao dos dois ltimos frmacos requer monitorao mais frequente da calemia, principalmente quando utilizados em combinao com diurticos poupadores de potssio. Estes no devem ser administrados em presena de insucincia renal, pelo risco de desenvolver hiperpotassemia grave. BALANO DE CLCIO Os diurticos tiazdicos diminuem a excreo urinria de clcio 10 . Esse efeito ocorre em indivduos normais e em pacientes com hipercalciria idioptica ou hiperparatireoidismo primrio. Tiaz- dicos tm sido utilizados para prevenir a formao de clculos renais recorrentes e tambm na preveno da desmineralizao ssea. Ao contrrio, os diurticos de ala aumentam a excre- o urinria de clcio, efeito esse utilizado no tratamento da hipercalcemia 11 . METABOLISMO GLICDICO Os efeitos adversos dos tiazdicos no metabolismo de glicose em pacientes diabticos tm sido observados desde a sua introduo na prtica clnica 12 . Entretanto, o desencadeamento de intolerncia glicose, em pacientes no diabticos em uso crnico de tiazdicos, controverso. Um estudo com seguimento de 10 anos mostrou que o tratamento com diurticos tiazdicos em doses baixas, associado suplementao de potssio, no piorou a tolerncia glicose 13 . A hipotassemia tem sido apon- tada como possvel mecanismo siopatognico relacionado alterao do metabolismo de carboidratos. O uso contnuo de diurticos de ala induz alteraes mni- mas no metabolismo da glicose, provavelmente pela ao de curta durao, ensejando que mecanismos compensatrios sejam utilizados para neutralizar os efeitos relacionados into- lerncia glicose 14 . Entretanto, se vrias doses de diurticos de ala forem utilizadas durante o dia, os efeitos metablicos passam a ser similares. HIPERCOLESTEROLEMIA Diversos estudos mostraram a potencialidade de diferentes diurticos em elevar as concentraes sricas de colesterol total e as fraes LDL e VDL, alm dos triglicrides 15-16 . Entretanto, 213 Diurticos Batlouni M Rev Bras Hipertens vol.16(4):211-214, 2009. a maioria dos estudos foi de curta durao e contraverso se essas alteraes persistem durante o uso prolongado em hipertensos. Independentemente dos mecanismos e da durao dessas alteraes, sua ocorrncia implica avaliao peridica das concentraes lipdicas sricas, dieta adequada e uso de hipolipemiantes. Eventualmente, a troca do diurtico por agente anti-hipertensivo de outra classe recomendvel. HIPERURICEMIA Hiperuricemia est presente em cerca de 25% dos hipertensos no tratados. O uso contnuo de diurticos pode elevar as con- centraes sanguneas de cido rico em at 50% dos pacientes. O mecanismo principal responsvel por esse efeito relaciona-se reduo do volume extracelular causado pelos diurticos. Entre- tanto, apenas 2% a 3% da populao tratada com esses frmacos desenvolve quadro clnico de gota ou clculos renais 17 . Probenecida, frmaco que aumenta a excreo renal de cido rico, est indicada para o tratamento da hiperuricemia induzida por diurticos. OTOTOXICIDADE Esse efeito observado apenas com os diurticos de ala, prin- cipalmente como o cido etacrnico (j retirado do mercado) e mais raramente com furosemida. A bumetamida menos txica que a furosemida 18 . A leso ocorre na stria vascularis e mais frequente com o uso de altas doses, em presena de insucin- cia renal ou em associao com outros agentes nefrotxicos, principalmente antibiticos aminoglucosdeos. IMPOTNCIA outro tema controverso. No estudo Medical Research Council (MRC), a queixa de impotncia foi referida duas vezes mais entre os homens que utilizaram tiazdicos, em comparao aos que usaram placebo ou betabloqueador 19 . Estudos que avaliaram a qualidade de vida apresentaram resultados concordantes. GINECOMASTIA A competio da espironolactona pelos mesmos receptores da di-hidroxitestosterona pode induzir a ocorrncia de ginecomastia em proporo signicativa de homens tratados com aquele frmaco. Esse sintoma foi relatado em 10% dos pacientes do estudo RALES, que receberam espironolactona na dose de 25 a 50 mg/dia, levando ocasionalmente supresso do frmaco 20 . INTERAES COM OUTROS ANTI-HIPERTENSIVOS Em monoterapia, diurticos so to ecazes na reduo da mor- bimortalidade em pacientes com hipertenso leve a moderada quanto os demais medicamentos anti-hipertensivos de primeira linha. Os diurticos so amplamente utilizados em associaes xas ou no, com todos os demais agentes anti-hipertensivos, em decorrncia da potencializao de seus efeitos redutores da presso arterial. A combinao xa com betabloqueadores utilizada de longa data e posteriormente com IECA e BRA II, todas apresentando efeito anti-hipertensivo sinrgico. Com os antagonistas dos canais de clcio (ACC), no existem associaes fsicas, porm o efeito benco, sobretudo em idosos. Em pacientes da raa negra, tiazdico (12,5 a 25 mg/dia) e di-hidropiridnico de ao prolongada, como anlodipino (5-10 mg/dia), so preferidos, em funo da maior eccia em reduzir a presso arterial nessa populao. Por igual razo, esses dois grupos de frmacos so os preferidos dos idosos, comumente com hipertenso arterial sistlica isolada 21-24 . Tiazdicos e bloqueadores -adrenrgicos, como o prazosin, apresentam interao sinrgica e benca com melhora da resposta anti-hipertensiva e reduo dos efeitos colaterais 25 . A hidralazina, vasodilatador de ao direta, pode interferir na farmacocintica da furosemida, aumentando sua depurao renal, sem interferir com a meia-vida do frmaco. Os diurticos ativam o sistema nervoso simptico e o sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA), reduzem o volume circulante e tornam a presso arterial mais dependente da angiotensina. A administrao concomitante de um IECA ou BRA bloqueia a gerao e a ao da angiotensina, minimi- zando o efeito pressrico compensatrio do diurtico, induzido pela ativao do eixo SRAA. Alm disso, os BRA atenuam os efeitos metablicos dos diurticos, inclusive, hiperuricemia (losartana). A tendncia dos diurticos tiazdicos em causar hipocale- mia reduzida pela associao de um diurtico poupador de potssio (amilorida, triantereno, espironolactona), um IECA ou um BRA. Estudo prospectivo com 1.346 pacientes, seguidos por oito semanas, mostrou menor incidncia de hipocalemia no grupo valsartan + hidroclorotiazida em comparao com o grupo hidroclorotiazida em monoterapia 26 . Estudo clnico randomizado e controlado comparou a eccia da monoterapia com hidroclorotiazida e um IECA, o lisinopril, com a combinao de ambos. A eccia da combinao na reduo da presso arterial foi maior do que a monoterapia com ambos os agentes, em doses maiores do que as empregadas em associao. Igualmente, foi avaliada a resposta anti-hipertensiva da asso- ciao de um BRA com hidroclorotiazida comparada monote- rapia com ambos os agentes. Um estudo fatorial representativo comparou a eccia do regime teraputico com olmesartana, 10 ou 40 mg/dia, associada hidroclorotiazida (HCT) 12,5 ou 25 mg/dia, com ambos os frmacos isoladamente. Eccia maior na reduo de presso arterial foi observada no brao que recebeu 40 mg de olmesartana e 25 mg de HCT, no qual a queda mdia da presso arterial sistlica foi 23,55 mmHg e a da diastlica, 13,7 mmHg 27 . O controle da presso arterial Diurticos Batlouni M 214 Rev Bras Hipertens vol.16(4):211-214, 2009. (< 140 x 90 mmHg) foi mais frequente nos pacientes que recebe- ram as maiores doses dos agentes combinados, em comparao com os que receberam as maiores doses em monoterapia. A combinao de um diurtico tiazdico com um poupador de potssio mostrou, tambm, maior eccia anti-hipertensiva que a clortalidona isoladamente em prevenir a reduo da concentrao srica de potssio. Distrbios eletrolticos promovidos pelos diurticos podem aumentar a toxicidade de diversos medicamentos. Hipocalemia e hipomagnesemia predispem intoxicao digitlica e ao au- mento dos efeitos pr-arrtmicos de antiarrtmicos ou de outros frmacos que prolongam o intervalo QT 28 . Diurticos poupadores de potssio, usados em combinao com anti-inamatrios no hormonais, podem favorecer o de- senvolvimento de hipercalemia, especialmente em associao com IECA ou BRA, pela deteriorao da funo renal. Anti-inamatrios no hormonais, corticosteroide e estr- genos reduzem os efeitos anti-hipertensivos dos diurticos tiazdicos e de ala, bem como dos IECA e BRA, provavelmente por inibirem a formao de prostaglandinas vasodilatadoras 29 . Furosemida reduz o clearance renal do ltio e induz o aumento de suas concentraes sanguneas, com risco de toxicidade, provavelmente por diminuio do volume extracelular 30 . Os diurticos de ala acentuam os efeitos ototxicos dos anomaglicosdeos 31 e os potenciais efeitos nefrotxicos de algumas substncias como a ciclosporina. Isso pode reetir diminuio da eliminao renal dos antibiticos ou de seus me- tablitos, com elevao secundria da concentrao plasmtica causada pela reduo da ltrao glomerular e/ou interferncia com seus mecanismos de secreo tubular. O uso concomitante de Fleet Enema (bifosfato sdico/fosfato sdico) com frmacos que interferem na perfuso e na funo renal, como os diurticos, pode aumentar o risco de insucincia renal aguda causada pelo fosfato 32 . Essa nefropatia rara, porm, pode evoluir para insucincia renal crnica, inclusive dialtica. REFERNCIAS 1. Giorgi DMA. Diurticos. In: Batlouni M, Ramires JAF. Farmacologia e teraputica cardiovascular. 2.ed. So Paulo: Atheneu; 2005. p. 113-33. 2. Opie LH. Interactions with cardiovascular drugs. Curr Probl Cardiol. 1993;18:529-81. 3. Opie LH. Adverse cardiovascular drugs interactions. Curr Probl Cardiol. 2000;25:622-76. 4. Batlouni M. Interaes medicamentosas em cardiologia. In: Batlouni M. Farmaco- logia e teraputica cardiovascular. 2.ed. So Paulo: Atheneu; 2005. p. 567-78. 5. Morgan DB, Davidson C. Hypokalemia and diuretics: an analysis of publications. Br Med J. 180;280:905-8. 6. MacGregor GA, Banks RA, Markandu, et al. Lack off effect of bet-blocker on at dose response to thiazide in hypertension: efcacy of low dose thiazide combined with beta-blocker. Br Med J. 1983;286:1535-38. 7. Knochel JP. Diuretic-induced hypokalemia. Am J Med. 1984;77:18-27. 8. Ryan MP, Devane J, Ryan MF, Counihan TB. Effects of diuretics on the renal handing of magnesium. Drugs. 1984;28 (suppl):167-81. 9. Whang R, Flink EB, Dyckner T, et al. Magnesium depletion as a cause of refractory potassium repletion. Arch Intern Med. 1985;45:1686-9. 10. Lamberg BA, Kuhlback BA. Effect of chrolothiazide and hydrochlorothiazide on the excretion of calcium in urine. Scand J Clin Labor Invest. 1959;2:351-7. 11. McNabb WR, Noormohamed FH, Brooks BA, et al. Renal actions of piretanide and three loop diuretics in man. Clin Pharmacol Ther. 1984;35:328-37. 12. Murphy MB, Lewis PJ, Kohner E, et al. Glucose intolerance in hypertensive patients treated with diuretics; a fourteen-year follow-up. Lancet. 1982;2:1293-6. 13. Berglund G, Andersson O, Widgren B. Low-dose antihypertensive treatment with a thiazide diuretic is not diabetogenic. A 10-year controlled trial with bendroumethiazide. Acta Med Scan. 1985;220:419-24. 14. Nader PC, Thompson JR, Alpern RJ. Complications of diuretic use. Semin Nephrol. 1988; 8:365-87. 15. Eide I, Loyning E, Langard O, Kill F. Inuence of ethacrinic acid on intrarenal renin release mechanisms. Kidney Int. 1975;8:158-65. 16. Nascimento L, Ayala JM, Baquero RA, Martinez-Maldonado M. Renin release by diuretics. J Pharmacol Exper Ther. 1979;208:522-26. 17. Dyckman D, Simon EE, Avioli LV. Hyperuricemia and uric acid nephropathy . Arch Intern Med. 1987;147:1341-5. 18. Brummett RE, Bendrik T, Himes D. Comparative ototoxicity of bumetanide and furosemide when used in combination with kanamicin. J Clin Pharmacol. 1981;21:628-36. 19. [No authors listed] Medical Research Council Working Party on Mild Hyperten- sion: adverse reactions to bendrouazide and propanolol for the treatment of mild hypertension. Lancet. 1981;2:539-43. 20. [No authors listed] Effectiveness of spironolactone added to an angiotensin- converting enzyme inhibitor and a loop diuretic for severe chronic congestive heart failure (The Randomized Aldactone Evalution Study RALES). Am J Cardiol. 1996;78:902-7. 21. Major outcomes in high-risk hypertensive patients randomized to angiotensin- converting enzyme inhibitor or calcium channel blocker vs diuretic: The Antihypertensive and Lipid-Lowering Treatment to Prevent Heart Attack Trial (ALLHAT-LLT). JAMA. 2002;288:2998-3007. 22. Stassen JA, Fagard R, Thijs L, et al. Randomised double-blind comparison of pla- cebo and active treatment for older patients with isolated systolic hypertension. The Systolic Hypertension in Europe (SYST-EUR). Lancet. 1997;350:757-64. 23. Liu L, Wang JG, Gong L, Liu G, Staessen JA. Comparison of active treatment and placebo in older Chinese patients with isolated systolic hypertension. Systolic Hypertension in China (Syst-China) Collaborative Group. J Hypertens. 1998;16:1823-9. 24. Hansson L, Lindholn LH, Ekbom T, et al. Randomised trial of old and new antihyper- tensive drugs in elderly patients:cardiovascular mortality and morbidity. The Swedish Trial in Old Patients with Hypertension-2 study. Lancet. 1999;34:1129- 33. 25. Kontro J, Mattila MJ, Pitkjrvi T. Antihypertensive drug combinations: prazosin, hydrochlorothiazide and clonidine. Ann Clin Res. 1977;9(5):296-300. 26. Siddiqui MA, Plosker GL. Fixed-dose combination enalapril/nitrendipine: a review of its use in mild-to-moderate hypertension. Drugs. 2004;64(10):1135-48. 27. Chrysant SG, Weber MA, Wang AC, et al. Evaluation of antihypertensive therapy with combination of olmesartan medoxomil and hydrochlorothiazide. Am J Hypertens. 2004;17:252-9. 28. Johnson MD, NewKirk G, White JR Jr. Clinically signicant drug interactions. Postgrad Med. 1999;105:193-223. 29. Webter J. Interactions of NSAIDs with diuretics and beta-blockers: Mechanism and clinical implications. Drugs. 1985;30:32-41. 30. Hansen HE, Amdisen A. Lithium intoxication. Quartely J Med. 1978;47:123-44. 31. Hoffmann LM, Krupnick MI, Garia HA. Interactions of spinoralactone and hydrochlorothiazide with aspirin in the rat and dog. J Phamarcol Exp Ther. 1972;180:1-5. 32. Brunelli SM, Lewis JD, Gupta M, Latif SM, Weiner MG, Feldman HI. Risk of kidney injury following oral phosphosoda bowel preparations. J Am Soc Nephrol. 2007;18:3199-3205.