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Universidade Federal do Amapá

Departamento de Ciências Biológicas e da saúde

Curso: Farmácia

Atenção Farmacêutica

Assunto: Hipertensão parte 1

Aluna: Luana Karina Farias Nunes - 2018021819

Atividade de atenção farmacêutica

1- Segundo as diretrizes da sociedade brasileira de cardiologia para hipertensão


do ano de 2020 (páginas 528 e 529):
a) Qual a definição de hipertensão arterial sistêmica e quais as complicações
de saúde que podem se originar.
R: A hipertensão arterial (HA) é uma fisiopatologia que atinge os vasos
sanguíneos, coração, cérebro, olhos e pode causar graves problemas
renais. Doença crônica não transmissível. Definida por níveis pressóricos
em que o tratamento medicamentoso ou não, superam os riscos. É uma
condição multifatorial que depende de fatores genéticos, epigenéticos,
ambientais e sociais. Ocorre quando a medida da pressão se mantém
frequentemente acima de 140 por 90 mmHg, medida com a técnica
correta em pelo menos duas ocasiões diferentes, na ausência de
medicação anti-hipertensiva. É o principal fator de risco modificável com
associação independente, linear e contínua para doenças
cardiovasculares (DCV), doença renal crônica (DRC) e morte prematura.
b) Quais os fatores de risco para hipertensão arterial?
R: Genética, idade, sexo, etnia, sobrepeso/obesidade, ingestão de sódio e
potássio, sedentarismo, álcool, fatores socioeconômicos e outros fatores
de risco relacionados com a elevação da PA, apneia obstrutiva do sono.
2- Com base no capítulo 9, responda:
a) Qual o principal objetivo do tratamento anti-hipertensivo?
R: A proteção cardiovascular (CV) consiste no objetivo
primordial do tratamento anti-hipertensivo. A redução da
pressão arterial (PA) é a primeira meta, com o objetivo
maior de reduzir desfechos CV e mortalidade associados à
hipertensão arterial (HA).
b) Faça um resumo sobre os principais pontos da monoterapia anti-
hipertensiva.
R: Estratégia anti-hipertensiva inicial para pacientes com HÁ estágio 1 com
risco CV baixo, de PA de risco CV alto, ou para indivíduos idosos e frágeis.
Nesses pacientes a redução de PA desejada é pequena ou de maneira
gradual para evitar eventos adversos. Tratamento deve ser
individualizado e a escolha do medicamento deve ser baseado em
caraterísticas desejáveis já descritas, na presença de doenças associadas e
lesões de órgãos-alvo (LOA) e condições socioeconômicas.
Classes preferenciais: DIU tiazídicos ou similares, BCC, IECA, BRA.
Fármaco BB, considerado como inicial em situações específicas. São
frequentemente mais usados em associação a outros, Posologia deve ser
ajustada.
c) Faça um esquema com os principais pontos referentes à Combinação de
medicamentos anti-hipertensivos.

• exceção a essa regra a associação de DIU


Início do tratamento com tiazídicos com poupadores de potássio.
combinação dupla de medicamentos
• ajustes de doses ou a combinação tripla de
com mecanismos de ação distintos.
fármacos são indicados caso a meta não seja
alcançada.

A combinação pode reduzir efeitos colaterais, • maior adesão ao tratamento e a


pelo uso de menor dose de cada um dos redução da inércia terapêutica.
fármacos envolvidos na combinação ou pela
capacidade que um dos fármacos pode ter de
• combinações em doses fixas e em
antagonizar os efeitos adversos do outro.
comprimido único são preferenciais por
se associarem a maior adesão ao tratamento e, por consequência, melhores resultados
clínicos.
Início do tratamento com • com mais rápido alcance da meta pressórica e
combinação de fármacos em com a proteção de órgãos-alvo e desfechos CV a longo
doses fixas reduz o risco de prazo. Comparado com início com monoterapia.
desfechos CV.

Os DIU poupadores de potássio • A espironolactona tem sido habitualmente


(espironolactona e amilorida) utilizada como o quarto medicamento a ser associado
costumam ser utilizados em
aos pacientes com HA resistente e refratária.
associação aos tiazídicos ou DIU
de alça.

Tem maior potência diurética da clortalidona com


relação à hidroclorotiazida, quando comparadas dose a
dose, e sua meia-vida mais prolongada é indicada
como DIU preferencial em pacientes com HA
resistente ou refratária.

Já a indicação da clortalidona como DIU preferencial em função


de promover maior redução de eventos CV é controversa, pois
a metanálise e os estudos observacionais incluindo grande
número de usuários são discordantes.

Por outro lado, o efeito diurético mais intenso, maior


frequência de efeitos adversos da clortalidona,
particularmente os distúrbios hidreletrolíticos e
metabólicos.

A indapamida, um tiazídico-símile, clortalidona, tem maior potência e


efeito diurético mais prolongado e apresenta efeito anti-hipertensivo
e redução de eventos CV com bom perfil metabólico

o tratamento anti-hipertensivo do indivíduo função renal normal,


pode utilizá-la quando se deseja maior efeito diurético, em especial
na HA resistente, pois é mais potente que a hidroclorotiazida
3- Com base na figura abaixo, responda:

a) Com base no mecanismo de ação dos medicamentos, responda por que a combinação
entre os inibidores da eca e Bloqueadores dos receptores da angiotensina é não
recomendada?

R: O tratamento com associações de dois bloqueadores do sistema renina-


angiotensina, como IECA com BRA ou qualquer um dos dois com inibidor de renina, é
contraindicado, pois promoveu o aumento de efeitos adversos, sem a redução de
desfechos CV.

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