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ACNE NA ADOLESCÊNCIA

Naiele Barcelos Vieira1, Ana Elisabete Picolini1, Caroline Chaves Corrêa1,


Daniela Karusky Kümmel1, Adriana Boch Gomes1 & Marta Maria Medeiros F. Duarte2
1
Acadêmico do Curso de Estética e Cosmética – ULBRA, Santa Maria, RS
e-mail: naiele.barcelos@gmail.com
2
Professora do Curso de Estética e Cosmética Fisioterapia e Psicologia – ULBRA, Santa Maria, RS
e-mail: duartmm@hotmail.com

1. INTRODUÇÃO

A acne é uma patologia muito frequente entre os adolescentes, podendo atingir


também outras faixas etárias e etnias diversas. Atinge mais o sexo masculino devido à
maior produção dos hormônios androgênios (SAMPAIO, 2007). É definida como uma
afecção que atinge a unidade pilo sebácea, o qual é formado pelo pêlo e pela glândula
sebácea. O aparecimento da acne depende de vários fatores desencadeantes, tais
como: estresse, genética, desequilíbrio hormonal, trauma mecânico e componente
nutricionais. As regiões mais atingidas são: face, em menor extensão na porção
superior das costas, no peito e nos ombros (RIBEIRO, 2006).
A fisiopatogenia é caracterizada pela produção em excesso de sebo, o qual obstrui
o folículo piloso pela queratinização, oportunizando a proliferação das bactérias da flora
normal e desencadeando um processo inflamatório (BAUMANN, 2004).
Devido à alta incidência de acne entre os adolescentes o objetivo deste trabalho é
avaliar o índice de adolescentes acometidos, fatores desencadeantes bem como os
procedimentos e tratamentos realizados pelos mesmos.

2. METODOLOGIA

A presente pesquisa caracteriza-se como um estudo descritivo transversal e utilizou


como instrumento de coleta de dados um questionário que foi aplicado em 120
adolescentes, na faixa etária de 14 a 17 anos, de ambos os sexos e diferentes classes
sociais, estudantes da região central de Santa Maria - RS. Os dados foram analisados
pelo programa Windows Software Excel (Microsoft XP).

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Dos 120 entrevistados, com idade entre 14 a 17 anos, 86% apresentavam acne
conforme figura 1 e 93% relataram que seus pais também haviam desenvolvido acne
na adolescência. Estes resultados são concordantes com os estudos realizados por

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Costa et al., 2008, os quais embasam que a influência genética na acne é muito
importante, acreditando-se que ela seja maior quanto maior for o grau da dermatose.
Para acne grau I essa participação é de 88%; para o grau II, 86%; para o grau III,
100%. A influência genética ocorre sobre o controle hormonal, a hiperqueratinização
folicular e a secreção sebácea, mas não sobre a infecção bacteriana. Neste estudo foi
verificado que 39% dos adolescentes realizavam limpeza da pele apenas uma vez ao
dia e que 8% realizavam mais de três vezes. A incidência de acne diminui à medida
que o número de limpezas diárias da pele aumenta (RIBEIRO, 2006). Em relação aos
tratamentos realizados pelos adolescentes, 38% utilizavam sabonete anti-séptico, 37%
antiinflamatórios tópicos, 14% esfoliantes e 11% medicamentos orais de acordo com a
figura 2. Segundo Baumann, 2004, devido a etiopatogenia da acne ser variável,
diversos fármacos são eficazes, podendo ser utilizados por via tópica ou sistêmica.
Eles atuam nos diferentes estados de evolução das lesões de acne, e podem ser
usados isoladamente ou em combinação de acordo com as características de cada
doente.

4. CONCLUSÃO

A acne é uma dermatose crônica da unidade pilo sebácea, multifatorial e universal


entre adolescentes e adultos jovens. Os tratamentos têm como objetivo tratar a acne,
evitando cicatrizes e distúrbios psicológicos conseqüentes. Os princípios do tratamento
são correções do defeito da queratinização folicular, diminuição da atividade das
glândulas sebáceas e do processo inflamatório. Podemos controlar a doença utilizando
tratamentos tópicos, orais e complementares.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BAUMANN, Leslie. Dermatologia cosmética: princípios e prática. Rio de Janeiro:


Revinter, 2004.
BONETTO, Darci Vieira da Silva. Acne na adolescência. Adolescência e Saúde, v.1,
n. 2, p. 10 – 13, 2004.
COSTA, Adilson; ALCHORNE, Maurício Motta de Avelar; GOLDSCHMIDT, Maria
Cristina Bezzan. Fatores etiopatogênicos da acne vulgar. An. Bras. Dermatol. v.
83, n. 5, p. 451 – 459, 2008.
RIBEIRO, Claúdio. Cosmetologia aplicada a dermoestética. São Paulo:
Pharmabooks, 2006.
SAMPAIO, Sebastião; RIVITTI, Evandro. Dermatologia. 3. ed. São Paulo: Artes
Médicas, 2007.

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PRESENÇA DE ACNE NA ADOLESCÊNCIA

14%

SIM
NÃO

86%

Figura 1: Presença de Acne na Adolescência

TIPO DE TRATAMENTO
38% 37%
40%
35%
30%
25%
20% 14%
Esfoliante
11% Sabonete Antiséptico
15%
10% Medicamentos Orais
5% AntiinflamatóriosTópicos
0%
te o is
l ian ptic O ra os
Esfo nt is
é
ntos ópic
A
a me i o sT
o net e di c at ór
Sa b Me am
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Figura 2: Tipo de tratamento

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