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FACULDADE DE TALENTOS

HUMANOS
Atividade – Genética do Câncer e Triagem
Noturn
Disciplina: Genetica Período: 5º Turma: Turno:
o

Professor: Janainna Olegario Data: 03/06/2020

Nome do aluno: Carolayne Alves Brandão

Entrega pelo email: janainna.olegario@facthus.edu.br

Trabalho 1 - Genética do Câncer (Entrega até dia 09/06/2020)

1. Defina câncer.

RESPOSTA: Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o
crescimento desordenado de células, que invadem tecidos e órgãos. Dividindo-se rapidamente, estas células
tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores, que podem espalhar-
se para outras regiões do corpo. Os diferentes tipos de câncer correspondem aos vários tipos de células do
corpo. Quando começam em tecidos epiteliais, como pele ou mucosas, são denominadas carcinomas. Se o
ponto de partida são os tecidos conjuntivos, como osso, músculo ou cartilagem, são chamados sarcomas.
Outras características que diferenciam os diversos tipos de câncer entre si são a velocidade de multiplicação
das células e a capacidade de invadir tecidos e órgãos vizinhos ou distantes, conhecida como metástase.

2. Quais as principais diferenças entre os tumores benignos e malignos?

RESPOSTA: Os tumores benignos são massas locais bem delimitadas, cujas células não invadem estruturas
vizinhas nem se espalham à distância pela corrente sanguínea e/ou linfática, de modo que não
formam metástases. Os tumores malignos podem afetar órgãos diferentes daqueles em que se originaram e
constituírem metástases ou atingirem órgãos contíguos por invasão direta. As células cancerígenas
carreadas pelo sangue ou pela linfa são depositadas à distância em tecidos saudáveis do corpo, diferentes
daquele de origem, onde crescem e se multiplicam rapidamente, conservando as
características histológicas das células iniciais. Muitas vezes afetam órgãos vitais, causando ameaças à vida.
Essas células costumam ser de linhagem mais jovem que a que constitui o órgão originário, de mais
ativa reprodução que ela, e escapam frequentemente aos processos de apoptose (morte celular
programada). Os tumores benignos são formados por células maduras, de crescimento local lento ou que
param de crescer. Como crescem apenas localmente, representam menores riscos que os tumores malignos.
Os tumores benignos não ameaçam a vida, mas podem resultar em complicações se pressionarem órgãos
vitais do corpo. A quimioterapia visa atingir e destruir células cancerígenas que possam já ter espalhado pelo
corpo e a radioterapia tem como objetivo destruir células cancerígenas que possivelmente tenham
permanecido nas proximidades (margens) do tumor.

3. Qual o papel das mutações gênicas no processo da carcinogênese?

RESPOSTA:. grande parte de agentes carcinogênicos sofre uma bio-transformação para compostos que são
convertidos em metabólitos não-tóxicos que podem ser excretados facilmente pelo organismo humano. A
eficácia das vias metabólicas que atuam neste processo de detoxificação pode, portanto, determinar o dano
inicial causado por um determinado carcinógeno ao DNA e, subseqüentemente, o risco de desenvolvimento
de neoplasia. Entre as diferentes enzimas envolvidas no metabolismo de carcinógenos químicos, tem-se
dado particular importância ao sistema da Glutationa Transferase (GST). O sistema é formado por um
conjunto de enzimas de desintoxicação conhecido pela sua herança polimórfica na população geral. Existem
evidências de que os genótipos nulos para GSTM1 e GSTT1 aumentam a susceptibilidade para vários
cânceres como de cólon, mama, bexiga, cabeça e pescoço. Comparando a prevalência da herança de tal
polimorfismo em 116 pacientes com tiroidopatias (49 bócios multinodulares e 76 carcinomas bem
diferenciados da tiróide), encontramos uma prevalência maior do genótipo nulo nos portadores de câncer (9).
A herança nula para ambos os alelos teta e mu representa um risco relativo 2,5 vezes maior para câncer de
tiróide nos portadores de tal genótipo (9). Outros genes também podem predispor ao câncer por tornarem o
genoma instável, conceito que será abordado mais adiante; por levarem a uma ativação constitutiva de vias
sinalizadoras de crescimento às células afetadas; por dificultarem ou impedirem o reconhecimento e/ou
adequado reparo de lesões causadas pelos agressores ambientais ao nosso genoma ou por permitirem
prolongamento do tempo de vida celular normalmente programado. Exemplos de anormalidades gênicas
predispondo ao câncer são encontrados nas síndromes genéticas caracterizadas por mutações
hereditárias. As formas hereditárias de câncer são modelos únicos na pesquisa básica em
câncer. Em famílias afetadas, a localização de gene responsável pode ser feita por análise de
ligação. Uma vez localizado e isolado, este gene pode ser estudado para mutações. Uma grande
parte dos genes causadores de neoplasias hereditárias está envolvida também no
desenvolvimento de neoplasias esporádicas. Assim, a investigação de várias formas esporádicas
de câncer começou com a identificação dos defeitos genéticos nas síndromes familiares
correspondentes. Em um determinado paciente, a distinção entre formas esporádicas e
familiares de câncer pode ser realizada em amostras de sangue para verificação de mutações
chamadas de germinativas, que existem em todas as células de seu organismo, ou apenas nas
células do tecido anormal que adquiram a mutação, chamada neste último caso de somática.
Em famílias com predisposição ao câncer, a identificação do gene defeituoso permite o
diagnóstico pré-clínico e o tratamento profilático. A expectativa e a qualidade de vida destes
doentes podem, assim, ser consideravelmente alteradas. Um claro exemplo disto é o gene ret.
A identificação de mutações em 95% dos portadores da forma hereditária e 15-25% dos
carcinomas medulares de tiróide esporádicos tornou possível o desenvolvimento de testes de
rastreamento precoce capazes de identificar indivíduos de risco para síndrome da neoplasia
endócrina múltipla (NEM) (10). Alguns dos genes implicados em hiperfunção hereditária de uma
glândula endócrina estão também implicados em neoplasias endócrinas esporádicas. Por
exemplo, o gene do receptor do hormônio tireotrófico (TSH-R) está implicado na gênese de
tumores hiperfuncionantes da tiróide, os adenomas tóxicos, e o gene receptor de hormônio
luteotrófico (LH-R) estão implicados em adenomas de células de Leydig (11,12). Também
grande parte dos genes envolvidos em diversas neoplasias esporádicas foi descoberta a partir
de síndromes familiares, como o gene BRCA1 no câncer de mama, o próprio gene p53,
causador da síndrome de Li Fraumeni, o gene ret em carcinoma medular etc. É interessante
notar que, embora os genes de câncer herdados estejam geralmente expressos em
praticamente todos os tecidos, os portadores destas mutações germinativas apresentam
tumores restritos a apenas alguns tecidos. Assim, mutações do gene RB1 predispõem ao
retinoblastoma e ao osteossarcoma, mais raramente ao melanoma e a outros sarcomas.
Mutações germinativas de p53 predispõem ao osteossarcoma, sarcomas de partes moles,
tumores cerebrais, leucemias e câncer de mama em mulheres enquanto que mutações de p16
predispõem ao melanoma maligno e ao câncer de pâncreas (15). Acredita-se que variações
alélicas e a presença de genes modificadores contribuam para que mutações herdadas em
genes potencialmente carcinogênicos apresentem estes espectros diferentes de fenótipos no ser
humano.

4. Quais os principais tipos de genes envolvidos na carcinogênese? Defina cada um deles e explique
sua função nos processos celulares normais e nos processos neoplásicos.

RESPOSTA: Os dois principais tipos de genes são Oncogenes e Genes Supressores do Tumor.
Oncogenes são genes relacionados com o aparecimento e crescimento de tumores, malignos ou benignos, e foram
descobertos a partir de estudos feitos com retrovírus. Os tumores surgem quando processos que controlam a divisão,
localização e mortalidade da célula, falham. A proliferação das células normais é regulada de modo inibitório
pelas proteínas codificadas pela expressão dos Genes Supressores de Tumores e de modo estimulatório
pelas proteínas codificadas pela expressão dos proto-oncogenes. Além dos oncogenes e dos genes
supressores de tumores (anti-oncogene), os genes que condicionam a morte celular programada (apoptose),
a mobilidade celular e a produção de Fatores do Crescimento estão também envolvidos no processo de
oncogênese. As neoplasias decorrem da perda ou inativação (por mutação ou por herança de uma cópia
defeituosa) de ambas as cópias dos genes supressores de tumores (mutação recessiva), freqüentemente
associado à hiperativação (por mutações, transformando o proto-oncogene em oncogene, por amplificação
do número de cópias do gene, por translocação cromossômica; ou por inserção de um retrovirus
oncogênico, integrando-se próximo a um proto-oncogene no genoma do hospedeiro) de uma das 2 cópias
dos proto-oncogenes(mutação dominante). Os genes dos Fatores do Crescimento, da apoptose e dos genes
do mobilidade celular com frequencia tambem estão envolvidos.
Genes Supressores de Tumor são genes que regulam negativamente a progressão do ciclo celular, prevenindo a
proliferação celular descontrolada. Se ocorrer uma mutação ocorre a perda do freio parar a proliferação celular, pode
ocorrer a formação de tumores. Ex: proteínas intracelulares, receptores de hormônios secretados, proteínas de
checkpoint, proteínas que promovem a apoptose. Genes supressores do tumor são genes normais que retardam a
divisão celular, reparam erros do DNA ou indicam quando as células devem morrer (processo conhecido como
apoptose ou morte celular programada). Quando os genes supressores do tumor não funcionam corretamente, as
células podem se desenvolver fora de controle, o que pode levar ao câncer. Um gene supressor de tumor é como o
pedal de freio em um carro. Normalmente impede que a célula se divida rapidamente, assim como um freio impede
que um carro ande muito rápido. Quando algo dá errado com o gene, como uma mutação, a divisão celular pode sair
fora de controle. Uma diferença importante entre oncogenes e genes supressores do tumor é que os oncogenes
resultam da ativação de proto-oncogenes, enquanto que os genes supressores do tumor provocam câncer quando
eles são inativados. Alterações herdadas do gene supressor do tumor foram encontradas em algumas síndromes
cancerígenas hereditárias causando certos tipos de câncer, em determinadas famílias. Mas, de novo, a maioria das
mutações de genes supressores do tumor é adquirida, não herdada. Por exemplo, anormalidades do gene TP53 (que
codifica a proteína p53) foram encontradas em mais de metade dos cânceres humanos.

5. Qual a diferença entre genético e hereditário, em relação ao câncer? Cite exemplos de síndromes de
câncer familiar/hereditários.

RESPOSTA:. Se existe uma doença genética é por que houve um distúrbio, um dano, um erro no material
genético, nos genes. E isso pode ter sido causado por diversos fatores: radiação, infecção, má alimentação,
estresse entre outros. O câncer é genético, porém, apenas 5 a 10% são herdados. De alguma forma, por
alguma razão - que às vezes não sabemos -, o material genético (DNA) sofreu uma modificação ou
danificação e a doença se instalou.

A doença hereditária, como o nome já diz, é herdada. Uma herança genética que é transmitida entre
gerações e que vai se manifestar em algum momento da vida. Todos conhecemos famílias com vários
membros com diabetes ou obesidade, com hipertensão ou alergia... A doença faz parte da genética familiar e
nesse caso não é doença genética. É hereditária.

Exemplos: Os sinais de uma síndrome de câncer hereditária de mama-ovário, que não estão limitados a
qualquer membro da família, incluem:

● Câncer de ovário ou trompas em qualquer idade.


● Câncer de mama antes dos 50 anos.
● Câncer de mama nas duas mamas em qualquer idade.
● Câncer de mama e ovário.
● Câncer de mama em homens.
A síndrome de câncer hereditário descreve uma mutação no gene herdado que aumenta o risco para um ou
mais tipos de câncer.
...
Mais de um parente do mesmo lado da família com qualquer um dos seguintes tipos de câncer:
● Câncer de mama.
● Câncer de ovário ou trompas.
● Câncer de próstata.
● Câncer de pâncreas.
● Melanoma.
Trabalho 2 – Triagem Genética (Entrega até dia 16/06/2020)

1) O que é e quais os principais princípios (Caracteristicas) da triagem?


RESPOSTA: Triagem é o processo pelo qual se determina a prioridade do tratamento de pacientes com
base na gravidade do seu estado. Este processo raciona eficientemente os cuidados quando os
recursos são insuficientes para tratar todos os pacientes de imediato. Existem dois tipos de triagem:
simples e avançada. A triagem pode ter como objetivo determinar a ordem e prioridade dos cuidados
de emergência, a ordem e prioridade do transporte de emergência ou ainda o destino do transporte
do paciente. Protocolo de Manchester: melhorando a triagem e a priorização no atendimento
médico. Esse protocolo é uma daquelas técnicas simples e práticas que, se bem implementadas,
facilitam muito a organização do processo de atendimento. Ele é extremamente visual. Quase como
se fosse (ou é) uma “gestão à vista” para lidar com os atendimentos, ajudando a salvar mais vidas e
agilizar o processo de triagem dos pacientes. O Protocolo de Manchester é um sistema de triagem.
Ele ajuda a organizar a ordem de atendimentos dos pacientes que chegam na instituição e facilita,
posteriormente, o atendimento dessas pessoas. A técnica recebe esse nome pois surgiu em
Manchester no ano de 1997, sendo rapidamente difundida e aplicada em hospitais de todo o Reino
Unido e da Europa como um todo. Dez anos depois, em 2007, a metodologia chegou ao Brasil,
sendo implantada primeiramente no estado de Minas Gerais. A técnica é bastante simples, e
consiste em classificar os pacientes que chegam ao hospital em 5 níveis. Para realizar essa
classificação, o método utiliza 5 cores: Vermelho, Laranja, Amarelo, Verde e Azul. Cada cor
simboliza o estado em que o paciente se encontra, determinando assim a gravidade do caso. Do
mesmo jeito, cada cor utilizada determina um tempo máximo para que o atendimento ocorra,
estabelecendo, assim, as prioridades de atendimento.

Tempo máximo
Cor Classificação para atender

Emergência – Existe risco imediato à vida do


paciente e ele precisa ser atendido
Vermelho imediatamente 0 minutos

Muito urgente – Existe risco à vida do paciente


Laranja e ele precisa ser atendido o quanto antes até 10 minutos

Urgente – Não é considerado uma emergencia,


mas o paciente precisa passar logo por uma
Amarelo avaliação até 60 minutos

Pouco urgente – É considerado um caso menos


grave, o paciente pode aguardar atendimento
ou ser encaminhado para outro serviço de
Verde saúde até 120 minutos

Não urgente – é o caso mais simples, o paciente


pode aguardar por atendimento ou ser
Azul encaminhado para outro serviço de saúde até 240 minutos

Isso não é um diagnóstico!


Acho legal salientar que isso não é um diagnóstico. Esses níveis são classificados pelos
enfermeiros de acordo com os sinais e sintomas que o paciente apresenta, como dor,
estado físico, complexidade, etc.
Geralmente esses critérios variam de acordo com a instituição, e são definidos em conjunto pelos
profissionais que atuam no pronto atendimento. Isso ocorre porque não dá para padronizar o que
é urgente para todos os hospitais, por exemplo. Esse método pode ser utilizado por qualquer organização
que preste atendimento ao paciente. Entretanto, pode ser que ele precise passar por algumas adequações para
que seja realmente efetivo de acordo com o contexto. Além de organizar melhor o fluxo de atendimento, o Protocolo
de Manchester ajuda a utilizar critérios mais inteligentes de priorização. Em muitas instituições, os pacientes são
atendidos por ordem de chegada. Entretanto essa organização não condiz com as reais necessidades do paciente,
que pode ser mais ou menos grave. Além disso, se bem comunicado, o protocolo trará muito mais transparência
para o atendimento. Ele deixará claro para os pacientes qual é a priorização de atendimento e o tempo máximo que
eles irão aguardar para serem atendidos. Isso, por si só, diminui a expectativa e a ansiedade do paciente,
melhorando de certa forma a estadia dele na instituição.
“Com a sobrecarga que os serviços de urgência apresentam nos dias de hoje,
utilizar este tipo de Sistema de Classificação permite que o atendimento seja feito
de uma forma mais ágil e segura. A assistência rápida ao paciente e no menor
tempo possível com base na escala de cores evita complicações e sofrimento,
garantindo desta forma um atendimento igualitário e humanizado”.

2) Escolha 2 testes realizados para a triagem pré-natal e explique suas indicações e contra-
indicações.
RESPOSTAS:
3)A triagem neonatal é usada para avaliar dois grupos de indivíduos: os heterozigotos assintomáticos e os
pacientes pré-sintomaticos. O que diferencia esses dois grupos em termos genéticos.

RESPOSTAS:

3) Sobre o Programa Nacional de Triagem Neonatal, explique como é realizado e quais doenças
ele abrange.
RESPOSTAS: O padrão, oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), dentro do Programa Nacional de
Triagem Neonatal, detecta seis doenças: Fenilcetonúria, Hipotireoidismo congênito, Anemia
falciforme, Fibrose cística, Hiperplasia adrenal congênita (HAC), Deficiência de biotinidase.
Muitas doenças raras têm um caráter progressivo e degenerativo, promovendo danos cumulativos.
Isso quer dizer que diagnosticá-las e iniciar o tratamento antes do aparecimento dos sintomas é o
melhor dos mundos para barrar a progressão e preservar a qualidade de vida do paciente. Vale
lembrar que as enfermidades raras afetam entre 3% e 5% dos nascidos vivos, ou seja, 1,3 indivíduos
em cada 2 mil, o que justifica a preocupação e a necessidade de intensificar o rastreamento. O
primeiro passo para detectar doenças metabólicas, genéticas ou infecciosas, frequentemente
capazes de comprometer o desenvolvimento neuropsicomotor da criança, é o Teste do Pezinho,
também chamado de triagem neonatal. Realizado na própria maternidade, no posto de saúde ou em
laboratório, a partir de 48 horas após o nascimento (e sem ultrapassar o sétimo dia de vida), consiste
na retirada de uma gota de sangue da região do calcanhar, rica em vasos sanguíneos, por meio de
uma picada praticamente indolor. Existem diferentes tipos de Teste do Pezinho. O padrão, oferecido
pelo Sistema Único de Saúde (SUS), dentro do Programa Nacional de Triagem Neonatal, detecta
seis doenças: Fenilcetonúria, Hipotireoidismo congênito, Anemia falciforme, Fibrose cística,
Hiperplasia adrenal congênita (HAC), Deficiência de biotinidase. Em laboratórios particulares, é
possível realizar o teste estendido, que permite identificar de 40 a 50 doenças antes de seus
sintomas se manifestarem.
4) Por que é importante realizar as triagens genéticas?
RESPOSTAS: A avaliação genética faz parte dos exames pré-natais de rotina e deve ser feita, preferencialmente,
antes da concepção. A extensão da avaliação escolhida pela paciente deve levar em consideração certos fatores,
como

● Probabilidade de anormalidade fetal com base em fatores de risco e os resultados de testes anteriores

● Probabilidade de complicações por exame fetal invasivo


● A importância de conhecer os resultados (p. ex., se a gestação deve ser interrompida, caso haja diagnóstico
de deformidade; não saber os resultados causa ansiedade)

● Por essas razões, a decisão é individual, e as recomendações muitas vezes não podem ser generalizadas
para todas as mulheres, mesmo aquelas com riscos semelhantes. A história de triagem familiar faz parte da
avaliação. A história é resumida à árvore genealógica ( Símbolos para construção de um heredograma
familiar.). As informações nela descritas devem conter as condições de saúde e presença de doenças
genéticas ou condição de portador de ambos os pais, dos parentes em 1º grau (pais, irmãos, filhos) e dos
parentes em 2º grau (tias, tios, avós), assim como etnia, raça e casamentos consanguíneos. Os resultados de
gestações anteriores devem ser anotados. Se houver suspeita de doenças genéticas, é necessário rever
anotações médicas relevantes. Testes de triagem genética são idealmente feitos antes da concepção.
Tradicionalmente, os testes são oferecidos aos pais com risco de serem portadores assintomáticos de
algumas doenças mendelianas comuns ( Triagem genética para alguns grupos étnicos). Testes diagnósticos
para anormalidades específicas devem ser oferecidos aos pais, quando apropriado ( Indicações para testes de
diagnóstico genético fetal). Como a etnia dos pais é mais complexa e menos bem definida do que se pensava
e como o exame genético pré-natal está se tornando muito menos dispendioso e mais rápido, alguns médicos
estão começando a fazer a triagem de todos os potenciais pais (e expectantes), independentemente da etnia
(chamada triagem de portador universal). Ainda não existe consenso sobre quais doenças devem ser
testadas. Aumentar a quantidade de testes e avaliações deve aumentar a complexidade do aconselhamento
pré-teste.

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