A Preparação Do Encerramento de Contas (Dr. José Luís Martins)

A Preparação do
Encerramento de
Contas
José Luís Martins
(jose.martins@ipleiria.pt)
Maio/2019
Preparação Encerramento de Contas
Sumário
1. A preparação do encerramento de contas
q Introdução / Enquadramento;
q Alguns aspetos de legislação comercial;

q O fundamental da linguagem financeira;
q O Normativo aplicável (SNC – Sistema de Normalização Contabilística);
q As principais Demonstrações Financeiras;
q A contabilidade na dissolução e liquidação de sociedades;

q Exemplos práticos.
2
2
Bibliografia / Legislação:
• Sistema de Normalização Contabilística (SNC): www.cnc.min-financas.pt
• IAS / IFRS – Normas Internacionais de Contabilidade / Relato Financeiro, do IASB: www.iasb.org
• Código das Sociedades Comerciais
• e MUITA outra legislação avulsa…
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Enquadramento
Conteúdos formativos selecionados (diferentes áreas de
conhecimento): direito, economia, gestão, contabilidade,
fiscalidade e ética profissional.
No inquérito realizado foram sugeridos 44 tópicos de

formação distribuídos por quatro grupos (cf. pág. 8):
q Conteúdos no âmbito do PIRE/PER;

q Formação no âmbito da fiscalidade;
q Formação no âmbito da contabilidade geral;
q Formação de caráter geral.
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Enquadramento
Administrador judicial:
“O administrador judicial é a pessoa
incumbida da fiscalização e da
O papel do Administrador judicial... orientação dos atos integrantes do
processo especial de revitalização,
bem como da gestão ou liquidação da
massa insolvente no âmbito do
processo de insolvência, sendo
q Processo de Insolvência competente para a realização de todos
os atos que lhe são cometidos pelo
q Plano de recuperação presente estatuto e pela lei”
q Processo especial de revitalização Art.º 2 do Estatuto do Administrador Judicial
(Lei n.º 22/2013, de 26 de fevereiro).
5
Enquadramento
Insolvência:
O papel do Administrador de insolvência... Responsabilidade de elaborar

relatório onde conste: inventário; lista provisória de credores; a análise do
estado da contabilidade e a sua opinião de informação financeira do devedor;
perspetivas de manutenção da empresa; etc. (art. 153º e ss do CIRE)
Plano de insolvência:
... Recuperação da empresa ? vs ... Liquidação do património ? 6
Enquadramento
Medida cautelar...
Havendo jusPficado receio da práPca de atos de má gestão
... O administrador judicial provisório a quem forem atribuídos poderes

exclusivos de administração do património do devedor deve providenciar pela
manutenção e preservação desse património, e pela con^nuidade da exploração
da empresa, salvo se considerar que a suspensão da a^vidade é mais vantajosa
para os interesses dos credores e tal medida for autorizada pelo juiz.
(art. 31º e ss do CIRE) 7
Enquadramento
Circular 10/2015:
O papel do Administrador judicial (se lhe forem atribuídos poderes de

administração)... Responsabilidade entrega de:
- declaração periódica de rendimentos (mod. 22);
- declaração anual de informação contabilística e fiscal (IES)
O papel do Contabilista Certificado... Manter contabilidade organizada...

- as sociedades (entre as quais as insolventes) não estão excecionadas no
art. 3º do DL 158/2009... Pelo que estão sujeitas ao SNC;
- esta obrigação resulta também do art. 123º do CIRC.
8
Enquadramento
Circular 10/2015:
A declaração de insolvência e posterior liquidação ou recuperação não

implica qualquer especialidade em relação aos restantes sujeitos passivos
que se encontrem em atividade, no que respeita às respetivas obrigações
contabilísticas, mantendo-se, nos termos e condições referidas no artigo
123.° do Código do IRC, a obrigatoriedade de dispor de contabilidade
organizada nos termos da lei.
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Enquadramento
Circular 10/2015 .... Entendimento da :
"O ar_go 65º do CIRE não derroga as obrigações de informação

contabilís_ca, nomeadamente decorrentes do novo Sistema de Normalização
Contabilís_ca, bem pelo contrário, o nº 1 do ar_go 65º determina que devem
ser elaboradas e depositadas as contas anuais, nos termos em que forem
legalmente obrigatórias para o devedor.
Uma sociedade comercial, objeto de um processo de insolvência em fase de

liquidação e par_lha da massa insolvente, não fica dispensada de cumprir
com as obrigações legais de contabilidade organizada após a data da
deliberação de encerramento da a_vidade do estabelecimento."
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Algumas notas prévias !
... Taxonomias !!!
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Introdução Preparação Encerramento de Contas
Ano 2018:
- Foi marcado por uma (r)evolução nos procedimentos contabilís^cos;
- ... Implica um especial cuidado e atenção aos procedimentos dos
registos contabilís^cos nos programas informá^cos de contabilidade
- Os soewares de contabilidade tem que ser cer^ficados
- Devem ter a capacidade de extrair um ficheiro SAF-T (PT)
- Por forma a que permitam o preenchimento automá^co das DF e outra
informação contabilís^ca previstas nos quadros dos Anexos A e I da IES.
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Introdução Preparação Encerramento de Contas
A Gerência/Administração e o Contabilista CerPficado:

- O CC Assume a responsabilidade pela regularidade técnica, nas áreas
contabilís^ca e fiscal, assinando conjuntamente com o representante
legal as respe^vas DFs;
- O processo de encerramento de contas, donde resultam as DFs, é uma
das a^vidades principais na contabilidade... com o obje^vo de criar
informação ú^l para um vasto leque de utentes;
... Portanto... é fundamental uma correta interpretação e aplicação dos
norma^vos contabilís^cos.
13
Taxonomias
Portaria nº 302/2016, de 2 de dezembro
§ 2 “A evolução verificada na estrutura de dados do ficheiro SAF-T (PT) tem incidido,
essencialmente, na melhoria da qualidade da informação rela_va à faturação. A experiência
de u_lização do SAF-T (PT) evidenciou que a atual estrutura é insuficiente para uma completa
compreensão e controlo da informação rela_va à contabilidade, em virtude da flexibilidade
existente na u_lização das contas pelas diferentes en_dades.”
Assim... A Portaria nº 302/2016, de 2 de dezembro, vem “proceder ao ajustamento da

estrutura do ficheiro SAF-T (PT) com a criação de taxonomias, ou seja, de tabelas de
correspondência que permitam a caracterização das contas de acordo com o norma_vo
contabilís_co u_lizado pelos diferentes sujeitos passivos, permi_ndo simplificar o
preenchimento dos Anexos A e I da IES.” 14
Taxonomias Preparação Encerramento de Contas
A medida IES+ do Programa Simplex+ 2016 prevê simplificar o preenchimento dos

Anexos A e I da Informação Empresarial Simplificada (IES), eliminando cerca de
metade do número de quadros e campos a preencher e pré-preenchendo uma parte
significa^va dos restantes campos, com informação extraída do SAF-T (Standard
Audit File for Tax Purposes).
... simplificar, mas também Combate à fraude e evasão fiscal !
Numa segunda fase, serão simplificados os restantes anexos.
15
Ainda em 2017:
- foram criados os Códigos de Taxonomias, a associar ao Plano de Contas da contabilidade
das empresas.
- as taxonomias permitem uma codificação especifica dos valores das operações e factos
patrimoniais da empresa, que irão ser imputados a cada rubrica das DFs (e outras
informações contabilís^cas e fiscais) dos Anexos A e I da IES.
Em 2018 ⇢ ⇢ ⇢ 2019:
- o sucesso da prestação de contas das empresas para o período em curso está, assim,
dependente da correta extração e informação constante do ficheiro SAF-T (PT) da
contabilidade, para além da necessidade do cumprimento da legislação comercial, dos
norma^vos contabilís^cos e fiscais.
16
17
Documentação de apoio (OCC):

- Taxonomias e Plano de Contas, julho de 2017 (atualizado em fevereiro de 2018);
https://www.occ.pt/pt/noticias/taxonomias-e-plano-de-contas/
- Guia de aplicação para a contabilidade: SAF-T, SVAT, IES, Taxonomias, fevereiro de 2018.
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Procedimentos:
Analisar qual a opção: Duas opções diferentes para as taxonomias:
- SNC Geral ou NCRF-PE (ou NIC): tabela das taxonomias do Anexo II à Portaria nº 302/2016.
- NC-ME: tabela das taxonomias do Anexo III à Portaria n.º 302/2016 (opção de u^lizar os
códigos do anexo II).
Transição:
- Rever o plano de contas (movimento) que está a usar;
- Verificar se a cada conta está a corresponder a taxonomia correta;
- Verificar se não existem contas (movimento) sem código associado;
- Efetuar (eventuais) alterações ao plano de contas para a^ngir tais obje^vos.
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Procedimentos:
Corrente e não corrente:
- No final do período de tributação proceder às transferências necessárias para que nas
contas necessárias exista a correta separação entre “corrente” e “não corrente”.
- Os registos contabilís^cos de apuramento de resultados, devem ser efetuados com o ^po
de movimento: “apuramento de resultados” no programa de contabilidade.
Submissão:
- Obrigatório associar as taxonomias às contas do Plano de Contas dos programas de
contabilidade;
- Extrair o ficheiro SAF-T (PT) do programa de contabilidade;
- Obje^vo: preenchimento automá^co dos quadros com as DFs (B e DR) e outra
informação contabilís^ca e fiscal dos Anexos A e I da IES. 20
O Futuro: (medidas simplificação da IES... D.L. 87/2018, de 31 de out.)

1ª Fase:
Entrega da IES com a prévia submissão do ficheiro SAF-T (PT) ... a par^r de novembro de
2018, rela^vamente ao segundo semestre de 2018, por parte dos sujeitos passivos obrigados
à sua entrega neste período, se a declaração respeitar àquele mesmo exercício.
2ª Fase:
As medidas de simplificação da IES deverão refle^r-se na declaração de 2018, a entregar em
2019. (pré-preenchimento dos anexos A e I através dos dados extraídos do ficheiro SAF-T)
3ª Fase:
As medidas de simplificação da IES serão
estendidas a outros anexos da declaração. 21
O Futuro: (informação comunicada a 08/jan/2019)

Submissão do SAF-T (PT)
- Até 30/abril do ano seguinte àquele a que respeitam os dados contabilísticos (SP de IRS com
contabilidade organizada);
- Até 30/abril do ano seguinte àquele a que respeitam os dados contabilísticos (Entidades que
estejam obrigadas à aprovação das contas do exercício até 31 de março);
- Até 15/junho do ano seguinte àquele a que respeitam os dados contabilísticos (Entidades que
estejam obrigadas à aprovação das contas do exercício até 31 de maio);
- Até ao fim do 4.º mês posterior à data do termo do período de tributação (SP de IRC que nos
termos dos n.ºs 2 e 3 do artigo 8.º do CIRC, adotem um período de tributação não coincidente com o
ano civil);
- Até ao 60.º dia anterior àquele que constitui o termo do prazo para a submissão da declaração
relativa ao período de cessação, aplicando-se igualmente aquele prazo para o envio do ficheiro
relativo ao período de tributação anterior.
22
O Futuro: (informação comunicada a 08/jan/2019)
Entrada em vigor e produção de efeitos da IES
- A portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação, aplicando-se à IES/DA referente aos
períodos de 2019 e seguintes.
- O prazo de entrega da IES/DA referente a 2019 deve ser contado a partir de 1 de agosto de 2019,
nos termos legalmente previstos e da portaria, quando a data de fim do período de tributação ou a
data de cessação de atividade seja igual ou anterior a 31 de julho.
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Cuidado:
- Atrasos na contabilidade superiores a 90 dias! ... (Artº 123º CIRC)
- Documentos recebidos e emitidos a terceiros... Devem ser objeto de um único registo

contabilístico por cada documento ?!... (controlo do NIF... Anexos O e P da IES)
- ...
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Alguns aspetos de legislação comercial
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Obrigações dos comerciantes (Art. 18º Código Comercial)
q Adotar uma firma

q Ter escrituração mercantil
q Fazer inscrever no registo os atos a ele sujeitos
q Dar balanço e prestar contas
Relembrar e/ou validar outros aspetos:

- CAE principal e secundários
- Atas
- Licenciamentos
- Contratos
- …
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Obrigações dos comerciantes (Art. 18º Código Comercial)
Prestar Contas = Submeter IES??? ----- Ver FAQ 19 da CNC :
“Importa ter em atenção que não se deve confundir o cumprimento das obrigações
para finalidades tributárias e outras com o das obrigações de índole contabilística
para efeitos societários.
Normalmente, o cumprimento das obrigações em matéria de normalização

contabilística para fins societários deve preceder o cumprimento das obrigações para
finalidades tributárias e outras. Acresce que a quantidade e detalhe das informações
exigidas para essas duas finalidades, não são justapostas.
Assim, a CNC entende que os documentos que constituam o dossier fiscal e a

declaração da IES não substituem os documentos exigidos pelo artº 11º do Decreto-Lei
nº 158/2009, de 13 de julho.”
27
Documentos de Prestação de Contas Preparação Encerramento de Contas
Artigo 65º do Código das Sociedades Comerciais
Os membros da administração devem elaborar e submeter aos

órgãos competentes da sociedade, relativos a cada exercício anual:
q Relatório de gestão (assinatura de todos os gerentes/administradores) Recusa de
q Contas do Exercício (assinatura de todos os gerentes/administradores + CC (nº 3, artº 24º LGT)) assinatura CC:
Artigo 12º, nº
q Demais documentos de prestação de Contas previstos na lei. 2 do Código
Dentológico
....
ver tb artº 72º
do Estatuto
Prazo para apresentação ao Órgão Competente
Devem ser apresentados ao órgão deliberativo, e por este apreciados, no prazo de:
q 3 meses a contar da data do encerramento do exercício;
q 5 meses se se tratar de sociedades que devam apresentar contas consolidadas ou
que apliquem o método da equivalência patrimonial
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Assembleias Gerais (Artigo 248º e 376º CSC)

q As sociedades por quotas (248º CSC) e as Sociedades Anónimas (376º CSC)
devem reunir as AG no decorrer dos três primeiros meses (… ou 5 meses) de
cada ano para deliberar sobre o RG e as Contas do período.
Convocatórias (Artigo 248º e 377º)

q S. Quotas: Convocadas por qualquer dos gerentes;
q S. Anónimas: Convocadas pelo Presidente da mesa (ou, em casos especiais
previstos pela lei, pela comissão de auditoria, pelo conselho geral e de supervisão,
…);
q Conteúdo: A convocatória, quer publicada quer enviada por carta ou por correio
eletrónico, deve conter, pelo menos:
a) As menções exigidas pelo artigo 171º;
b) O lugar, o dia e a hora da reunião;
c) A indicação da espécie, geral ou especial, da assembleia;
d) Os requisitos a que porventura estejam subordinados a participação e o exercício do direito de voto;
e) A ordem do dia; …
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Prazos para Convocatórias (Artigo 248º e 377º CSC)
q S. Quotas: Carta registada (15 dias antes da AG)

* (Artº 263º) Dispensa de AG de aprovação de contas… quando todos os sócios sejam gerentes e todos eles assinem,
sem reservas, o RG, as contas e a proposta de aplicação de resultados;
q S. Anónimas:
• Quando publicadas: 30 dias antes da AG (https://publicacoes.mj.pt)
• Quando por carta registada: 21 dias antes da AG (se permitido e se todas as ações forem
nominativas)
• Por correio eletrónico com recibo de leitura: 21 dias antes da AG (se previamente
aceite pelo acionista) (se permitido e se todas as ações forem nominativas)
30
Ordem do dia
Da ordem do dia deve constar:
q Deliberar sobre o relatório de gestão e as contas do exercício;
q Deliberar sobre a proposta de aplicação de resultados;
q Proceder à apreciação geral da administração e fiscalização da sociedade

(se S.A.);
q Proceder às eleições que sejam da sua competência (órgãos sociais).
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Elementos que devem constar das Atas (Artigo 63º CSC)
A Ata deve conter, pelo menos:

a) A identificação da sociedade, o lugar, o dia e a hora da reunião;
b) O nome do presidente e, se os houver, dos secretários;
c) Os nomes dos sócios presentes ou representados e o valor nominal das partes sociais, quotas ou
ações de cada um, salvo nos casos em que a lei mande organizar lista de presenças, que deve ser
anexada à ata;
d) A ordem do dia constante da convocatória, salvo quando esta seja anexada à ata;
e) Referência aos documentos e relatórios submetidos à assembleia;
f) O teor das deliberações tomadas;
g) Os resultados das votações;
h) O sentido das declarações dos sócios, se estes o requererem.
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Elaboração das atas das assembleias gerais:
Nas sociedades por quotas as atas devem ser assinadas por todos os sócios que
nelas tenham participado (nº 6 do artº 248 do CSC).
Nas sociedades anónimas, as atas das reuniões da assembleia geral devem ser
redigidas e assinadas por quem nelas tenha servido como presidente e
secretário. (art.º 388 do CSC).
De acordo com o disposto no art.º 382 do CSC, nas assembleias gerais das S.A.,
o presidente da mesa da assembleia geral deve mandar organizar a lista dos
acionistas que estiverem presentes e representados na reunião.
33
Elementos que devem constar do Relatório de Gestão (Artigo 66º

CSC) Responsabilidade da Gestão / Administração !!! E não do CC.
Nº 1 - O relatório da gestão deve conter, pelo menos, uma exposição fiel e clara da evolução
dos negócios, do desempenho e da posição da sociedade, bem como uma descrição dos principais riscos
e incertezas com que a mesma se defronta.
Nº 5 - O relatório deve indicar, em especial:

a) A evolução da gestão nos diferentes sectores em que a sociedade exerceu atividade;
b) Os factos relevantes ocorridos após o termo do exercício;
c) A evolução previsível da sociedade;
d) Movimentos relacionados com ações e quotas próprias;
e) As autorizações concedidas a negócios entre a sociedade e os seus administradores;
f) Uma proposta de aplicação de resultados devidamente fundamentada; Alteração 2016
Agora também obrigatória
a divulgação no Anexo.
g) A existência de sucursais da sociedade;
h) Os objetivos e as políticas da sociedade em matéria de gestão dos riscos financeiros. 34
Relatório de Gestão (Artigo 66º CSC)
O relatório da gestão deve conter (também) informação relacionada com o artigo 210º do
Código Contributivo
Artigo 210.º
1 - O relatório de apreciação anual da situação das empresas privadas, públicas ou cooperativas deve indicar o valor da dívida
vencida, caso exista.
2 - Os contribuintes a quem tenha sido autorizado o pagamento prestacional da dívida devem incluir no relatório referido no
número anterior as condições do mesmo.
Nº 6 - Ficam dispensadas da obrigação de elaborar o relatório de gestão as

microentidades… desde que procedam à divulgação, quando aplicável, no final do balanço, das
informações mencionadas na alínea d) do n.º 5 do presente artigo. Alteração
2016
35
Relatório de Gestão (exemplo)
q Introdução q Existência de sucursais

q Enquadramento macroeconómico q Situação perante AT e S.Social
q Ambiente interno, externo e setorial q Factos relevantes após fim exercício
q Análise da atividade: q Evolução previsível da sociedade
- Rendimentos e gastos; q Gestão riscos
- Ativos, passivos e Capitais próprios; q Operações com quotas/ações próprias
- Investimentos; q Negócios entre a entidade e seus
- Atividades de I & D; administradores
- Riscos e incertezas; q Proposta fundamentada de aplicação
q Questões ambientais dos resultados
q Questões relativas a trabalhadores q Artigo 35º CSC (se aplicável)
q Anexo (apenas para S.A.)
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Anexo ao Relatório de Gestão (Artigo 447º e 448º CSC)
Aplicável a Sociedades Anónimas:
Nº 5, Artigo 447º, CSC - Em anexo ao relatório anual do órgão de administração será

apresentada…. Lista das suas ações e obrigações possuídas pelos membros dos órgãos de administração e
fiscalização;
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Anexo às Contas (Artigoº 66º-A CSC)
q Operações não incluídas no balanço e seu impacto financeiro;
q Honorários faturados durante o período pelo ROC (RLC e outros serviços);
q Operações com partes relacionadas;

Referência ao imposto
q … que deixou de ser
pago em resultado da
q Divulgações exigidas por diplomas legais dedução a que se
(Exº benefícios fiscais); refere o benefício...
q Dívidas em mora ao Estado. ... Por ex: DLRR; RFAI,

SIFIDE II;
Remuneração
convencional C. Social;
... 38
Prestação de Contas - cronologia Preparação Encerramento de Contas
Datas Limite legais Contas individuais sem MEP Contas consolidadas ou individuais com MEP
Soc. Quotas / Soc. Anónima
Soc. Quotas / Soc. Anónima
Data de encerramento do período 31-12-2018 31-12-2018 31-12-2018 31-12-2018
Data do R&C – com ROC *1 01-03-2019 01-03-2019 01-05-2019 01-05-2019
Disponibilização do R&C na sede e site / Data do R&C – 15-03-2019 15-03-2019 15-05-2019 15-05-2019
sem ROC
Convocatória da Assembleia *2 15-03-2019 28-02-2019 15-05-2019 30-04-2019
Data da Assembleia Geral Anual 31-03-2019 31-03-2019 31-05-2019 31-05-2019
Entrega da Modelo 22 31-05-2019 31-05-2019 31-05-2019 31-05-2019
Depósito das Contas / Dossier Fiscal (IES) 15-07-2019 15-07-2019 15-07-2019 15-07-2019
*1 Data indicativa. Os documentos de prestação de contas devem estar disponíveis com a antecedência suficiente para o ROC ou Órgão
de Fiscalização se pronunciar (emitir CLC ou parecer) até à data em que as contas têm que estar disponíveis para consulta dos
sócios/acionistas.
*2 Dispensa de convocatória: 1. Assembleias universais (presença de todos os sócios);
2. Todos os sócios sejam gerentes e assinem os documentos (exceto se sujeitas a RLC).
39
OE 2019 - Encerr. a^vidade - Prazo de entrega MOD22 e IES --- de 30 para 90 dias
Prestação de Contas – outros aspetos Preparação Encerramento de Contas
Prestação de Contas – Artº 70º do CSC

q Documentos de prestação de contas: sujeitos a registo comercial;
q Disponibilização, sem encargos (website quando exista) e na sede, cópia integral dos
documentos.
Disponibilizar na sua sede e no site da internet os seguintes documentos:

• Relatório de gestão;
• Relatório sobre a estrutura e as práticas de governo societário;
• Certificação legal das contas;
• Parecer do órgão de fiscalização, quando exista.
40
Prestação de Contas – outros aspetos Preparação Encerramento de Contas
A IES veio desmaterializar este processo: basta a empresa entregar a IES e pagar o
respetivo preço:
q Depósito das contas – feito eletronicamente de forma automática;
q Incumprimento – sujeito a coimas;
q É gerada a referência para pagamento – prazo de 5 dias para pagamento;
q A obrigação de registo só fica cumprida após pagamento.
Assim, o registo comercial (depósito) das contas consubstancia-se na entrega da Informação

Empresarial Simplificada (IES) e respetivo pagamento do depósito.
Prazo para o depósito das contas:15º dia do 7º mês posterior à data do termo do
período económico, ou seja, a data limite da entrega da IES.
41
Documentos de prestação de contas Preparação Encerramento de Contas
SNC completo NCRF - PE Entidades do Setor Não Microentidades que

Lucrativo (ESNL) adotam NCM
Relatório de Gestão ü ü ü
Anexo ao Relatório de Gestão ü ü ü (??)
(apenas na SA) (apenas na SA) (apenas na SA)
Balanço ü ü ü ü
(modelo reduzido) (modelo próprio)
Demonstração dos Resultados ü ü ü ü

(modelo reduzido) (por naturezas ou (modelo próprio)
funções)
Demonstração dos Fluxos de Caixa ü ü
Demonstração de Alterações no ü ü
Capital Próprio (opcional ou por
imposição)
Anexo ü ü ü
(modelo reduzido)
42
Os Contabilistas Certificados Preparação Encerramento de Contas
Responsabilidades:
q Artº 24º da LGT, nº 1; 3
q Artº 8º do RGIT, nº 3
43
Do Resultado Contabilístico ao Resultado Fiscal
Dependência Parcial…
“A manutenção do modelo de dependência parcial determina, desde

logo, que, sempre que não estejam estabelecidas regras fiscais
próprias, se verifica o acolhimento do tratamento contabilístico
decorrente das novas normas.”
CIRC --- SNC
44
Prestação de Contas – Dossier Fiscal
45
Prestação de Contas – Dossier Fiscal
Ø Ganha importância aquando da adaptação do CIRC ao SNC
Ø Tem um papel ativo no apuramento do Lucro Tributável
Ø Obrigatório (Artº 130 CIRC e Artº 129 CIRS)
Ø Regulamentado por:
Ø Portaria nº 92-A/2011, de 28 de fevereiro
Ø Portaria nº 51/2018, de 16 de fevereiro (que altera a anterior)
Ø Ver Anexo I
46
Referenciais Contabilísticos
47
Referenciais contabilísticos
SNC - Sistema Normalização contabilística
Internacional Europeia Nacional
IAS/IFRS
Diretivas SNC
IFRIC/SIC
2ª Etapa 3ª Etapa
1ª Etapa 2010-2016-… (SNC)
2002-2009
1970-2001 (Regulamento 1606/2002; (Sistema de Normalização
(POC e DC) Contabilística)
DL 35/2005 e projetos SNC)
48
DirePva nº 2013/34/UE, do P. Europeu e do Conselho, de 26 de junho de 2013

... Decreto-Lei nº 98/2015, de 2 de junho
ObjePvos:
- conceber e assegurar uma regulamentação da mais elevada qualidade;
- respeitar simultaneamente os princípios da subsidiariedade e da proporcionalidade;
- assegurar que os encargos administra^vos sejam proporcionais aos benexcios
Assim:
- considera que as microempresas dispõem de recursos escassos para cumprirem
requisitos regulamentares exigentes;
- O EM deverão poder dispensar as microempresas de certas obrigações;
- No entanto, as microempresas permanecem sujeitas à obrigação nacional de manter
registos das suas operações comerciais que reflitam a sua posição financeira.
49
SNC – Sistema de Normalização Contabilística

(Decreto-Lei nº 158/2009, de 13 de Julho - Alterado pelo Decreto-Lei n.º 98/2015)
ESTRUTURA CONCEPTUAL
MDF MDF-PE/ME/ESNL Regimes:
PE
Regime
Geral CÓDIGO DE CONTAS
ME
ESNL
NCRF NCRF-PE/ME/ESNL
NORMAS INTERPRETATIVAS
50
Normalização contabilística nacional - Textos base:

Decreto-Lei nº 98/2015, de 2 de junho (Transposição Diretiva 2013/34/EU) - Altera o
DL 158/2009, de 13/07, nomeadamente ao nível da estrutura do SNC, da redefinição de micro,
pequenas, médias e grandes entidades e ao nível da consolidação de contas;
• Portaria 218/2015, de 23/07: publica o novo CC (comum ao regime geral, ME e ESNL);
• Portaria 220/215, de 24/07: publica os novos modelos de DF;
• Aviso 8254/2015, DR 2ª Série, nº 146, de 29/07: publica a nova EC;
• Aviso 8255/2015, DR 2ª Série, nº 146, de 29/07: publica a NCM;
• Aviso 8256/2015, DR 2ª Série, nº 146, de 29/07: publica as NCRF;
• Aviso 8259/2015, DR 2ª Série, nº 146, de 29/07: publica a NCRF-ESNL;
• Aviso 8257/2015, DR 2ª Série, nº 146, de 29/07: publica a NCRF-PE; e
• Aviso 8258/2015, DR 2ª Série, nº 146, de 290/7: publica as NI.
51
SNC - Sistema Normalização

2.1.Referenciais contabilística
contabilísticos
Caracterização do SNC:
q Corpo de normas compatível com as NIC/IFRS – UE;
q Modelo adequado às novas exigências de empresas;
q Coerência horizontal entre as normas;
q Permite a comunicabilidade vertical que decorre de alterações na dimensão

das entidades
52

contabilísticos
O SNC é de aplicação obrigatória às seguintes entidades:

q Sociedades nacionais e estrangeiras abrangidas pelo CSC;
q Empresas individuais reguladas pelo Código Comercial;
q Estabelecimentos Individuais de Responsabilidade Limitada (EIRL);
q Empresas Públicas;
q Cooperativas;
q Agrupamentos Complementares de Empresas (ACE) e Agrupamentos
Europeus de Interesse Económico (AEIE);
q Outras entidades que, por legislação específica, se encontrem sujeitas ao
POC ou venham a estar sujeitas ao SNC.
53

contabilísticos
Exceções ao SNC:
Contas consolidadas de en^dades abrangidas pelo art.º

Emitentes de títulos
cotados 4º do Reg. 1606/2002 Obrigação
IASB/UE IAS/IFRS
SNC Contas consolidadas de en^dades

NCRF
NCRF-PE
NCRF-ME
NCRF-ESNL
Contas individuais , incluídas no âmbito de Permissão

IAS/IFRS
consolidação das anteriores
se existir
CLC 54

2.1.Referenciais contabilísPca
contabilísticos
Exceções ao SNC:
q Entidades sujeitas à supervisão do Banco de Portugal
q Entidades sujeitas à supervisão do Instituto de Seguros de Portugal
q Entidades sujeitas à supervisão da CMVM
Define o âmbito de
aplicação das IAS/IFRS
55
A Entidade Económica
Objeto material Preparação Encerramento de Contas
Tipologia das entidades

Classificação quanto à dimensão:
Classificação
Perspetiva Económica Laboral Contabilística
Microempresa Microempresa Microempresa
Balanço <= 2 milhões € <= 350.000 €
Volume de negócios <= 2 milhões € <= 700.000 €
Nº médio de trabalhadores <= 10 < 10 <= 10
Pequena empresa Pequena empresa Pequena empresa
Balanço > 2 e <= 10 milhões € > 350.000 € e <= 4 M €
Volume de negócios > 2 e <= 10 milhões € > 700.000 € e <= 8 m €
Nº médio de trabalhadores > 10 e <= 50 >= 10 e < 50 <= 50
Média empresa Média empresa Média empresa
Balanço > 10 e <= 43 milhões € > 4 M € e <= 20 M €
Volume de negócios > 10 e <= 50 milhões € > 8 M € e <= 40 m €
Nº médio de trabalhadores > 50 e <= 250 >= 50 e < 250 <= 250
56
A Entidade Económica
Objeto material Preparação Encerramento de Contas
Tipologia das entidades
Observações ao quadro anterior:

• Classificação económica, segundo o Decreto-Lei nº 372/2007, de 6 de novembro
• Classificação laboral, segundo o Código do Trabalho
• Classificação contabilística: Decreto-Lei nº 158/2009, de 13 de julho, alterado pela Lei nº
20/2010; Lei nº 35/2010 e pelo DL nº 36-A/2011
Alterado pelo Decreto-Lei n.º 98/2015 (em vigor desde 1/jan/2016)
• Contabilisticamente – Qualquer entidade só se considera dentro de uma dada categoria se estiver

contida em pelo menos dois dos três limites caracterizadores
57
A Entidade Económica Preparação Encerramento de Contas
Os critérios de dimensão e respetivo enquadramento contabilístico: aplicação
1. No ano de início de atividade da entidade:

“...os limites reportam-se ao valor anualizado estimado” (Decreto Lei 158/09 de 13/7, artº 10º, nº 3)
§ Os limites reportam-se às estimativas que obrigatoriamente têm que ser inscritas na declaração
de início de atividade.
§ Em função dos limites as entidades integram-se num dos três regimes: geral; pequenas
entidades; microentidades.
§ Qualquer entidade pode optar pelo regime geral independentemente da dimensão.
§ Não podem optar pelo regime das pequenas entidades ou das microentidades aquelas que
tenham as suas demonstrações financeiras sujeitas a certificação legal de contas ou integrem o
perímetro de consolidação de uma entidade que apresente demonstrações financeiras
consolidadas.
Alteração
2016 58
2. Alterações de regime:
Ver Orientação
Técnica nº 1 da CNC
Forma de apuramento das categorias de entidades
“Os limites previstos no artigo anterior reportam-se ao período imediatamente anterior, devendo,
quando aplicável, observar-se as seguintes regras:
a) Sempre que em dois períodos consecutivos imediatamente anteriores sejam ultrapassados

dois dos três limites enunciados nos nºs 1 a 3 do artigo anterior, as entidades deixam de poder ser
consideradas na respetiva categoria, a partir do terceiro período, inclusive, para efeitos do
presente decreto-lei;
b) As entidades podem novamente ser consideradas nessa categoria, para efeitos do presente
decreto-lei, caso deixem de ultrapassar dois dos três limites enunciados para a respetiva categoria
nos dois períodos consecutivos imediatamente anteriores.”
(Decreto-Lei n.º 158/09 de 13/7, artigo 9.ºA).
59
2. Alterações de regime:
Ver FAQ 18 da CNC
Forma de apuramento das categorias de entidades
FAQ 18 “Qual é o conceito de empregado a que se refere a alínea c) do n.º 1 do art.º 2.º do
Decreto-Lei n.º 36-A/2011, de 9 de Março e de trabalhador empregado a que se refere a alínea c)
do n.º 1 do art.º 9.º do Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de Julho? Nesses conceitos são incluídos,
por exemplo, os sócios gerentes?”
... A CNC entende que... Os efetivos são compostos: a) Pelos assalariados; b) Pelas pessoas que
trabalham para essa empresa, com um nexo de subordinação com ela e equiparados a
assalariados à luz do direito nacional; c) Pelos proprietários-gestores; d) Pelos sócios que exerçam
uma atividade regular na empresa e beneficiem das vantagens financeiras da mesma.
Os aprendizes ou estudantes em formação profissional titulares de um contrato de aprendizagem
ou de formação profissional não são contabilizados nos efetivos.
60
A Hierarquia das Normas Preparação Encerramento de Contas
Sistema de Normalização Contabilística

Sempre que o SNC não responda a situações ou aspetos particulares, e a lacuna
seja relevante... A superação da lacuna faz-se com recurso a (supletivamente):
IAS adotadas ao abrigo do Regulamento

(CE) nº 1606/2002
IAS e as IFRS emitidas pelo IASB
61
SNC
Sistema de Normalização ContabilísPca
(Estrutura Conceptual)
62
Estrutura conceptual
Finalidade:
q Ajudar os preparadores das DFs na aplicação das Normas
Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF)
q Ajudar a formar opinião sobre a aderência das DFs às NCRF
q Ajudar os utentes na interpretação da informação contidas nas
DFs
Nota importante:
q No caso de conflito entre a EC e as NCRF, prevalecem os
requisitos da NCRF
63
Âmbito:
A Estrutura conceptual trata:
q Do objetivo das Demonstrações Financeiras (DFs)
q Das características qualitativas que determinam a utilidade da
informação contida nas DFs
q Da definição, reconhecimento e mensuração dos elementos a
partir dos quais se constroem as DFs
q Dos conceitos de capital e de manutenção de capital
Trata de um conjunto de conceitos contabilísticos estruturantes

64
Utilizadores das DFs e suas necessidades de informação:
q Investidores
q Empregados
q Mutuantes
q Fornecedores
q Clientes
q Governo
q Público
65
Utilizadores das DFs e suas necessidades de informação:
q As DF’s devem assim ser preparadas com o objetivo de proporcionar aos
seus variados e diversificados utentes informação adequada às suas
necessidades, daí o cuidado a ter no seu tratamento e divulgação
“ … como os investidores são os que proporcionam capital de risco à empresa,

o fornecimento de DF´s que satisfaçam as suas necessidades também vai de
encontro à maior parte das necessidades de outros utentes …” (IASB)
q Problema:
q A posição privilegiada do órgão de gestão (Gerência ou Administração)
que, para além de beneficiar da informação contida nas DF’s tem acesso
a outra informação. 66
Pressupostos Características
Compreensibilidade Neutralidade
Continuidade Relevância Prudência
Materialidade Plenitude
Acréscimo
Fiabilidade Comparabilidade
Representação Substância sobre a

fidedigna forma
67
SNC
(Demonstrações Financeiras)
68
SNC - Demonstrações
SNCFinanceiras
- Sistema Normalização contabilísPca
Objetivo das DFs: proporcionar informação acerca:
q Da posição financeira
q Do desempenho
q Das alterações na posição financeira
... de uma entidade, que seja útil a um vasto leque de

utentes na tomada de decisões económicas
69
Demonstrações Financeiras
POSIÇÃO NUM
BALANÇO
FINANCEIRA MOMENTO
DEMONSTRAÇÃO
DESEMPENHO NUM PERÍODO
DOS RESULTADOS
DEMONSTRAÇÃO ALTERAÇÕES
ENTRE DOIS
DOS FLUXOS DE POSIÇÃO
MOMENTOS
CAIXA e DACP FINANCEIRA
70
SNC - Demonstrações Financeiras Preparação Encerramento de Contas
Modelos das Demonstrações Financeiras

Portaria nº 220/2015, de 24 de julho
Demonstração
Demonstração dos Resultados Demonstração
das Alterações por Naturezas de Fluxos de
Balanço Anexo
no Capital
… Caixa
Próprio
Por funções
Nota: Exigência diferente e modelos específicos para PE, ME e ESNL.
71
O Anexo!!... cons^tui uma compilação das divulgações exigidas, na sequência

dos procedimentos con^dos nas NCRF.
Cada en^dade deverá criar a sua própria sequência numérica, em
conformidade com as divulgações que deva efetuar, sendo que as notas 1 a 4
serão sempre explicitadas e ficam reservadas para os assuntos iden^ficados no
documento.
1. Iden^ficação da en^dade e período de relato;
2. Referencial contabilís^co de preparação das demonstrações financeiras;
3. Adoção pela primeira vez das NCRF — divulgação transitória;
4. Principais polí^cas contabilís^cas.
72
Elementos das Demonstrações Financeiras:
Relacionados com a mensuração da posição financeira:

• Ativos
• Passivos
• Capital Próprio
Relacionados com a mensuração do desempenho:

• Rendimentos
• Gastos
73
73
Elementos Demonstrações Financeiras Preparação Encerramento de Contas
•Recurso controlado pela entidade como resultado de

Ativo acontecimentos passados e dos quais se esperam
benefícios económicos futuros
•Obrigação presente da entidade proveniente de

acontecimentos passados, da liquidação da qual se espera
Passivo que resulte um exfluxo de recursos da entidade
incorporando benefícios económicos
•Interesse residual nos ativos depois de deduzidos os

Capital próprio passivos
•Ativo líquido (de passivos) = Capital próprio
74
SNC – Estrutura do Ativo Preparação Encerramento de Contas
75
SNC – Estrutura do Passivo Preparação Encerramento de Contas
76
SNC – Estrutura do Capital Próprio Preparação Encerramento de Contas
77
Elementos Demonstrações Financeiras
Detentores Entradas dos sócios

do capital Distribuições aos sócios
Variações no Rendimentos
Resultados Demonstração dos
capital resultados
realizados Gastos
próprio (Excepto +/- JV)
Diretamente em CP
Resultados Rendimentos Realizam-se pela
não venda/uso
realizados Gastos Transferência para
Resultados Transitados
78
Contabilidade – Mensuração Preparação Encerramento de Contas
Mensuração dos elementos das demonstrações financeiras:

q Mensuração:
é o processo de determinar as quantias monetárias pelas quais os elementos das DFs
devam ser reconhecidos e inscritos na balanço e na DR
q Bases de mensuração:
• Custo histórico
• Custo corrente
• Valor realizável (de liquidação)
• Valor presente
• Justo valor
79
79
Contabilidade – Mensuração Preparação Encerramento de Contas
Mensuração dos elementos das demonstrações financeiras:

q A base de mensuração geralmente adotada é o custo histórico
q Este é geralmente combinado com outras bases de mensuração
Exemplos:
• Inventários: escriturados pelo mais baixo do custo ou do valor realizável líquido
• Títulos negociáveis: escriturados pelo seu valor de mercado
• Passivos por pensões de reforma: escriturados pelo seu valor presente
80
80
SNC
(Código de Contas)
81
Código de Contas - 2016
Código de contas
Classes:
1 Meios financeiros líquidos
2 Contas a receber e a pagar
3 Inventários e a^vos biológicos
4 Inves^mentos
5 Capital, reservas e resultados transitados
6 Gastos
7 Rendimentos
8 Resultados
82
SNC - Sistema Normalização contabilísPca
Código de contas
1 Meios financeiros líquidos

11 Caixa
12 Depósitos à ordem
13 Outros depósitos bancários
14 Outros Instrumentos financeiros
14 Outros (para as ME)
83
Código de contas
2 Contas a receber e a pagar

21 Clientes
21 Clientes e utentes (para as ESNL)
22 Fornecedores
23 Pessoal
24 Estado e outros entes públicos
25 Financiamentos ob^dos
26 Acionistas/sócios
26 Fundadores/patrocinadores/doadores/associados/membros (para as ESNL)
27 Outras contas a receber e a pagar
28 Diferimentos
29 Provisões
84
Código de contas
3 Inventários e ativos biológicos

31 Compras
32 Mercadorias
33 Matérias primas, subsidiárias e de consumo
34 Produtos acabados e intermédios
35 Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos
36 Produtos e trabalhos em curso
37 Ativos biológicos (conta inexistente para as ME)
38 Reclassificação e regularização de inventários e ativos biológicos
38 Reclassificação e regularização de inventários (para as ME)
39 Adiantamentos por conta de compras
85
Código de contas
4 InvesPmentos
41 Inves^mentos financeiros
42 Propriedades de inves^mento
42 … (para as ME)
43 A^vos fixos tangíveis
44 A^vos intangíveis
45 Inves^mentos em curso
46 A^vos não correntes de^dos para venda (conta inexistente para as ME)
86
Código de contas
5 Capital, reservas e resultados transitados

51 Capital
51 Fundos (para as ESNL)
52 Ações (quotas) próprias
52 Excedentes técnicos (para as ESNL)
53 Outros instrumentos de capital próprio
54 Prémios de emissão
55 Reservas
56 Resultados transitados
57 Ajustamentos em ativos financeiros (conta inexistente para as ME)
58 Excedentes de revalorização de ativos fixos tangíveis e intangíveis
59 Outras variações no capital próprio
59 Outras variações nos fundos patrimoniais (para as ESNL)
87
Código de contas
6 Gastos
61 Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas
62 Fornecimentos e serviços externos
63 Gastos com o pessoal
64 Gastos de depreciação e de amor^zação
65 Perdas por imparidade
66 Perdas por reduções de justo valor (conta inexistente para as ME)
67 Provisões do período
68 Outros gastos
69 Gastos de financiamento
88
Código de contas
7 Rendimentos
71 Vendas
72 Prestações de serviços
73 Variações nos inventários da produção
74 Trabalhos para a própria entidade
75 Subsídios à exploração
75 Subsídios, doações e legados à exploração (para as ESNL)
76 Reversões
77 Ganhos por aumentos de justo valor (conta inexistente para as ME)
78 Outros rendimentos
79 Juros, dividendos e outros rendimentos similares
89
SNC
Sistema de Normalização ContabilísPca
(NCRF)
90
NCRF SNC - Sistema Normalização contabilística
Código de contas
Conceitos Reconhecimento
NCRF
Mensuração Apresentação e
Divulgações
91
Código de contas
NCRF 1 - Estrutura e Conteúdo das Demonstrações Financeiras
NCRF 2 - Demonstração dos Fluxos de Caixa
NCRF 3 - Adoção pela primeira vez das NCRF
NCRF 4 - Polí^cas Contabilís^cas, Alterações nas Es^ma^vas Contabilís^cas e
Erros
NCRF 5 - Divulgações de Partes Relacionadas
NCRF 6 - A^vos Intangíveis
NCRF 7 - A^vos Fixos Tangíveis
NCRF 8 - A^vos Não Correntes De^dos para Venda e Unidades Operacionais
Descon^nuadas
NCRF 9 - Locações
92
Código de contas
NCRF 10 - Custos de Empréstimos Obtidos
NCRF 11 - Propriedades de Investimento
NCRF 12 - Imparidade de ativos
NCRF 13 - Interesses em Empreendimentos Conjuntos e Investimentos e em
Associadas
NCRF 14 - Concentrações de Atividades Empresariais
NCRF 15 - Investimentos em Subsidiárias e Consolidação
NCRF 16 - Exploração e Avaliação de Recursos Minerais
NCRF 17 - Agricultura
NCRF 18 - Inventários
NCRF 19 - Contratos de Construção
93
Código de contas
NCRF 20 - Rédito
NCRF 21 - Provisões, Passivos Con^ngentes e A^vos Con^ngentes
NCRF 22 - Contabilização dos Subsídios do Governo e Divulgação de Apoios do
Governo
NCRF 23 - Os Efeitos das Alterações em Taxas de Câmbio
NCRF 24 - Acontecimentos Após a Data do Balanço
NCRF 25 - Impostos Sobre o Rendimento
NCRF 26 - Matérias Ambientais
NCRF 27 - Instrumentos Financeiros
NCRF 28 - Benexcios dos Empregados
→ NCRF-PE → NCRF-ESNL → NCM
94
NCRF – PE
Pequenas Entidades
a) Total do balanço: (euro) 4 000 000;
b) Volume de negócios líquido: (euro) 8 000 000;
c) Número médio de empregados durante o período: 50.
95
NCRF-PE SNC - Sistema Normalização contabilística
Código de contas
O que caracteriza este Regime das PE?
qCondensa os principais aspetos de reconhecimento e mensuração, extraídos das NCRF,

tidos como os requisitos mínimos aplicáveis às referidas entidades.
qSempre que não responda a situações particulares, que se coloquem em matéria de
contabilização ou relato financeiro, ou a lacuna em causa seja de tal modo relevante
que o seu não preenchimento impeça o objetivo de ser prestada informação que, de
forma verdadeira e apropriada, traduza a posição financeira numa certa data e o
desempenho para o período abrangido, fica desde já estabelecido, tendo em vista tão
somente a superação dessa lacuna, o recurso, supletivamente e pela ordem indicada:
- NCRF e NI
- NIC, adotadas ao abrigo do Regulamento (CE) nº 1606/2002
- IAS e IFRS emitidas pelo IASB, e respetivas interpretações SIC- IFRIC.
96
Código de contas
O que caracteriza este Regime das PE (exemplos)?
q Não está prevista a existência de impostos diferidos (apenas método do imposto a pagar)
q A^vos fixos tangíveis – incluem as propriedades de inves^mento
q Está previsto o modelo na revalorização na mensuração subsequente dos AFT (... atenção
à NCRF 25)
q Proíbe a adoção do modelo de revalorização para a^vos intangíveis
q Permite uma mul^plicidade de métodos de depreciação (nomeadamente o método da linha

reta, o método de saldo decrescente e o método das unidades de produção)
q Custos de emprés^mos ob^dos – obrigatoriedade de capitalização quando cumpridas as

condições
97
Código de contas
- Balanço, modelo reduzido

- Demonstração dos resultados por naturezas, modelo reduzido
- Demonstração dos resultados por funções, modelo reduzido (facultativa)
- Anexo, modelo reduzido
98
NCM
MicroenPdades
a) Total do balanço: (euro) 350 000;
b) Volume de negócios líquido: (euro) 700 000;
c) Número médio de empregados durante o período: 10.
99
NCM SNC - Sistema Normalização contabilística
Código de contas
O que caracteriza este Regime das Microentidades?
q A NC-ME acolhe os conceitos, definições e procedimentos contabilís^cos
de aceitação generalizada em Portugal, tal como enunciados no Sistema de

Normalização Contabilís^ca (SNC), tendo como base de referência a
correspondente Estrutura Conceptual (EC).
100
NCM SNC - Sistema Normalização contabilísPca
Código de contas
O que caracteriza este Regime das Microentidades (exemplos)?
q Critério de mensuração – custo, não há referência a “justo valor”
q Ativos fixos tangíveis – incluem as propriedades de investimento e os ativos

biológicos de produção – base de mensuração inicial: custo; subsequente: custo
deduzido de depreciação acumulada (não há o conceito de perda por imparidade)
q Método de depreciação: linha reta
q Não existe o modelo na revalorização na mensuração subsequente dos AFT
q Custos de empréstimos obtidos – reconhecidos como gastos

101
NCM SNC - Sistema Normalização contabilística
Código de contas
O que caracteriza este Regime das Microentidades (exemplos)?
q Provisões - sem referência a a^vos e passivos con^ngentes
q A NC – ME é muito restri^va no reconhecimento de um a^vo intangível
q Par^cipações Financeiras – não permite o MEP
q A^vos biológicos consumíveis e os produtos agrícolas são reconhecidos em inventários
q Não há atualização para o valor presente do rédito (não se tem em consideração o

valor temporal do dinheiro)
q Não está assim prevista a contabilização de impostos diferidos

102
Código de contas
q Modelos reduzidos
- Balanço, Modelo ME
- Demonstração dos resultados por naturezas, Modelo ME
q Deixa de ser obrigatório o Anexo...

... mas no final do balanço procede à divulgação de informações!
Relatório de Gestão
q Dispensa de elaboração (nº 6 do arPgo 66º CSC)
103
Código de contas
INFORMAÇÃO ADICIONAL / COMPLEMENTAR
104
NCRF - ESNL
EnPdades do Setor Não LucraPvo
q Entidades que prossigam a título principal uma atividade sem fins lucrativos;
q Que não possam distribuir aos seus membros ou contribuintes qualquer
ganho económico ou financeiro direto;
… designadamente associações, fundações e pessoas coletivas públicas de
tipo associativo
105
NCRF-ESNL SNC - Sistema Normalização contabilísPca
Código de contas
Dispensa de aplicação NCRF – ESNL
Volume de negócios líquido não exceda, em nenhum dos dois períodos

anteriores, o valor de 150.000 Eur.
Exceto se…
… integrem perímetro de consolidação;
… se obrigadas por lei a apresentar algumas DFs específicas
Se dispensadas ---- Prestação de contas em Regime de Caixa
a) Pagamentos e recebimentos;
b) Património fixo;
c) Direitos e compromissos futuros.
ver Anexo 17 da Portaria n.º 220/2015 de 24/7
106
NCRF-ESNL SNC - Sistema Normalização contabilísPca
Código de contas
qModelos reduzidos
- Balanço, modelo ESNL
- Demonstração dos resultados por naturezas, modelo ESNL
- Demonstração dos resultados por funções, modelo ESNL (facultativa)
- Demonstração das alterações nos fundos patrimoniais (por opção ou por
exigência de entidades públicas financiadoras)
- Anexo, modelo ESNL
107
Grupos de Sociedades
Consolidação de Contas
108
Grupos Preparação Encerramento de Contas
q Simples participação
q Participações recíprocas
CSC: Sociedades q Domínio (não total)

coligadas
q Grupo
Artº 482º CSC q Domínio Total
q Contrato de grupo paritário
q Contrato de subordinação
109
Consolidação - vantagens Preparação Encerramento de Contas
As contas consolidadas devem dar uma imagem fiel do património, da situação

financeira, bem como dos resultados do conjunto das empresas compreendidas
na consolidação.
A informação consolidada possibilita:

q Uma visão mais completa da situação económico-financeira do grupo;
q Um bom conhecimento do grupo e que tenha em conta a contribuição de
cada um dos seus elementos;
q O conhecimento da evolução do grupo ao longo dos anos;
q É um instrumento de gestão – melhor aplicação dos recursos financeiros;
110
Consolidação - limitações Preparação Encerramento de Contas
q Diluição das caracterís^cas individuais das empresas;
q Os diferentes critérios valorimétricos ou de classificação contabilís^ca

u^lizados pelas várias empresas do grupo podem distorcer os valores
consolidados;
q Não discriminação das filiais lucra^vas das não lucra^vas;
q Dificilmente se prestam a comparações entre grupos, na medida em que cada

grupo apresenta caracterís^cas e a^vidades próprias.
111
Consolidação – Principais Operações Preparação Encerramento de Contas
q Definição do perímetro de consolidação;
q Escolha dos métodos de consolidação;
q Obtenção das demonstrações financeiras individuais;
q Conversão das DF para a moeda de relato da empresa mãe;
q Harmonização das políticas contabilísticas;
q Agregação das DF individuais;
q Operações de consolidação.
112
Consolidação – Obrigatoriedade Preparação Encerramento de Contas
SNC – DL 158/2009, 13 de Julho (alterado pelo DL 98/2015)
“ArPgo 6.º Obrigatoriedade de elaborar demonstrações financeiras

consolidadas
1. Qualquer empresa-mãe sujeita ao direito nacional é obrigada a elaborar D.F.

consolidadas do grupo cons^tuído por ela própria e por todas as subsidiárias,
…, sobre as quais:
a) Independentemente da Ptularidade do capital, quando se verifique que,
em alterna^va:
i) possa exercer, ou exerça efe^vamente, influência dominante ou
controlo;
ii) exerça a gestão como se as duas consPtuíssem uma única enPdade;
113
SNC – DL 158/2009, 13 de Julho
“ArPgo 6.º Obrigatoriedade de elaborar demonstrações financeiras

consolidadas
b) Sendo Ptular de capital, quando ocorra uma das seguintes situações:
i) Tenha a maioria dos direitos de voto, exceto se for demonstrado que
esses direitos não conferem o controlo;
ii) Tenha o direito de designar ou desPtuir a maioria dos Ptulares do
órgão de gestão de uma en^dade com poderes para gerir as polí^cas
financeiras e operacionais dessa en^dade;
iii) Exerça uma influência dominante sobre uma en^dade, por força de
um contrato celebrado com esta ou de uma outra cláusula do contrato
social desta;
114
Artigo 6.º Obrigatoriedade de elaborar demonstrações financeiras

consolidadas
iv) Detenha pelo menos 20% dos direitos de voto e a maioria dos titulares do
órgão de gestão de uma entidade com poderes para gerir as políticas
financeiras e operacionais dessa entidade, que tenham estado em funções
durante o exercício a que se reportam as demonstrações financeiras
consolidadas, bem como, no exercício precedente e até ao momento em que
estas sejam elaboradas, tenham sido exclusivamente designados como
consequência do exercício dos seus direitos de voto;
v) Disponha, por si só, por força de um acordo com outros titulares do capital
desta entidade, da maioria dos direitos de voto dos titulares do capital da
mesma.
115
Consolidação – Dispensa Preparação Encerramento de Contas
“ArPgo 7.º Dispensa da elaboração de demonstrações financeiras

consolidadas
1. Uma empresa-mãe de um pequeno grupo, tal como definido no ar^go 9º-

B, fica dispensada de elaborar as demonstrações financeiras consolidadas.
Novidade: Conceito de “pequenos grupos”!

Implicação: + empresas a consolidar!
Alteração 2016
116
“Artigo 7.º Dispensa da elaboração de demonstrações financeiras consolidadas

Pequenos grupos são:
Base
a) Total do balanço: € 6 000 000; (antes € 7 500 000) Consolidada
b) Volume de negócios líquido: € 12 000 000; (antes € 15 000 000)
c) Número médio de empregados durante o período: 50. (antes 250)
Os limites do total do balanço e do volume de negócios líquido são majorados em 20 % se:

a) Os valores contabilísticos das ações ou quotas das entidades incluídas na consolidação não forem
compensados pela fração que representam do capital e reservas dessas entidades; e
b) Se não forem eliminados das demonstrações financeiras consolidadas as dívidas e os créditos entre as
entidades, os gastos e rendimentos relativos às operações efetuadas entre entidades e os resultados de
operações efetuadas entre entidades, quando incluídos na quantia escriturada do ativo.
117
ArPgo 7.º Dispensa da elaboração de contas consolidadas
3. Não obstante o disposto nos números anteriores, é ainda dispensada da

obrigação de elaborar contas consolidadas qualquer empresa mãe que seja
também uma subsidiária, incluindo uma en^dade de interesse público, …,
quando a sua própria empresa mãe esteja subordinada à legislação de um
Estado Membro da União Europeia e:
a) Seja Ptular de todas as partes de capital da en^dade dispensada, …; ou
b) DePver 90%, ou mais, das partes de capital da en^dade dispensada da
obrigação e os restantes Ptulares do capital desta enPdade não tenham
solicitado a elaboração das demonstrações financeiras consolidadas pelo
menos seis meses antes do fim do período.
(antes _nham que aprovar a dispensa!)
118
Consolidação – Métodos de consolidação Preparação Encerramento de Contas
Direitos de voto
100%
Consolidação
Controlo? Sim
Integral
50% Não
Presunção de Influência Controlo Consolidação

influência Sim Sim
significa^va? conjunto? Proporcional
significa^va
20% Não Não

ou opção
Equivalência
Exclusão
0% Patrimonial
119
Consolidação – Métodos de consolidação Preparação Encerramento de Contas
Consolidação Equivalência
Consolidação Integral
Proporcional Patrimonial
Integração quota
Integração 100% Não existe
parte dos ativos e
ativos e passivos integração
passivos
Interesses que não controlam
SIM Não Não
120
Fecho de Contas
121
Fecho de Contas - Preocupações Preparação Encerramento de Contas
q Os a^vos, os passivos constantes do Balanco existem e respeitam à

enPdade.
q Todos os a^vos e passivos que existem estão registados no Balanço. Não há

transações ou acontecimentos por registar.
q Os a^vos e passivos estão bem valorizados (“mensurados”). Em especial…

os a^vos são recuperáveis.
q As transações e acontecimentos registados ocorreram de facto e estão

relacionadas com a en^dade.
122
Fecho de Contas - Preocupações Preparação Encerramento de Contas
q A DF’s estão formalmente bem construídas. Os ativos e passivos estão

corretamente apresentados. Não existe compensação de saldos.
q As DF’s foram elaboradas no pressuposto da continuidade.
q As transações e acontecimentos foram registados no período contabilístico a

que diziam respeito (regime do acréscimo).
q As divulgações foram corretamente efetuadas.
q Os aspetos fiscais foram todos tidos em conta.
123
124
Dissolução e liquidação de sociedades Preparação Encerramento de Contas
NormaPvos aplicáveis:
ü Artºs 141º a 165º do CSC
Conceitos
ü Dissolução;
ü Liquidação; e
ü Ex^nção.
125
Dissolução Liquidação Cessação

(momento) (período) (momento)
A dissolução é um Conjunto de atos de

passo para a extinção gestão que visam a ... ou extinção...
da sociedade alienação de ativos e consiste no registo do
(... possibilidade da liquidação de passivos encerramento da
sociedade retomar a conducentes à liquidação
atividade) extinção
126
Liquidação de sociedades (artºs 146º a 165º):

Regras gerais (artº 146º)
ü Após a dissolução, a sociedade entra imediatamente em liquidação, sendo-
lhe aplicáveis as disposições para as sociedades não dissolvidas
ü Deve ser aditada à firma a menção “Em Liquidação”
Liquidação:
ü Par^lha imediata;
ü Por transmissão global;
ü Operações preliminares; e
ü Prazo
127
Partilha imediata (artº 147º):

ü Se à data da dissolução, a sociedade não tiver dívidas, os sócios podem proceder
imediatamente à partilha.
Liquidação por transmissão global (artº 148º):
ü O contrato da sociedade ou uma deliberação dos sócios pode determinar que todo o
ativo e passivo seja transmitido para um ou mais sócios, recebendo os outros dinheiro;
ü Necessário acordo escrito de todos os credores.
Operações preliminares (artº 149º):
ü Devem ser organizadas e aprovadas DF’s à data da dissolução, nos 60 dias seguintes.
Prazo (artº 150º):
ü Liquidação encerrada e partilha aprovada no prazo de 2 anos ou inferior, podendo
prorrogar-se por mais 1 ano.
128
Dissolução Liquidação Partilha
RESULTADO DO RESULTADO DA PARTILHA

PERÍODO LIQUIDAÇÃO •Aprovação das contas
•Trabalho de fim de •Reabertura das contas dos liquidatários
exercício •Realização do a^vo •Imputação dos valores
•Fecho das contas •Pagamento do passivo abstractos
•Aprovação das contas •Partilha dos valores
concretos
129
Contabilização (antes de iniciada a liquidação):

Elaboração de DF à data da dissolução (apuramento do resultado do
1. período, período compreendido entre o início do ano e a data da
dissolução) com aprovação e fecho das contas
ObjePvo: separar as contas antes e após as operações de liquidação
2. Inventário detalhado dos bens e obrigações (balanço de liquidação

previsional)
ObjePvo: determinação do valor real do património

PerspePva: imediata realização do a^vo (e não funcionamento da empresa)
130
Contabilização (na liquidação):

Reabertura das contas à data da dissolução, realização do a^vo,
3. pagamento do passivo e apuramento do resultado da liquidação com
aprovação das contas
Terminar os contratos e negócios pendentes
Cumprir com as obrigações da sociedade
Cobrar os créditos
Pagar as dívidas, para as quais seja suficiente o a^vo existente
Reduzir a dinheiro o património residual
4. Elaboração de um balanço de par^lha (bens a par^lhar pelos sócios e

contas de capital próprio)
131
A partilha:
O remanescente será destinado ao reembolso do montante das
5. entradas realizadas, havendo duas hipóteses a considerar:
Não sendo possível o reembolso integral das entradas

valores existentes distribuídos aos sócios por forma que a diferença para
menos recaia em cada um deles na proporção da parte das perdas que lhes
competir
Sendo possível o reembolso integral e ainda houver saldo
remanescente deve ser repartido na proporção utilizada na distribuição de
lucros
No final, todas as contas deverão encontrar-se saldadas 132
Os movimentos contabilísticos:
Despesas relacionadas com a liquidação:
q honorários de liquidatários, indemnizações, entre outras
q resultados obtidos na venda de ativos e pagamento de passivos
Divisão da conta 81 – Resultado Líquido do Período em duas subcontas:

q 81.1. Resultado Antes de Impostos
q 81.4. Resultado da Liquidação

133
Os balanço da partilha (após todas as operações de liquidação):

Deve apresentar apenas as contas relativas aos bens e valores a
partilhar pelos sócios e as contas do capital próprio
Balanço de Par^lha
ATIVO CAPITAL PRÓPRIO
Capital X
Reservas X
Caixa X Resultado Líquido do Período
Depósitos à ordem X Resultado do Período +/- X
Resultado da Liquidação +/- X
Total X Total X
134
No caso dos resultados são possíveis os seguintes cenários:
Lucro no período Lucro no período Prejuízo no período Prejuízo no período

Lucro na liquidação Prejuízo na liquidação Lucro na liquidação Prejuízo na liquidação
81.1 a 26.x 81.1 a 26.x 26.x a 81.1 26.x a 81.1
81.4 a 26.x 26.X a 81.4 81.4 a 26.x 26.x a 81.4
Após estes movimentos, a soma dos saldos credores das contas de liquidação dos
sócios tem de ser igual à soma dos saldos devedores das contas dos valores concretos
a partilhar (depósitos à ordem, depósitos a prazo, títulos negociáveis e,
eventualmente, bens do ativo que não foi possível vender ou que não se quis vender)
135
O caso particular dos suprimentos:

Empréstimos que os sócios efetuam às empresas na qual detém uma
participação social, pelo que constam obrigatoriamente do passivo,
numa subconta apropriada da conta 26.x ou 25.6.2
2 cenários possíveis aquando da liquidação de uma empresa
1. Reembolso dos suprimentos
2. Não reembolso dos suprimentos ....

!!! Se os suprimentos não fossem um “passivo especial”... a empresa não poderia ser liquidada
com valores no passivo, tendo em alternativa o dever de se apresentar judicialmente à
insolvência.
136
Obrigado!
A Preparação do
Encerramento de
Contas
José Luís Martins
(jose.martins@ipleiria.pt)
Maio/2019

A Preparação Do Encerramento de Contas (Dr. José Luís Martins)

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A Preparação do

q Alguns aspetos de legislação comercial;

q A contabilidade na dissolução e liquidação de sociedades;

• IAS / IFRS – Normas Internacionais de Contabilidade / Relato Financeiro, do IASB: www.iasb.org

• Código das Sociedades Comerciais

• e MUITA outra legislação avulsa…

No inquérito realizado foram sugeridos 44 tópicos de

q Conteúdos no âmbito do PIRE/PER;

O papel do Administrador de insolvência... Responsabilidade de elaborar

... O administrador judicial provisório a quem forem atribuídos poderes

O papel do Administrador judicial (se lhe forem atribuídos poderes de

O papel do Contabilista Certificado... Manter contabilidade organizada...

A declaração de insolvência e posterior liquidação ou recuperação não

"O ar_go 65º do CIRE não derroga as obrigações de informação

Uma sociedade comercial, objeto de um processo de insolvência em fase de

Algumas notas prévias !

... Taxonomias !!!

A Gerência/Administração e o Contabilista CerPﬁcado:

Assim... A Portaria nº 302/2016, de 2 de dezembro, vem “proceder ao ajustamento da

A medida IES+ do Programa Simplex+ 2016 prevê simpliﬁcar o preenchimento dos

... simpliﬁcar, mas também Combate à fraude e evasão ﬁscal !

Numa segunda fase, serão simpliﬁcados os restantes anexos.

Documentação de apoio (OCC):

O Futuro: (medidas simpliﬁcação da IES... D.L. 87/2018, de 31 de out.)

O Futuro: (informação comunicada a 08/jan/2019)

O Futuro: (informação comunicada a 08/jan/2019)

Entrada em vigor e produção de efeitos da IES

- Atrasos na contabilidade superiores a 90 dias! ... (Artº 123º CIRC)

- Documentos recebidos e emitidos a terceiros... Devem ser objeto de um único registo

Alguns aspetos de legislação comercial

q Adotar uma firma

Relembrar e/ou validar outros aspetos:

Prestar Contas = Submeter IES??? ----- Ver FAQ 19 da CNC :

Normalmente, o cumprimento das obrigações em matéria de normalização

Assim, a CNC entende que os documentos que constituam o dossier fiscal e a

Artigo 65º do Código das Sociedades Comerciais

Os membros da administração devem elaborar e submeter aos

Assembleias Gerais (Artigo 248º e 376º CSC)

Convocatórias (Artigo 248º e 377º)

Prazos para Convocatórias (Artigo 248º e 377º CSC)

q S. Quotas: Carta registada (15 dias antes da AG)

q Deliberar sobre a proposta de aplicação de resultados;

q Proceder à apreciação geral da administração e ﬁscalização da sociedade

q Proceder às eleições que sejam da sua competência (órgãos sociais).

Elementos que devem constar das Atas (Artigo 63º CSC)

A Ata deve conter, pelo menos:

Elaboração das atas das assembleias gerais:

Elementos que devem constar do Relatório de Gestão (Artigo 66º

Nº 5 - O relatório deve indicar, em especial:

Relatório de Gestão (Artigo 66º CSC)

Nº 6 - Ficam dispensadas da obrigação de elaborar o relatório de gestão as

Relatório de Gestão (exemplo)

q Introdução q Existência de sucursais

Anexo ao Relatório de Gestão (Artigo 447º e 448º CSC)

Aplicável a Sociedades Anónimas:

Nº 5, Artigo 447º, CSC - Em anexo ao relatório anual do órgão de administração será

Anexo às Contas (Artigoº 66º-A CSC)

q Operações não incluídas no balanço e seu impacto financeiro;

q Honorários faturados durante o período pelo ROC (RLC e outros serviços);

q Operações com partes relacionadas;

q Dívidas em mora ao Estado. ... Por ex: DLRR; RFAI,

Data de encerramento do período 31-12-2018 31-12-2018 31-12-2018 31-12-2018

Data do R&C – com ROC *1 01-03-2019 01-03-2019 01-05-2019 01-05-2019

Convocatória da Assembleia *2 15-03-2019 28-02-2019 15-05-2019 30-04-2019