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SAÚDE COM AS PLANTAS MEDICINAIS
www.geocities.com/buchaul
Uma parte considerável dos medicamentos farmacêuticos que se têm em casa (ou, pelo menos,
que se deveria ter), pode ser substituída por plantas medicinais nas suas mais variadas
apresentações: frescas, secas, na forma de pomadas, tinturas, cápsulas, etc.
É muito fácil organizar uma farmácia doméstica nestes moldes. Algumas poucas espécies atendem
muito satisfatoriamente às necessidades do dia-a-dia. Bastam apenas um pouco de informação e
alguma iniciativa. A recompensa, no entanto, nada deixa a desejar.
Podemos destacar como vantagens de se fazer uso de uma farmácia fitoterápica em casa:
Diminuição dos gastos com medicamentos (as plantas e os fitoterápicos geralmente são
bem mais baratos)
Eliminação ou redução dos efeitos danosos ou colaterais (que muitas vezes não vemos mas
que inúmeros medicamentos provocam no organismo)
Qualquer pessoa que queira poderá fazê-lo, a partir de algum conhecimento como este que está
sendo oferecido neste Curso, e desfrutar então das vantagens para a saúde, para o bolso e para a
alma.
É importante se ter em mente que uma farmácia fitoterápica doméstica visa, em especial, o
atendimento daquelas questões mais comuns e também mais corriqueiras na saúde da família. Os
casos que serão considerados, portanto, são aqueles nos quais, no âmbito da própria família, se
pode agir para minimizá-los ou resolve-los.
Muitos dos distúrbios que costumam aparecer com certa freqüência são resultantes de hábitos de
vida inadequados como, por exemplo, os hábitos alimentares, mas podem também ser resultantes
de situações de estresse, que por sua vez, da mesma forma, se originam em hábitos de vida
inadequados.
Assim, haveremos também de considerar a significativa importância da forma como nos
conduzimos ao longo dos dias: como dormimos, como nos alimentamos, como nos relacionamos,
etc. De pouco adiantaria, por exemplo, tratarmos de um distúrbio digestivo e mantermos o
hábito de ingerir alimentos inadequados responsáveis pela indigestão apresentada.
Neste Curso estaremos aprendendo como tratar. Tão importante, porém, é repensarmos,
sobretudo, nosso comportamento, pois quase sempre é simplesmente ele o único responsável
pelos desequilíbrios.
Um grande abraço e até a próxima Lição!
Neste momento, talvez fosse adequado considerar o fato de que a maior parte das chamadas
"doenças da idade" ou "doenças da velhice" são, na verdade, distúrbios resultantes de uma vida
mal vivida, do ponto de vista da saúde. Isto significa que os cuidados que não tomamos ao longo
da vida são a matéria-prima para a constituição, mais tarde, dos males que iremos enfrentar na
velhice.
Por isso, insistimos, não deixe de considerar o seu modus vivendi, isto é, a maneira como Você
vive, como dorme, como se alimenta, quanto tempo passa sentado, os exercícios que faz (ou não
faz!).
Neste Curso estaremos considerando 34 ocorrências mais comuns e, para cada uma, as
respectivas plantas que podem ser utilizadas para o tratamento.
Acúmulo de líquidos
AS ESPÉCIES CONSIDERADAS
Preparando uma infusão ou aplicando uma compressa, a essência do tratamento reside nas
plantas que são empregadas.
É bastante comum a confusão que se faz, principalmente aqui no Brasil, com relação aos nomes
das plantas de uso medicinal. Não só pela riqueza de nossa flora mas, em especial, porque
existem várias plantas com o mesmo nome e, do mesmo modo, vários nomes para a mesma
planta, conforme a região de ocorrência.
Portanto, nunca faça uso de uma planta como remédio, sobretudo se for ingeri-la, sem ter certeza
de que de fato se trata da espécie recomendada.
Recomendamos que Você procure conhecer bem as plantas que poventura se decida incorporar à
sua farmácia fitoterápica doméstica. Pergunte, estude, questione, até ter certeza.
As espécies vegetais que utilizaremos nas recomendações deste Curso são as seguintes:
O Repertório Fitoterápico é o conjunto das espécies vegetais das quais se faz uso medicinal. Em
nosso Curso, estaremos definindo, para aquela série de distúrbios relacionados na Lição 02, quais
as plantas que poderão ser utilizadas para os respectivos tratamentos.
O Quadro I, a seguir, relaciona as espécies referidas e suas aplicações, a partir do qual serão
desenvolvidas as considerações pertinentes.
Quadro I - As Espécies e suas Aplicações
Você deverá ler e reler este quadro, até familiarizar-se com as espécies e suas aplicações.
Recorde o que foi dito a respeito do conhecimento de cada espécie, e da importância de se
identificar e se confirmar que setrata da espécie considerada.
TERAPÊUTICA I
Acúmulo de Líquidos
Eucalipto (Eucalyptus globulus): inalação; 10 folhas frescas, picadas ao meio, para 1 litro
de água; fazer inalação, antes de recolher-se para dormir.
Afecções Urinárias
Chapéu-de-couro (Echinodorus macrophyllus): decocção, por 5 minutos; 3 colheres-de-
sopa, de folhas picadas, para 1 litro de água; tomar ao longo do dia até antes do
anoitecer.
Quebra-pedra (Phyllanthus niruri): infusão; 1 planta inteira, para 1 litro de água; tomar ao
longo do dia.
Amigdalite
Tanchagem (Plantago major): infusão; 2 colheres-de-sopa, de folhas picadas, para 1
xícara de água; fazer gargarejos, a cada 2 horas.
TERAPÊUTICA III
Estados Nervosos
Maracujá (Passiflora incarnata): infusão; 1 colher-de-sopa, de folhas picadas, para 1 xícara
de água; tomar 1 xícara, 2 vezes por dia.
Faringite
Tanchagem (Plantago major): infusão; 2 colheres-de-sopa, de folhas picadas, para 1
xícara de água; fazer gargarejos, a cada 2 horas.
Hemorróidas
Tanchagem (Plantago major): infusão; 5 colheres-de-sopa, de folhas picadas, para 1
xícara de água; fazer banho de assento à temperatura ambiente, por 5 minutos, 1 vez por
dia.
Hipertensão
Alho (Allium sativum): maceração em azeite de oliva, por 3 dias; 10 bulbilhos ("dentes-de-
alho"), para ½ litro de azeite; utilizar 2 colheres-de-sopa para temperar as refeições (no
prato), 2 vezes por dia; ingerir, junto à refeição principal do dia, 1 dente-de-alho do
macerdao.
Histerismo
Melissa (Melissa officinalis): infusão; 1 colher-de-sopa, de folhas picadas, para 1 xícara de
água; tomar 1 xícara, 2 vezes por dia.
Mau-hálito
Sálvia (Salvia officinalis): infusão; 1 colher-de-sopa de folhas picadas, para 1 xícara de
água; fazer gargarejos; diluir 1:1, e tomar ½ xícara em jejum.
Pequenos Ferimentos
Salsa (Petroselinum hortense): cataplasma; triturar algumas folhas de salsa com gotas de
água para formar uma pasta; aplicar com compressa de gaze sobre o ferimento ou corte.
Prisão-de-ventre
Ameixa (Prunus domestica): maceração em água, por uma noite; 3 ameixas pretas, para 1
xícara de água; no dia seguinte, ferver por 2 minutos e tomar lentamente, em jejum.
TERAPÊUTICA IV
Resfriados
Reumatismos
Chapéu-de-couro (Echinodorus macrophyllus): decocção, por 5 minutos; 3 colheres-de-
sopa, de folhas picadas, para 1 litro de água; tomar ao longo do dia até antes do
anoitecer.
Torcicolo
Alecrim (Rosmarinus officinalis): maceração em azeite de oliva, por 5 dias; 3 colheres-de-
sopa de folhas picadas, para 250 ml de azeite; aplicar sobre o local afetado, espalhando
com massagens suaves, 2 vezes por dia.
Tosse
Guaco (Mikania glomerata): infusão-xarope; 1 colher-de-sopa, de folhas secas picadas,
para ½ xícara de água; após esfriar, acrescentar ½ xícara de mel; tomar 1 colher-de-sopa,
a cada 2 horas.
BIBLIOGRAFIA
BUCHAUL, Ricardo B. – Curso Básico de Fitoterapia. São Paulo. Ed. do Autor, 1998.
BUCHAUL, Ricardo B. – Fitoterapia–Cultivo e Aplicações de Plantas Medicinais. São Paulo. Ed. do
Autor, 1996.
PANIZZA, Sylvio – Plantas que Curam. São Paulo. Ed. IBRASA, 1998.
RIBEIRO, Eduardo – Plantas Medicinais e Complementos Bioterápicos. Lisboa. Ed. Vida, 1996.
CAMPOS, José Maria – Plantas que Ajudam o Homem. São Paulo. Ed. Cultrix/Pensamento,1991.
[FIRSTNAME], chegamos ao final de nosso Curso. Agradecemos por ter nos acompanhado e esperamos ter
oferecido um ponto de partida para os seus estudos ou, pelo menos, a orientação adequada para que Você
possa dispor com segurança desse instrumento que a Natureza nos legou e a sabedoria humana
sistematizou.
Um grande abraço!
Ricardo B. Buchaul - phyto@ig.com.br