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Universidade Federal do Ceará

Departamento de História

Carolina Maria Abreu Maciel

Educação e Controle: currículo e ensino de história durante o Regime Militar,


na capital do Ceará (1964 - 1985)

Fortaleza
2013
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Carolina Maria Abreu Maciel

Educação e Controle: currículo e ensino de história durante o Regime Militar,


na capital do Ceará (1964 - 1985)

Projeto de pesquisa apresentado ao curso


de Pós-Graduação em História da
Universidade Federal do Ceará.

Fortaleza
2013

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AI – Atos Institucionais
CFE – Conselho Federal de Educação
EMC – Educação Moral e Cívica
EPB – Estudos dos Problemas Brasileiros
LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação
OSPB – Organização Social e Política Brasileira

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO

2. JUSTIFICATIVA

3. PROBLEMATIZAÇÃO

4. OBJETIVOS

5. DIÁLOGO COM A HISTORIOGRAFIA

6. METODOLOGIA

7. FONTES

8. BIBLIOGRAFIA

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INTRODUÇÃO

Em meados da década de 1960, o Brasil se viu governado por militares, que após o golpe
de 31 de março de 1964, embutidos de um forte sentimento nacionalista e anticomunista, com
base na ideologia da Segurança Nacional, decidiram os rumos políticos, sociais e educacionais
do país, por mais de 20 anos. Durante a ditadura civil-militar brasileira, os militares interferiram
na conjuntura social do país limitando as liberdades coletivas e individuais. Assim, com a
instituição dos Atos Institucionais (AIs), o presidente da república detinha plenos poderes para
governar de acordo com princípios ditatoriais.
No dia 13 de dezembro de 1968, o presidente Arthur da Costa e Silva decretou o AI nº 05,
que suprimiu os direitos individuais da população e com isso o sistema repressivo e as torturas
contra os “inimigos do regime” foram mais uma vez legitimadas pelo Estado.

Art. 5.º A suspensão dos direitos políticos, com base neste Ato, importa,
simultaneamente, em:
I – cessação de privilégio de fôro por prerrogativa de função;
II – suspensão do direito de votar e de ser votados nas eleições sindicais;
III – proibição de atividades ou manifestação sôbre assunto de natureza político;
IV – aplicação, quando necessária, das seguintes medidas de segurança:
a) liberdade vigiada;
b) proibição de freqüentar determinados lugares;
c) domicílio determinado.
§ 1.º O ato que decretar a suspensão dos direitos políticos poderá fixar restrições ou
proibições relativamente ao exercício de quaisquer outros direitos públicos ou privados.
§ 2.º As medidas de Segurança de que se trata o item IV dêste artigo serão aplicadas pelo
Ministro de Estado e Justiça, defesa a apreciação de seu ato pelo Poder Judiciário. 1

As mudanças ocorridas no país, durante as décadas de 1960 e 1970, foram de ordem


política, econômica, cultural e social, ou seja, a conjuntura do Estado brasileiro estava em plena
ebulição. Nessa efervescência social a Educação brasileira sofreu sérios ajustes para se adequar a
nova ideologia que estava sendo imposta pelo novo governo federal, a ideologia de Segurança
Nacional, modelo ideológico este que, legitimava as atrocidades e impunidades que
caracterizavam o governo de exceção. Vários foram os mecanismos utilizados pelo Conselho
1
Ato Institucional nº 05, de 13 de dezembro de 1968.
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Federal de Educação (CFE) para que essa legitimação fosse dada de forma organizada e eficaz.
Com a introdução obrigatória das disciplinas, a partir da implantação do Decreto - lei nº 869, de
12 de setembro de 1969, que “dispõe sobrê a inclusão da Educação Moral e Cívica como
disciplina obrigatória, nas escolas de todos os graus e modalidades, dos sistemas de ensino do
País, e dá outras providências”. 2 Em todas as esferas do sistema educacional brasileiro teria uma
disciplina com teor cívico, Educação Moral e Cívica (EMC) na educação básica, Organização
Social e Política Brasileira (OSPB) no ensino médio e Estudo dos Problemas Brasileiros (EPB)
no ensino superior, grade curricular que ajudaria na formação do novo modelo de cidadão: “bom
e ordeiro”.
No dia 4 de fevereiro de 1969, antes da aprovação do decreto nº 869, foi aprovado o
parecer nº 3/69, e em suas motivações encontramos os elementos fundamentais que regiam o
entendimento dos novos governantes do país.

“No quadro da Guerra Revolucionária, a população materializa a um só tempo, o


objetivo e o agente da luta. A conquista dessa população pelo marxismo-leninismo será
tanto mais fácil quanto maior fôr a permeabilidade da consciência das massas à redução
de hábil propaganda subversiva. A família moderna facilita, de certo modo, a
implantação e a evolução da Guerra Revolucionária, de vez que perturbada pela
evolução econômica e social e por solicitações de tôda ordem, ela não assegura, de modo
completo, sua função educadora.
Freqüentemente dissociada, particularmente em razão do trabalho da mulher fora do lar e
da conjuntura econômica que a aflige, seus membros se vêm obrigado a operar fora do
quadro familiar típico, cada qual atraído por um pólo exterior. A principal consequência
dêsse estado de coisas é a flagrante deficiência na educação moral dos filhos.
Por outro lado a escola moderna ainda não tomou a si o encargo de compensar essa
lacuna”. 3 (Grifos meus)

Em 1971, o governo decreta a Lei Nº 68.065 que regulamenta o Decreto-lei nº 869, de 12 de


setembro de 1969, ou seja, coloca em termos o ensino da Educação Moral e Cívica. As reformas
curriculares durante a Ditadura Militar brasileira afetaram bastante algumas disciplinas como,
História e Geografia, que após a promulgação da Lei 5.692/71, sancionada em 11 de agosto de
1971, Lei de Diretrizes e Bases da Educação brasileira (LDB), passaram por uma fusão, que
gerou a disciplina de Estudos Sociais, com a inserção da EMC e OSPB, o ensino de História e
Geografia foi afetado, pois ocorreram cortes na carga horária dessas matérias para a introdução
do ensino de EMC e OSPB, além do aumento na carga horárias de disciplinas ligadas as ciências

2
Decreto-lei nº 869, de 12 de setembro de 1969.
3
Anteprojeto (parecer da Câmara de Ensino Primário e Médio), de 04 de fevereiro de 1969.
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e tecnologias. A resolução Nº 8, do CFE visa diminuir a atuação dessas disciplinas, que fazem a
análise crítica da sociedade, deformando-as.

Art. 1.º O Núcleo – Comum a ser incluído, obrigatóriamente, nos currículos de 1º e 2º


graus, abrangerá as seguintes matérias:
a) Comunicação e Expressão;
b) Estudos Sociais;
c) Ciências.
§ 1.º – Para efeito da obrigatoriedade atribuída ao Núcleo - Comum, incluem – se como
conteúdos específicos das matérias fixadas:
a) Em Comunicação e Expressão – a Língua Nacional;
b) Em Estudos Sociais – a Geografia, a História e a Organização Social e Política
do Brasil;
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c) Nas Ciências – a Matemática e as Ciências Físicas e Biológicas.

Com todas essas Leis e Resoluções o ensino de História, no Brasil, foi colocado a margem
comparando-se as demais disciplinas de núcleo comum. O CFE, com o parecer nº 4.833/75, de 3
de dezembro de 1975, formula os conteúdos das disciplinas que serão ministradas no ensino de 1º
grau do País. O conteúdo de História, ditado pelo Conselho Federal de Educação, tem como
principais metas o ensino de uma História positivista, que cultua mitos e heróis. De acordo com a
Historiadora e professora Selva Guimarães Fonseca:

Os conteúdos que formam o conjunto denominados Estudos Sociais são generalizantes.


A especificidade do objeto de conhecimento histórico não aparece em sua totalidade. A
preocupação do ensino de Estudos Sociais não é refletir sobre a história construída pelos
homens, mas “localizar e interpretar fatos”, utilizando instrumental das Ciências Sociais
em geral e não da História especificamente. 5

A fusão de História e Geografia, em Estudos Sociais, visa não só a formação de futuros


cidadão alienados de acordo com a ideologia de controle nacional, mas também a desqualificação
dos discentes, que vem explicita na criação dos cursos de curta duração, onde formam – se
profissionais deficientes, usando como desculpa a falta de profissionais para o ensino de Estudos
sociais.

4
Resolução Nº 8, do Conselho Federal de Educação, de 12 de novembro de 1971.
5
FONSECA, Selva Guimarães. Caminhos da história ensinada. Campinas, SP: Papirus, 1993, pp.42.
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Todas essas estratégias foram acompanhadas por um ataque central à formação dos
professores. No inicio do ano de 1969, amparado pelo Ato Institucional nº 5. de
dezembro de 1968, o governo, através do Decreto-lei nº 547, de 18 de abril de 1969,
autoriza a organização e o funcionamento de cursos profissionais superiores de curta
duração. 6Ao admitir e autorizar habilitações intermediárias em nível superior para
atender às “carências de mercado”, o Estado revela ser desnecessária uma formação
longa e sólida em determinadas áreas profissionais, quais sejam, as licenciaturas
encarregadas de formar mão-de-obra para a educação. Enquanto isso, outras áreas de
formação profissional mantiveram os mesmos padrões de carga horária e duração.7

De acordo com Circe Bittencourt, durante o Regime Monárquico brasileiro o currículo de


História teve um papel de extrema importância para o governo, com a utilização da história
nacional, a criação de mitos e heróis nacionais pôde se criar uma identidade nacional. Do mesmo
modo, também Rosa Carreteiro nos apresenta o papel do Instituto Histórico e Geográfico
Brasileiro.

O Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) encarregou-se de fornecer as bases


de uma história nacional dividida em uma periodização definida pala ação política de
monarcas: a descoberta do Brasil pela monarquia portuguesa correspondia ao
nascimento de uma nação branca, européia e cristã constituída no período da
colonização; a Independência do Brasil possível pela criação de um estado monárquico
responsável pela integridade territorial e pelo surgimento de uma “grande nação”, de um
Império. 8

Mais de um século depois, o regime militar apropriando-se dessas bases de identificação


pátria criadas pelo IGHB, impôs ao Brasil uma nova proposta educacional que legitimava as
“intervenções” que o Estado estava perpetrando no seio social. A implantação de disciplinas que
propagavam os ideais da “revolução”, os feriados civis e a construção desse sentimento de
pertencimento nacional foram as bases que sustentaram as mudanças no currículo do ensino de
História nos períodos em que as liberdades democráticas foram suprimidas a favor da Segurança
Nacional.

JUSTIFICATIVA
Nos últimos anos, o Brasil está passando por um momento no qual suas “memórias
começam a ser reveladas”. Memórias de anos de repressão, prisão, tortura e assassinatos, traumas
6
Decreto-lei nº 547 de 18-4-69 – C.F.E.
7
FONSECA, Selva Guimarães. Caminhos da história ensinada. Campinas, SP: Papirus, 1993, pp.26.
8
CARRETERO Mario; ROSA, Alberto; GONZÁLEZ
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que se tentou por tempo colocá-los embaixo do tapete do esquecimento. E nessa busca por
nossas memórias anestesiadas, os estudos sobre esses períodos de exceção vêm crescendo
vertiginosamente.

“Mas que, é enfim a história? Vou dizer-lhe. Você recolhe os fatos. Para isso você vai aos
Arquivos. Esses celeiros de fatos. Lá, basta você se abaixar para recolhê-los. Encha com eles os
seus cestos. Limpe-os bem da poeira. Coloque-os sobre a sua mesa. Faça como as crianças,
quando se divertem com os ‘cubos’ e trabalham para reconstruir a bela imagem que lhes foi
mostrada e depois destruída... O lance está feito. A história também”.1

Essa pesquisa vem com o intuito de esclarecer algumas indagações, buscando ampliar o leque
das discussões em torno da temática “Ditadura Militar” e “Ensino de História”, dentro de uma
perspectiva local, destacando algumas práticas e métodos de ensino que vigoram no presente. No
Ceará as discussões sobre o período militar ainda se encontram obscuras, com algumas
publicações sobre a resistência e luta estudantil contra as atrocidades do regime, que escorriam
da capital federal para os “cantos” mais distantes da federação.

No Brasil, durante os anos em que o governo militar esteve à frente do Estado brasileiro
(1964 – 1985), buscou-se implantar no sistema educacional as diretrizes que convergiam com
as propostas da Lei de segurança nacional. Os militares constituíram mudanças nos conteúdos
de diversas disciplinas, principalmente nas relacionadas às ciências sociais, verdadeiras
mudanças nas relações entre professores e alunos, mas principalmente na relação entre o
ensino e a formação de futuros cidadãos. Nas duas últimas décadas, houve um significativo
aumento nas discussões concernentes ao Ensino e Currículo da História. Por mais de 20 anos
de governo militar o Estado brasileiro, agora em seu estado de direitos, pôde pensar o Ensino

1
FEBVRE, Lucien. Febvre contra a História Historizante. (1947). In: MOTA, C. G. (Org.). “História”. Lucien
Febvre. São Paulo: Ática, 1978. p.106-107.
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liberto das amarras da Lei de Segurança Nacional. Esse projeto de pesquisa tem como
objetivo analisar as reformas no ensino brasileiro, mas especificamente o ensino de História.
Durante algumas discussões acadêmicas surgiram as inquietações que esta pesquisa se propõe
respondê-las. O que mudou no currículo de História? Como essas reformas afetaram o ensino
de História do Brasil e Mundial? Quais mudanças ocorreram nas relações escolares,
profissionais e sociais? Como foram remodelados os conteúdos nos livros de História? Quais
as principais diferenças entre os currículos de Histórias das escolas analisadas? Quais as
rupturas e reminiscências dos antigos conteúdos de História ainda nos perseguem?
Novas discussões sobre a junção (com outra perspectiva) das disciplinas de História e
Geografia – Estudos Sociais.
Inclusão de disciplinas que lembram o ensino de Educação Moral e Cívica.

Com as reformas educacionais implantadas durante o governo militar, as novas leis que
regulamentavam o ensino no Brasil passaram a ditar novas formas de se ensinar história e com
essa mudança não só a estrutura curricular da disciplina mudou, mas a forma que os alunos
passaram a analisar as questões sociais e a criticidade que a disciplina desenvolve no ambiente
escolar e social. O estudo dessas reformas vem para auxiliar na compreensão de vários
fenômenos sociais que se constituíram nos anos que seguiram-se ao regime e como o ensino de
história e os livros didáticos, no ensino básico, continuam a ser influenciados mesmo após as
novas reformas pós-redemocratização.

CRÍTICA HISTÓRIOGRÁFICA

1. Fazer um apanhado sobre o que se escreve sobre o ensino de história na


década de 1990 e 2000. (O que vem sendo discutido)
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2. Colocar que a discussão sobre o ensino vem sendo alvo de novos olhares
com a inserção de novas abordagens, mas que mesmo com essas
transformações ainda persistem práticas que reverberaram desde o
período militar.

OBJETIVOS

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Objetivo geral

Analisar como as reformas educacionais dos anos 1970 foram introduzidas nas escolas do
Estado do Ceará, mas especificamente em Fortaleza. Buscando essas informações nos arquivos
de duas escolas da capital cearense, a Escola de Ensino Fundamental e Médio Filguieiras Lima e
o Colégio Militar de Fortaleza. Colocando em diálogo duas propostas de ensino, que deveriam
ser diferentes, porém as diretrizes educacionais do país as tornam semelhantes.

Objetivo específico

Analisar a implantação das leis e decretos-leis, dentre outros documentos oficiais, que
modificaram toda estrutura de ensino no país e como elas afetaram o ensino de história na
educação básica nacional durante o período de governo dos militares.

Identificar e analisar a mudança nas relações entre Escola/Governo, Professor/Conteúdo,


Professor/Alunos e Alunos/Conteúdo. Partindo do contato com os arquivos e materiais didáticos
das escolas a serem estudadas.

METODOLOGIA
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O presente projeto de pesquisa em sua fase inicial tem como principal objetivo o acúmulo
teórico, com base nas leituras básicas sobre a conjuntura política, social e educacional do país.
Num segundo momento, terá como base metodológica manter o diálogo entre aos diversos tipos
de fontes, buscando o diálogo entre os campos da historiografia e pedagogia. Tendo como fontes
depoimentos, documentos dos arquivos escolares, periódicos locais e visitas às escolas.

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