Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ANEXO
SUMÁRIO
1 CONCEITOS................................................................................................................. 14
1.1 Objetivo...................................................................................................................... 14
1.2 Significado do valor................................................................................................... 14
1.3 Procedimentos gerais............................................................................................... 14
2 CONCEITUAÇÃO, TERMINOLOGIA E SIMBOLOGIA................................................ 14
2.1 Conceituações............................................................................................................ 14
2.2 Simbologia.................................................................................................................. 19
3 NÍVEIS DE RIGOR DA AVALIAÇÃO........................................................................... 22
3.1 Avaliação rigorosa.................................................................................................... 22
3.2 Avaliação normal....................................................................................................... 24
3.3 Avaliação expedita..................................................................................................... 25
3.4 Informação técnica de valor..................................................................................... 25
4 AVALIAÇÕES COM NÍVEL DE RIGOR NORMAL...................................................... 26
4.1 Introdução.................................................................................................................. 26
5 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO TÉCNICA....................................................................... 26
5.1 O método comparativo de dados de mercado........................................................... 26
5.1.1 Conceituação.......................................................................................................... 26
5.1.2 Procedimentos gerais............................................................................................. 26
5.1.3 Homogeneização (avaliação com nível de rigor normal)........................................ 27
5.1.4 Cuidados especiais................................................................................................ 27
5.2 O método comparativo do custo de reprodução..................................................... 28
5.2.1 Conceituação.......................................................................................................... 28
5.2.2 Procedimentos gerais............................................................................................. 28
5.3 O método da renda................................................................................................... 28
5.3.1 Conceituação.......................................................................................................... 28
5.3.2 Procedimentos gerais............................................................................................. 29
5.3.3 Valor locativo - Vl................................................................................................... 29
5.3.4 Receita líquida operacional - Rlo.......................................................................... 29
5.3.5 Receita líquida efetiva - Rle................................................................................... 30
5.3.6 Receita líquida total - Rlt....................................................................................... 30
5.3.7 Valor do imóvel....................................................................................................... 31
5.3.8 Casos específicos................................................................................................... 31
5.4 O método residual.................................................................................................... 31
5.4.1 Conceituação.......................................................................................................... 32
5.4.2 Procedimentos gerais............................................................................................. 32
5.5 O método involutivo................................................................................................... 32
5.5.1 Conceituação.......................................................................................................... 32
5.5.2 Estudo para implantação de loteamento................................................................. 33
5.5.3 Estudo para implantação de projeto com edificações............................................. 33
5.5.4 Produto geral de vendas (Pgv)................................................................................ 33
5.5.5 Despesas diretas e indiretas (Mgd)......................................................................... 33
5.5.6 Retorno Bruto (RB).................................................................................................. 34
5.5.7 Lucro do incorporador (Li)....................................................................................... 34
6 PROCEDIMENTOS AVALIATÓRIOS PRELIMINARES.............................................. 34
7 AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS URBANOS........................................................................ 35
7.1 Método comparativo de dados de mercado............................................................... 35
7.2 Atualização dos valores e o uso do Fator de fonte ou de oferta (Ff)....................... 36
7.3 Homogeneização dos valores pesquisados.............................................................. 36
7.3.1 Homogeneização pela forma usual......................................................................... 36
7.3.2 Homogeneização nas planilhas da SPU: AVAL_R e AVAL_C.............................. 37
7.3.3 Fatores de homogeneização................................................................................... 37
7.3.3.1 Fator de área - Fa................................................................................................ 38
7.3.3.2 Fator de profundidade – Fp.................................................................................. 39
7.3.3.3 Fator de testada – Ft.... ....................................................................................... 40
7.3.3.4 Fator de transposição - Ftr................................................................................... 40
7.3.3.5 Fator de testadas múltiplas - Ftm........................................................................ 40
7.3.3.6 Fator de acidentação topográfica - Fat................................................................ 41
7.3.3.7 Fator de restrição legal - Frl................................................................................. 41
7.3.3.8 Fator de pedologia - Fpd...................................................................................... 41
7.3.3.9 Fator de loja - Flj.................................................................................................. 42
7.3.3.10 Fator de projeto – Fpj......................................................................................... 42
7.3.3.11 Fator de acabamento - Fac................................................................................ 42
7.3.3.12 Fator de depreciação física e funcional – Fd.................................................. 42
7.3.3.13 Fator de comercialização - Fk........................................................................... 42
7.3.3.14 Fator de fonte ou de oferta - Ff.......................................................................... 42
7.4 Tratamento estatístico dos valores pesquisados...................................................... 43
7.5 Método comparativo do custo de reprodução de benfeitorias................................... 44
7.5.1 Custo de reprodução - Cr........................................................................................ 44
7.5.2 Valor da benfeitoria (Vb) por reprodução................................................................ 45
7.5.3 Fator de ajuste de condomínio – Fc........................................................................ 45
7.5.4 Custo Unitário Básico - CUB................................................................................... 46
7.5.5 Coeficiente do valor pleno....................................................................................... 47
7.5.6 Depreciação............................................................................................................ 48
7.5.7 Padrões de acabamento......................................................................................... 48
7.5.8 Coeficiente ou vantagem da coisa feita - Kcf.......................................................... 49
7.5.9 Fator de loja - Flj..................................................................................................... 49
7.6 Resultado da avaliação.............................................................................................. 49
8 AVALIAÇÃO DE GLEBAS URBANIZÁVEIS............................................................... 50
8.1 Avaliação pelo método comparativo de dados de mercado....................................... 51
8.2 Avaliação pelo método involutivo............................................................................... 52
8.2.1 Procedimentos........................................................................................................ 52
9 AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS RURAIS............................................................................ 53
9.1 Método de avaliação.................................................................................................. 53
9.2 Terra nua................................................................................................................... 53
9.3 Benfeitorias................................................................................................................ 54
9.3.1 Benfeitorias não reprodutivas ou não produtivas.................................................... 54
9.3.2 Benfeitorias reprodutivas ou produtivas.................................................................. 55
9.3.2.1 Culturas................................................................................................................ 55
9.3.2.2 Florestas............................................................................................................... 55
9.3.2.3 Pastos.................................................................................................................. 56
10 FORMULÁRIOS DE AVALIAÇÃO TÉCNICA NORMAL............................................ 57
10.1 Instruções para preenchimento................................................................................ 57
10.1.1 Síntese da avaliação técnica: ............................................................................. 57
10.1.2 Caracterização do terreno..................................................................................... 57
10.1.3 Caracterização das benfeitorias............................................................................ 58
10.1.4 Cr e Kp (Somente para a planilha “AVAL-R”)....................................................... 59
10.1.5 Pesquisa de valores imobiliários.......................................................................... 59
10.1.6 Homogeneização de valores pesquisados, memória de cálculo, informações
complementares e conclusões, para a planilha “AVAL-R”................................... 59
10.1.7 Homogeneização de valores pesquisados, memória de cálculo, informações
complementares e conclusões, para a planilha “AVAL-C” .................................. 60
10.1.8 Memória de cálculo/estatística ............................................................................ 60
11 AVALIAÇÃO TÉCNICA EXPEDITA E INFORMAÇÃO TÉCNICA DE VALOR......... 60
11.1 Introdução................................................................................................................ 60
11.2 Elementos para a avaliação expedita e informação técnica.................................... 61
12 METODOLOGIA PARA LOTES URBANOS.............................................................. 61
13 METODOLOGIA PARA GLEBAS URBANIZAVEIS.................................................. 62
14 METODOLOGIA PARA TERRENOS INDUSTRIAIS E GLEBAS URBANAS........... 63
15 METODOLOGIA PARA TERRENOS RURAIS – NBR 8799...................................... 63
16 METODOLOGIA PARA ILHAS.................................................................................. 63
17 VALOR DE BENFEITORIAS...................................................................................... 64
18 VALOR TOTAL DO IMÓVEL...................................................................................... 64
19 FORMULÁRIOS DE AVALIAÇÃO TÉCNICA EXPEDITA – FATE............................ 65
19.1 MODELOS “R” E “C” - INSTRUÇÕES PARA O PREENCHIMENTO....................... 65
20 FOLHA DE INFORMAÇÃO TÉCNICA DE VALORES – FITV................................... 68
20.1 MODELOS “R” E “C” - INSTRUÇÕES PARA O PREENCHIMENTO....................... 68
21 PLANTA GENÉRICA DE VALORES (PGV) - INTRODUÇÃO................................... 70
21.1 Escopo..................................................................................................................... 70
21.2 Abordagem metodológica........................................................................................ 70
22 METODOLOGIA DE EXECUÇÃO E ATUALIZAÇÃO DA PGV................................. 70
22.1 Estudo da localidade............................................................................................... 70
22.1.1 Análise geográfica da localidade......................................................................... 71
22.1.2 Determinação das fontes de pesquisa................................................................ 71
22.1.3 Indicação dos coeficientes locais de valorização............................................... 71
22.1.4 Elaboração de uma tipografia local de terrenos................................................ 71
22.1.5 Localização dos pólos de valorização................................................................. 71
22.2 Pesquisa de valores imobiliários............................................................................. 71
22.2.1 Valores de transações......................................................................................... 72
CAPÍTULO I
1 CONCEITOS GERAIS
1.1 Objetivo
2.1 Conceituações
ÁREA EDIFICADA - é qualquer construção que caracterize um imóvel, tais como: casas,
edifícios, galpões, garagens etc.
DIVISAS DO TERRENO - são os seus limites que confinem diretamente com os de outras
unidades.
IMÓVEL RURAL - prédio rústico, de área contínua, qualquer que seja sua localização, que
se destine à exploração extrativa, agrícola, pecuária, ou agro-industrial, quer através de
planos públicos de valorização, quer através da iniciativa privada.
LOTE URBANO - é o terreno situado em zona urbana ou de expansão urbana, como tal
definida na lei municipal de zoneamento urbano, passível de ser aceito como unidade
autônoma conforme o disposto na Lei 6.766 de 19.12.79, especialmente nos artigos 2º, 4º e
6º, e na legislação local do uso do solo e cujo aproveitamento eficiente não dependa de
parcelamento.
2.2 Simbologia
2.2.2 Idade
2.2.5 Estatística
A NBR 5676/89 refere-se a imóveis urbanos; a NBR 8799, a imóveis rurais e a NBR 8951, a
glebas urbanizáveis, todas com idêntica classificação:
a) expedito;
b) normal e
c) rigoroso.
As prescrições relativas aos vários níveis de rigor da NBR 5676/89 são transcritas a seguir:
a) cada um dos elementos que contribuem para formar a convicção de valor tem de
estar expressamente caracterizado e o seu conjunto deve formar uma amostra
tão aleatória quanto possível, usando-se toda a evidência disponível.
- à destinação;
- ao grau de aproveitamento;
- às características físicas;
- à comprovação de todos os elementos de referência que concorrerem à
elaboração do trabalho avaliatório.
N ≥ K+5
i) nos trabalhos compostos por avaliações parciais, este nível de rigor estará
atendido se, em pelo menos 85% (oitenta e cinco por cento) do montante da
avaliação, ele for alcançado.
CAPÍTULO II
4.1 Introdução
Sempre que possível devem ser utilizados os formulários constantes deste manual.
Outrossim, são admitidas alterações, acréscimo e exclusões nas planilhas disponíveis, em
função de circunstâncias especiais de cada avaliação e do método efetivamente
empregado.
A seleção dos métodos a serem adotados não é aleatória. Deve estar em consonância com
cada caso particular e sua adoção precisa ser justificada. Preferencialmente, devem ser
utilizados os métodos diretos.
5.1.1 Conceituação
É aquele em que o valor do imóvel, ou de suas partes constitutivas, é obtido por meio da
comparação de dados de mercado relativos a outros imóveis de características similares.
A boa aplicação do método comparativo exige uma seqüência de procedimentos, tais como:
a) vistoria e caracterização do imóvel avaliando;
A forma mais comum de homogeneização dos valores pesquisados é aquela feita por meio
do Fator agregado simples (Fas), resultante do produto de vários fatores.
5.2.1 Conceituação
Este método de avaliação é aplicável aos imóveis suscetíveis de produzir renda, por meio
de aluguéis ou arrendamentos, da produção ou de atividade de negócio.
Em síntese, para se obter o valor de um bem imóvel, segundo o método da renda, é preciso
definir ou estimar:
a) o valor locativo;
b) a vida economicamente útil restante ou remanescente;
c) a receita bruta esperada durante o prazo de sua vida econômica útil;
d) a provisão para vacância e outras perdas;
e) as despesas operacionais;
f) o valor de salvado;
g) a taxa de capitalização a adotar.
Com estes elementos, estima-se a capitalização da renda líquida ou dos benefícios futuros
durante a vida remanescente e acrescenta-se o valor de salvado atual.
O valor locativo deve ser o de mercado. Para isso, o avaliador deve pesquisar valores de
contratos e/ou ofertas recentes de imóveis semelhantes, a fim de utilizar o método
comparativo para homogeneização ou inferência dos valores encontrados.
Os fatores ou variáveis a serem adotados devem ser aqueles que melhor reflitam a situação
do mercado local.
A receita bruta resulta da estimativa do valor atual de todas as locações a serem obtidas ao
longo da vida economicamente útil do imóvel.
Na prática estima-se uma despesa média mensal, que é deduzida do valor locativo para se
apurar uma receita operacional líquida.
Considerando o caso de uma locação com período de revisão de aluguel (anual, semestral,
quadrimestral etc.), a estimativa do valor atual da receita líquida pode ser obtida com a
aplicação da seguinte fórmula prática:
(1 + i ) n − 1
Rlt =
Rle
[ −1 −p
]
(1 + f ) + (1 + f ) × n
2 i(1 + i )
onde:
Rle - valor líquido do pagamento no primeiro mês do contrato (ou início de um período de
reajuste);
f - taxa mensal de inflação esperada em longo prazo;
p - número de meses do período para reajuste;
i - taxa mensal de juros adequada do mercado financeiro correspondente à remuneração
do capital;
n - número de aluguéis mensais obtidos durante a vida útil do imóvel.
O valor de “i” deve ser determinado com o máximo cuidado, pois dele depende a fixação do
valor venal do imóvel.
Uma alternativa ainda mais simples (embora majorante) é considerar a renda como uma
perpetuidade, onde a renda líquida total é obtida pela divisão da Rle pela taxa "i" de juros do
mercado. Assim,
Rle
Rlt =
i
O valor do imóvel resulta da agregação da receita líquida total com o valor de salvado e com
o valor do terreno (ou da fração de terreno, quando for o caso).
O valor de salvado corresponde, por sua vez, a um percentual do valor pleno de reprodução
da benfeitoria. Entretanto, adotando-se a renda perpétua, não há porque se considerar o
valor de salvado e do terreno.
Quando admitida à avaliação com nível de rigor expedito ou a informação técnica de valor, o
método pode ser executado de forma simplificada.
5.4.1 Conceituação
É o método em que, do valor total do imóvel, subtrai-se o valor das benfeitorias para se
obter o valor do terreno (e vice-versa), considerando-se, conforme o caso, o Fator de
comercialização (Fk).
Para a estimativa do Valor do terreno (Vtt) pelo método residual (o caso mais comum),
pode-se:
a) estimar o Valor das benfeitorias (Vb) pelo método do custo (no valor das
benfeitorias considera-se incorporada uma parcela relativa à coisa feita);
Na hipótese contrária, sabido o valor do terreno pelo método comparativo, subtrai-se esta
parcela do valor total do imóvel para se estimar o valor das benfeitorias como resíduo.
5.5.1 Conceituação
“É aquele método cujo valor de um terreno é definido pelo estudo de viabilidade técnico-
econômica, alicerçado no seu melhor aproveitamento, mediante hipotético empreendimento
imobiliário compatível com as características do mesmo e as condições do mercado.
(Atuação Profissional – AVALIAÇÕES E PERÍCIAS, IBAPE, 1996)
É uma técnica utilizável toda vez que não existam dados amostrais comparáveis e que o
terreno não esteja sendo usado de forma eficiente, como por exemplo:
Quando o empreendimento mais indicado for uma construção, pode ser aplicado o método
do custo, conforme as explicações contidas neste manual. Nesse caso, deve-se ter o
cuidado de não considerar os coeficientes da coisa feita e de depreciação em função de
idade e estado de conservação.
O avaliador deve ter o cuidado de verificar se a vocação da área avalianda está voltada para
empreendimentos que contemplem atividades específicas, tais como hotelaria, postos,
marinas etc., situação em que é mais indicado o uso de metodologias especiais.
O Produto geral de vendas deve ser obtido por meio do método comparativo de dados de
mercado, onde cada unidade terá o seu valor, de acordo com a capacidade de absorção do
mercado.
- legais e de incorporação;
- custo de financiamento;
- publicidade e comercialização (inclusive corretagem);
- seguro;
- eventuais;
- etc.
O retorno bruto é estimado pela diferença entre o Pgv (Receita programável) e as despesas
do empreendimento, conforme a seguinte expressão:
RB = Pgv - Mgd
Definido o valor do RB, temos condições de estabelecer uma porcentagem adequada para
remunerar o incorporador (conceito de lucro bruto) e, afinal, estabelecer o valor do terreno
pelo resíduo.
c) selecionar o(s) método (s) avaliatório(s) que usará e preparar um plano de ação
compatível com o(s) mesmo(s), após formada a idéia a respeito do imóvel
avaliando;
e) procurar obter uma planta da área homogênea, onde irá colher informações, de
preferência uma planta genérica de valores, caso disponível, para orientação
das transposições;
A avaliação de imóveis urbanos pode ser feita por quaisquer dos métodos apresentados
neste manual, segundo a NBR 5676/89. Preferencialmente, deve-se optar pelos métodos
diretos.
Depois de realizada a pesquisa de valores imobiliários, deve-se procurar obter uma amostra
composta por valores de compra e venda ou locação de imóveis semelhantes ao avaliando.
É conveniente coletar o maior número possível de elementos.
Apesar de ser dado tratamento específico aos dados coletados, visando sua
homogeneização, convém que a amostra seja formada por imóveis que se aproximem o
máximo possível do imóvel avaliando, de preferência situados na mesma área homogênea
da planta genérica de valores, quando essa existir.
Os valores dos imóveis colhidos devem ser, em princípio, oriundos de transações de compra
e venda ou locações efetuadas nos 6 (seis) meses anteriores à data da pesquisa, cujas
condições dos negócios realizados estejam bem caracterizadas. Observar que os valores
declarados em documentos, como a escritura de compra e venda nem sempre traduzem a
realidade.
Uma vez obtido o valor global à vista para cada um dos imóveis pesquisados e aplicado o
Fator de fonte ou de oferta (Ff), é feita a divisão do valor pela respectiva área
(R$valor/área), para se obter a primeira indicação do Valor unitário por m² corrigido (Vu/ m²).
c) divide-se o Fator agregado simples do imóvel avaliando pelo Fator agregado dos
imóveis pesquisados (Fas av/Fas1, Fasav/Fas2, Fasav/Fas3 etc.) para se obter o
Fator agregado relativo (Far1, Far2 etc.);
d) este último (Far) é multiplicado pelo valor unitário de cada elemento de pesquisa,
para o posterior tratamento estatístico (OBS: Por ora, não serão mencionadas as
etapas posteriores).
O cálculo das planilhas de avaliação adotadas pela SPU (AVAL-R e AVAL-C) para obter a
homogeneização dos dados pesquisados é inverso ao método de homogeneização usual.
O valor médio unitário e o campo de arbítrio são calculados da seguinte forma:
Cada atributo considerado, seja dos elementos amostrais ou do avaliando, deve possuir um
coeficiente, proveniente da análise dos dados coletados, correspondente a sua variação
específica. Para tanto, a critério do avaliador, podem ser utilizados estudos consagrados
pela engenharia de avaliações, dados dos poderes públicos e/ou de empresas privadas,
desde que esses retratem a tendência de variação do atributo analisado.
a) No caso de terrenos:
Fp - Fator de profundidade
Ft - Fator de frente ou testada
Ftr - Fator de transposição de local
Ftm - Fator de testadas múltiplas
Fat - Fator de acidentação topográfica
Frl - Fator de restrição legal
Fpd - Fator de pedologia
Fa - Fator de área
Os fatores aqui sugeridos não são obrigatórios e podem ser alterados ou introduzidos outros
não citados. A escolha e adoção de fatores de homogeneização é de inteira
responsabilidade do avaliador.
É o fator que visa corrigir o valor unitário quando há diferença entre as áreas do imóvel
avaliando e pesquisado.
Esse fator de ajuste, adotado quando há influência das áreas em análise na formação do
valor, deve ser usado com extrema cautela, tendo em vista que sua fórmula em matérias
especializadas (tais como a apostila do Curso de Engenharia Legal e de Avaliações,
ICAPE/SC, 1994), está direcionada à homogeneização usual e não à homogeneização pelo
processo inverso, conforme o cálculo das planilhas disponibilizadas pela SPU.
Caso o avaliador resolva adotar o Fator de área, deve estar seguro que o mesmo traduz
adequadamente determinada situação em estudo. A aplicação da fórmula nas planilhas
AVAL-R, AVAL-C e similares é a seguinte:
ANEXO – ON-GEADE-004 PÁGINA 38
ON-GEADE-004 28/8/2002
1/8
Aaval
Fa = se ∆ > 30%
Apesq
1/ 4
Aaval
Fa = se ∆ ≤ 30%
Apesq
Aaval − Apesq
∆ = × 100
Aaval
Diz a NBR 5676: “A influência de Profundidade (P) é levada em conta no Valor (Vt) através
derelação entre Profundidade equivalente (Pe) e a profundidade recomendada para a zona,
segundo o modelo:
Vt = At . Vu . Cp
a) O expoente (p) deve ser igual a zero (p = 0), enquanto a Profundidade equivalente
ou efetiva (Pe) se mantiver entre a mínima (Pmi) e a máxima (Pma), correspondendo ao
aproveitamento eficiente para o bairro ou local de sua situação.
(Pmi ≤ Pe ≤ Pma);
b) O expoente (p) deve estar entre os limites 0 e 1 (0 < p ≤ 1), quando a Profundidade
equivalente for inferior à mínima recomendável (Pe < Pmi);
c) O expoente (p) deve estar entre os limites –1 e 0 (-1≤ p < 0), quando a
Profundidade equivalente for superior à máxima recomendável (Pe > Pma).”
Para terrenos de duas ou mais testadas, considera-se, para fins da obtenção da Pe, a frente
efetiva como sendo a testada principal (mais valorizada).
“A influência da frente será levada em conta no valor (Vt) através da relação entre a
projetada (Fp) e a de referência (Fr), segundo o modelo
Vt = At . Vu . Cf
em que:
Cf = (Fp/Fr)f
Onde:
0≤f≤1“
Nas localidades em que são utilizadas Plantas de Valores, ou para as quais haja
informação confiável da valorização relativa dos logradouros elaborada pela prefeitura,
recomenda-se analisar a relação entre o indicador de valor do trecho de logradouro do
imóvel avaliando e o do imóvel pesquisado, ou a relação entre o indicador do trecho
pesquisado e o do paradigma:
Y pesq.
Ftr =
Yaval.
Diz a NBR 5676, “Os lotes de frentes múltiplas e/ou esquina devem ser avaliados
observando-se as vantagens ou desvantagens decorrentes das suas características
especiais.”
Outros aspectos topográficos podem ainda surgir, tais como o fato de o terreno estar situado
acima ou abaixo do logradouro com necessidade de corte ou aterro etc.
Todos os casos devem ser apreciados, e com base nas informações coletadas, o avaliador
deve analisar as vantagens ou desvantagens decorrentes da topografia.
É aplicável aos terrenos sobre os quais incidem restrições legais ao seu pleno
aproveitamento, bem como às benfeitorias, no caso de tombamento. Podemos citar os
seguintes tipos de restrição:
Pode ser aplicável quando tratar-se de solos pouco próprios para construção, desde que
verificada a real interferência das condições do solo no valor do imóvel.
No método comparativo de dados de mercado, sua adoção não é usual porque utiliza-se,
preferencialmente, a comparação entre elementos amostrais assemelhados.
Tem por objetivo desvalorizar o imóvel em função de sua idade e estado de conservação.
Sugere-se a utilização do critério de Ross-Heidecke (tabela encontrada na planilha AVAL-R)
ou o coeficiente de obsolescência de Neri. Existem outros métodos de depreciação
consagrados na engenharia de avaliações, que também podem ser úteis ao avaliador.
Valor de Mercado
Fk =
Vt + Vb
O fator de fonte é aquele que indica a variação que pode ocorrer entre o valor ofertado em
publicações periódicas, em imobiliárias etc. e o valor de uma transação efetiva. Sugere-se
que os valores, conforme sua fonte, situem-se dentro de uma faixa de mais ou menos vinte
por cento do valor da unidade.
A análise estatística dos valores Vuh, obtidos pela homogeneização, é exigência da Norma
5.676/89 da ABNT. A prática vem demonstrando que amostras corretamente
homogeneizadas ajustam-se à distribuição normal, que é a adotada para a referida análise.
Portanto, o primeiro teste a fazer é o de verificação da normalidade da amostra. Para tal,
recomenda-se o critério de verificação de assimetria e curtose (achatamento), calculando-
se:
∑ (x − Xi ) ∑ (x − xi )
3 4
a3 = , e a4 = − 3 , onde:
n ⋅ s3 n ⋅s4
s =
∑ ( x − xi) 2
6( n − 2) 24 n(n − 2)(n − 3)
sa3 = sa4 =
(n + 1)(n + 3) (n + 1) 2 (n + 3)(n + 5)
6
Se |a3| < 1,5 . sa3 e a4 + > 1,5 . sa4 aceita-se a hipótese da
n +1
normalidade.
6
Se |a3| > 2 x . sa3 ou a 4 + > 2 . sa4 rejeita-se a hipótese.
n +1
Caso seja verificada uma distribuição não normal, é preciso que a homogeneização seja
reexaminada. Há situações em que se torna necessária a substituição ou eliminação de
elementos suspeitos, a fim de que seja obtido um resultado satisfatório.
| xi − x |
σ
que deve ser menor ou igual ao desvio crítico, e pode ser verificado na tabela constante das
planilhas AVAL-R e AVAL-C, em função do número de elementos da amostra:
n
scrt = s
n −1
Saneada a amostra, desde que o número mínimo de elementos seja 5 (cinco), estabelece-
se o campo de arbítrio para o valor final, definido na supracitada norma como compreendido
no intervalo de confiança máximo de 80% (oitenta por cento). É conveniente para isso
adotar-se a distribuição "t" de Student, usando-se a expressão:
t. s
Lc = x ± onde:
n −1
O Custo de reprodução (Cr) será igual ao produto da Área de construção (Ab) pelo Custo
Unitário Básico (CUB), multiplicado pelo coeficiente do valor pleno (Kp), a título de despesas
complementares, benefícios e despesas indiretas.
Assim,
Cr = Kp . Ab. Cub onde:
Cr = Custo de reprodução da construção avalianda
Ab = Área da construção avalianda em m²
CUB = Custo Unitário Básico por m²
Kp = Coeficiente de valor pleno
Para se obter uma estimativa do custo para reprodução de uma benfeitoria já existente,
considera-se o Custo de reprodução (Cr), depreciado em função da Idade do imóvel (I) e do
seu estado de conservação, multiplicado pelo coeficiente de vantagem da coisa feita (Kcf),
quando for o caso.
A área de construção será calculada, quando não diretamente disponível, pelo critério de
área equivalente, usando-se o estabelecido pela NBR 12.721. Como exemplo, podemos
sugerir as seguintes relações de equivalência com a área coberta-padrão:
A soma das áreas cobertas-padrão e das áreas equivalentes fornece então a área de
construção.
Ab = Fc . Abp onde:
Fc = Fator de ajuste de condomínio;
Abp = Área de benfeitoria privativa
Cabe lembrar que o CUB fornecido por publicações não contempla todos os elementos de
custo como, por exemplo, fundações, elevadores, instalações especiais, etc., que deverão
ser considerados no Kp (coeficiente do valor pleno).
onde,
CUB = Custo Unitário Básico publicado pelo SINAPI
Oel = orçamento para elevadores
Ofe = orçamento das fundações efetivamente usadas
Ofd = orçamento das fundações diretas (cerca de 3% do Cub)
Oi = orçamento de instalações especiais
Ab = área construída, calculada segundo os critérios da NBR - 12.721
Qf = taxa de custo financeiro para o período de obras
Qad = taxa de administração da empresa
Ql = taxa de lucro da empresa
Of = orçamento final.
Suponhamos que a área total seja de 5000m², servida por um conjunto de elevadores cujo
orçamento seja de $ 300.000; as fundações estejam orçadas em $ 400.000; as instalações
especiais em $ 100.000. A obra deve durar 18 (dezoito) meses, com o capital empatado, em
média 10 (dez) meses, a juros de dez por cento ao ano.
0,10
Qf = 10 [ ] = 8,33%
12
Se a empresa tiver um custo de administração de 10% (dez por cento) e desejar um lucro de
15% (quinze por cento) e considerando o orçamento de fundações diretas como 3% (três
por cento) do custo publicado:
Of = 1.176,33
Para o cálculo do coeficiente de valor pleno, de um modo geral, poderá ser adotado o
seguinte esquema de composição de custos, a ser atualizado pelo avaliador, conforme a
situação do mercado imobiliário local.
Cabe esclarecer que os percentuais aqui adotados são meramente ilustrativos, devendo o
avaliador identificá-los e quantificá-los com a situação real analisada:
2º Subtotal Z= 1,20S
ou Z = 1,644CUB
7.5.6 Depreciação
O valor da benfeitoria por reprodução será igual ao Custo de reprodução (Cr) depreciado em
função da idade do imóvel e do estado de conservação, podendo ser adotado o critério de
ROSS-HEIDECKE ou de G.B. DEI VEGNI-NERI, entre outros consagrados pela engenharia
de avaliações.
Iim
Fd = 1 - (1 - Kr) onde:
Ip
100 − k
Fd =
100
Serão os adotados pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (NBR 12.721): alto,
normal e baixo. Admite-se ainda o uso do padrão popular (Sinduscon e SINAPI).
Poderá ser acrescido ao valor da benfeitoria por reprodução, quando for o caso, o
coeficiente (vantagem) da coisa feita. Como exemplo, podemos sugerir os coeficientes
conforme a tabela abaixo:
TABELA 1
Pequena estrutura e
residencial de luxo 1,15 1,15 a 1,125 1,125 a 1,078 1,078 a 1,025
Industrial e residencial
médio. 1,1 1,10 a 1,084 1,084 a 1,052 1,052 a 1,02
Residencial modesto
ou popular 1,05 1,05 a 1,042 1,042 a 1,026 1,026 a 1,015
Observe-se que o Flj e Kcf podem assumir o valor 1 (um) na expressão, dependendo do
tipo de imóvel avaliando.
Vt - Valor do terreno
ANEXO – ON-GEADE-004 PÁGINA 49
ON-GEADE-004 28/8/2002
Como exemplo podemos citar, entre outros, as seguintes condições que interferem na
determinação do fator de comercialização:
- localização do imóvel;
- arquitetura compatível com o padrão local do imóvel;
- funcionalidade;
- equilíbrio econômico do empreendimento;
- condições de obsolescência;
- características geo-econômicas da região; e
- retração ou euforia do mercado local.
8.2.1 Procedimentos
Rl = Pgv - Mgd - Li
Os métodos a usar são os adotados por essa mesma Norma, a saber, os diretos
(comparativo e de custo) e os indiretos (de renda e residual), com peculiaridades de
aplicação a cada componente do valor, ou seja, terra nua, construções, instalações, culturas
etc.
No caso dos imóveis rurais, o valor da terra nua está diretamente relacionado:
c) com a dimensão.
Um só terreno rural pode conter solos de diversos tipos, devendo o mesmo, para fins de
avaliação, ser subdividido em parcelas conforme a tabela de classificação que o avaliador
entenda ser a mais adequada. Quando utilizados os métodos diretos, o valor da terra é dado
ou por comparação do valor global ou pelo somatório das parcelas de seus componentes
(conforme a classificação de solo/acessos/fertilidade etc.).
Além desses 3 (três) fatores, existirão outros que, dependendo da região, devem ser
considerados na determinação do valor do imóvel, tais como declividade do terreno,
potencial de irrigação, pluviosidade, percentagem de área coberta de mata nativa etc.
9.3 Benfeitorias
A Norma cita:
9.2.2.1 As avaliações das construções (edificações e instalações) são feitas através de
orçamentos qualitativos e quantitativos ou com o emprego de custos unitários oriundos de
tabelas, desde que provenientes de fontes fidedignas e obrigatoriamente mencionadas.
9.2.2.2 A depreciação das construções e das instalações deve levar em conta os aspectos
físicos e funcionais, com a consideração da vida útil, aparente e provável, bem como do
estado de conservação.
Ou seja:
Vb = Custo unitário x Área x depreciação
9.2.3 Equipamentos – A avaliação deve ser feita pelo método direto, com citação
obrigatória das fontes de consulta. A depreciação deve levar em conta, além dos aspectos
mencionados em 9.2.2.2, o eventual obsoletismo, a manutenção e as condições de
funcionamento.
Inovações capazes de proporcionar rendimentos por meio da venda dos seus produtos:
culturas, reflorestamentos, pastos cultivados ou melhorados etc.
9.3.2.1 Culturas
9.3.2.2 Florestas
Para a avaliação de florestas, de forma resumida, de acordo com o trabalho do Eng. Adilson
José Magossi, pelo método do valor econômico, a fórmula avaliatória básica é bastante
simples e pode ser representada pela expressão:
V = RL x A x r
Onde :
9.3.2.3 Pastos
Não há parâmetros para medir o preço de venda de pastagens, uma vez que não é praxe
oferecer à venda o feno. É mais comum o aluguel dessa cultura.
As instruções abaixo são para o uso das planilhas eletrônicas disponibilizadas pela SPU,
úteis na preparação dos laudos de avaliação com nível de rigor normal:
AVAL-C: Destina-se a avaliação de apartamentos, salas, lojas, galpões, casas etc., com a
utilização do método comparativo de dados de mercado.
DIMENSÕES - Quando alguma das dimensões assinaladas for formada por mais de um
segmento de reta ou de curva, indicar neste item as dimensões resultantes do somatório
das medidas dos referidos segmentos. Numerar os lados no croqui, e transcrevê-los aqui
com as respectivas medidas.
EDIFICAÇÃO PRINCIPAL
Havendo mais de uma edificação que, pelo seu porte ou outra característica, mereça ser
classificada como "principal", poderão ser usados outros formulários para a descrição
pormenorizada das mesmas.
O avaliador sempre deve informar a fonte das informações existentes no seu trabalho
(nome, telefone e ou endereço da pessoa contatada).
Do laudo, devem constar também os dados pertinentes ao imóvel pesquisado, tais como:
localização, dimensões, situação, topografia, superfície e quaisquer outros elementos que o
avaliador achar conveniente acrescentar como relevante na formação do valor.
CONDIÇÕES DE VENDA - Quando o preço não for dado à vista, indicar as condições de
venda (entrada, prestações, prazo).
PREÇO À VISTA GLOBAL - Indicar o valor do preço à vista do imóvel, tendo em conta as
condições de venda, aplicando-se para isto as transformações indicadas na matemática
financeira, quando for o caso. Indicar também o preço à vista por metro quadrado. Informar,
quando usada, a taxa de capitalização adotada para o cálculo do preço à vista. O preço aqui
informado deve estar referido à data indicada da pesquisa. O uso de moeda estável poderá,
eventualmente, evitar a necessidade da correção monetária.
O avaliador usará estes formulários, em quantas vias forem necessárias, para desenvolver
seu laudo de avaliação.
O avaliador usará estes formulários, em quantas vias forem necessárias, para desenvolver
seu laudo de avaliação.
Quaisquer outras informações que o avaliador julgue pertinente fazer (tais como
equivalência de áreas, esclarecimentos sobre acabamentos especiais, situações de
restrição legal de qualquer forma, explicação para os coeficientes e variações dos fatores de
homogeneização utilizados etc.) para concluir a respeito do valor atribuído ao imóvel,
deverão ser transcritas na folha de “Informações complementares”.
CAPÍTULO III
11.1 Introdução
Neste capitulo são definidas as prescrições a serem seguidas, no âmbito da SPU, para a
realização de avaliações expeditas e informações técnicas de valor.
O valor unitário por metro quadrado do terreno, quando não elaborado pelo método
comparativo, será obtido da Planta Genérica de Valores, organizada de acordo com o
CAPÍTULO IV.
Quando o lote possuir mais de uma testada, será adotado o valor do metro quadrado do
logradouro, servidão ou outro acesso correspondente à frente ou testada principal, que será
determinada pelo avaliador.
Considera-se inicialmente que apenas 65% (sessenta e cinco por cento) da área total será
dividida em lote vendáveis, com a devida observância do parágrafo 1º do Art. 4º da Lei
6766/79. Essa percentagem de aproveitamento da gleba poderá ser diminuída, se isto
corresponder à realidade conhecida, devendo o fato ficar devidamente documentado.
Mgd = dp x Pgv.
Li = Lp x Pgv
ANEXO – ON-GEADE-004 PÁGINA 62
ON-GEADE-004 28/8/2002
Vtt = Pgv-Mgd-Li ou
Vtt = Pgv – dp.Pgv – Lp.Pgv e portanto:
Vtt = Pgv(1 – dp –Lp)
Esses terrenos, por sua utilização, não podem ser avaliados utilizando-se o valor genérico
da área urbana, sem adequar-se o resultado à realidade do mercado. Isto poderá ser feito
mediante o uso de um fator corretivo conveniente a título de Fator de comercialização (Fk),
cuja adoção deverá ser justificada, em princípio, por uma pesquisa de mercado. Portanto,
em essência, sua avaliação expedita ou informação técnica não difere se feita para os lotes
urbanos, aplicando-se os fatores de homogeneização adequados, entre os quais não se
incluem os de profundidade, de frente e de testadas múltiplas.
Inicialmente, há que se distinguir a base de cálculo a que se quer chegar, ou seja, a que
receita se destina a avaliação, já que o objetivo de cada uma conduz a procedimentos
diversos:
17 VALOR DE BENFEITORIAS
A metodologia aqui prevista aplica-se apenas a construções, quando for utilizado o modelo
da FATE “R” ou FITV “R”. Outras benfeitorias deverão ser avaliadas segundo métodos
próprios, condizentes com sua natureza.
O fator de depreciação por idade, a ser multiplicado pelo custo de reprodução é dado pela
expressão:
A vantagem da coisa feita, estimada pelo coeficiente Kcf, poderá ser obtida na tabela
sugerida neste manual.
Quando a construção avaliada for unidade em condomínio da qual não se conheça a área
de construção total, considerar-se-á um acréscimo de até 40% (quarenta por cento) sobre a
sua área real de construção privativa, para fins de cálculo do valor.
O valor do bem avaliado (Vti) será determinado pelo produto da soma dos valores do terreno
e das benfeitorias neles existentes pelo Fator de comercialização (Fk). Conforme já
Cabe salientar que o fator em referência não se aplica na avaliação pelo método
comparativo.
CARACTERÍSTICAS DO TERRENO
CARACTERÍSTICAS DA EDIFICAÇÃO
Tipo – Informar o tipo de edificação objeto da avaliação (apartamento, casa, loja, galpão,
prédio etc.).
Uso – Informar o uso a que se destina a unidade (residencial, comercial, industrial etc.).
MEMORIAL DE CÁLCULO
Valor do m² do Terreno
AVALIAÇÃO DE BENFEITORIA
Fator da coisa feita – pode ser obtido por meio da tabela proposta neste manual.
Fator de loja ou de valorização comercial - só utilizar quando a construção for de uso não
residencial.
Anexo – Deverá ser anexada, ao modelo da FATE “C”, a pesquisa que serviu de base para
definição de valor.
MEMORIAL DE CÁLCULO
Valor do m² do terreno
AVALIAÇÃO DE BENFEITORIA
Fator da coisa feita – pode ser obtido por meio da tabela proposta neste manual.
Fator de valorização comercial ou de loja - só utilizar quando a construção for de uso não
residencial.
Anexo – Deverá ser anexada, ao modelo da FITV “C”, a pesquisa que serviu de base para
definição de valor.
CAPÍTULO IV
21.1 Escopo
A presente metodologia para a elaboração de Planta Genérica de Valores – PGV, tem por
objetivo orientar e sistematizar o processo de aperfeiçoamento na coleta e tratamento de
informações sobre os terrenos dominiais e outros que interessam à Secretaria do Patrimônio
da União na Administração dos bens públicos.
Contudo, tendo em vista a aplicação mais ampla que as normas da SPU têm tido em Juízo e
fora dele, e a inexistência de trabalhos desta natureza para a quase totalidade das cidades
brasileiras, procurou-se também, no desenvolvimento metodológico apresentado, considerar
a experiência cristalizada nas normas brasileiras de avaliação técnica.
Este procedimento preliminar permite uma elaboração de uma tipologia local de terrenos por
meio da vistoria do local, de abordagem dos tipos de terrenos mais comuns, considerando
suas características, o que servirá para a determinação do lote-padrão de referência. Nesta
determinação deverá ser levado em conta o Plano Diretor da Prefeitura local.
Deve-se dar também preferência aos valores pesquisados relativos a terrenos nus, pois no
caso de terrenos edificados, será necessário utilizar métodos de avaliação como o residual
para se chegar ao valor mais provável do m² de terreno.
Quando o mercado imobiliário de compra e venda local não for ativo ou quando o número de
valores pesquisados não for significativo, isto é, menor que 5% (cinco por cento) do
universo, pode-se optar por incluir valores de locação. Neste caso, o método de avaliação
empregado para obtenção do valor do terreno é o método da renda.
Deverão ser listados os valores pesquisados por área homogênea, constituindo-se uma
amostragem estatística para cada área.
Deverá também ser tracejada uma linha na planta, dirigida de cada área homogênea ao pólo
de valorização mais próximo da localidade, com finalidade de se visualizar, espacialmente, o
comportamento dos valores de m² de terreno, podendo haver mais de um pólo por área.
Cada área homogênea é então dividida em logradouros ou seções de logradouros que, por
suas características de uniformidade, deverão receber individualmente um valor genérico
para o lote-padrão, como se estivesse situado na posição central.
Para a elaboração de uma PGV pressupõe-se que seja obtida uma grande massa de dados,
dispersos segundo os logradouros que compõem a área em estudo. Tais informações
precisam ser organizadas e tratadas de forma adequada, a fim de que se possa inferir, para
cada trecho de logradouro, qual o valor do m² do lote-padrão, considerado esse no meio da
quadra.
O tratamento dos dados poderá ser feito utilizando-se a inferência estatística ou a estatística
descritiva.
A atualização e o Fator de fonte devem ser aplicados conforme o mencionado neste manual.
O valor representativo do m² referido ao lote-padrão será obtido pela média aritmética das
informações consideradas aceitas.
Admite-se que o valor do imóvel, para fins da PGV, seja formado pela agregação do valor do
terreno com o da edificação ou benfeitoria, acrescido, quando for o caso, de uma parcela a
título da coisa feita (Kcf). Isto posto, obtém-se o valor do terreno nu pelo método residual,
estimando-se o valor da benfeitoria ou edificação pelo método do custo de reprodução
depreciado, com o adicional Kcf.
O valor, tanto do imóvel global como das benfeitorias será sempre o valor atual à vista,
conforme consta no item 20.4.1., alínea “a” – Primeira Etapa.
Uma vez obtido o valor dos terrenos pesquisados, far-se-á a divisão do seu valor pela
respectiva área, a fim de se obter a primeira indicação do valor (Vui) por m² em moeda.
Esse valor deverá ser corrigido por meio da aplicação dos fatores de homogeneização para
se obter a segunda indicação do valor (Vuh) por m² homogeneizado, que será usado, de
fato, para o cálculo do valor genérico.
Os valores obtidos segundo a metodologia dos itens anteriores serão dispostos em planta e
sob a forma de tabela em computador, para exame dos avaliadores e verificação de sua
coerência. A critério dos avaliadores responsáveis e devidamente justificadas, poderão ser
introduzidas correções na planta assim obtida, para o que poderão ser buscados subsídios
junto aos representantes da Municipalidade, de associações de moradores e de
organizações civis de profissionais especializados.
As colaborações e análises críticas serão avaliadas e poderão resultar em alterações nos
valores anteriormente determinados, desde que feitas dentro dos intervalos de confiança
estatisticamente estabelecidos.
O cadastro de logradouros, que inclui o valor genérico de m² atribuído a cada um, integra o
Banco de Dados Imobiliários de terrenos, previsto na Orientação Normativa. Ele deve ser
atualizado periodicamente, ou sempre que ocorrerem mudanças significativas de valores. A
atualização pode ser de dois tipos :
23 RELATÓRIO FINAL
O relatório final do estudo da Planta Genérica de Valores para uma determinada localidade
deverá conter, de acordo com a orientação prevista nesta metodologia:
a) estudo da localidade;
b) identificação dos pólos das áreas homogêneas;
Anexos:
- fontes de pesquisa;
- informações básicas coletadas (formulários);
- documentação levantada sobre a localidade.
O relatório deve ser feito na elaboração como nas atualizações da planta, com as
adaptações que se impuserem.
ANEXOS AO CAPÍTULO II
3 1,89 -
4 1,64 -
5 1,53 1,65
6 1,48 1,73
7 1,44 1,80
8 1,42 1,86
9 1,40 1,92
10 1,38 1,96
11 1,37 1,98
12 1,36 2,03
13 1,36 2,05
14 1,35 2,10
15 1,34 2,12
16 1,34 2,16
17 1,34 2,18
18 1,33 2,20
19 1,33 2,23
20 1,33 2,24
(1) – A tabela já considera os valores de “t” para (n - 1). Entra-se diretamente com o número
de elementos aceitos na amostra.
CRITÉRIO DE CHAUVENET
t .s
Xmáx = x+
n −1
t.s
Xmín = x−
n −1