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As grandes potencias haviam se lançado com uma frivolidade irracional em uma luta
bipolar que conduziu a petrificação de dois blocos de poder.
No inicio do século XX as guerras eram iniciadas com um toque de frivolidade.
Cada uma das principais potencias contribuiu com sua cota de falta de visão e
irresponsabilidade.
As nações da Europa transformaram o equilíbrio de poder em uma corrida
armamentista sem compreenderem que a tecnologia moderna e o recrutamento em
massa transformara a guerra generalizada na maior ameaça a sua segurança e à
civilização européia com um todo.
Diplomatas pós-Bismarck: política externa com agressividade.
A Alemanha não possuía nenhum estrutura filosófica de integração.
A Alemanha de Bismarck não incorporava, de maneira alguma, as aspirações de um
estado-nação, pois ele excluíra deliberadamente os alemães austríacos. O Reich de
Bismarck era um artifício sendo, antes de tudo, uma Prússia maior cujo principal
objetivo era aumentar seu próprio poder.
A ausência de raízes intelectuais foi a principal causa da política externa sem rumo da
Alemanha.
Lideres sentiam-se vagamente ameaçados.
Os planejadores militares alemães pensavam sempre em termos de lutar
simultaneamente contra uma combinação de todos os vizinhos da Alemanha.
Mas os sucessores de Bismarck, abandonando sua política de contenção, fiavam-se
cada vez mais na força pura e simples, como foi expresso em uma de suas afirmações
prediletas – que a Alemanha serviria como o martelo e não a bigorna da democracia
européia.
Bismarck esforçou-se para não enfatizar o poder alemão, utilizando o seu intricado
sistema de alianças para conter os muitos parceiros e para evitar que suas
incompatibilidades latentes rompessem em uma guerra. os sucessores de Bismarck
careciam da paciência e da sutileza para tal complexidade.
Guilherme I > Frederico > Guilherme II.
1890 – Bismarck demitido.
Weltpolitik
Táticas agressivas pareciam aos lideres alemães a melhor maneira de demonstrar aos
seus vizinhos os limites de sua própria força e os benefícios da amizades alemã.
Em toda a parte, a Europa sentia algo decididamente sinistro em relação P imensidão e
a insistência da Rússia.
RUS – preferia o risco da derrota ao compromisso.
Nos fóruns europeus, a Rússia ouvia os argumentos em nome do equilíbrio de poder
mas nem sempre era fiel às suas máximas.
A Rússia em marcha raramente exibia um senso de limites.
Na Ásia, o sentido missionário da Rússia era ainda menos refreado pelos obstáculos
políticos ou geográficos.
O papel da chancelaria, no entanto, era contestado pelo Departamento asiático, que era
igualmente independente e responsável pela política russa referente ao império
otomano, os Bálcãs e o extremo oriente. Não se considerava parte do concerto da
Europa. Compreendendo as nações da Europa como obstáculos aos seus desígnios.
A Rússia sem um ministro com poderes executivos sobre todos os aspectos das
questões referentes à política externa.
Não só as políticas do tzar eram frequentemente impulsionadas pelas emoções do
momento, como tambem sofriam grande influencia da agitação nacionalista insuflada
pelos militares.
Guerra russo-japonesa – 1905.
Expansionismo provocando o declínio da Rússia.
Apesar de cada um desses conflitos custar um preço, a Rússia continuou a identificar o
status de grande potencia com o expansionismo territorial.
Quando dois colossos – uma Alemanha forte e impetuosa e uma Rússia imensa e
implacável encontram-se uma com a outra no centro do continente, o conflito é
provável, independente do fato de a Alemanha nada ter a ganhar com uma guerra
contra a Rússia e desta ter tudo a perder com uma guerra contra a Alemanha.
1890-1914 – transformação da política externa da Grã-Bretanha (Salisbury)
O governo de salisbury tinha que lidar com o declínio do prestigio relativo da grã-
bretanha. Seu vasto poder econômico equiparava-se agora ao da Alemanha; a Rússia e
a frança haviam ampliado seus esforços imperiais e desafiavam o império britânico
praticamente em todas as partes.
FRA, ALE, RUS em choque com a GB no exterior.
Convencidos de que a Rússia e a gra0bretanha precisavam desesperadamente da
Alemanha, os elaboradores de políticas alemãs acreditaram poder conduzir barganhas
rigorosas com ambas simultaneamente sem especificar a natureza da barganha que
buscavam ou jamais imaginarem que poderiam estar aproximado a Rússia da grã-
bretanha.
A complexidade era inerente à localização e historia da Alemanha; nenhuma política
“simples” era capaz de explicar os seus vários aspectos.
Rejeição do Tratado de Resseguro pela Alemanha: tentativa de uma política “mais
simples”, garantir a Áustria como aliado, aproximar-se de vez da Grã-Bretanha.
Essa rejeição fez a Rússia interpretar o apoio alemão nos Bálcãs, procurando buscar
um aliado – França (sentimento revanchista).
Pesadelo de Bismarck quanto às coalizões: cristalizado agora com a aliança franco-
russa.
Uma vez que a Alemanha comprometera-se a apoiar inequivocadamente a Áustria,
França e Rússia passaram a apoiar-se mutuamente. Pois nenhuma delas alcançaria seus
objetivos sem derrotar ou enfraquecer primeiro a Alemanha.
Tríplice entente (1907 – FRA, GB e RUS), a partir daí o equilíbrio de poder parou de
funcionar. Provas de força tornaram-se a regra e não a exceção.
ALE e desejo de aliança com a GB como contrapeso.
GB e isolamento esplendido, sem alianças apenas medidas ‘informais’.
A GB não estava preparada para assumir um compromisso continental permanente,
especialmente pela Alemanha que tornava-se o pais mais forte do continente.
Enquanto a liderança alemã procurava por alianças, o publico exigia uma política
externa cada vez mais agressiva.
Agitação nacionalista sem encontrar no sistema política parlamentar que fora
desenvolvido na GB e na França.
Esses grupos compreendiam a diplomacia e as relações internacionais quase como se
fosse uma brincadeira, empurrando sempre o governo para uma linha mais dura, uma
expansão territorial maior, mais colônias, um exercito mais forte ou uma marinha
maior. Eles tratavam o “toma-lá-dá-cá” da diplomacia como uma humilhação publica.
Nenhuma questão era tão provável de transformar a grã-bretanha em um adversário
implacável quanto uma ameaça a seu controle marítimo.
1890 – pressões internas crescentes para aumentar a marinha alemã.
Pois não havia a menor duvida de que a Inglaterra resistiria uma vez que um pais
continental já de posse de exercito mais forte na Europa começasse a almejar a
paridade com a grã-bretanha no mar.
Preocupação com a opinião publica.
A grã-bretanha e a Alemanha simplesmente não tinham suficientes interesses paralelos
que justificassem uma aliança formal e global pela qual a Alemanha imperial tanto
ansiava.
GB e JAP
O programa naval alemão, alem da importunação que a Alemanha causara à GB na
guerra dos bôeres de 1899-1902. conduziu a uma reavaliação minuciosa da política
externa britânica.
GB e mudança das relações com FRA e RUS – tentativa de cooperação informal.
Para efeito pratico, a GB abandonou a posição de poder moderador para associar-se a
uma das duas alianças opostas.
A Alemanha realizara o feito extraordinário de isolar-se e de reunir três antigos
inimigos em uma coalizão hostil voltada contra ela.
A reação da ALE foi acelerar a mesma diplomacia que gerou a situação em primeiro
lugar.
Algeciras e crise do Marrocos.
Os franceses tiveram a sagacidade política de conviver com a ambigüidade britânica e
de confiar na convicção de que a obrigação moral se desenvolveria e, em um momento
de crise, venceria.
A GB uniu-se à tríplice entente a fim de frustrar o que ela temia com o movimento
alemão em direção à dominação mundial.
O que tornava a política externa da Alemanha tão ameaçadora era a ausência de
qualquer fundamento lógico discernível por trás de suas incessantes contestações
globais.
A conduta irrefreável da Alemanha garantiu sua confrontação.
As nações da Europa haviam se permitido caírem presas de inconseqüentes clientes
balcânicos.
Cada problema transformava-se num teste de coragem para provar que a Alemanha era
decisiva e poderosa. Entretanto, a cada desafio alemão, os laços da tríplice
aumentavam.
Apoio da ALE à anexação da Bósnia pela AUS – inimizade com a RUS.
Marrocos e tropas alemãs e francesas.
Poucos eventos poderiam ter enfurecido a Rússia mais que a Alemanha reivindicar
uma posição nos estreitos e que a Europa negara à Rússia durante um século.
Antes da primeira guerra, cada membro das coalizões encontrava-se em uma posição
não so de começar uma guerra, como tambem de chantagear seus aliados para apoia-lo.
A SER, RUS, AUS todas esperavam um apoio maior dos seus aliados; a FRA, a GB e a
ALE temiam que pudessem perder seus parceiros se não se apoiassem mais
energeticamente na próxima crise.
Depois disto, cada grande potencia foi tomada pelo pânico de que uma atitude
conciliatória faria com que ela parecesse fraca e inconstante, causando com que seus
parceiros abandonassem-na para enfrentar uma coalizão hostil sozinha.
Jamais ocorreu a eles que a incapacidade de fazer com que suas alianças
correspondessem aos objetivos políticos racionais conduzira à destruição da civilização
da maneira como a conheciam.