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Análise do LD – História 1

1º Volume
Capítulo 7 – Apogeu da ordem feudal

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• Capítulo está inserido no contexto da Id. Média, na unidade que trata sobre a aproximação
entre o Ocidente e o Oriente. Ou seja, um conflito religioso a partir da expansão do
islamismo e das cruzadas que partiram da Europa.
• O capítulo incia com uma iluminura das três ordens medievais, com um membro do clero,
um guerreiro e um camponês. A reflexão de serem representadas três figuras masculinas e
do que essas ordens representavam com relação ao gênero.

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1. A sociedade feudal
• Explicando de que forma a sociedade feudal estava organizada, o LD aborda a questão da
vassalagem e da servidão.
• Aborda também as relações entre sacerdotes, guerreiros e camponeses. Como aqueles que
oram, aqueles que guerreiam, e aqueles que trabalham.
• O LD apresenta como justificativa para os estamentos a religião; segundo a qual, os
sacerdotes estariam acima dos demais, por estarem ligados a Deus, serem pios e ter uma
vocação.
• Apresenta o trabalho como um castigo, dado à humanidade quando foram expulsos do
paraíso, devido ao pecado original – o LD ressalta a narrativa que coloca Eva como
causadora do pecado, segundo a Bíblia.
• O modelo religioso estamental também prevenia que houvesse contestação dos poderes;
uma vez que cada qual se encaixava no seu lugar social, determinado por Deus, para o bom
funcionamento da sociedade.
• Segundo o LD, somente a partir do crescimento comercial é que esse caráter ‘imutável’ das
ordens sociais é questionado. A partir do século XI, vê-se uma transformação social que
enriqueceu banqueiros, artesãos, comerciantes – levando-os a questionar seu lugar na
sociedade. Antes a percepção daqueles que ‘trabalham’ como reservada aos camponeses
mudou, e agora englobava também aqueles envolvidos em atividades comerciais.
• O LD sugere uma indagação de LeGoff sobre a denominação “idade das trevas”.
• Ao lado do texto, o LD nos apresenta uma iluminura francesa sobre o trabalho dos servos.
Na gravura, vemos alguns camponeses trabalhando colhendo uvas e preparando o solo;
outros preparam o vinho, amassando as uvas; outros estão tomando o vinho já pronto, de
dentro dos barris; enquanto um dos trabalhadores conversa com um homem, aparentemente
nobre (vestes azuis).
• Acima de todos os capítulos, o LD nos oferece uma cronologia. Na linha do tempo nessa
página, tem-se os acontecimentos de: 910 – fundação da Ordem de Cluny e 1075 – Início da
Querela das Investiduras.

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2. Muçulmanos sob o cerco: as Cruzadas
• O LD estabelece uma relação direta entre a expansão comercial do Ocidente, com a
expansão militar – as Cruzadas.
• Coloca a narrativa da primeira Cruzada, como a necessidade de conquistar a terra santa –
Jerusalém – com uma justificativa religiosa e política.
• A Igreja, na figura do papa, aparece como a articuladora entre o Ocidente e Constantinopla.
Como uma questão política, o LD aborda a tentativa do papa de unir novamente as igrejas
do Oriente e do Ocidente, separadas pelo Cisma de 1054; além disso, coloca também o
interesse do imperador bizantino de obter proteção contra os avanços muçulmanos.
• A Igreja aparece também como detentora dessa narrativa daqueles que podem ou não ser
perdoados; uma vez que concede perdão aos cruzados – desde homens nobres que tiveram
treinamento durante toda sua vida para a guerra, como também os “perdidos”, cavaleiros
errantes e homens sem propriedade, que buscavam nas cruzadas a sua possibilidade de
ascensão.
• O LD sugere como leitura, Amir Maaouf, uma abordagem do ponto de vista dos
muçulmanos sobre as cruzadas.
• Uma das sessões do LD chama-se “Investigando documentos”. Nessa página, a sessão
propõe a leitura de um monge cronista sobre a cidade de Bruges. No texto, o LD apresenta o
crescimento comercial relacionado com o excedente agrícola e localiza, inicialmente, em
torno dos castelos – que posteriormente se tornarão cidades e centros comerciais. Um desses
exemplos é a cidade de Bruges. No fragmento do monge, ele fala sobre a afluência das
pessoas para fora do castelo, para as trocas comerciais e de que forma isso está relacionado
com o desenvolvimento de uma cidade naquele local. Como exercício, o LD propõe aos
alunos refletirem sobre o surgimento das cidades próximas a mares e rios.
• Na linha do tempo desta página: 1095 – papa Urbano II convoca a primeira cruzada; 1098 –
fundação da ordem cisterciense.

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• Ainda no segundo item, o capítulo ressalta que havia um desequilíbrio entre aqueles que
guerreavam e os camponeses. Cabendo aos sacerdotes intervirem para evitar que terras
fossem tomadas e propriedades saqueadas, por ‘guerreiros’ violentos, que atacavam o
restante da sociedade desarmada.
• Como exemplos dos guerreiros ‘violentos’, o texto discorre sobre a “Paz de Deus”, quando
cavaleiros franceses, no século X, juraram pelas relíquias sagradas não mais roubar, saquear
ou estuprar mulheres.

2.1. Reinos cristãos no oriente


• O LD descreve a primeira cruzada, em 1095, com 35 mil pessoas. Diz também quão violenta
ela foi, trazendo morte a milhares de muçulmanos, judeus e cristãos em Jerusalém.
• Apesar das atrocidades, foi estabelecido o reino latino de Jerusalém e os cruzados foram
agraciados com terras. Permanecendo em Jerusalém, foram fundadas as ordens dos
Templários e dos Cavaleiros Teutônicos (Hospitalários).
• Em uma iluminura, o LD mostra a conquista de Jerusalém em 1190, retificando a
importância da cidade para o Ocidente medieval – colocando-a como principal ponto de
peregrinação do período. Na iluminura, vê-se diversos brasões de guerreiros adentrando o
que parece ser uma fortaleza ou um castelo. Além disso, o calvário também está
representando, mostrando Jesus carregando sua cruz, ao lado, ele aparece crucificado e, no
último quadro, aparecem algumas mulheres velando seu corpo.
• O LD sugere dois filmes sobre o tema das cruzadas: Cruzada, de Ridley Scott; e O Incrível
exército de Brancaleone, de Mário Monicelli.
• Como anotação ao professor, o LD ressalta a importância de caracterizar o movimento das
cruzadas não só por seus aspectos políticos e econômicos; mas, talvez principalmente, pelo
seu aspecto religioso. O LD sublinha que parte essencial da identidade do homem do
medievo é sua religiosidade. Afirmar que a conquista de Jerusalém era puramente para
expansão agrária ou comercial é deixar de lado um fator central da percepção dos cruzados
no mundo, sua identificação com a fé cristã.
• Na linha do tempo: 1099 – cria-se o reino latino de Jerusalém, após sua conquista; 1122 –
concordata de Worms define as funções espiritual e temporal dos bispos, fim do conflito
com o Sacro Império.
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3. Ambições no mar: Gênova e Veneza
• O LD apresenta o conflito no Mediterrâneo, afirmando que os muçulmanos possuíam
controle da região desde o século VIII, e que isso só mudaria a partir do século XI.
• Constantinopla aparece como ponto ‘medievo’ nesse Mediterrâneo muçulmano. E, por
conseguinte, Veneza aparece como a ponte entre Constantinopla e o mundo medieval
europeu. Por Veneza passavam tecidos e temperos asiáticos para a Europa, enquanto
Constantinopla recebia vinho, madeira, escravos.
• Outras cidades italianas também foram estimuladas pela prosperidade de Veneza, como foi o
caso de Gênova – que funcionava como uma ‘base militar’, enviando navios, atuando contra
os muçulmanos e oferecendo reposições dos contingentes militares.

4. Heresias e conflitos sociais


• Ao abordar o tema “heresia”, o LD primeiro define a origem dessa palavra: do grego,
escolha. No contexto religioso, define herege, segundo a Igreja Católica, como aquele que
não seguia os dogmas da religião, os sacramentos, os mandamentos, questionava a
autoridade papal e o poder eclesiástico.
• O LD segue discorrendo sobre os cátaros, colocando-os como o principal movimento
herético da Id Média. Presente em algumas comunidades italianas e francesas, o catarismo
defendia que as pessoas deveriam abdicar do mundo material, aproximando-se de Deus por
uma vida moral. Eles não reconheciam a legitimidade da Igreja e, por isso, foram
perseguidos. No sul da França os conflitos foram mais intensos, levando as autoridades
religiosas a convocarem uma cruzada contra os cátaros, que durou 20 anos (1209-1229).
• Nessa página, temos uma xilogravura que representa a cidade de Gênova, ilustrando seu
grande crescimento comercial e influência no Mediterrâneo.
• Como sugestão aos professores, o LD propõe uma comparação entre a população de
Gênova, e o estádio do Maracanã: 100mil pessoas lotariam um estádio de futebol e estimula
a reflexão dos alunos.
• Outra anotação do livro para os professores, sobre a questão das heresias, é o reforço entre
um movimento de centralização do poder papal e aumento da sua autoridade (como foi o
que se seguiu com o movimento das cruzadas, a concentração de terras pela igreja, acúmulo
de capital, etc.) e o surgimento de movimentos heréticos. O LD sugere que fazem parte de
um mesmo movimento de consolidação política da cristandade europeia – até porque, quem
decidia ou não o que era heresia, era a própria Igreja e o papa.
• Na linha do tempo, 1147: início da segunda cruzada, na qual os cristãos foram derrotados;
1170: fundação da universidade de Paris.

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• No quadro “Outra dimensão”, o LD aborda as ordens mendicantes. A narrativa os apresenta
como uma tentativa da Igreja Católica de se renovar, com o objetivo de aproximar-se das
massas.
• A ordem dos franciscanos nasce em 1210, com Francisco de Assis na Itália. Dedicava-se à
pobreza, proibia bens materiais, mendicância como forma de conseguir alimentos, o trabalho
manual era bem visto, e restringia o uso de cavalos.
• Domingos de Gusmão fundou em 1216 a ordem dominicana. Era baseada na pobreza
mendicante, pregação e educação. Recebiam uma rigorosa educação teológica.
• O exercício proposto nessa sessão, busca levar o aluno a refletir sobre as diferenças entre as
ordens medievais e o surgimento das ordens franciscana e dominicana. Segundo o LD,
anteriormente as ordens serviam de lugar de reclusão, separando os tementes a deus do resto
do mundo. O texto, porém, demonstra que as novas ordens trazem consigo novos ideias, e
pede que os alunos os relacionem com o que leram.
• Acompanhando também essa sessão temos uma iluminura. A imagem representa a vida de
São Francisco, visto no centro da obra, com uma auréola em torno de sua cabeça, abdicando
de seus bens materiais, para se dedicar à Igreja.
• O LD sugere dois filmes: Francesco de Liliana Cavani; e O Nome da Rosa, de Jean-Jacques
Annaud. Sugere, para o professor, o livro, homônimo desse filme, de Umberto Eco:
descrevendo que retrata do cotidiano de um mosteiro e também das perseguições heréticas
do período.
• Na linha do tempo, 1173 – nasce o movimento valdense, em Lyon, considerado herético;
1187 – Saladino, sultão do Egito, conquista Jerusalém.

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5. Renascimento urbano
• Associado a uma produção de excedentes agrícolas, o comércio ampliou e os espaços
urbanos expandiram-se. Foram surgindo cidades medievais, a partir dos burgos e fortalezas
que se localizavam em volta dos castelos.

5.1. Feiras, mercados, corporações


• Os camponeses foram atraídos para as cidades pela possibilidade de trabalhar em outros
serviços, além da agricultura. Além disso, as cidades também contavam com proteções
específicas, por conta de sua autonomia dos senhores feudais.
• O crescimento das cidades e o estímulo ao comércio entre cidades levou ao surgimento de
mercados, que se tornaram permanentes. Esses mercados, por sua vez, suscitaram o
surgimento de novas profissões que regulassem as trocas comerciais, como o serviço de
câmbio, a construção e manutenção de carroças de carga, ferreiros.
• Esse crescimento comercial estimulou a divisão do trabalho, levando a especialização das
atividades – fazendo surgir as corporações de ofício.
• O LD nos apresenta um mapa com as rotas comerciais na Europa, tanto por terra, quanto por
mar; e, também, nos aponta as cidades/feiras medievais durante os séculos XI-XIV.
• Como uma tentativa de construir um diálogo entre passado e presente, a sessão “história em
seu lugar” procura estimular o aluno a refletir sobre o local onde vive. Ela retoma a
importância das feiras medievais na Europa e propõe a reflexão sobre feiras nas cidades que
os alunos moram, quando ocorrem, o que é vendido, etc.
• Na linha do tempo, 1209 – inicia-se a cruzada contra os cátaros na França; 1210 – é fundada
a ordem franciscana.

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5.1.1. Ofícios urbanos
• Ainda sobre as corporações, o LD diz que elas surgiram de forma independente e, logo,
tornaram-se obrigatórias.
• Além disso, surgiram também organizações do comércio marítimo, chamadas guildas. Um
dos exemplos é a Liga Hanseática, do século XIII. A região de Flandres foi bastante ativa no
comércio do mar do Norte.
• O LD apresenta uma fotografia de um mosteiro na Catalunha, construído em 1022, com
arquitetura romântica. O mosteiro ilustra a atividade política e econômica de Barcelona.
• Na sessão “outra dimensão”, o LD aborda o chamado relógio comunal. Com o crescimento
do comércio tornou-se necessário medir o tempo. Os sinos da Igreja, que antes serviam
como marcadores do tempo religioso, logo foram acompanhados pelos relógios de praça,
que serviam para marcar o tempo dos comerciantes, dividido em 24 partes iguais. O
exercício dessa sessão propõe aos alunos discutirem a substituição do tempo dos sacerdotes
pelo tempo dos mercadores.
• Numa pequena sessão denominada “Império versus papa”, o LD aborda a questão das
investiduras, disputa entre o papa Gregório VII e o Sacro Império Romano-Germânico. O
papa alegava que a nomeação dos bispos cabia a si, enquanto o imperador pretendia nomear
ele mesmo seus bispos. Gregório VII ameaçou a excomunhão de Henrique IV, que pediu
perdão à Igreja e assinou a concordata de Worms – que determinava que os bispos seriam
escolhidos pelo papa, com a indicação e a opinião do imperador.
• Na linha do tempo, em 1216 – fundada a ordem dominicana; 1235 – criada a Inquisição.

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6. O flagelo da peste negra
• O LD fala sobre a crise fome que assolou a Europa a partir de 1315. A inundação dos
campos levou à perda dos grãos, o que fez com que seu preço aumentasse.
• Somado a isso, em 1348 houve um surto de peste negra. Chegada na Europa através de
Gênova, espalhou-se pela península itálica e logo se espalhou pelo continente.
• Numa gravura, vê-se a figura da morte, representando a peste negra, próxima de alvejar um
camponês.
• Na linha do tempo, 1270 – segunda cruzada, liderada por Luís XI. Os cruzados vencem, mas
Luís morre de tifo. Canonizado São Luís. 1328 – morte de Carlos IV, da França.

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6.1. Cólera divina
• A explicação mais comum para a peste negra foi a cólera divina. Interpretou-se que Deus
estava punindo-os pelos seus pecados. Judeus, associados com o povo que teria crucificado
Cristo, foram considerados os culpados por muitos. Pessoas andavam nas ruas com suas
costas abertas em feridas, devido à autoflagelação. A peste teve diversas epidemias
consecutivas.
• Obras de arte da época ressaltavam o medo da população da doença: caveiras, morte, ossos.

7. Conflito entre nobres: a Guerra dos Cem Anos


• Além da fome, e da peste, o século XIV foi também palco para um grande conflito entre as
coroas da Inglaterra e da França: A Guerra dos Cem Anos (1337-1453).
• O rei francês morre em 1328 sem deixar herdeiros homens. O rei Eduardo III, da Inglaterra,
sobrinho do falecido Carlos IV, considera-se herdeiro legítimo. Entretanto, parte da nobreza
francesa apoiava o primo do rei, Felipe de Valois, que assumiu como Felipe VI.
• Os reis precisavam do apoio da nobreza, uma vez que o poder não era centralizado na figura
do monarca; mas, sim, espalhado entre os duques, condes, senhores feudais.

7.1. As vitórias inglesas


• Os ingleses venceram as primeiras batalhas na região de Flandres.

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• A guerra seguiu pelo norte da França, na região da Normandia. Até Felipe VI conseguir
deter o avanço dos ingleses – devido a uma suspensão das batalhas, por conta de uma
epidemia de peste.
• O sucessor de Felipe, João II, rompeu com um tratado de paz de 1360 e os ingleses partiram
novamente para a ofensiva. Conquistaram o norte da França, chegaram a Paris e obrigaram,
em 1415, o rei João II a deserdar seu filho. Henrique V tornava-se, assim, herdeiro da coroa
francesa.
• Uma iluminura ilustra o texto, mostrando a vitória de Henrique V, na batalha de Azincourt,
de 1415.

7.1.1. A revanche francesa: Joana d’Arc


• No texto principal, o LD fala sobre a disputa entre Carlos VII e Henrique V. Dizendo que
aquele desobedeceu o acordo com a Inglaterra e se proclamou rei, formando um exército.
Nesse contexto, surge a figura “legendária” de Joana d’Arc – uma camponesa que teria se
aproximado de Carlos VII, após afirmar que ouviu vozes celestiais sobre seu destino.
• O LD encerra a Guerra dos Cem Anos com a vitória dos franceses em Bourdeaux, sem
contar sobre o desfecho da história de Joana, no texto principal.
• Na linha do tempo: 1348 – A peste negra começa a se alastrar pela Europa. Ingleses
conquistam a Normandia. 1358 – Inicio das jacqueries, revoltas camponesas na França.

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• Em um mapa, o LD aborda as divisões territoriais durante a Guerra dos Cem Anos. Os


vvvvvvducados e as alianças militares, as divisões entre os reis e os senhores feudais.
• O boxe “Outra dimensão” traz o tema “personagem” e aborda Joana d’Arc. No texto, ela
aparece como comandante de exércitos e vencedoras de batalhas pelos franceses. No
Odesfecho de sua história, ela aparece como capturada pelos ingleses e acusada de
blasfêmia, bruxaria e uso de magia; sendo morta na fogueira aos 19 anos. Apesar de ter
citado a acusação de bruxaria, o LD não explicita o envolvimento da Igreja na morte de
Joana, apenas dos franceses. Em contrapartida, encerra o texto afirmando que, anos mais
tarde, ela foi canonizada pela Igreja Católica, e transformada em santa padroeira da França.
• Para ilustrar o texto, o LD insere uma imagem de 1890, de Joana d’Arc durante a batalha de
Orléans. Na pintura, Joana aparece com vestes masculinas de guerreiro, durante uma cena de
conflito, segurando uma lança.
• O exercício do boxe, leva os alunos a refletirem sobre “uma prática frequente” que teria sido
deflagrada pela morte de Joana: a associação entre o gênero feminino e a bruxaria.
Segundo o LD, isso se tornaria mais frequente ao final do século XV. A proposta é que os
alunos reflitam sobre as implicações dessa associação na sociedade medieval.
• Na linha do tempo, 1360 – Tratado de Calais; 1371 – O imperador bizantino João V torna-se
vassalo do sultão otomano.

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8. A crise do feudalismo
• O LD inicia sua narrativa sobre a crise do feudalismo com os problemas que assolavam a
população na época: fome, guerra, peste. Em seguida, como uma consequência aos tempos
de crise, ele diz que existiam soldados mercenários que roubavam a população e atacavam
as mulheres.
• Nesse contexto, os camponeses fugiram em direção às cidades, o que contribuiu para o
recrudescimento da renda dos senhores feudais – problemas com as plantações, diminuição
da mão de obra.

8.1. Reação senhorial


• Junto ao esvaziamento dos feudos e o fortalecimento do poder real, os senhores feudais
passaram a não representar mais a importância da defesa e da cavalaria – uma vez que esta
foi substituída pelos arqueiros e as armas de fogo. Além disso, os guerreiros que serviam aos
senhores feudais foram substituídos por soldados, que respondiam ao poder real e recebiam
um soldo por seu trabalho.
• Senhores passaram a aumentar as taxas e impostos cobradas aos camponeses, como forma
de manter a renda de suas terras. Após uma proibição de Eduardo III do aumento do valor
pago os camponeses, a população revoltou-se. Na França, em 1358, as jacqueries uniram os
camponeses contra as arbitrariedades senhoriais em diversas cidades.
• No texto “o avanço do sultão”, o LD fala sobre os conflitos entre os islamizados otomanos e
o Império Bizantino. A tentativa de proteger Constantinopla incluiu, até mesmo, a tentativa
de unir novamente as Igrejas do Ocidente e do Oriente, como forma de garantir a proteção
do Bizâncio dos reis da Igreja do Oriente recusaram.
• Como sugestão de leitura, o LD traz a obra “Ecos do passado” de Hilário Franco Jr., para
justificar o porquê de estudar a Idade Média para a importância da história do Brasil.
• Em uma nota ao professor, o LD pede que se acentue a diferença entre turcos e árabes, como
dois povos distintos que, como semelhança, possuem apenas o islamismo.
• Na linha do tempo, 1380 – Duque da Borgonha rejeita o novo rei Carlos VI, e apoia os
ingleses; 1391 – Manoel II assume o trono bizantino e recusa novas exigências turcas.

p. 105
• No boxe “Imagens contam a história”, o LD apresenta o tema “A dança da morte”. No
contexto da peste negra, foram produzidas diversas imagens, gravuras, pinturas, que
retratavam os aspectos macabros da vida. Segundo o LD, era uma tentativa de superar o dia-
a-dia trágico que cercava a população. Formas humanas representando a morte e esqueletos
aparecem como um símbolo da fatalidade que espera a todos; vistos, frequentemente,
dançando e tocando instrumentos, esses esqueletos celebram a chegada do fim inevitável.
• Para ilustrar, uma imagem da dança da morte, do século XV. Nela, vemos figuras
cadavéricas que dançam ao lado de esqueletos, enquanto um outro esqueleto está deitado no
que aparenta ser uma cova.
• No exercício, o LD propõe que os alunos pesquisam quais avanços foram obtidos em termos
médicos durante a Idade Média, a partir das epidemias de peste negra.

p. 106 – 107
– Exercícios
• Na sessão “Para organizar”, o LD pede que os alunos definam heresia, usando um exemplo
medieval.
• Na sessão “Vamos testar”, o LD apresenta uma questão do Enem de 2006, que trata do tema
das Cruzadas. Dois pequenos excertos são apresentados: um discorre sobre as atitudes dos
cruzados, e outro aborda a atitude dos muçulmanos durante a hégira. A questão, então,
apresenta três afirmações a serem julgadas verdadeiras ou falsas. Ambos os textos apontam
para as mulheres como vítimas, ressaltando a violência que lhes era imposta – como serem
escravizadas, imoladas, degoladas. E, uma das afirmações, ressalta que, no contexto dos
conflitos entre muçulmanos e cristãos durante a Id. Média, uma prática comum era a
violência contra as mulheres.
Capítulo 13: Reformas Religiosas

p. 190
• Na apresentação do capítulo, o LD inicia a abordagem sobre as guerras religiosas que
ocorrerão durante o século XVI.
• O LD nos diz que essas disputas representam mudanças profundas nas relações políticas e
sociais na Europa, principalmente na Inglaterra, na França e no Sacro Império Romano-
Germânico.
• Associado a isso, temos a imagem de um ataque na cidade de Bourges, em que opositores do
catolicismo queimavam igrejas e condenavam as atitudes do clero.
• Em um quadro à parte, o LD propõe aos alunos uma reflexão sobre as Igrejas evangélicas no
Brasil, pedindo que eles diferenciem uma igreja protestante de uma igreja católica.

p. 191
1. Crise da Cristandade
• O contexto do século XVI era de uma profunda desesperança para a cristandade. Fiéis
penitentes, questionando-se dos males da peste e da fome constratavam-se com práticas
escusas do clero – como o nicolaísmo e a simonia.
• Religiosos devotos à pureza da espiritualidade criticavam as ligações materiais do clero e a
não-intervenção do papa nessas questões.
• Martim Lutero insurgiu-se contra a prática da venda de indulgência, que tinha se tornado
mais comum a partir do início do século XVI. Lutero criticava a preocupação com riquezas
da Igreja, mas sua crítica visava uma reforma da mesma.
• Na sessão “outra dimensão”, o LD aprofunda as definições de nicolaísmo e simonia. O
primeiro dizia respeito aos membros do clero manterem relações sexuais; e o segundo estava
relacionado com a venda de objetos sagrados. Apesar de condenados pela Igreja, essas
práticas continuavam vigentes e foram centro da crítica de muitos reformistas. No exercício,
o LD pede que os alunos deem um exemplo de simonia no contexto da Reforma Luterana.
Como ilustração, a sessão apresenta uma imagem do clero católico em um caldeirão, como
parte da crítica dos protestantes à Igreja.
• Na linha do tempo, 1517 – Lutero apresenta suas teses na catedral de Wittenberg, criticando
a venda de indulgências; 1520 – Lutero é excomungado pelo papa Leão X.

p. 192

2. O desafio luterano
• Nesse tópico, o LD discorre sobre as tensões entre a Igreja Católica e Lutero. Com a venda
das indulgências, Lutero afixa suas 95 teses na categral de Wittenberg. Apesar de não
romper com a Igreja, a atitude de Lutero não foi bem vista pelo alto clero, que exigiu sua
retratação.
• Em 1520, Lutero escreveu textos criticando o papado e a hierarquia eclesiástica. O papado
responde às críticas com a bula Exsurge Domine, ameaçando a excomunhão de Lutero.
• Em 1521, Lutero é excomungado. Carlos V convoca a Dieta de Worms, pedindo a retratação
de Lutero.

2.1. A doutrina luterana


• Explicando a doutrina de Lutero, o LD distingue três pontos fundamentais: a salvação pela
fé, o sacerdócio universal e a infalibilidade da bíblia.
• A doutrina também questionava os sete sacramentos: exceto o batismo e a eucaristia. Por
crer na infalibilidade da bíblia, e não do papa, Lutero traduziu os textos sagrados para uma
língua vulgar – o alemão.
• Nessa página, temos uma imagem de Lutero fixando suas teses na porta da catedral. Na
gravura, o monge pendura suas teses, enquanto um grupo de pessoas lhe observam e
conversam.
• Na Linha do Tempo: 1521 – Lutero é banido do Sacro Império pelo Édito de Worms, mas é
protegido pelo príncipe da Saxônia; 1522 – Lutero traduz a Bíblia para o alemão.

p. 193
2.2. Reforma consolidada
• Para explicar o sucesso da reforma de Lutero, o LD explica a situação econômica-política-
social da época. A imprensa havia sido inventada e difundida há pouco tempo, o que
contribuiu para a difusão das ideias.
• Além disso, os príncipes do Sacro Império Romano-Germânico desejavam obter mais poder
frente a Igreja que ocupava seu território, e seu apoio foi de grande importância para Lutero.
Ele rejeitou a revolta da pequena nobreza contra a alta, assim como as reformas camponesas
que a sucederam.
• Cita, também, os anabatistas, que admitiam apenas o sacramento do batismo, quando já
adulto.
• Em um quadro “outra dimensão”, o LD fala sobre a bíblia de Lutero. Associa a tradução da
bíblia para o alemão com o fim do monopólio que a Igreja Católica tinha, além de favorecer
a alfabetização. Junto ao quadro, temos uma imagem da capa da bíblia protestante, do Novo
Testamento, em alemão. O exercício propõe que os alunos discutam a capa do Novo
Testamento, decorada com imagens de santos, e as contradições da mesma com a proposta
de reforma religiosa de Lutero.
• Na linha do tempo, 1525 – Lutero condena a revolta camponesa liderada por Thomas
Muntzer, os anabatistas; 1528 – Henrique VIII solicita ao papa a anulação de seu casamento
com Catarina de Aragão.

p. 194
• Lutero condena o movimento anabatista. Utiliza uma citação de Cristo para repreender os
camponeses, que acabam sendo massacrados pela nobreza.
2.2.1 – A paz de Augsburgo
• Em 1529, os nobres alemães confirmo sua posição ao lado de Lutero, na Dieta de Spira –
que havia sido conclamada pelo imperador. Por esse motivo, ficam conhecidos como
“protestantes”.
• Houve uma guerra entre os apoiadores de Lutero e os nobres apoiadores da Igreja de Roma
– estes acompanhados pelo imperador do Sacro Império Romano-Germânico.
• Em 1555 é assinada a Paz de Augsburgo – que decretava que a religião oficial seria aquela
do príncipe.
• Em um quadro “Outra Dimensão”, o LD traz o personagem Thomas Muntzer. O LD trata de
sua aproximação e, posteriormente, do afastamento de Lutero. Explica, também, que
Muntzer comandou um exército de 8 mil camponeses. Foi capturado por católicos e
renunciou ao luteranismo. Foi decapitado. Em um exercício, o LD propõe que os alunos
discutam a relação entre os reformistas luteranos e os senhores feudais.
• Na linha do tempo: 1530 – Melanchton redige a Confissão de Augsburgo, considerada o
documento fundador da Igreja Protestante; 1531 – os nobres alemães favoráveis à reforma
organizam a Liga Samlkalda. Na Inglaterra, Henrique VIII é reconhecido como chefe da
igreja anglicana.
p. 195
3. Sem medo da riqueza: Calvino
• Em 1533, Calvino adere aos movimentos reformistas e se refugia na Suíça.
• Publica a “Instituição Cristã”, em 1535, defendendo os reformistas. Para Calvino, a Igreja
deveria ser invisível e o pastor deveria dividir o sacerdócio com seus fiéis.
• A Reforma se espalhou pela Suíça, sul da França e Países Baixos, e minoritariamente na
Inglaterra.
3.1. A doutrina de Calvino
• Calvino defendia a predestinação, ou seja, a salvação ou condenação eterna já estavam
decididas por Deus, não dependendo de boas obras ou sacramentos.
• O fiel deveria seguir os ensinamentos da Bíblia e a graça de Deus se mostraria, sinalizando
que ele o havia escolhido para salvação.
• Dos sacramentos, Calvino aceitou apenas o batismo; e, em parte, a eucaristia, mas não a
considerava transubstanciação.
• Em uma gravura, é representado um encontro de calvinistas na Bélgica do século XVI.
• Na linha do tempo, 1535 – Calvino publica “Instituição Cristã”; 1540 – o papa Paulo III
autoriza a Cia de Jesus.

p. 196
4. Protestantismo e política
• Difusão da Reforma em diversos países. Os calvinistas ingleses conhecidos como puritanos.
Os protestantes franceses chamados de huguenotes. Na Escócia, os reformadores eram
chamados de presbiterianos.
• Rompimento do monopólio da Igreja de Roma, pulverização de igrejas e guerras religiosas.
• Protestantes acusados de hereges.
• No quadro “investigando o documento”, o LD propõe a análise de dois trechos escritos
sobre a salvação da alma: um da doutrina calvinista e outro da luterana. No exercício, pede
que os alunos identifiquem os pontos de confluência entre as duas interpretações.
• Em uma nota “História em seu lugar”, pede que os alunos reflitam sobre o número de igrejas
protestantes e católicas no município do aluno
• Na linha do tempo, 1542 – Paulo III cria a congregação da Inquisição para combater a
heresia protestante; 1545 – Paulo III convoca o Concílio de Trento.

p. 197
4.1. Reforma anglicana, uma decisão do rei
• Em 1527, Henrique VIII pede anulação de seu casamento com Catarina de Aragão. O papa
nega seu pedido e o rei rompe com Roma.
• 1531, o clero de Canterbury declara o rei como protetor e chefe supremo da Igreja e do clero
na Inglaterra. Henrique VIII proíbe que as rendas eclesiásticas sejam enviadas a Roma.
• Em 1533, o papa excomunga Henrique VIII e Ana Bolena. Com o Ato de Supremacia,
entretanto, o rei tornava-se chefe supremo da Igreja.
• Os bens da Igreja foram expropriados e colocados a leilão. Nos anos seguintes, cresceriam
as perseguições da Coroa aos puritanos.
• Em um mapa, o LD traz a expansão das reformas pela Europa, durante o século XVI.
• Na linha do tempo, 1546 – Morte de Luteno; 1555 – Paz de Augsburgo.

p. 198
4.2. Huguenotes na França
• Lutas entre católicos e calvinistas – conflitos religiosos e políticos.
• Em 1562, com o Édito de Tolerância, Catarina de Médici permite que os huguenotes
professem sua fé.
• Noite de São Bartolomeu: 13 de agosto de 1572, morte de diversos huguenotes pelas mãos
das multidões católicas.
• Em 1598, Henrique IV proclama o Édito de Nantes, dando liberdade de culto aos
huguenotes.
4.3. Calvinismo e independência nos Países Baixos
• Províncias dos Países Baixos que pertenciam em maioria aos Habsburgos.
• Felipe II, rei da Espanha, aumenta a cobrança de impostos e acirra os ânimos entre católicos
e protestantes.
• Os calvinistas organizam um exército para defender-se da repressão espanhola.
• As províncias dividiram-se entre católicas e protestantes. Os calvinistas triunfaram nas
províncias mercantis, principalmente na Holanda.
• Na linha do tempo, 1559 – sínodo da Igreja francesa em Paris; 1563 – fim do Concílio de
Trento.

p. 199
5. Reação dogmática: a contrarreforma católica
• Em 1542, Paulo III cria a Sagrada Congregação da Inquisição Universal – reestruturando
a antiga instituição medieval, com o objetivo de perseguir as heresias protestantes.
• “A Inquisição processou muitas pessoas e queimou várias delas”.
• Reforçou as alianças com Espanha e Portugal.
• Em 1545, convoca o Concílio de Trento.
• No quadro “Conversa de historiador”, o LD propõe uma análise da reforma protestante do
viés político e econômico, associando-a ao capitalismo e ao absolutismo. No exercício,
propõe que os alunos contraponham o aspecto sociológico da reforma presente no texto com
uma frase de Febvre.
• Na linha do tempo, 1564 – Morte de Calvino; 1572 – Noite de São Bartolomeu.

p. 200
5.1. A Companhia de Jesus
• Expansão do catolicismo nas regiões ocupadas pelos países ibéricos.
• Fundada por Loyola, a Companhia de Jesus se tornaria a ordem-modelo da Contrarreforma.
Não buscavam reclusão, mas sim salvar as almas dos demais fiéis, com disciplina e
obediência ao papa.
• No quadro “Outra dimensão”, o LD aborda intolerância religiosa e caça às bruxas. No
texto, ele discorre sobre as perseguições de católicos e protestantes à figura do “demônio” e
a associação que se fazia de algumas pessoas com Satã. Define o que era “demonologia” e
seu uso para definir se alguém tinha ou não compactuado com o demônio. O LD fala sobre
obras que descreviam o comportamento dos ditos servos de Satã – como o sabá das bruxas,
ou missa negra. O LD reforça que essas cerimônias eram, na verdade, ritos pagãos para
garantia de boas colheitas. O texto aponta a França, particularmente a região da Lorena, no
século XVI como um dos locais onde essa perseguição foi mais intensa – matando 900
pessoas por bruxaria, queimadas ou enforcadas. Acompanhando o texto, vemos uma
pintura de Goya, do século XVIII, chamada “o sabá das feiticeiras”: na qual vemos um
grande bode, sentado ao chão, cercado por mulheres; algumas delas seguram crianças em
suas mãos. O exercício propõe que os alunos discutam sobre a imagem em associação com o
texto. Pergunta-lhes quais as características reservadas ao “público” devotado ao diabo; e,
também, qual seria o papel da criança que uma das mulheres segura em sua mão.
• Na linha do tempo, 1579 – formação da União de Utrecht: penínsulas calvinistas dos Países
Baixos contra a Espanha; 1598 – Henrique IV promulga o Édito de Nantes.
p. 201
• No quadro “outra dimensão”, o LD conta sobre Inácio de Loyola e os jesuítas. Expõe que
ele chegou a ser investigado pela Inquisição, mas que nada foi provado contra ele. Em
exercício, o LD pede para que os alunos discutam a relação entre a militarização das ordens
durante as cruzadas e os “soldados de Cristo” de Loyola.
• Na sessão “imagens contam a história”, o LD sugere uma reflexão sobre a Noite de São
Bartolomeu. Na pintura, contemporânea ao acontecimento, vemos pessoas em conflito,
corpos ao chão e armas nas ruas da cidade. No exercício, o LD pede que os alunos
identifiquem qual a religião do pintor; pede, também, que os alunos argumentem se a Noite
de São Bartolomeu pode ser identificada como um episódio de “genocídio religioso”.

p. 202 – 203: Exercícios

• No exercício “Reflexões”, o LD pede que os alunos discutam um episódio de intolerância


religiosa, ocorrido na cidade do Rio de Janeiro, em 2011, sofrido por uma menina
candomblecista. À luz das perseguições religiosas do século XVI, o LD pede que os
alunos debatam sobre maneiras de evitar episódios de intolerância religiosa como esse. Em
seguida, pede que os alunos busquem outros exemplos de intolerância religiosa no mundo
de hoje.

Capítulo 14 – Monarquias absolutistas

p. 204
• Na introdução do capítulo, o LD apresenta uma imagem do Palácio de Versalhes. No texto,
explica que o local foi construído em 1634, durante o reinado de Luís XIV, e foi símbolo do
absolutismo francês.
• Na sessão “puxando pela memória”, o LD pede que os alunos pesquisem sobre os três
mosqueteiros, como um passo de conhecer a monarquia absolutista na Europa moderna.

p. 205
1. O conceito de absolutismo monárquico
• O LD procura distinguir a monarquia medieval da monarquia moderna, centralizada que irá
se desenvolver a partir do século XIV.
• Relaciona as mudanças com a cobrança de impostos e o crescimento do comércio. Além da
crise da Igreja católica, que abriu um vácuo de poder na Europa.
• No quadro “outra dimensão”, o LD apresenta o personagem de Maquiavel. Coloca-o como o
principal pensador moderno e maior pensador do absolutismo monárquico. A sessão é
acompanhada de uma imagem de Maquiavel, do século XVI. No exercício, o LD propõe que
os alunos pesquisem na obra de Maquiavel se o príncipe deveria ser temido ou adorado
pelos seus súditos.
• Na sessão “história no seu lugar”, o LD propõe que os alunos reflitam sobre festas populares
na sua cidade, e se alguma delas apresenta a figura de um rei.
• Na linha do tempo: 1469 – Casamento de Isabela de Castela e Fernando de Aragão,
marcando o início da Espanha moderna; 1478 – Criação da Inquisição espanhola.

p. 206
2. Absolutismo e intolerância religiosa: Espanha
• Relação entre a guerra de Reconquista e a formação da Espanha moderna – composta pelos
reinos de Aragão, Castela, Navarra e Granada – maioria muçulmana.
• Aos muçulmanos, era permitido a construção de mesquitas e profissão de sua fé, desde que
pagassem tributos. O mesmo valia para os judeus, em seus bairros específicos e sinagogas.
• Em 1469, Isabela de Castela e Fernando de Aragão casam-se.
• Em 1478, é criada a Inquisição espanhola. Com o objetivo de perseguir os judeus
convertidos ao cristianismo (cristãos-novos ou conversos), que eram acusados de praticar o
judaísmo de forma secreta.
• No quadro “outra dimensão”, é discutida a monarquia espanhola, sendo chamada de
“governo de papel”. A leitura de correspondências dos reinos e colônias pelos Habsburgos
era uma forma de tentar manter o controle sobre os vastos territórios. O exercício propõe
que os alunos discutam a relação entre a burocracia dos reinos ibéricos e a monarquia
absolutista.
• Na linha do tempo, 1485 – fim da Guerra das Duas Rosas: ascensão ao trono dos Tudor;
1492 – expulsão dos judeus da Espanha; 1496 – D. Manuel declara a conversão forçada
dos judeus e muçulmanos em Portugal.

p. 207
2.1. A inquisição espanhola
• Condenação dos cristãos-novos à fogueira. Em 1492, todos os judeus são expulsos da
Espanha. Os Reis Católicos conquistam Granada. Em 1502, os muçulmanos são forçados à
conversão – conhecidos, agora, como mouriscos.
• As perseguições continuam e, em 1509, os mouriscos são expulsos da Espanha.
• A unificação da Espanha moderna está relacionada com a unidade religiosa. Fez-se com
base na unidade da fé, a fé católica – assegurada pela Inquisição
• Na sessão “conversa de historiador”, o LD apresenta uma reflexão sobre a guerra religiosa
na Espanha. Com relação à potência naval que se tornava a Espanha, apresenta-se um texto
de Braudel, com relação à batalha de Lepanto, de 1571– na qual a Espanha derrotou a
marinha turca e ganhou a alcunha de “Armada Invencível”. Na descrição de Braudel, ele se
utiliza da disputa entre cristãos e muçulmanos, relatando as baixas turcas. Acompanhando o
texto, vemos uma imagem do século XVI. Na pintura, vemos um mar lotado de navios
europeus, com as diversas bandeiras que compunham a Liga Católica. Acima dos navios, no
Paraíso, vemos a figura dos santos e dos anjos e Maria. No exercício, o LD pede que os
alunos justifiquem a interpretação que a Igreja e as monarquias católicas deram à Batalha de
Lepanto.
• Na linha do tempo, 1509 – início do reinado de Henrique VIII, na Inglaterra; 1515 – início
do reinado de Francisco I, na França; 1516 – início do reinado de Carlos I, na Espanha.

p. 208
2.2. Domínio de Castela
• A monarquia espanhola busca unificar instituições, medidas, moedas, leis e cria um exército
profissional; tudo isso com o apoio da Igreja.
• A unificação espanhola simbolizou uma imposição de Castela sobre os demais reinos –
incluindo a língua, castelhano, que se tornou a principal do recém unificado reino da
Espanha.
• Em 1516, Carlos I assume o trono da Espanha. Em 1519, ele assume também o Sacro
Império Romano-Germânico, com o título de Carlos V. Seu filho, Felipe II torna-se o maior
monarca da Europa do século XVI. Durante o seu reinado, os espanhóis vencem os turcos na
Batalha de Lepanto, além de unificar-se ao reino de Portugal, formando a União Ibérica.
• A fonte do poder espanhol advinha da exploração de suas colônias na América.
• No século XVII, a Espanha entraria em crise, devido ao declínio da extração de ouro e prata
das Américas. A França passaria a ser a principal monarquia da Europa.
• O LD nos apresenta uma gravura, que representa a punição pública de uma prisioneira da
Inquisição. Na imagem, vemos uma mulher trajando o chamado “sambenito”, enquanto
alguns membros do clero a acompanham. Ela também está cercada por homens armados e
uma multidão. O LD explica que o sambenito era um traje do Tribunal do Santo Ofício que
os condenados deveriam usar durante os autos de fé. A vestimenta possuía desenhos que
identificavam as heresias dos prisioneiros.
• Na linha do tempo, 1519 – Carlos I torna-se imperador do Sacro Império Romano-
Germânico, assumindo o título de Carlos V; 1532 – Publicado “O Príncipe”, de Maquiavel;
1534 – Ato de Supremacia.

p. 209
• Sessão “conversa de historiador”, sobre o tema União Ibérica. Relação da União Ibérica,
com a perseguição de judeus e muçulmanos em Portugal.
• Em 1496, d. Manuel declarou a conversão forçada de muçulmanos e judeus ao catolicismo,
como resultado de uma imposição espanhola. Cristãos-novos em Portugal não eram
perseguidos.
• Porém, em 1536, d. João III cede às pressões da Espanha e de Roma e instaura a
Inquisição em território português, nos mesmos moldes da espanhola.
• Em 1580, Portugal é anexado à Espanha. Há uma discussão sobre os interesses da nobreza
portuguesa em uma anexação pela Espanha, assim como também a resistência lusitana. Em
1640, Portugal declara sua separação dos espanhóis e segue-se uma guerra que só terminará
em 1660. Acompanhando o texto, vemos uma imagem de 1580, que representa a frota
espanhola se aproximando do rio Tejo, para assegurar a posse de Felipe II como rei de
Portugal. O exercício proposto pede que os alunos reflitam sobre a União Ibérica: seria ela
um acordo entre as nobrezas espanhola e portuguesa ou um conflito entre os países?

Pesquisa LD: termo “Bruxa”

p. 103 – Contexto: Guerra dos Cem Anos


• Em um quadro “outra dimensão”, o LD apresenta a figura de Joana d’Arc. No texto, ele se
refere a ela como comandante de tropas francesas e responsável pela vitória francesa na
retomada de Orléans. Além disso, diz, também, que foi acusada de praticar bruxaria, usar
magia e invocar espíritos. Foi condenada à morte em 1431 e queimada viva aos 19 anos. O
texto encerra sinalizando que ela foi, posteriormente, canonizada pela Igreja Católica e
tornou-se padroeira da França.
• Acompanhando o texto, vemos um quadro da Guerra dos Cem Anos, concluído em 1890. o
quadro representa a vitória de Joana d’Arc em Orléans. Na pintura, vemos uma moça
trajando armaduras pesadas e segurando uma lança, enquanto soldados lutam ao seu redor.
• No exercício, o LD propõe que os alunos reflitam sobre a execução de Joana d’Arc. Atenta,
também, para a relação entre o gênero feminino e a bruxaria. O LD, então, pergunta aos
alunos quais são as implicações sociais dessa crença na sociedade medieval.

p. 177 – Contexto: Renascimento


• No início do capítulo, o LD nos apresenta uma pintura de Pieter Brueghel. Na descrição,
Jogos de crianças aparece como uma representação do mundo do pintor, em 1560. Segundo
o LD, a imagem retrata os terrores do imaginário popular, povoado por monstros, bruxas e
fantasmas.

p. 339 – Manual do professor


• Solução do exercício de “Joana d’Arc”: o LD propõe que a reflexão sobre a crença
medieval na relação entre gênero feminino e bruxaria seria responsável por reforçar a
importância da tutela masculina, reiterando as mulheres como submissas.
p. 357 – Manual do professor
• Exercício “Pintura de Goya”: na primeira pergunta, o LD propõe que os alunos reflitam
sobre apenas terem mulheres presentes na pintura, velhas e jovens; e a relação das mulheres
com a crença de que eram as principais servas do demônio, acrescentando que esse discurso
misógino era responsável pela degradação das mulheres na sociedade. Na segunda pergunta,
o LD diz que um dos aspectos mais ressaltados pelos demonólogos era de que, durante os
sabás, as mulheres sacrificavam crianças para agradar o diabo.

p. 359 – Manual do professor


• Principais pontos do capítulo 13: “8. A Igreja as considerou como evidência da ação do
demônio, perseguindo os supostos seguidores do diabo como bruxos. As igrejas
protestantes, nesse ponto, seguiram o mesmo caminho da caça às bruxas. Milhares foram
condenados à fogueira”.
• Reflexões: exercício sobre a intolerância religiosa. O LD afirma que procura estimular a
reflexão dos alunos sobre intolerância religiosa e sincretismo religioso no Brasil,
principalmente com relação às religiões de matriz africana. Afirma também que a
intolerância religiosa está intrinsecamente relacionada com o preconceito racial. Sobre os
conflitos religiosos, o LD sugere o discurso dos EUA contra os muçulmanos e o radicalismo
da revolução xiita iraniana.

Busca: termo “Inquisição”

p. 99 – Apogeu da ordem feudal


• Na linha do tempo: 1235 – Criação da Inquisição.

p. 184 – Renascimento
• Na linha do tempo: 1600 – Giordano Bruno é condenado à fogueira pela Inquisição.

p. 186 – Renascimento
• Na linha do tempo: 1633 – Galileu renega suas teorias na Inquisição papal, escapando da
fogueira.
• No texto, o LD aborda algumas ideias científicas que surgiram na época. Diz sobre o
heliocentrismo e sua defesa por Giordano Bruno, um frei dominicano. Ele também se
dedicou à magia e ocultismo, propôs a pluralidade de mundos e que todas as coisas no
universo tinham vida própria. Por não se retratar, morreu na fogueira em 1600.

p. 188 – Renascimento
• Exercício: “9. Em que medida as ideias de Giordano Bruno ameaçavam a fé católica a ponto
de a Inquisição condená-lo à morte?”

p. 259 – Colonização portuguesa


• Inovações da administração da metrópole com relação ao Brasil. Durante o período filipino,
foram iniciadas as visitações da Inquisição para averiguar a fé dos colonos, sobretudo a dos
cristãos-novos, descendentes de judeus e suspeitos de conservar as antigas crenças em
segredo.
p. 162 – Colonização portuguesa
• Os judeus novos no Brasil holandês: no período nassoviano os judeus portugueses residentes
em Amsterdã (pra onde foram para fugir da Inquisição) foram autorizados ai migra para
Pernambuco.

p. 302 – Manual do professor


• Defendendo a importância da história afro-brasileira nos LD, os autores argumentam que,
entre os diversos tópicos abordados no livro, está presente a discussão sobre as religiões
afro-brasileiras que estiveram na mira da Inquisição.

p. 353 – Manual do professor


• Nas orientações para o capítulo 12, o LD acentua que será estudado o movimento humanista
em contraponto à ação inquisitorial e a arte barroca do século XVII.

p. 362 – Manual do professor


• Principais pontos do capítulo: “3. A formação da monarquia absolutista espanhola baseou-
se, em grande medida, na unidade da fé católica, para o que contribuiu a perseguição
inquisitorial contra os descendentes de judeus e muçulmanos convertidos ao cristianismo.
Por meio da unidade da fé, a monarquia espanhola conseguiu contornar os inúmeros
paricularismos da Espanha, na realidade um mosaico de reinos com línguas, culturas e
instituições próprias (Catalunha, Galiza, País Basco, etc).

p. 378 – Manual do professor


• Sugestões de leituras complementares: Texto 1 – O diabo e a Terra de Santa Cruz. Sobre a
distância entre a rigidez dos visitadores da Inquisição e o catolicismo que era praticado
pelos colonos no Brasil. Texto de Laura de Mello Souza.

2º Volume

Capítulo 1 – Iluminismo, revoluções e reformas

p. 18
3. Despotismo esclarecido
• Com relação aos governos ibéricos, o LD apresenta a batalha entre os pensadores do
despotismo esclarecido e a Inquisição e os jesuítas. O governo português expulsou os
jesuítas do reino e das colônias no processo, e, logo em seguida, também o fez a Espanha.
Entretanto os tribunais da Inquisição permaneceram, servindo como uma forma de
“censura” às ideias revolucionárias.

Capítulo 4 – O Brasil entre o ouro e a rebeldia

p. 66
2. Ajustes colonizadores: as reformas pombalinas
• No contexto das reformas e do despotismo esclarecido, o LD apresenta o caso português
com relação ao Brasil. Aboliu-se a diferença entre cristãos-velhos e cristãos-novos, o que
havia sido um dos principais pontos de investigação da Inquisição. Isso foi resultado de
uma tentativa de aproximação do governo com os comerciantes e resultou em um
progressivo enfraquecimento da Inquisição.
• No quadro “Outra dimensão”, o LD apresenta a relação entre os cristãos-novos e o
comércio. Essa denominação era, por vezes, usada como sinônimo de “mercador” e
“homens de negócios”. Essa visão da relação entre comércio e judeus resultava da visão
tradicional católica, reforçada pela Inquisição. O texto relaciona, ainda, a importância de
Pombal para mudar a imagem do cristão-novo com relação à usura.
• Na linha do tempo, 1761: o jesuíta Gabriel Margarida é queimado pela Inquisição.

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