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A ESTRATÉGIA DO OCEANO AZUL

Como criar novos mercados e tornar a concorrência irrelevante


A Estratégia do Oceano Azul
Como criar novos mercados e tornar a concorrência irrelevante

Atualmente, o termo estratégia está tão difundido no meio empresarial que não é difícil encontrarmos
pessoas que lhe confiram os mais diferentes significados. Um dos autores mais respeitados na área ainda
é o canadense Henry Mintzberg, autor de obras como Safári de estratégia (Ed. Bookman), que defende:
“Estratégia é o padrão ou plano que integra as principais metas, políticas e sequências de ações de uma
organização em um todo coerente”.

Partindo deste princípio, gostaríamos de destacar uma lógica de


forma inversa à do pensamento tradicional, que foi apresentada
no consagrado livro A Estratégia do Oceano Azul, de W. Chan
Kim e Renée Mauborgne, publicado no Brasil pela Ed. Campus
em 2005.

A ideia básica do livro é: se na maioria dos modelos estratégicos


utilizados o foco está voltado à obtenção de vantagens
competitivas a fim de superar a concorrência, os autores
sugerem que a decisão mais sensata a partir de agora é tornar a
competição irrelevante pela criação de oportunidades em
mercados onde existam novas necessidades ainda não
atendidas (oceano azul) e, portanto, distantes das arenas

De forma prática, vamos entender a diferença entre essas duas perspectivas:

Estratégia do Oceano Azul Estratégia do Oceano Azul


Competir em um mercado existente Criar um mercado sem concorrência
Vencer a concorrência Tornar a concorrência irrelevante
Explorar una demanda existente Criar e capturar nova demanda
Optar entre custo e valor Livrar-se da escolha entre custo e valor
Alinhar todas as atividades de uma empresa Alinhar todas as atividades de uma empresa
em busca de diferenciação ou baixo custo em busca de diferenciação e baixo custo
Defender posição atual (Perspectiva) Inovar e perseguir novas oportunidades (Perspectiva)

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Assim, o novo olhar deve conduzir os gestores a refletirem sobre algumas questões, como:

a) Qual será a nossa proposta de valor aos clientes?


b) Quais fatores precisam ser eliminados e quais devem ser elevados?
c) Devemos criar algo completamente novo ou criar novas oportunidades dentro do setor existente?

Outro cuidado importante é evitar compreendê-lo como um modelo simplesmente teórico. Ele busca
identificar “o que fazer” ao invés de “como fazer”, afinal de nada adianta sair executando se não existir foco
nas ações a serem implementadas. Resumindo: o maior desafio de quem deixa-se guiar pela estratégia
do oceano azul é identificar com sucesso, em meio às inúmeras possibilidades existentes, oportunidades
comercialmente atraentes.

Veja o exemplo do Cirque du Soleil criado em 1984 por um grupo de artistas de rua canadenses e cujas
produções já foram vistas por quase 40 milhões de pessoas em todo o mundo. Eles eliminaram atributos
do espetáculo tradicional, como os animais, e em seu lugar ofereceram a vibração do circo aliada à
sofisticação intelectual do teatro. O que torna a proeza ainda mais notável é que esse crescimento
fenomenal ocorreu num mercado decadente – o circo – e trinta anos depois eles continuam a nadar
sozinhos no grande mar azul que criaram.

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Visão de longo prazo

Para aplicar essa abordagem é preciso seguir o princípio da visão de longo prazo. Olhar sempre para
oportunidades ainda inexploradas, altamente potenciais e, em especial, tirar o foco de análise da
competição por atributos já conhecidos. Além disso, deve-se inserir elementos e variáveis que sejam
valorizados pelos clientes atuais e potenciais, mas que sejam exclusivos ao posicionamento da sua
empresa.

A decisão de mudar a lógica existente e alguns paradigmas do mercado requer ousadia e competência.
Esses dois fatores podem possibilitar uma existência muito mais lucrativa não só para a empresa, mas
também para toda a sua cadeia de valor, que passa a contar com produtos e serviços inovadores e
diferenciados.

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