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Evoluciofilia
(Evoluciologia)
Roberto Leimig

Definição. A evoluciofilia é a condição ou efeito da afinidade prolífica com os princí-

pios e leis evolutivas naturais, capaz de expandir o envolvimento com o holopensene de trans-
formações, mudanças e adaptabilidade ao contexto evolutivo pessoal e às interrelações sociais
e parassociais, reforçando a automotivação para encarar gargalos e desafios evolutivos, seja em
relação ao grupo mais próximo ou distante, na escala evolutiva das consciências.
Sinonímia. 1. Afinidade pelas transformações evolutivas. 2. Abertismo consciencial
aos gargalos evolutivos. 3. Interesse pelo transformismo. 4. Motivação pró-evolutiva. 5. Pre-
disposição à evolução.

Contextualização

Automotivação. A automotivação é a força motriz da consciência lúcida. Tornar os

princípios e leis evolutivas objetos de interesse de estudo e compreensão, amplia a visão de
mundo pessoal, weltanschauung. Na medida em que se identificam tais princípios e leis, em si
mesmo e no entorno, a motivação pela pesquisa pode transformar o interesse em valor. Desse
modo, quando os princípios e leis evolutivas tornam-se valores, a voliciolina assume o papel
motivacional, agregando o conjunto dos esforços pró-evolutivos na trajetória pessoal.
Universalidade. A evolução é um axioma universal, nenhum elemento do Cosmos es-
capa aos mecanismos e processos evolutivos. Dia após dia, os mecanismos da evolução, prin-
cípios e leis atuam sobre todos, independente do lugar, cultura, crença ou ignorância crassa. Tal
constatação demonstra o nível profundo de responsabilidade ao se assumir a condução sobre
o próprio processo evolutivo, uma vez que se trata de realidade inevitável.
Princípios. Princípio evolutivo é o fundamento norteador da evolução, a tendência na-
tural, o conjunto de atributos iniciais, a causa básica inerente à manifestação dos distintos ele-
mentos do Cosmos e respectivo nível evolutivo, sendo capaz de caracterizar ritmos, desen-
cadeamentos e derivações das transformações evolutivas, independente das motivações, interes-
ses e necessidades conscienciais.
Leis. Lei evolutiva é o mecanismo ou processo natural capaz de regrar a própria dinâ-
mica da evolução a favor da autorregulação e autossustentação do Cosmos. As leis são reconhe-
cidas especialmente devido a regularidade pela qual ocorrem sendo, neste sentido, utilizadas
para realizar previsões dentro da prospectiva da evolução individual ou coletiva.

Casuística

Minerais. Os minerais representam um conjunto de elementos químicos e estão dentre

as primeiras formas de agrupamento de átomos, em diferentes níveis de organização, os quais
são regidos por distintos princípios e leis evolutivas, mesmo que não sejam capazes de
manifestar vida, tal como a conhecemos. É possível reconhecer o valor de tais elementos pelo
grau de interdependência que apresentam em relação à constituição dos seres, sustentação da
vida e do próprio universo físico como um todo. O arranjo de átomos e minerais constituem um
dos meios mais eficientes de se permear as energias imanentes pelos diversos níveis de organi-
zação da vida pelos quais as consciências se manifestam. A universalidade da presença desses
elementos ilustra a difusão das leis e princípios evolutivos do Cosmos em geral.
Microrganismos. Os microrganismos apresentam, em comum com os minerais, a atua-
ção de muitos dos princípios e leis evolutivas, são os seres vivos mais primitivos. Também se
encontram intimamente ligados aos demais seres e elementos naturais, pois os auxiliam na ma-
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nutenção orgânica e participam ativamente das funções dos Ecossistemas. O próprio corpo
humano apresenta coevolução junto a bactérias e fungos, simbiontes externos e internos, com os
quais estabelecem uma relação de dependência mútua, interdependência, para sobreviverem.
Plantas. Importa reconhecer a integração das plantas ao dia a dia, no sentido da regula-
ção física, temperatura; química, disponibilidade de oxigênio; biológica, pelo abrigo e alimento;
parapsíquica, pela doação do fitoectoplasma (lignina), interassistência. Pode-se também identifi-
car a atuação de princípios evolutivos nos desafios das plantas em relação à gravidade; a condi-
ção de sessilidade; a conduta de doação incondicional, de alimento, de O2, de frutos e folhas.
Animais pré-humanos. Os animais em geral se caracterizam pela capacidade de ex-
pressão psicossomática, seja em relação à agressividade ou quanto à afetividade. Muito da con-
duta humana tem raiz e pode ser identificada pela observação do comportamento animal, de-
monstrando a continuidade e universalidade dos fatores evolutivos. Pela técnica do espelhamen-
to é possível conscientizar-se da aprendizagem mútua existente entre humanos e pré-humanos,
por exemplo, as similitudes etológicas de defesa de território e propriedade, a competitividade.
Humanos. O nível hominal representa a oportunidade de tornar consciente a evolução,
assumir a responsabilidade sobre a própria condução da trajetória evolutiva, sem desconsiderar
os mesmos princípios e leis que conduzem a evolução determinística. Ao que tudo indica, estar
no fluxo do Cosmos é conduzir a própria evolução conscientemente, usufruindo dos princípios
e leis já existentes, conduzindo-se com inteligência pelos desafios e gargalos esperados para as
mudanças de patamar almejadas.

Enumeração

Escala. No decorrer da escala evolutiva universal, considerando desde minerais às

Consciexes Livres (CLs), distintos princípios e leis evolutivas atuam de modo integrado, intera-
tivo e complementar, caracterizando a autossustentação e autorregulação da evolução em geral.
Autolucidez. A lucidez evolutiva é um diferencial para o nível humano, pois ao longo
da maior parte da escala, a evolução ocorre de modo livre e espontâneo, com predomínio do
determinismo. A partir da aplicação consciente dos princípios e compreensão das leis começa
a ocorrer, gradualmente, a autodecisão e autodirecionamento das escolhas pró ou antievolutivas.
Mesmo com escolhas pessoais antievolutivas, os princípios e leis fundamentais continuam a atu-
ar e, mais cedo ou mais tarde, as transformações evolucionárias atingem a todos.
Embasamento. As bases de manifestação dos processos evolutivos são reconhecidas
por meio de princípios e leis. Eis listagem, em ordem de manifestação na escala evolutiva, de 12
princípios e 12 leis reconhecidamente úteis à compreensão da evolução em geral:

A. Princípios evolutivos.
01. Princípio da Continuidade. Propriedade da evolução de ser contínua, aspecto in-
trínseco à própria origem e expansão do universo. Exemplo: o registro fóssil, a serialidade ou
multiexistencialidade, expansão do universo.
02. Princípio da Afinidade. Disposição natural às aproximações ou agrupamentos entre
os distintos elementos, seres e consciências no Cosmos. Exemplo: a atração química, casais,
grupos.
03. Princípio da Iteratividade (ciclos). Tendência natural de ocorrerem ciclos, repeti-
ções, mesmo em situações e contextos diferentes ou que tenham sido reconfigurados. Exemplo:
Ciclo Multiexistencial Pessoal (CMP).
04. Princípio da Interatividade. Propensão à interação entre diferentes elementos, de
modo a complementar as necessidades mútuas de equilíbrio e homeostase. Exemplo: sociabili-
dade, interassistência, tenepes.
05. Princípio da Identidade. Manifestação individual de cada elemento do Cosmos seja
físico, bioenergético ou consciencial de per si, particular, singular. Exemplo: a bactéria x, o fungo
y, animais a, b, c; plantas d, e, f; o indivíduo.
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06. Princípio da Coevolução (convivialidade). Aspecto das transformações evolutivas

de serem mutuamente complementares, resultantes da interação das consciências entre si, bem
como das relações dos elementos naturais. Exemplo: Cupim de Darwin, Mastotermes darwini-
ensis, uma associação entre cupim + protozoário + bactérias.
07. Princípio da Diversidade (variabilidade). Propensão do Cosmos em expandir, di-
versificar elementos e produzir variações que ocupam as novas áreas de expansão, ao mesmo
tempo em que aumenta a especialização. Exemplo: efeito fundador, colonizações.
08. Princípio da Autorganização (autopoiese). Propensão de a evolução conduzir a si
mesma, pelos próprios conteúdos informativos presentes nos elementos do Cosmos, vivos ou
não. A conduta autodeliberada é exceção na escala e, mesmo assim, não está desconexa dos flu-
xos evolutivos naturais. Exemplo: minerais, seres vivos, autoconsciência humana.
09. Princípio da Adaptabilidade. Condição de ajuste a cada nova fase ou desafio evo-
lutivo, sejam intrínsecos ou extrínsecos, individuais ou ambientais. Exemplo: mudanças de lo-
cais de moradia.
10. Princípio da Autoconsciencialidade. Condição alcançável no nível hominal, no
qual há capacidade de conduzir a própria evolução pelas escolhas pessoais. Exemplo: opção pe-
la tenepes.
11. Princípio da Atemporalidade. Condição de os efeitos do tempo deixarem de influ-
enciar de modo determinante na evolução. Teoricamente manifesta-se nas dimensões mentaisso-
máticas no patamar das CLs. Exemplo: autoconscientização multiexistencial.
12. Princípio da Universalidade. Ausência de limites, espaciais ou de quaisquer tipos de
barreiras, interconscienciais, físicas ou extrafísicas, a rigor, manifesto integralmente no nível de
CL. Exemplo: projeção mentalsomática.

B. Leis evolutivas.
01. Lei do Transformismo. Demonstra serem as transformações inevitáveis ao longo
do tempo ou escala evolutiva, seja de ordem intrínseca ou extrínseca. Exemplo: recins, recéxis.
02. Lei da Irreversibilidade. Evidencia o fato de os patamares evolutivos conquistados
e fixados, não retornarem a patamares anteriores, ou mais primitivos. Exemplo: a capacidade
cerebral humana não será perdida, embora possa ser desperdiçada.
03. Lei da Descontinuidade (Não linearidade). Evidencia que a evolução não ocorre
sempre de modo linear, mas que sempre há momentos de descontinuidade. Exemplo: saltos evo-
lutivos.
04. Lei da Gravitação. Explicita uma das quatro forças fundamentais da Natureza, que
garante a sustentação dos sistemas astronômicos, que explica atração e coesão entre distintos
elementos do Cosmos, insinua interdependência evolutiva. Exemplo: corpos e sistemas celestes.
05. Lei da Recapitulação. Demonstra a regularidade da repetição ou reaparecimento de
traços e aspectos mais primitivos a cada novo desenvolvimento somático, de cada nova vida.
Exemplo: traços do cérebro primitivo de peixe no embrião humano; o porão consciencial.
06. Lei da Grupalidade. Corrobora a ocorrência da evolução essencialmente em grupo,
pois além da necessidade de interação, a manifestação das individualidades, espécies, represen-
tam grupos evolutivos universais. Exemplo: Homo sapiens; Conscientia transmigrans.
07. Lei da Interdependência. Evidencia ser inevitável doar-se positivamente a favor
dos outros, ao modo de reação em cadeia, contribuindo para melhoria de todos. Exemplo: res-
gate e atendimento de doentes ou incapacitados em humanos e pré-humanos.
08. Lei da Seleção Natural. Regula a permanência nos grupos evolutivos, selecionando
aqueles que se ajustaram da melhor forma e são, funcionalmente, mais eficientes nos distintos
contextos do estresse evolutivo. Exemplo: cobra coral falsa e verdadeira; manutenção de mu-
tações.
09. Lei do Carma. Regula o mecanismo de causa e efeito que atua sobre os indivíduos
e grupos evolutivos. Exemplo: grupos familiares nucleares e definição do local de renascimento.
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10. Lei da Seriéxis. Descreve a seriação de vidas, enquanto aspecto evolutivo da cons-
ciência, explicitando o caráter das existências sucessivas por meio de diferentes corpos bioló-
gicos na dimensão física. Exemplo: o histórico do CMP.
11. Lei da Economia de Males. Explicita a necessária manutenção do equilíbrio de for-
ças, desde que seja favorável à maioria das consciências, com base na parcimônia e proporcio-
nalidade da cosmoética. Exemplo: armamentos para defesa da segurança.
12. Lei do Maior Esforço. Descreve o mecanismo consciente a favor da evolução, ca-
paz de aferir nível de autodeterminação e perseverança evolutiva. Exemplo: empreendedorismo.

A EVOLUCIOFILIA, AO SE DESENVOLVER NA CONSCIÊNCIA,

PODE EXPANDIR A PERCEPÇÃO E VISÃO DE MUNDO E, NÃO
RARO , CONTRIBUIR PARA MUDANÇAS E NOVAS CONQUISTAS
DE PATAMARES, SUBSEQUENTES, NA ESCALADA EVOLUTIVA.

Questionamentos. Você já avaliou o grau ou patamar de evoluciofilia na vida cotidia-

na? Qual extensão e profundidade de suas afinidades com as transformações evolutivas pesso-
ais, grupais e ambientais?

Bibliografia Específica:
1. Leimig, Roberto de A.; Bases Evolutivas da Assistencialidade; Artigo; Conscientia; Revista; Trimes-
tral; Vol. 9; N. 1; Seção: Temas da Conscienciologia; 1 E-mail; 12 enus.; 2 tabs.; 26 refs.; Associação Internacional
do Centro de Altos Estudos da Conscienciologia (CEAEC); Foz do Iguaçu, PR; Janeiro-Março, 2005; páginas 70
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2. Idem; Botânica Atrativa; verbete; In: Vieira, Waldo; Org.; Enciclopédia da Conscienciologia; apres.
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3. Idem; Canis lupus; verbete; In: Vieira, Waldo; Org.; Enciclopédia da Conscienciologia; apres. Coor-
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denação da ENCYCLOSSAPIENS; revisores Equipe de Revisores da ENCYCLOSSAPIENS; CLXXIV+ 23. 004
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(verbetes); 701 microbiografias; 270 tabs.; 702 verbetógrafos; 28 websites; 670 filmes; 54 videografias; 1.087
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lógica (ENCYCLOSSAPIENS); & Associação Internacional Editares; Foz do Iguaçu, PR; 2018; ISBN 978-85-
8477-120-2; páginas 5.930 a 5.935; disponível em: <http://encyclossapiens.space/nona/ECDigital9.pdf>; acesso em:
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5. Idem; Naturofilia; verbete; In: Vieira, Waldo; Org.; Enciclopédia da Conscienciologia; apres. Coor-
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