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Um Homem Chamado Jesus - Tim LaHaye PDF
Um Homem Chamado Jesus - Tim LaHaye PDF
Tim LaHaye
Título original:
Traduzido por Rubens Castilho
United Press
Digitalizado por: #Pati#
Formatado por: SusanaCap
WWW .PORTALDETONANDO.COM.BR/FORUMNOVO/
Dedicatória
A todos aqueles que crêem que o Jesus de Nazaré histórico foi
realmente o Filho de Deus em forma humana, que morreu na cruz e
ressurgiu três dias depois — e a todos os que desejam encontrar razões
lógicas e convincentes para crer.
Sumário:
INTRODUÇÃO: Quase Um Cético 3
A Necessidade Deste Livro 6
Parte I: Quem É Jesus? 8
1. A Pessoa Mais Extraordinária Que Já Viveu 8
2. O Que Há com os Céticos? 20
3. A Credibilidade das Narrativas do Evangelho 33
4. Várias Opiniões Sobre Jesus de Nazaré 54
5. Quem Jesus Disse Que Era 63
Parte II : A Evidência das Testemunhas Oculares 76
6. O Testemunho de João Batista 76
7. O Testemunho do Apóstolo Pedro 86
8. O Testemunho do Apóstolo João 99
9. O Testemunho do Apóstolo Paulo 106
10. O Testemunho do Próprio Deus 120
Parte III: O Que Suas Obras Provam Sobre Ele 128
11. Seus Milagres Como Testemunhos de Sua Identidade 128
12. Jesus Recebeu Adoração 145
13. Somente Deus Pode Perdoar 154
14. O Testemunho do Cumprimento das Profecias - Parte I 164
15. O Testemunho do Cumprimento das Profecias – Parte II 184
Parte IV: Evidência de Sua Ressurreição 210
16. A Ressurreição de Jesus: O Restante da História 210
17. A Ressurreição de Jesus Pode Ser Provada? 233
18. Algumas Teorias Falsas Sobre a Ressurreição de Jesus 260
Parte V : Quem Ele É Para Você? 278
19. Evidência Que Requer Uma Decisão 278
Contracapa:
Conhecido como Jesus de Nazaré, sua vida tem inspirado mais
obras de arte, músicas e discussões do que qualquer rei, líder militar,
cientista ou educador. Quem pode ter exercido maior influência na
civilização do que Jesus, se até os séculos são separados pela data de
seu nascimento?
A identidade de Jesus, sua atividade e sua divindade têm sido
debatidas ferozmente desde sua passagem pela Terra. A influência de
Jesus no mundo moderno é imensurável. Esta influência de Jesus no
mundo moderno é imensurável. Esta influência e a constante busca
humana pela verdade nos leva a procurar respostas a uma pergunta
apresentada pelas mais diversas pessoas nos mais diferentes contextos.
Quem é esse homem chamado Jesus?
É esta a pergunta que Tim LaHaye se propõe a responder neste
livro. Examinando as evidências cuidadosamente, ele procura revelar o
aspecto mais importante da vida de Jesus: sua divindade como o
legítimo Filho de Deus.
Traga seu ceticismo para este livro e deixe que uma erudição
honesta e uma fé invencível o destruam!
Pa r t e I : Q u e m É Je s u s ?
O Evangelho de João
Qualquer pessoa familiarizada com Rousseau sabe que ele não foi
nenhum defensor da fé. Rousseau foi um racionalista radical que
exerceu grande influência sobre a Revolução Francesa e na introdução
do humanismo nas Américas. Entretanto, Rousseau acreditava que a
Bíblia possuía tanta credibilidade como qualquer outro livro antigo. Sua
opinião ainda tem um grande peso.
A Evidência da Blasfêmia
O Credo Apostólico, cuja data é incerta mas cujos dogmas podem ser
encontrados em fórmulas teológicas correntes por volta de 100 d.C,
afirma: “Creio em Deus Pai, todo-poderoso, Criador do céu e da terra,
e em Jesus Cristo, nosso Senhor.”
O Credo Niceno (325 d.C), formulado para corrigir alguns erros que
tinham surgido na Igreja, é até mais explícito: “Creio... no Senhor Jesus
Cristo, o primogênito Filho de Deus... sendo um com o Pai.”
Outros Testemunhos
Além dos credos, muitos escritores famosos, pensadores e líderes
da história testemunharam sua crença na divindade de Jesus. Vejamos
os seguintes:
(Anônimo)
Os que alegam que Jesus estava confuso sobre sua identidade não
devem ter lido os registros do evangelho. Não pode haver dúvida de
que Jesus sabia que Ele era o Messias, como prova um incidente
registrado em João 4.
Um dia Jesus encontrou uma mulher samaritana no famoso poço
de Jacó. Jesus, que nunca havia encontrado antes aquela mulher,
mostrou sua natureza divina dizendo-lhe (para sua enorme surpresa)
que ela tivera cinco maridos e estava naquele momento vivendo com
um homem, sem ser casada com ele. Imediatamente ela reconheceu que
Ele era “um profeta” (versículo 19).
Após ter conversado com Jesus, ela fez uma declaração que
indica que o conhecimento da vinda de um Messias estava bastante
difundido, mesmo em Samaria. Esta mulher pecadora disse: “Eu sei...
que há de vir o Messias, chamado Cristo; quando Ele vier nos
anunciará todas as coisas.” Observe o que Jesus respondeu: “Disse-lhe
Jesus: ‘Eu o sou, eu que falo contigo’“ (versículos 25-26).
Nunca é demais enfatizar a importância dessa conversão, pois ela
prova que mesmo as pessoas leigas naqueles dias sabiam sobre a vinda
do Messias. E também uma aceitação clara e direta da parte de Jesus de
que Ele era o Messias pelo qual as pessoas estavam esperando. Este
texto deixa claro que Jesus não estava confuso sobre quem Ele era.
Pa r t e I I : A E v i d ê n c i a d a s Te s t e m u n h a s
Oculares
Concebido Sobrenaturalmente
Pelo testemunho de João fica evidente que ele não tinha dúvidas
sobre a identidade de Jesus. Muitos dos que esperavam a vinda do
Messias na época apontavam para João como o “prometido”. De fato,
quando os “judeus lhe enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para
lhe perguntarem: ‘Quem és tu?’ Ele confessou... ‘Eu não sou o Cristo
[Messias]’ Também não era ele Elias, acrescentando: “Eu sou a voz do
que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o
profeta Isaías” (João 1.19-23). Ao citar o profeta Isaías, João deixou
claro que seu papel era o de arauto da vinda do Messias e não ele
próprio o Messias. Esse papel satisfazia-o plenamente, pois ele não
pretendia ofuscar Cristo. O evangelista João disse francamente a
respeito dele: “Convém que ele cresça e que eu diminua” (João 3.30).
João teve ao mesmo tempo um nascimento notável e um caráter
impecável.
A humildade é sempre uma qualidade especialmente apreciada
por Deus e um verdadeiro sinal de grandeza. João demonstrou essa
humildade quando estava no auge de sua carreira — quando as pessoas
acorriam a ele aos milhares para ouvi-lo pregar e serem batizados por
ele — submetendo-se ao Messias que viria, dizendo: “...no meio de vós
está quem vós não conheceis, o qual vem após mim [Jesus era seis
meses mais novo do que João], do qual não sou digno de desatar-lhe as
correias das sandálias” (João 1.26-27).
João não poderia ser mais claro! Ele humildemente identificou-se
como o precursor do Cristo e prontamente cumpriu seu chamado
apressando a vinda do Messias, que tinha primazia sobre ele.
1. A preexistência de Jesus
“João testemunha a respeito dele e exclama: Este é o de quem eu
disse: O que vem depois de mim tem, contudo, a primazia, porquanto
já existia antes de mim” (João 1.15).
É importante notar que Jesus Cristo não começou a existir
quando “o ente santo” [ou coisa santa, na versão King Jones, em inglês]
(Lucas 1.35), o óvulo fertilizado da encarnação, foi colocado no ventre
da virgem Maria. Ele já existia antes da fundação do mundo. Jesus foi
“o Verbo” que “estava no princípio com Deus”. Na verdade, esse
“Verbo era Deus” (João 1.1). João Batista afirmou que, embora seu
nascimento antecedesse seis meses o de Jesus, entretanto “[Ele, Jesus]
já existia antes de mim”. Em outras palavras, João confessou que Jesus
existia antes de sua própria concepção.
2. O senhorio de Jesus
João disse às multidões que o seguiam que seu propósito era
“endireitar o caminho do Senhor” (João 1.23), em cumprimento da
profecia de Isaías. Ao dizer isso, ele estava testificando que Jesus era
Deus (ou Senhor) do Velho Testamento, confirmando o que o próprio
Jesus diria mais tarde: “Eu e o Pai somos um.” Isto explica por que
Jesus nunca repreendeu os que queriam adorá-lo, muito embora Ele
soubesse que somente Deus deve ser adorado. Jesus não considerou
uma blasfêmia permitir tal adoração, o que pode ser explicado quando
entendemos quem Ele realmente era: “O Senhor”, ou Deus em forma
humana.
1. Cristo, o Criador
No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo
era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram
feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. A vida
estava nele, e a vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas,
e as trevas não prevaleceram contra ela (Jo 1.1-5).
Estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio dele, mas o
mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o
receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de
serem feitos filhos de Deus; a saber: aos que crêem no seu nome; os
quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da
vontade do homem, mas de Deus. E o Verbo se fez carne, e habitou
entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória
como do unigênito do Pai (Jo 1.10-14).
João, ao escrever em 90 d.C, não deixou dúvidas sobre sua crença
naquele Jesus com quem tinha andado e falado e a quem tinha seguido.
Ele não o considera apenas “Deus em forma humana”, como tenho
várias vezes citado neste livro. Ele diz que Jesus era o “Verbo” (a
Palavra) ou a expressão de Deus; Ele já estava no princípio (antes da
criação) com Deus; Ele criou todas as coisas; Ele é a luz dos homens.
Nem mesmo o melhor ser humano que já passou pela Terra pode
aproximar-se ou comparar-se ao seu padrão! Verdadeiramente, como
disse João, Ele é o “unigênito do Pai”.
Cristo e a Ressurreição
O já idoso apóstolo João não deixou dúvida de que, embora
passados mais de cinqüenta anos desde a ascensão de Jesus ao céu e
todos os outros discípulos terem morrido, ele ainda acreditava que
Jesus era o Cristo. Ele confessou Jesus como o Prometido, aquele que
veio de Deus, ressuscitou dentre os mortos e retornou a Deus,
esperando sua segunda vinda. João dedicou dois capítulos inteiros
relatando fatos após a crucificação, enfatizando o túmulo vazio e os
vários aparecimentos de Jesus antes de sua ascensão aos céus.
João sabia que a única mensagem que poderia mudar o ensino
religioso para sempre seria o fato da ressurreição de Cristo. Ele sabia
que a ressurreição era um fato real e quis deixar um registro escrito
dela, de maneira que o mundo inteiro soubesse que a última
testemunha apostólica viva considerava-a um acontecimento inegável.
Não há dúvida de que, para João, Jesus era Deus e tinha provado isso
levantando-se dentre os mortos. O desejo de João era que outros
viessem a crer como ele. Portanto, revelou abertamente seu propósito
ao escrever:
Na verdade fez Jesus diante dos discípulos muitos
outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes,
porém, foram registrados para que creiais que Jesus é
o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais
vida em seu nome. (Jo 20.30-31)
1 Tessalonicenses
Observe a obra do trio:
2 Tessalonicenses
Observe que Jesus é apresentado como sendo igual a Deus Pai:
A voz de Deus foi ouvida do céu pela terceira vez depois que
Jesus se apresentou à nação de Israel no dia conhecido como Domingo
de Ramos. Depois de ter sido rejeitado pelos judeus, Ele sabia que sua
morte na cruz estava próxima.
Naquela semana alguns gregos pediram a Filipe que lhes
apresentasse Jesus. Sem dúvida alguma, a multidão era composta na
maioria de judeus, mas alguns estudiosos bíblicos admitem que esses
gregos estavam presentes porque Deus estava preparando os gentios
para reconhecerem que seu Filho estava perto de morrer
sacrificialmente, não somente pelos pecados de Israel, mas pelos
pecados do mundo todo.
O apóstolo João é o único a registrar este incidente (João 12.20-
33). Ao pensar na proximidade de sua morte, Jesus confessa: “Minha
alma está angustiada.” Isto foi ilustrado dois dias depois, quando, no
Jardim do Getsêmani, “seu suor se tornou como gotas de sangue
caindo sobre a terra” (Lucas 22.44). Porém, embora, sua alma estivesse
“angustiada”, Ele não recuou diante da morte indigna que estava para
sofrer. Em vez de se desesperar, Ele declarou: “Precisamente com este
propósito vim para esta hora” (João 12.27).
Então Jesus orou: “Pai, glorifica o teu nome”, e a voz de Deus
respondeu: “Eu já o glorifiquei, e ainda o glorificarei” (João 12.28) —
confirmando, assim, que já havia falado antes e que novamente o
glorificaria por meio da ressurreição após sua aparente derrota na cruz.
O povo, tanto os crentes como os descrentes, reconheceu que a voz era
sobrenatural. Jesus identificou a fonte daquela voz e declarou que tinha
vindo para o bem deles. Por que para o bem deles?
Naqueles dias os principais da sinagoga e os fariseus estavam
clamando contra Ele e acusando-o de ser um impostor. Ele sabia que
seria insultado e depois crucificado e que muitos se afastariam
desiludidos durante os três dias que permaneceria no túmulo. A voz de
Deus o glorificou para que os representantes de toda a nação cressem
nele. Jesus afirmou: “E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos
a mim mesmo” (João 12.21), indicando, assim, o tipo de morte que ia
sofrer.
Por fim, Jesus apelou ao povo: “Ainda por um pouco a luz está
convosco. Andai enquanto tendes a luz, para que as trevas não vos
apanhem... Enquanto tendes a luz, crede na luz, para que vos torneis
filhos da luz” (João 12.35-36). Eleja havia se apresentado como “a luz
do mundo” e agora os conclamava a se tornarem crentes antes que a
crucificação afligisse as almas dos crentes e dos descrentes.
Qual a reação da multidão? “E, embora tivesse feito tantos sinais
na sua presença, não creram nele”. Esta trágica observação prova que
os descrentes estavam presentes naquela ocasião. Eles ouviram a voz de
Deus, testemunharam os milagres de Jesus e, apesar disso, se recusaram
a crer. Felizmente, nem todos agiram assim.
Atualmente, podemos fazer essa mesma escolha: crer ou descrer.
A evidência hoje é exatamente a mesma daquela época.
As pessoas — tanto hoje como há dois mil anos — não têm
desculpa, pois têm o testemunho da voz do próprio Deus confirmando
seu Filho.
1. Milagres da natureza
Jesus muitas vezes manipulou a natureza, demonstrando que
tinha poder sobre as leis naturais.
O primeiro milagre de Jesus foi realizado nas bodas em Cana da
Galiléia (João 2). É uma bonita história. Jesus, com aproximadamente
trinta anos na época, estava presente porque Ele e seus discípulos
tinham sido convidados. Tão logo a família anfitriã notou que o vinho
se acabara, Maria chegou-se a seu Filho e informou-lhe: “Eles não têm
mais vinho.” Podemos quase sentir o desespero em sua voz. Alguns
têm sugerido que era uma grave quebra do costume não se preparar
para tal eventualidade e Maria, como amiga da família, sentia-se
impelida a ajudá-los a servir seus hóspedes.
Jesus atendeu instruindo os criados a encherem seis grandes
potes (cada um com a capacidade de 75 a 110 litros) com água. Ele
então transformou a água no mais delicioso vinho que os convidados
tinham provado durante todo o dia. Como é comum em todos os seus
milagres, este resolveu o problema de muitas pessoas.
Outro milagre da natureza ocorreu quando Jesus acalmou uma
forte tempestade que aterrorizava até mesmo pescadores veteranos,
como os discípulos, os quais tinham pescado durante toda sua vida no
mar da Galiléia e conheciam bem suas águas traiçoeiras. Contudo, a
tempestade não podia competir com Jesus, muito embora o evangelho
de Marcos relate: “Levantou-se grande temporal de vento, e as ondas se
arremessavam contra o barco, de modo que o mesmo já estava a
encher-se de água” (Marcos 4.37). Mateus expõe o incidente nestes
termos: “O barco era varrido pelas ondas” (Mateus 8,24). Jesus, que
estava dormindo naquele momento, “despertando, repreendeu o vento,
e disse ao mar: ‘Acalma-te, emudece!’ O vento se aquietou e fez-se
grande bonança” (Marcos 4.39). De repente os discípulos ficaram
espantados ao ver seu poder sobre a natureza, pois eles cogitavam em
voz alta: “Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?”
(Marcos 4.41) Podemos nos identificar com a reação deles, pois meros
seres humanos não possuem tamanho poder.
Tive o privilégio recentemente de viajar pelo mar da Galiléia e
recontar esta história a bordo de um navio para cem turistas que nos
acompanharam na viajem. Nosso guia judeu observou que, até hoje,
tempestades violentas podem surgir ali repentinamente. Não foi difícil
imaginar tanto a cena como a reação dos discípulos. Quem, com
certeza, pode comandar até o vento e as ondas? Somente o Filho de
Deus!
Em duas ocasiões Cristo realizou pescas miraculosas — uma nos
primeiros dias do seu ministério (Lucas 5) e a outra após sua
ressurreição (João 21). Em ambos os casos, como em todos os
milagres, Ele desejava aumentar a fé dos discípulos em sua divindade.
Podemos incluir ainda dois outros milagres da natureza: Pedro
encontrando a moeda na boca de um peixe (Mateus 17.27), exatamente
como Jesus havia dito, e o relato da figueira que secou (Mateus 21. 18-
22) no mesmo instante em que o Senhor a amaldiçoou.
Meu milagre da natureza predileto é Jesus caminhando sobre a
água (Mateus 14. 22.32). Isso é tão humanamente impossível que,
quando os céticos se referem a um egoísta, dizem com escárnio: “Ele
pensa que pode andar sobre a água.” Por dois mil anos, somente uma
pessoa caminhou sobre as ondas por seu próprio poder. Que outra
pessoa Ele podia ser senão Deus em forma humana?
3. Curando os endemoninhados
A possessão demoníaca tem torturado o gênero humano desde o
princípio da história. Embora algumas regiões tenham sido mais
atingidas do que outras, ninguém tem escapado. Tanto no passado
como nos dias de hoje, temos dificuldade para distinguir entre a
insanidade e a possessão demoníaca. Mesmo com o avanço da
psiquiatria atual, numerosos casos são difíceis de avaliar. Pessoas
diagnosticadas como “esquizofrênicas” ou de “personalidades mistas”
podem agir normalmente em um momento e de repente gritar ou falar
com voz estranha, como se um espírito estivesse usando seu corpo,
para depois “despertar” e não ter lembrança alguma do que aconteceu.
Alguns emitem afirmações maldosas ou blasfemas que não condizem
com suas crenças originais, e, a seguir, quando voltam ao normal negam
que tenham dito tais coisas. A psiquiatria pode fornecer uma explicação
“científica” para certos casos (tais como “demência”), mas esses
indivíduos podem mais tarde passar por um exorcismo em nome de
Jesus Cristo e nunca mais sofrer outra experiência semelhante. Sem
dúvida, algumas pessoas têm sofrido de possessão demoníaca.
Na época em que Jesus viveu, a possessão demoníaca era
bastante comum. Isto não nos surpreende, se considerarmos o
propósito de sua vinda à terra e a ousadia de Satanás na tentação de
Cristo, mencionada em três dos evangelhos. Em pelo menos seis
ocasiões durante seu ministério, Jesus foi confrontado com indivíduos
possuídos pelo demônio. Em cada caso Ele demonstrava seu poder
sobre os demônios expulsando-os milagrosamente.
Os três evangelhos sinópticos narram uma das ocorrências mais
incríveis que ilustra o poder de Jesus sobre demônios. De acordo com
o relato de Lucas:
4. Os milagres da multiplicação
Duas vezes durante seu ministério Jesus satisfez a fome das
multidões, alimentando-as milagrosamente. Em uma das vezes Ele
multiplicou o alimento disponível até ele se tornar suficiente para
alimentar cinco mil pessoas; na segunda ocasião, quatro mil pessoas
foram alimentadas. A alimentação de cinco mil pessoas é o único
milagre (além da ressurreição) mencionado pelos quatro evangelhos, o
que demonstra a importância que os autores deram a esse
acontecimento. Jesus aceitou o lanche de um menino — que consistia
de cinco pães e dois peixes — abençoando-o e distribuindo-o pelas
mãos dos discípulos, ordenando-lhes que alimentassem as multidões.
Para surpresa deles, os pães e os peixes alimentaram todo o povo... e
sobraram ainda doze cestas cheias!
Em toda a história do mundo, nunca houve um milagre de
multiplicação semelhante a esse realizado diante de tantas pessoas. Este
milagre provocou algumas reações imediatas. Os discípulos tornaram-
se ainda mais convencidos de que Jesus era um ser sobrenatural e o
povo seguiu-o para fazê-lo seu rei. Quiseram promovê-lo da oficina de
carpintaria ao palácio — mas não foi para isso que Ele veio (e esta é
provavelmente a razão para Ele ter repetido esse milagre somente uma
vez).
1. Em seu nascimento
Há uma justificativa razoável para Jesus nessa primeira vez que
Ele foi adorado. Afinal de contas, Ele era uma criancinha quando os
sábios do Oriente vieram para “adorá-lo”. A pergunta específica é:
receberia Ele tal adoração durante seu ministério adulto? Fazer isso
seria no mínimo um crime... a menos que Ele verdadeiramente fosse
Deus! Considere os seguintes exemplos:
4. Pedro e os peixes
Lucas narra um acontecimento semelhante na vida de Pedro.
Depois de ouvir Jesus ensinar e vê-lo realizar o milagre de encher duas
redes de peixe (depois de nada terem pescado à noite), Pedro caiu de
joelhos diante de Jesus e rogou: “Senhor, retira-te de mim, porque sou
pecador” (Lucas 5.8). Este foi um outro ato de adoração. E observe
novamente que não houve nenhuma reprovação de Jesus.
5. O chefe angustiado
Em outra ocasião, “um chefe, aproximando-se, o adorou, e disse:
‘Milha filha faleceu agora mesmo; mas vem, impõe a tua mão sobre ela,
e viverá’“ (Mateus 9.18). Jesus não somente se recusou a repreender o
homem, mas atendeu ao seu pedido ressuscitando a menina.
6. Homens em um barco
Vários milagres foram feitos no mar da Galiléia ou nas
proximidades. Foi ali que Jesus alimentou cinco mil pessoas. Foi ali
que, em meio a águas revoltosas, Ele caminhou sobre a água e
finalmente subiu ao barco dos discípulos. Foi ali em outra ocasião que
Ele com uma palavra acalmou o mar — após o que “os que estavam no
barco o adoraram, dizendo: ‘Verdadeiramente és Filho de Deus!’”
(Mateus 14.33). A mensagem é clara: todos os discípulos, juntos,
adoraram Jesus e ainda aqui não houve nenhuma reprovação.
7. A transfiguração
Quando Pedro, Tiago e João testemunharam a transfiguração de
Jesus sobre o “monte santo”, eles ficaram assustados ao ouvir a voz do
Pai celestial dizendo: “Este é o meu Filho amado, em quem me
comprazo: a ele ouvi” (Mateus 17.5). A cena deixou-os amedrontados e
eles caíram aos pés de Jesus. Somente o próprio Jesus podia levantá-los
— mas, de novo, não houve nenhuma repreensão.
9. Após a ressurreição
Após a ressurreição, as mulheres que foram ao sepulcro correram
para anunciar aos discípulos, quando “Jesus veio ao encontro delas, e
disse: ‘Salve!’ E elas, aproximando-se, abraçaram-lhe os pés, e o
adoraram” (Mateus 28.9). Nenhuma palavra de repreensão.
10. Na ascensão
Ao final de sua presença na terra, Jesus encontrou-se com seus
discípulos no “monte que Jesus lhes designara. E, quando o viram, o
adoraram” (Mateus 28.17). E uma vez mais não houve nenhuma
repreensão.
Estes dez incidentes provam não somente que as pessoas eram
impelidas a adorar Jesus, mas que o próprio Jesus aceitava essa
adoração. Isto significa apenas uma coisa: Jesus é Deus em forma
humana.
Não devemos nos esquecer das palavras que Jesus disse: “Se
alguém quiser fazer a vontade dele, conhecerá a respeito da doutrina, se
ela é de Deus ou se eu falo por mim mesmo” (João 7.17). Aquele casal
é um perfeito exemplo disto. No caso deles, Deus enviou meu folheto
de uma maneira peculiar para cumprir seus misericordiosos propósitos:
ele flutuou sob uma chuva pesada, sendo levado pela enxurrada até
parar junto à sarjeta perto da caminhonete daquele jovem.
1. Admitir que foi por você e por seus pecados que Jesus morreu.
2. Crer que Ele ressuscitou dentre os mortos.
3. Rogar-lhe que perdoe seus pecados e salve sua alma.
Se você fizer estas três coisas, Jesus lhe assegura que você estará
com Ele na eternidade, exatamente como o ladrão arrependido na cruz
está agora com Ele. Mas, depois de passar por essas três coisas, você
terá feito mais do que assegurar um lugar no céu. Isso o capacitará
também a seguir o exemplo de Jesus de perdoar àqueles que o
ofenderem ou lhe fizerem algum mal. Este é uma dos maiores milagres
da salvação.
Esta profecia fez com que muitos judeus rejeitassem Jesus como
o Messias. Isto porque, embora Ele cumprisse a primeira parte da
profecia, que diz: “Um menino nos nasceu... um filho se nos deu”,
faltava ainda cumprir o restante. Ele precisava ainda reinar sobre o
trono de Davi como Senhor dos senhores.
Os quatro evangelhos concordam que Jesus veio primeiramente
como um servo humilde para sacrificar-se pelos pecados, cumprindo a
profecia de Isaías 53. Mas os judeus do tempo de Jesus não queriam
um salvador sofredor que os salvasse de seus pecados; eles queriam um
rei que tomasse o poder e governasse sobre as nações. Eles não
perceberam que precisavam primeiramente de um sacrifício pelos
pecados (assim como o mundo inteiro). Somente mais tarde, quando
Jesus voltasse com poder e glória, seria cumprido o restante da
profecia.
O versículo 7 afirma que o Messias seria da linhagem do rei Davi,
reinando em seu lugar. Portanto, não é surpresa que Mateus trace a
linhagem de Jesus a partir de Abraão, Isaque, Jacó, seguindo a família
de Jessé até chegar ao próprio Davi.
Isto se torna especialmente importante quando se sabe que
nenhuma comprovação dessa linhagem poderia ser feita hoje. Todos os
registros genealógicos dos judeus foram destruídos na Diáspora (a
“dispersão”, quando os judeus foram retirados de suas casas e
espalhados por todo o mundo), sendo assim impossível atualmente
identificar o Messias pelo histórico familiar. Mas como a linha do
nascimento de Jesus Cristo estava disponível naquele primeiro século,
as credenciais de Jesus desta forma estão claramente estabelecidas.
C. Um grande legislador
Moisés foi a única pessoa autorizada por Deus para entregar as
leis a Israel. Mas foi Jesus quem deu plena compreensão à lei de Deus e
forneceu “novas” leis a Israel. Ele citou a lei quando disse: “Ouvistes o
que foi dito...” mas acrescentou o que nenhum outro profeta tinha
jamais ousado falar: “Eu, porém, vos digo...” (Mt 5.21,22). Eis por que,
“quando Jesus acabou de proferir estas palavras, estavam as multidões
maravilhadas da sua doutrina; porque ele as ensinava como quem tem
autoridade, e não como os escribas” (Mt 7.28, 29).
E. Um grande redentor
Moisés resgatou Israel do cativeiro e da escravidão do Egito (Êx
3-4; At 7.20-39), mas Cristo resgatou o mundo do cativeiro e da
escravidão do pecado (Mt 20.28; Ef 2.1-8; Rm 3.28-4.6).
F. Um grande mediador
Moisés foi o mediador entre Deus e Israel. Mas Jesus é agora o
mediador entre Deus e toda a humanidade. 1 Timóteo 2.5,6 diz:
“Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os
homens, Cristo Jesus, homem, o qual a si mesmo se deu em resgate por
todos.”
G. Um grande intercessor
Moisés foi o grande intercessor perante Deus em favor de Israel,
evitando que Deus destruísse seu povo completamente, quando ele
prestou adoração ao bezerro de ouro (Êx 32.7-14; Nm 14.11-20). Mas
Jesus é o maior intercessor. Ele agora intercede por toda a humanidade
(Jo 3.16; Hb 7.25; observe Nm 21.4-9eJo3.14).
A Evidência Aumenta
Estas doze profecias por si só devem fazer com que até os
céticos mais intransigentes reconsiderem seu ceticismo. Entretanto,
ainda não terminamos! No próximo capítulo vamos considerar outras
dezesseis profecias, desta vez mostrando como as Escrituras
anunciaram antecipadamente a morte, sepultamento e ressurreição de
Jesus. Como veremos, esses pontos constituem os mais marcantes — e
decisivos — indicadores da identidade de Jesus.
Por mais incrível que possa parecer, esta profecia de Daniel foi
cumprida por Jesus na semana que antecedeu a crucificação, quando
Ele formalmente se apresentou à nação hebréia como seu Messias.
Pode-se estabelecer que, exatamente 483 anos depois da “saída da
ordem para edificar Jerusalém”, o Messias foi morto e rejeitado por seu
povo.
Mas, primeiramente, vejamos o contexto desta passagem. Deus
enviou o anjo Gabriel em resposta à oração de Daniel, que era um
cativo como milhares de outros judeus que tinham sido levados para a
Babilônia quase setenta anos antes. Daniel havia estudado as profecias
de Jeremias e percebeu que o tempo para o livramento da nação estava
próximo. Jerusalém — incluindo o templo e suas muralhas —
permaneceu em ruínas por quase setenta anos. Gabriel então profetizou
a restauração de todas essas coisas e a vinda do Messias no período de
483 anos.
Jeremias havia predito: “Toda esta terra virá a ser um deserto e
um espanto; estas nações servirão ao rei de Babilônia setenta anos” (Jr
25.11). No fim desse período, o Senhor disse: “Logo que se cumprirem
para Babilônia setenta anos atentarei para vós outros e cumprirei para
convosco a minha boa palavra, tornando a trazer-vos para este lugar”
(Jr 29.10). Daniel estava entre os primeiros deportados para a
Babilônia, em 605 a.C, quando Nabucodonosor, rei da Babilônia,
invadiu a Palestina.
Agora, em 538 a.C. (67 anos mais tarde), Daniel entendeu pela
profecia de Jeremias que os setenta anos de cativeiro estavam prestes a
se cumprir.
John Ankerberg pesquisou detalhadamente esta passagem e nos
esclareceu sobre este assunto:
3. Mas ele foi traspassado pelas Mas um dos soldados lhe abriu o
nossas transgressões (versículo 5). lado com uma lança (Jo 19.34).
4. [Ele foi] moído pelas nossas Carregando ele mesmo em seu corpo,
iniqüidades;... e pelas suas pisaduras sobre o madeiro... por suas chagas
fomos sarados (versículo 5). fostes sarados (1 Pe 2.24).
10. Porquanto derramou a sua alma na E foram crucificados com ele dois
morte; foi contado com os ladrões, um à sua direita e outro à
transgressores (versículo 12). sua esquerda (Mt 27.38).
16. Traído por trinta moedas de Então um dos doze, chamado Judas
prata Iscariotes, indo ter com os
principais sacerdotes, propôs:
Eu lhes disse: "Se vos parece bem, "Que me Quereis dar, e eu vo-lo
dai-me o meu salário; e se não, entregarei?" E pagaram-lhe trinta
deixai-o." Pesaram, pois, por meu moedas de prata (Mt 26.14-15).
salário trinta moedas de prata (Zc
11.12).
22. Orou por seus inimigos Contudo Jesus dizia: "Pai, perdoa-
lhes, porque não sabem o que
Em paga do meu amor me fazem." Então, repartindo as
hostilizam: eu, porém, orava (Sl vestes dele, lançaram sortes (Lc
109.4). 23.34).
Ele verá o fruto do penoso trabalho de Mas Deus prova o seu próprio amor
sua alma, e ficará satisfeito; o meu para conosco, pelo fato de ter Cristo
Servo, o Justo, com o seu morrido por nós, sendo nós ainda
conhecimento, justificará a muitos, pecadores. Logo, muito mais agora,
porque as iniqüidades deles levará sendo justificados pelo seu sangue,
sobre si (Is 53.11). seremos por ele salvos da ira. ...
sabedores que havendo Cristo
ressuscitado dentre os mortos, já não
morre: a morte já não tem domínio
sobre ele (Rm 5.8-10; 6.9).
A Evidência é marcante
Estas vinte e oito profecias foram escolhidas porque são de tal
forma específicas que dificilmente poderiam ser ignoradas. Mesmo que
algum cético exclua cinco ou seis delas, a evidência representada pelo
número restante é ainda surpreendente.
É impossível ilustrar adequadamente a probabilidade de uma
pessoa comum cumprir todas as vinte e oito dessas profecias. Alguém
sugeriu que, se tomássemos apenas dez dessas profecias, a possibilidade
de uma pessoa cumprir todas elas seria como cobrir todo o Texas com
uma camada de trinta centímetros de moedas de prata, depois
sobrevoar a região em um helicóptero e, com os olhos vendados, pegar
a única moeda diferente das demais.
Você diz — “É impossível!” — e eu concordo. É impossível
para qualquer ser humano — que não seja Jesus — no passado ou no
futuro, conseguir cumprir sequer dez dessas profecias. Portanto, se dez
são impossíveis, tente imaginar como seria inconcebível que uma
pessoa cumprisse as vinte e oito relacionadas acima, mais as seis sobre
sua morte citadas em Isaías 53, e todas as demais. Não é de admirar que
Jesus tivesse censurado os judeus em João 5 por não reconhecerem-no
como o Messias — a evidência estava toda ali, nas Escrituras, que eles
afirmavam aceitar e estudar, pois, como Ele disse, “são elas mesmas
que testificam de mim”. Eles não tinham desculpa.
E o mesmo acontece conosco, se nos recusamos a aceitar essa
esmagadora evidência.
Pa r t e I V: E v i d ê n c i a d e S u a R e s s u r r e i ç ã o
A Evidência É Esmagadora
A Importância da ressurreição
Observe que é o Cristo vivo quem vai retornar para sua igreja.
Um Cristo morto, cujo corpo repousasse em alguma sepultura
escondida em Jerusalém ou perto dali, não salvaria ninguém. Ele seria
impotente para voltar da glória e nos levar para estarmos com Ele “na
casa de meu Pai”. Mas, e um Cristo ressurreto? Bem, isso é outra coisa!
Considerando que Ele vive para sempre, Ele é mais do que capaz de
retornar e levar-nos consigo.
1. O túmulo vazio
Todos os túmulos famosos no mundo — a Abadia de
Westminster em Londres, o Túmulo de São Tome na índia, o “Túmulo
do Soldado Desconhecido”, em Washington, ou os muitos outros
túmulos em Israel — são famosos pelos corpos que contêm. Mas isto
não acontece com o túmulo de Jesus. Ele é o único no mundo famoso
pelo que não contém. Ele estava vazio na primeira manhã da Páscoa e
continuou assim. O túmulo vazio é um lembrete constante da
mensagem do anjo às mulheres: “Ele não está aqui: ressuscitou, como
havia dito.”
O significado do túmulo vazio não deve ser subestimado. Este
fato foi comprovado tanto por seus amigos como por seus inimigos,
sendo mencionado pelos quatro escritores dos evangelhos e citado por
Paulo, Pedro e por outros escritores do Novo Testamento. Observe os
acontecimentos narrados no texto a seguir.
Não, Paulo não estava louco, nem por suas muitas letras nem por
sua terrível culpa. Até o dia de seu martírio, ele foi uma das pessoas
mais lúcidas que já andaram pela terra. E verdade que ele nunca
esqueceu seus dias como perseguidor da igreja, mas nunca duvidou que
tinha sido perdoado pelo fundador dessa igreja. Essa é a razão de ele ter
voluntariamente dedicado sua vida para anunciar a ressurreição de
Cristo.
1. A teoria do desmaio
A velha teoria de que Jesus desmaiou temporariamente na cruz
foi inventada muito antes que a ciência médica desenvolvesse uma
compreensão das conseqüências devastadoras provocadas por um
trauma como o que Jesus sofreu. Hoje qualquer pessoa de formação
médica admitiria que, se a crucificação não tivesse matado Jesus, os
panos [a mortalha] apertados contra seu corpo, o frio, a umidade, o
túmulo selado [sem ventilação] e três dias sem tratamento, certamente
o teriam matado. E, depois, ainda havia a enorme pedra que ele
precisaria remover, enfraquecido como estava. Mas isto ainda não é o
pior desta teoria.
Como um Cristo debilitado e pálido [por causa da perda de
sangue], que levaria semanas para se recuperar, pôde inspirar seus
discípulos a ir e proclamar sua vitoriosa ressurreição? Esta idéia é tão
ridícula que até mesmo o famoso cético do século dezenove, David
Strauss, escreveu:
6. A teoria da visão
A teoria da visão é talvez a explicação falsa mais amplamente
aceita para a ressurreição. Ela defende a integridade dos discípulos,
considerando-os homens honestos e sinceros que foram
emocionalmente perturbados pela morte de seu líder. Esta teoria alega
que, uma vez que Jesus tinha predito sua ressurreição, seria
perfeitamente natural que seus seguidores achassem que isso realmente
tivesse acontecido. Assim, eles o viram, conversaram com Ele e até
imaginaram que Ele tomou uma refeição com eles.
Joseph Ernest Renan, um crítico do século dezenove, é um típico
defensor dessa teoria. Os pontos de vista desse cético francês podem
ser assim resumidos:
7. A teoria do telegrama
Esta é uma das teorias mais estranhas de que se tem notícia. Um
estudioso escreveu sobre ela:
O Poder da ressurreição
O apóstolo Paulo escreveu: “Pára [eu, Paulo] o conhecer e o
poder da sua ressurreição” (Filipenses 3.10). As vidas transformadas
das pessoas proporcionam o teste supremo desse poder. Aqueles que
acreditam na ressurreição e recebem Cristo como seu Senhor e
Salvador experimentam “o poder da sua ressurreição”, que os capacita
a viver a vida cristã. Pára muitos isto significa uma mudança drástica.
Por quê? Porque todo aquele que se torna cristão é pecador. Alguns são
piores que os outros (como Paulo, que perseguiu a igreja); outros são
blasfemos; outros ainda são culpados de pecados mais comuns.
Entretanto, todos eles, após a conversão, recebem o poder de viver
como “novas criaturas em Cristo”.
A seqüência deste livro terá como título “O Poder da Cruz”, um
tema extraído de 1 Coríntios 1.18. Vou mostrar que o sinal do poder de
Deus nos seres humanos hoje é a vida transformada dos crentes.
Quando a pessoa dobra os joelhos diante do Salvador e experimenta o
poder do Cristo ressurreto, ela pode superar todo pecado obsessivo que
tem dominado sua vida. Vamos narrar nesse livro histórias da vida real
de muitas pessoas que foram transformadas pelo poder do Senhor
ressurreto. Jesus tem curado e continua curando hoje os viciados em
drogas, álcool, prostituição, depressão, ira, ou qualquer outra coisa.
Vou relatar muitos casos daqueles que estavam subjugados pelo pecado
sem qualquer esperança... até se encontrarem com o Cristo crucificado
e ressurreto.
Em todos estes anos em que tenho visto homens e mulheres se
renderem à fé no Cristo ressurreto, não encontrei uma só pessoa que
tenha voltado atrás ou lamentado sua decisão. Ao contrário, numerosas
pessoas ainda dão testemunho de que “Jesus mudou minha vida!” Você
pode estar certo de que elas não estavam falando de um Jesus morto,
sepultado no túmulo de José de Arimatéia, mas de um Cristo ressurreto
e vivo nos dias de hoje.
O desafio agora e sempre é “provar e ver que o Senhor é bom”.
Em outras palavras, aceitá-lo como seu Senhor e Salvador e
experimentar por si mesmo “o poder de sua ressurreição”.
Pa r t e V : Q u e m E l e É Pa r a Vo c ê ?
Pedro, que viveu com Ele por três anos, disse que Ele
“não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em
sua boca “ (1 Pe 2.22).
Há mais de cem anos (na primeira vez que a Feira Mundial veio a
Chicago), realizou-se outro grande simpósio sobre religião em Chicago.
Setecentas pessoas se amontoavam no pavilhão para ouvir um dos mais
brilhantes oradores hindus do mundo, Swami Vivekananda. Ele fez
uma brilhante exposição das facetas filosóficas do hinduísmo, a religião
de sua pátria, terminando com estrondosos aplausos. O próximo
orador seria um famoso clérigo cristão que, por alguma razão, preferiu
não apresentar a filosofia do cristianismo. Possivelmente ele temia que
a história do Filho de Deus morrendo pelos pecados dos homens fosse
simples demais para fazer frente aos belos ideais do hinduísmo.
Quando o presidente anunciou que o próximo orador preferiu
não falar, um pesado silêncio caiu sobre o pavilhão. Desesperado, o
presidente perguntou se alguém poderia falar sobre o cristianismo em
seu lugar. De repente, alguém sentado no fundo, um professor de
escola dominical, de Chicago, chamado Joseph Cook, caminhou até a
frente dizendo que gostaria de contar uma história. Ele contou então a
história de Macbeth, de Shakespeare, dizendo como Lady Macbeth e
seu marido foram coniventes na morte do rei e como sua culpa levou-a
à beira da loucura. Finalmente, quando ela não mais podia livrar suas
mãos do sangue de seu pecado, ela exclamou aquele famoso verso:
“Fora! Fora, mancha maldita!”
Dirigindo-se a Swami Vivekananda, Joseph Cook perguntou:
“Senhor, que alívio o hinduísmo tem a oferecer a Lady Macbeth para
limpá-la de seu pecado?” O perturbado Swami admitiu que o
hinduísmo não tinha meios de perdoar pecado.
Joseph Cook então tirou do bolso seu Novo Testamento e disse:
“Gostaria de mostrar-lhes o remédio que o cristianismo tem para o
pecado.” Ele leu: “Se... andarmos na luz, como ele está na luz,
mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu
Filho, nos purifica de todo pecado. Se dissermos que não temos pecado
nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós.
Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar
os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 João 1.7-9). Em seguida
ele explicou como Cristo morreu sobre a cruz pelos pecados de todo o
mundo e convidou todos a receberem Jesus como seu salvador pessoal.
Anos mais tarde, quando visitava um dos maiores templos hindus
na índia, vi um jovem ajoelhar-se à frente de uma gravura esculpida em
mármore no chão do templo. Repentinamente ele começou a curvar-se
e a bater sua testa contra o emblema esculpido no mármore até que o
sangue escorresse sobre seu rosto. Quando perguntei a alguém por que
ele fez aquilo, me disseram que “ele estava tentando ser perdoado de
seus pecados”. A cena lembrou-me aquela história de Chicago e o fato
de o hinduísmo ainda não ter solução para o pecado. Porém nem o
confucionismo, ou o maometanismo, ou o taoísmo ou qualquer outra
religião no mundo oferecem tal solução. Somente o cristianismo pode
oferecer perdão de pecados por meio do sangue de Jesus Cristo e vida
eterna através da fé nele.
Como um homem poderia morrer pelos pecados do mundo
inteiro? A razão está em quem Ele era. Não era um simples homem que
estava pregado naquela cruz; era Deus em forma humana. Somente a
morte do Filho de Deus podia salvar-nos do pecado. E somente Jesus
Cristo é o verdadeiro Filho de Deus.
Se você fez esta oração, saiba que a Bíblia garante que “aquele
que invocar o nome do Senhor será salvo” (Atos 2.21). Meus parabéns!
Você é agora um membro da família de Deus. E no entanto deve
compreender que a aventura não terminou; ela está apenas começando.
Você acaba de embarcar em uma excitante viagem de fé. Com base na
verdade e na lógica encontradas neste livro, você achou razões
suficientes para orar para receber Cristo. Isto faz de você um bebê
recém-nascido em Cristo. Espiritualmente, você é uma criança que
precisa crescer para perceber seu pleno potencial em Cristo. O melhor
meio de alimentar sua nova fé é seguir o exemplo dos primeiros
cristãos no primeiro século, que perseveraram na palavra e na doutrina
dos apóstolos. Hoje, isto significa várias coisas.
Primeiro, comece a ler regularmente a Palavra de Deus. Procure
obter uma versão moderna e comece a ler o evangelho de João.
Quando você tiver terminado esta leitura, comece a ler o Novo
Testamento do começo ao fim. Pense na Bíblia como seu alimento
espiritual. Toda a vez que a ler, ouça seu ensino, estude ou memorize
os textos; você estará construindo sua nova vida espiritual. Você será
beneficiado nos primeiros dias de sua fé recém-descoberta, lendo outro
livro que escrevi, intitulado “Como Estudar a Bíblia Sozinho”.
Segundo, encontre uma igreja que estude a Bíblia, onde você
possa aprender mais sobre a Palavra de Deus. Procure um lugar onde
possa encontrar comunhão com outros cristãos. A pessoa que guiou
você à leitura desse livro provavelmente poderá ajudá-lo a encontrar
uma igreja forte em sua cidade, capaz de fazê-lo crescer espiritualmente.
Terceiro, é importante que você ore regularmente. Quando você
recebeu a Cristo, tornou-se um filho de Deus; portanto, você tem
acesso direto a Deus através da oração. Assim, você pode procurar a
orientação do Pai em tudo o que faz. Já que Jesus está vivo e no céu
(onde a Bíblia diz que Ele intercede por nós diante do Pai) (Romanos
8.34; Hebreus 7.25), aprenda a falar com Ele contínua e regularmente.
Por último. A Bíblia nos ensina que devemos confessar Cristo
perante outras pessoas. Minha sugestão é que você reveja tudo que
aprendeu sobre a pessoa de Jesus e fale sobre isso com seus amigos.
Muitos daqueles que não aceitaram Cristo nunca tiveram a
oportunidade de ouvir a lógica e a razão da Palavra de Deus que
produz a fé. Talvez muitos deles nunca irão ouvi-la a menos que um
amigo como você transmita o que aprendeu. Não recomendo que você
fale do evangelho para mais de uma ou duas pessoas de cada vez. Ao
contrário do meu amigo Stan (aquele jovem que quis evangelizar cinco
estudantes judeus de uma só vez), muitas oportunidades de
testemunhar são melhores quando falamos com um ou dois de cada
vez. Não fique desanimado se algum de seus amigos não mostrar
interesse de imediato. Ele pode se interessar mais tarde, à medida que
você continua forte em sua fé cristã.
Você vai descobrir, porém, que a identidade de Jesus de Nazaré é
sempre a chave para a fé cristã. Se uma pessoa não tem fé, é geralmente
porque nunca foi convencida de que Jesus é o Filho de Deus
encarnado, que morreu sacrificialmente na cruz e ressuscitou dentre os
mortos. Livros como este são escritos para ajudar a enfrentar este
desafio. Como diz a Bíblia, a “fé vem pela pregação e a pregação pela
palavra de Cristo” (Romanos 10.17).
Lembre-se de que Deus não espera que “apenas acreditemos”.
Ele deseja que procuremos buscar sua Palavra, que a examinemos
racionalmente e à luz de outras evidências históricas e cheguemos a
uma conclusão lógica. Estou convicto de que a evidência apresentada
neste livro é tão esmagadora que qualquer pessoa não preconceituosa
ficará convencida de que Jesus Cristo verdadeiramente é o Filho de
Deus, exatamente como Ele afirmou. E assim podemos dizer,
juntamente com o apóstolo João:
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