Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Ensaio bibliográfico
Ler História
69 | 2016 :
Vária
Em debate
Identidade imperial e
multietnicidade na União
Soviética. Ensaio bibliográfico
A C
p. 125-137
Texto integral
1 Assinalam-se no ano de 2016 os 25 anos da dissolução da União das Repúblicas
Socialistas Soviéticas (URSS), formalmente declarada em 26 de dezembro de 1991, após
uma sucessão de declarações de independência das várias repúblicas que até então a
compunham. Chegava assim ao fim uma entidade política de tipo imperial1, que
abrangia um largo grupo de nacionalidades, etnias, línguas, religiões e culturas
distintas (no auge da sua existência, a URSS compreendia 15 repúblicas e mais de 100
nacionalidades). A passagem deste aniversário constitui por isso um momento
oportuno para fazer um balanço da produção historiográfica que, antes e depois dessa
data, se tem ocupado da problemática das nacionalidades, do nacionalismo e da
multietnicidade no espaço político da URSS.
2 Importa lembrar que, do ponto de vista da história soviética, essa sempre foi uma
questão crucial e simultaneamente complexa, na medida em que se baseava em
dinâmicas e princípios contraditórios. A própria fórmula político-constitucional
encontrada aquando da criação formal da URSS em 1922 – um Estado de tipo federal e
multinacional, dirigido por um soviete supremo e controlado por um partido único – foi
a primeira expressão evidente dessas contradições, ou, se preferirmos dar-lhe uma
interpretação mais generosa, foi uma solução de compromisso entre as mesmas. Ou
seja, se, por um lado, a URSS correspondia, para muitos efeitos, à reconstituição do
espaço político e económico do antigo império russo, por outro, os dirigentes soviéticos
negavam tratar-se de um império, e sempre mantiveram uma retórica anti-imperialista;
se, por um lado, necessitavam de envolver as nacionalidades e, para isso, reconhecer-
lhes identidade cultural e um estatuto territorial formalizado, por outro, rejeitavam o
nacionalismo como princípio político, aliás, contrário à doutrina de um
internacionalismo de classe; se, por um lado, a união ou federação das nacionalidades
https://journals.openedition.org/lerhistoria/2455#ftn5 1/11
07/07/2019 Identidade imperial e multietnicidade na União Soviética. Ensaio bibliográfico
https://journals.openedition.org/lerhistoria/2455#ftn5 2/11
07/07/2019 Identidade imperial e multietnicidade na União Soviética. Ensaio bibliográfico
https://journals.openedition.org/lerhistoria/2455#ftn5 4/11
07/07/2019 Identidade imperial e multietnicidade na União Soviética. Ensaio bibliográfico
analisar a receção e reação das populações não-russas a essas políticas. Numa linha um
pouco diferente, procurando introduzir uma perspetiva histórica comparativa, um
outro livro editado em 1992, mas resultante de uma conferência realizada em 1990,
punha em comparação o modo como a problemática dos nacionalismos fora enfrentada
por três entidades políticas assentes em realidades multiétnicas – o império
Habsburgo, o império czarista e a União Soviética18.
15 Também merece referência, nesse contexto de transição, um livro dirigido ao público
generalista logo após o golpe de Moscovo de 1991, coordenado por Miron Rezun,
especialista de ciência política e autor de uma dúzia de livros sobre as lutas pelo poder
na URSS e em países do Médio Oriente e da Ásia Central19. Nesta obra coletiva
sustentava-se que o governo soviético estava a viver uma crise imperial decorrente da
perturbação da consciência imperial russa e identificava-se a origem do mal nos
problemas dos nacionalismos e da multietnicidade. Sem que a queda do império
constituísse propriamente uma novidade, «desta vez as mudanças serão tão
importantes que terão um impacto duradouro, não apenas sobre os muitos não-russos
no território da ex-URSS, mas no resto do mundo também, sendo difícil prever as
implicações da desintegração dessa política outrora poderosa», escrevia-se na
introdução. Os contributos dos vários autores reunidos nesta obra tentam apresentar
uma análise abrangente do impacto do nacionalismo na dissolução soviética e os efeitos
dessa dissolução, concluindo que, apesar de o império se ter esgotado, a Rússia
permaneceria como potência mundial, e antecipavam o surgimento de uma nova forma
de nacionalismo russo agressivo e tendencialmente expansionista.
16 Com uma abrangência interdisciplinar mais ambiciosa, registe-se a publicação em
1992 de um livro reunindo um conjunto de cinco estudos de especialistas de várias
nacionalidades nas áreas de história, economia, sociologia e relações internacionais.
Este volume abordava de forma transversal o colapso da URSS e o surgimento dos
novos Estados independentes, e apontava no sentido de que as políticas soviéticas que
pretendiam dissolver as distinções nacionais produziram de forma não intencional uma
poderosa rede de identidades nacionais como consequência da revolution from above,
ou seja, a lógica interna da mudança das lideranças políticas transformou a questão das
nacionalidades de um problema menor para um problema maior e desencadeou o
processo de desintegração da URSS20.
17 No contexto político internacional dos anos 1990, especialmente marcado pela
implosão da União Soviética, um acontecimento para muitos tão extraordinário quanto
surpreendente, era inevitável que a problemática das nacionalidades fosse investigada
principalmente na sua articulação com esse acontecimento. Assim aconteceu também
com Ronald Suny, um dos mais influentes especialistas de estudos soviéticos (em
história e ciência política), que já havia publicado vários trabalhos sobre os
nacionalismos da Ásia Central nas décadas de 1970 e 1980, e que voltou ao tema em
1993 com um livro sugestivamente intitulado A Vingança do Passado, no qual defendia
claramente que o colapso do regime soviético tinha sido causado pelos nacionalismos
unificados em torno da hostilidade ao Kremlin21. Partindo do estudo da formação e
crescimento das nações dentro da União Soviética e das políticas contraditórias
dirigidas aos povos não-russos, Suny garantia que foram as reformas internas que
acabaram por conduzir à revolução, e que as tentativas de renovação levaram à própria
desintegração. À medida que o próprio centro abdicou de grande parte do seu controlo
sobre o país, durante os anos de Mikhail Gorbatchev, os comunistas não-russos (e,
quando esse controle se extinguiu, até mesmo os russos) dividiram-se entre os que
desejavam preservar o Estado mais abrangente, sem os seus aspetos imperiais, e os que
estavam dispostos a afastar-se dele em busca de uma soberania separada22.
18 Essa tem sido, de resto, uma interpretação genericamente partilhada pelos
especialistas de ciência política ao longo da década de 1990, e mesmo em alguns
trabalhos mais tardios. A título de exemplo, Mark Beissinger, professor de ciência
política na Universidade de Princeton, e diretor do Princeton Institute for International
and Regional Studies, aborda a relação entre o nacionalismo e o colapso da União
Soviética recorrendo a vários casos de estudo para tentar responder a uma pergunta
essencial: como é que aquilo que parecia impossível em 1987, isto é, a desintegração da
URSS, se tornou igualmente inevitável em 1991? O recurso ao inovador conceito de
https://journals.openedition.org/lerhistoria/2455#ftn5 5/11
07/07/2019 Identidade imperial e multietnicidade na União Soviética. Ensaio bibliográfico
https://journals.openedition.org/lerhistoria/2455#ftn5 8/11
07/07/2019 Identidade imperial e multietnicidade na União Soviética. Ensaio bibliográfico
Notas
1 Sobre a natureza imperial ou não da URSS, tema controverso e com largo número de
interpretações, veja-se, por exemplo, Dominic Lieven, «Russian Empire and Soviet Union as
imperial polities», Journal of Contemporary History, 30(4), 1995, pp. 607-636; Tania Raffass,
The Soviet Union – Federation or Empire? Londres, Nova Iorque, Routledge, 2012.
2 Richard Pipes, The Formation of the Soviet Union: Communism and Nationalism, 1917-1923.
Cambridge, Londres, Harvard University Press, 1954.
3 Robert Conquest, The Great Terror: Stalin’s Purge of the Thirties. Nova Iorque, Macmillan,
1968. Em 1991, após a abertura dos arquivos soviéticos, esta obra seria reeditada e atualizada
com novos dados e um longo prefácio, onde o autor, no essencial, sustentava a validade das
interpretações iniciais – The Great Terror: A Reassessment. Nova Iorque, Oxford University
Press, 1991.
4 Robert Conquest, The Nation Killers: The Soviet Deportation of Nationalities. Londres, Nova
Iorque, Macmillan, St. Martin’s Press, 1960. Obra revista e atualizada em 1991 como Stalin:
Breaker of Nations. Nova Iorque, Viking, 1991.
5 Walter Kolarz, «The Fate of Soviet Nationalities», Problems of Communism, n.º 11, pp. 48-51
(recensão de um conjunto de sete obras sobre o tema, publicadas em 1959 e 1960). Deste mesmo
autor, ver também Russia and her Colonies. Londres, Philip, 1952, e The Peoples of the Soviet
Far East. Nova Iorque, Praeger, 1954.
6 Edward C. Thaden, Conservative nationalism in nineteenth-century Russia. Washington,
University of Washington Press, 1964; Edward C. Thaden, Russification in the Baltic Provinces
and Finland, 1855-1914. Princeton, Princeton University Press, 1981; Edward C. Thaden, Russia
since 1801: the making of a new society. Oxford: Wiley-Interscience, 1971.
7 Alexandre Bennigsen e S. Ender Wimbush, National Communism in the Soviet Union: A
Revolutionary Strategy for the Colonial World. Chicago, Londres, University Chicago Press,
1979.
8 Hélène Carrère D’Encausse, Réforme et révolution chez les musulmans de l’Empire russe.
Paris, Presses de Sciences Po, 1981.
9 Hélène Carrère D’Encausse, «Communisme et nationalisme» , Revue française de science
politique, vol. 15, n.º 3, 1965, pp. 466-498; Hélène Carrère D’Encausse, L’empire éclaté: la
révolte des nations en U.R.S.S. Paris, Flammarion, 1978.
10 Sobre este mesmo tópico vale a pena citar – não obstante o desfasamento cronológico, mas
porque se trata dos raríssimos exemplos da atenção (indireta) que o tema em revisão neste ensaio
bibliográfico tem recebido da historiografia portuguesa – alguns trabalhos de José Neves:
Comunismo e Nacionalismo em Portugal. Política, Cultura e História no Século XX. Lisboa,
Tinta da China, 2008; «The role of Portugal on the stage of imperialism: communism,
nationalism and colonialism (1930-1960)», Nationalities Papers, 37.04, 2009, pp. 485-499.
11 Teresa Rakowska-Harmstone, Communism in Eastern Europe. Bloomington, Indiana
University Press, 1979; Teresa Rakowska-Harmstone, Russia and Nationalism in Central Asia:
the case of Tadzhikistan. Baltimore, Johns Hopkins Press, 1970; Teresa Rakowska-Harmstone,
The Communist States in Disarray, 1965-1971. Minneapolis, University of Minnesota Press,
1972; Teresa Rakowska-Harmstone, Perspectives for Change in Communist Societies. Nova
Iorque, Westview Press, 1979.
12 Teresa Rakowska-Harmstone, «The Dialectics of Nationalism in the USSR», Problems of
Communism, 1974, mai, pp. 1-22.
https://journals.openedition.org/lerhistoria/2455#ftn5 9/11
07/07/2019 Identidade imperial e multietnicidade na União Soviética. Ensaio bibliográfico
13 Ver Walker Connor, Ethnonationalism: The Quest for Understanding. Princeton, Princeton
University Press, 1994 (livro que reúne ensaios publicados desde a década de 1960); e Daniele
Conversi (ed), Ethnonationalism in the Contemporary World: Walker Connor and the Study of
Nationalism. Londres, Routledge, 2002 (obra coletiva de tributo ao autor e desenvolvimento
aplicado das suas proposições).
14 Georges Haupt, Michel Lowy e Claudie Well (eds.), Les marxistes et la question nationale
1848-1914. Paris, F. Maspero, 1974. Sobre este mesmo tópico, considerar ainda uma obra
posterior: Roman Szporluk, Communism and Nationalism: Karl Marx versus Friedrich List.
Oxford, University Press, 1991.
15 Walker Connor, The National Question in Marxist-Leninist Theory and Strategy. Princeton,
Princeton University Press, 1984.
16 Desta autora veja-se sobretudo: «New perspectives on stalinism», The Russian Review, vol.
45.04, 1986, pp. 357-373; «The Russian Revolution and social mobility: a reexamination of the
question of social support for the soviet regime in the 1920s and 1930s», Politics and Society, vol.
13.02, 1984, pp. 119–141; The Cultural Front. Power and Culture in Revolutionary
Russia, Ithaca, Londres, Cornell University Press, 1992. Sobre a relevância do seu trabalho, ver
Alexopoulos Golfo, Julie Hessler e Kiril Tomoff (ed.), Writing the Stalin Era: Sheila Fitzpatrick
and Soviet Historiography. Nova Iorque, Palgrave Macmillan, 2011.
17 Ver respetivamente Nahaylo Bohdan e Victor Swoboda, Soviet Disunion: A History of the
Nationalities Problem in the USSR. Nova Iorque, Free Press, 1990; Gerhard Simon, Nationalism
and Policy Toward the Nationalities in the Soviet Union: From Totalitarian Dictatorship to
Post-Stalinist Society. Boulder, Westview Press, 1991. Este último correspondia, na verdade, a
uma tradução para inglês da edição original alemã de 1986, o que é sintomático da oportunidade
editorial do tema.
18 Richard L. Rudolph e F. David Good (eds), Nationalism and Empire: The Habsburg Empire
and the Soviet Union. Nova Iorque, St. Martin’s Press, 1992.
19 Miron Rezun (ed), Nationalism and the Breakup of an Empire: Russia and Its Periphery.
Nova Iorque, Praeger, 1992.
20 G. Lapidus, V. Zaslavsky e Ph. S. Goldman. (eds), From Union to Commonwealth:
Nationalism and Separatism in the Soviet Republics. Cambridge, Cambridge University Press,
1992.
21 Ronald Suny, The Revenge of the Past: Nationalism, Revolution, and the Collapse of the
Soviet Union. Stanford, Stanford University Press, 1993.
22 O autor voltaria mais recentemente ao problema da formação dos novos Estados-nação no
espaço geográfico da antiga URSS em The Soviet Experiment: Russia, the USSR, and the
Successor States. Oxford, Oxford University Press, 2010.
23 Mark R. Beissinger, Nationalist Mobilization and the Collapse of the Soviet State: a tidal
approach to the study of nationalism. Cambridge, Cambridge University Press, 2002.
24 Astrid S. Tuminez, «Nationalism, Ethnic Pressures, and the Breakup of the Soviet Union»,
Journal of Cold War Studies, vol. 5, n.º 4, 2003, pp. 81-136.
25 Astrid S. Tuminez, Russian Nationalism since 1856. Lanham. Rowman & Littlefield
Publishers, 2000.
26 James Stuart Olson (ed), An Ethnohistorical Dictionary of the Russian and Soviet Empires.
Westport, Greenwood Press, 1994.
27 Rogers Brubaker, «Nationhood and the National Question in the Soviet Union and post-Soviet
Eurasia: An Institutionalist Account», Theory and Society, n.º 23, 1994, pp.23-47. Rogers
Brubaker, Nationalism Reframed: Nationhood and the National Question in the New Europe.
Cambridge: Cambridge University Press, 1996.
28 John Morison (ed), Ethnic and National Issues in Russian and East European History
(Selected Papers from the Fifth World Congress of Central and East European Studies). Nova
Iorque, Palgrave Macmillan, 2000.
29 Yuri Slezkine, «The USSR as a Communal Apartment, or How a Socialist State Promoted
Ethnic Particularism», Slavic Review, 53, n.º 2, 1994, pp. 414-452.
30 Deste mesmo autor veja-se também «Imperialism as the highest stage of socialism», Russian
Review, vol. LIX, n.º 2, 2002, pp. 227-234, assim como a interessante entrevista recente em que
descreve e situa historiograficamente a sua obra (disponível em
http://historians.in.ua/index.php/intervyu/1180-yuri-slezkine-i-tend-to-do-my-own-things-and-
expect-you-to-do-yours).
31 Ver Terry Martin, «The Origins of Soviet Ethnic Cleansing», The Journal of Modern History,
vol. 70.04, 1998, pp. 813-861; Terry Martin, The Affirmative Action Empire: Nations and
Nationalism in the Soviet Union, 1923-1939. Ithaca/Londres, Cornell University Press, 2001.
32 Veja-se, por exemplo, Jane Burbank e Frederick Cooper, Empires in World History: Power
and the Politics of Difference. Princeton, Princeton University Press, 2010. Ou, para uma
abordagem mais concetual, Philip Pomper, «The history and theory of empires», History and
Theory, 44.4, 2005, pp. 1-27.
https://journals.openedition.org/lerhistoria/2455#ftn5 10/11
07/07/2019 Identidade imperial e multietnicidade na União Soviética. Ensaio bibliográfico
33 «Legacies of empire?», Theory and Society, vol. 39.03, 2010, pp. 343-360.
34 Krishan Kumar, «Nation-states as empires, empires as nation-states: two principles, one
practice?», Theory and Society, vol. 39.02, 2010, pp. 39-119.
35 Stefan Berger e Alexei Miller (eds),Nationalizing Empires. Budapeste, Central European
University Press, 2015.
36 Andreas Kappeler, The Russian Empire: A Multi-Ethnic History. Londres, Nova Iorque,
Longman, 2001.
37 Francine Hirsch (2005), Empire of Nations: Ethnographic Knowledge and the Making of the
Soviet Union. Nova Iorque, Cornell University Press, 2005.
38 Willard Sunderland, Taming the Wild Field: Colonization and Empire on the Russian Steppe.
Nova Iorque, Cornell University Press, 2006; Stephen Norris e Willard Sunderland (eds),
Russia’s People of Empire: Life Stories from Eurasia, 1500 to the Present. Bloomington: Indiana
University Press, 2012.
39 Nicholas Breyfogle, Heretics and Colonizers: Forging Russia’s Empire in the South Caucasus.
Nova Iorque, Cornell University Press, 2011; Nicholas Breygfole, Abby Schrader e Willard
Sunderland (eds.), Peopling the Russian Periphery: Borderland Colonization in Eurasian
History. Oxon, Nova Iorque, Routledge, 2007.
40 Jeremy Smith, Red Nations: The Nationalities Experience in and after the USSR. Cambridge,
Cambridge University Press, 2013.
41 Sanna Turoma e Maxim Waldstein (eds.), Empire De/Centered: New Spatial Histories of
Russia and the Soviet Union. Londres, Nova Iorque, Routledge, 2016.
42 Jane Burbank; Mark von Hagen; Remnev, Anatolyi Remnev (eds.), Russian Empire: Space,
People, Power, 1700-1930. Bloomington, Indiana University Press, 2007.
43 Marina Mogilner, Homo Imperii: A History of Physical Anthropology in Russia. Lincoln,
Londres, University of Nebraska Press, 2013.
44 Marina Mogilner, «New Imperial History. Post-Soviet historiography in search of a new
paradigm for the history of empire and nationalism», Revue d’Études Comparatives Est-Ouest,
45 (02), 2014, pp. 25-67.
Referência eletrónica
Adelino Cunha, « Identidade imperial e multietnicidade na União Soviética. Ensaio
bibliográfico », Ler História [Online], 69 | 2016, posto online no dia 01 março 2017, consultado no
dia 07 julho 2019. URL : http://journals.openedition.org/lerhistoria/2455 ; DOI :
10.4000/lerhistoria.2455
Autor
Adelino Cunha
Universidade Europeia, Lisboa
Direitos de autor
Ler História está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0
Internacional.
https://journals.openedition.org/lerhistoria/2455#ftn5 11/11