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onde
F12 é a força, sentida pelo corpo 1 devido ao corpo 2, medida em newtons;
G é a constante gravitacional universal, que determina a intensidade da
força, ;
m1 e m2 são as massas dos corpos que se atraem entre si, medidas
em quilogramas;
r é a distância entre os dois corpos, medida em metros; e
é o versor do vetor que liga o corpo 1 ao corpo 2.
A constante gravitacional universal foi medida anos mais tarde por Henry
Cavendish. A descoberta da lei da gravitação universal se deu em 1685 como
resultado de uma série de estudos e trabalhos iniciados muito antes. Em
1679, Robert Hooke comunicou-se com Newton por meio de cartas, e os
assuntos eram sempre científicos.
Na verdade, foi exatamente em 1684 que Newton informou seu amigo Edmond
Halley de que havia resolvido o problema da força inversamente proporcional
ao quadrado da distância. Newton relatou esses cálculos no tratado De Motu e
os desenvolveu de forma ampliada no livroPhilosophiae naturalis principia
mathematica. A gravitação universal é muito mais do que uma força
relacionada ao Sol. É também um efeito dos planetas sobre o Sol e sobre todos
os objetos do universo. Newton explicou facilmente a partir de sua Terceira
Lei da Dinâmica que, se um objeto atrai um segundo objeto, este segundo
também pode atrair o primeiro com a mesma força. Concluiu-se que o
movimento dos corpos celestes não podiam ser regulares. Para o célebre
cientista, que era bastante religioso, a estabilidade das órbitas dos planetas
implicava reajustes contínuos sobre suas trajetórias impostas pelo poder divino.
A queda da maçã e a dúvida de Newton
O próprio Newton contou muitas vezes de que a inspiração para formular sua
teoria da gravitação foi a observação da queda de uma maçã de uma
árvore. Há muitos estudos que analisam esta história. Embora alguns afirmem
que a história da maçã é um mito e que ele não chegou à sua teoria da
gravidade de maneira repentina, conhecidos de Newton (tais como William
Stukeley, cujo relato manuscrito de 1752 foi disponibilizado pela Royal Society)
confirmam, de fato, o incidente, embora não a versão caricata de que a maçã
bateu na cabeça de Newton. Stukeley registrou em seu Memoirs of Sir Isaac
Newton's Life uma conversa que teve com Newton em Kensington no dia 15 de
abril de 1726 em que cita uma história envolvendo a suposta maçã e a ideia da
gravitação.
Em termos similares, Voltaire escreveu em seu Ensaio Sobre Poesia
Épica (1727): "Sir Isaac Newton teve o primeiro pensamento do seu sistema de
gravitação ao ver uma maçã cair de uma árvore enquanto caminhava em seus
jardins."
John Conduitt, assistente de Newton na Casa da Moeda e marido da sobrinha
de Newton, também descreveu o evento, quando escreveu sobre a vida de
Newton:
Sabe-se de seus cadernos de anotações que Newton estava analisando no
final da década de 1660 a ideia de que a gravidade da Terra se estendia, em
proporção inversa ao quadrado da distância, até a Lua; no entanto, levou duas
décadas para desenvolver a teoria plenamente. A pergunta não era se a
gravidade existia, mas se ela se estenderia tão longe da Terra que poderia
também ser a força que prende a Lua à sua órbita. Newton mostrou que, se a
força diminuísse com o quadrado inverso da distância, poderia então calcular
corretamente o período orbital da Lua. Ele supôs ainda que a mesma força
seria responsável pelo movimento orbital de outros corpos, criando assim o
conceito de "gravitação universal".
As três Leis de Newton
Isaac Newton publicou estas leis em 1687, no seu trabalho de três volumes
intitulado Philosophiae Naturalis Principia Mathematica. As leis explicavam
vários comportamentos relativos ao movimento de objetos físicos e foi um
extenso trabalho no qual ele dedicou-se. A forma original na qual as leis foram
escritas é a seguinte:
Lex I: Corpus omne perseverare in statu suo quiescendi vel movendi uniformiter
in directum, nisi quatenus a viribus impressis cogitur statum illum mutare.
Todo corpo continua em seu estado de repouso ou de movimento uniforme em
uma linha reta, a menos que seja forçado a mudar aquele estado por forças
imprimidas sobre ele. É também conhecido como princípio da inércia.
Lex III: Actioni contrariam semper et aequalem esse reactionem: sine corporum
duorum actiones in se mutuo semper esse aequales et in partes contrarias
dirigi.
A toda ação há sempre oposta uma reação igual, ou, as ações mútuas de dois
corpos um sobre o outro são sempre iguais e dirigidas a partes opostas. É
também conhecido como princípio da ação e reação.