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PG
m
O papel deve reunir uma série de propriedades que garantam a
00n
0nm
0nm
o /8
printabilidade (qualidade) e o desempenho (produtividade) du-
0nm
/40
nm
55nm
/75
elh
0nm
Ver /602mn
Lra lo /58
rante os processos de impressão e acabamento, bem como aten-
ta
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/505
lho
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4/ 9
4/
a
dam aos requisitos do produto.
leta
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Azu
Am
Ver
Infr
Vio
Ult
O termo printabilidade não é facilmente definido ou mensu-
rável. Significa a extensão com que as propriedades do papel
permitem reproduzir com fidelidade o padrão aprovado.
De maneira abrangente, essas propriedades podem ser classifi-
cadas em: propriedades de aparência, propriedades químicas, Espectro visível para seres humanos
propriedades estruturais, propriedades mecânicas e proprieda-
des superficiais. Considerando os aspectos práticos de manuse- É um grave erro assumir que a cor do impresso é governada
io e uso do papel, iremos considerar essas propriedades como apenas pela tinta. A seleção do papel é igualmente importante.
um todo, em conjunto com os fenômenos de interrelaciona- A cor resultante depende das propriedades da tinta (cor, tipo e
mento com outras variáveis. granulometria do pigmento) e do papel (cor, absorção e bri-
lho). Aliás, por ser branco, o papel encerra na forma latente,
todas as cores visíveis. As tintas de impressão funcionam como
Alvura e brancura
filtros para evitar ou limitar a reflexão de certos comprimentos
Um dos requisitos do produto impresso é que exista contraste de onda da luz, modulando as cores.
suficiente entre a imagem entintada e o papel. Papel branco
proporciona maior contraste com tinta preta do que papéis co-
loridos. Cor
Os termos alvura e brancura são usados como sinônimos, ge- A cor do papel é o resultado da absorção seletiva de luz de de-
rando grande confusão, uma vez que ambos têm definição dis- terminados comprimentos de onda pela estrutura do papel.
tinta. Brancura significa a propriedade de refletir por igual os Anilinas ou pigmentos adicionados ao papel promovem absor-
comprimentos de onda dominantes do espectro visível; alvura ção de luz de comprimento de onda específico.
é a reflectância relativa num determinado comprimento de on-
da padrão (457 nm).
REFLECTÂNCIA (%)
PAPEL Filtro Filtro Filtro
VERMELHO VERDE AZUL
A 80 80 80
B 80 80 85
C 85 85 80
Tabela 1: Diferentes índices de reflectância Impresso em Impresso em Impresso em
Couchê branco papel Pólen papel Reciclato
Considerando três diferentes papéis, cujas reflectâncias são ilus-
tradas na tabela 01, fica fácil demonstrar que: o papel A é o A combinação dos comprimentos de onda refletidos pelo papel
mais branco visto que reflete de maneira equilibrada nas três mais os comprimentos de onda refletidos pelas tintas determi-
zonas do espectro visível; o papel B é o mais alvo devido à mai- na a cor final do impresso.
or reflexão na região do azul, portanto é branco azulado ou
VM VD AZ VM VD AZ
"branco frio"; o papel C reflete maior quantidade total de luz,
porém é amarelado ou "branco quente". O papel B produzirá
magenta magenta
azuis mais contrastados, enquanto o papel C favorecerá os ama- Papel branco Papel azul
relos, laranjas e vermelhos.
01
A seleção de cores deve ser feita de modo a compensar a in- presso. No processo flexográfico e na rotogravura não existe a
fluência do papel; caso contrário, o resultado obtido será dife- necessidade de formular o papel com ligantes resistentes à água,
rente do previsto, a menos que as provas tenham sido executa- exceto para impressão com tintas base água. O processo offset
das no mesmo papel da impressão. exige que a superfície do papel tenha certa resistência à água.
Blanqueta
Brilho PAPEL
Esforço devido
Brilho é o atributo do papel que o torna reluzente ou lustroso. Blanqueta ao “tack” da tinta
Cilindro de
Conforme a superfície do papel se aproxima do nivelamento pressão
Papel
02
Na impressão offset a condição ideal é que o papel tenha umi-
TONNER dade relativa ligeiramente superior à umidade relativa da sala
COATING de impressão (cerca de 5%). Conteúdo de umidade muito baixo
torna o papel muito rígido, quebradiço, pouco elástico, com
SUBSTRATO lisura e maciez reduzidas. Papéis mais úmidos imprimem me-
lhor, visto que se acomodam melhor à superfície de impressão.
Papéis usados na impressão em máquinas rotativas com forno
PAPEL PAPEL
podem sofrer "blister" se o seu conteúdo de umidade for exces-
3500x 450x
sivo. Conforme a gramatura aumenta, a umidade deve ser redu-
apenas o processo de impressão, é desejável uma elevada por- zida para minimizar a probabilidade de ocorrer "blistering". A
centagem de carga mineral (15% a 20%) no caso de papéis não- combinação de umidade elevada com baixo pH do papel ou da
revestidos. Entretanto, outros requisitos impõem uma quanti- solução de molhagem altera a taxa de secagem das tintas
dade menor. "quickset".
A umidade de equilíbrio depende da composição fibrosa e não-
fibrosa do papel, assim como da umidade relativa do ambiente
Conteúdo de umidade ao qual o papel fica exposto e das condições ambientais anteri-
Celulose e água são inseparáveis e apresentam um inter- ores. A carga mineral e o revestimento do papel reduzem o seu
relacionamento fundamental durante a fabricação e uso do pa- conteúdo de umidade uma vez que apresentam consideravel-
pel. O conteúdo de umidade do papel, assim como o vapor mente menos atração pela água do que as fibras de celulose.
d'água ao qual está exposto, afeta suas propriedades elétricas, Desse ponto de vista, portanto, é desejável um elevado conteú-
mecânicas, superficiais e, principalmente, sua estabilidade di- do de carga mineral.
mensional. O conteúdo de umidade do papel influencia significativamente
O papel é higroscópico porque suas propriedades físicas, seu desempenho na impressora e nas
as fibras de celulose têm forte operações de acabamento (encadernação, colagem, enverniza-
atração por moléculas de água. mento, plastificação, hotstamping, etc.). O aumento do conte-
As fibras absorvem água tanto údo de umidade torna mais flexíveis as fibras e a camada do
no seu interior quanto na su- papel. A perda de umidade torna o papel quebradiço na dobra.
perfície. As fibras sofrem ex- As propriedades mecânicas e elétricas do papel também variam
pansão quando absorvem água com as variações no conteúdo de umidade. Quando a umidade
e contração ao perdê-la. relativa é inferior a 35%, a eletricidade estática gerada durante
a impressão não é dissipada, aumentando o risco de decalque e
EXPANSÃO (%)
O nível de variação dimensional em função da variação de umi- Quando uma substância ácida é dissolvida em água ocorre a
dade depende do tipo de papel, da composição fibrosa e não- liberação de excesso de íons hidrogênio e a solução torna-se
fibrosa e do grau de refinação do papel. ácida. Do mesmo modo, quando uma substância alcalina é dis-
solvida em água ocorre a liberação de excesso de íons hidroxila
Várias distorções são causadas por variações no conteúdo de (OH-) e a solução torna-se alcalina.
umidade do papel. Perda de umidade para o ambiente causa
encolhimento do papel nas bordas exteriores das pilhas e bobi- 7
0 1 2 3 4 5 6 8 9 10 11 12 13 14
nas tornando-as estiradas e deixando o centro frouxo. Ganho
de umidade torna as bordas do papel frouxas. Essas distorções
podem ser reduzidas mantendo o papel embalado, com materi- Ácido Alcalino
Neutro
al à prova de umidade, até o momento do uso. As distorções
provocadas por desequilíbrio de umidade entre o papel e o am- A escala de valores de pH varia de 0 a 14. Tais valores represen-
biente da sala de impressão podem levar aos problemas de “fo- tam o expoente (logaritmo) que matematicamente expressa a
ra de registro”, duplagem, encanoamento e, em condições ex- concentração de íons hidrogênio. Quando o pH de uma solu-
tremas, rugas. ção é 7, as concentrações de íons hidroxila e hidrogênio são
iguais e a solução é quimicamente neutra (nem ácida, nem alca-
03
lina). Quando o pH da solução é menor do que 7, existe maior É a propriedade do papel de aderir a outras superfícies com as
concentração de íons hidrogênio, portanto a solução é ácida. quais mantém contato (metal, vidro, papel, plástico, etc.).
Mudanças de pH representam alterações exponenciais na con- Papel couchê deve aceitar colas (hotmelt, PVA) e formar liga-
centração iônica de uma solução, portanto, uma solução com ções firmes. Para tanto, a formulação do papel e do adesivo de-
pH 5 é 10 vezes mais ácida do que uma solução com pH 6, ou vem ser compatíveis.
100 vezes mais ácida do que uma solução com pH 7.
Existem muitas aplicações nos processos de fabricação e uso do Resistência à luz
papel que exigem o controle do pH: nos diversos estágios de
É a resistência do papel à fadiga ou envelhecimento causado
branqueamento da polpa, no controle das resinas de ligação
por exposição à radiação ultravioleta. Depende da composição
interna e no controle das cargas minerais. Baixo pH acelera o
química e fibrosa do papel.
processo de envelhecimento do papel.
O pH tem pouca significância nos processos tipográfico, flexo-
gráfico e de rotogravura, assim como no caso de tintas que não
contêm óleos secativos. O pH do papel não afeta as tintas "he-
atset". Entretanto, pH baixo (<4.5), proveniente do papel ou da
solução de molhagem, pode retardar ou mesmo impedir a seca-
gem e causar "podragem" das tintas "quickset". A lignina, que constitui parte substancial da pasta mecânica, é
sensível à luz e, por isso, escurece ou amarela rapidamente
SECAGEM (h)
SECAGEM (h)
TEMPO DE
pH 7.0
30 30
Permanência
pH 7.1 - 7.6
20 pH 7.7 - 8.3 20
É a capacidade do papel de
pH 8.4 - 9.0
resistir às modificações de
10 10 suas propriedades durante a
estocagem.
30 50 70 UMIDADE 3,5
pH DA SOLUÇÃO
RELATIVA (%) DE MOLHAGEM É uma propriedade relativa
A acidez é uma das variáveis que mais afeta a permanência do que depende da composição
papel. Baixo pH reduz a vida do papel e a sua permanência de química do papel e das condições ambientes.
cor. Para máxima permanência o papel deve ter pH próximo
de 7. Para alcançar máxima permanência, o papel deve ser feito com
pasta branqueada de pureza elevada e ter pH 7 ou ligeiramente
alcalino. A permanência relativa é indicada de dois modos: um
Colagem e resistência à água é a medida da perda de alvura ou o amarelamento após enve-
lhecimento artificial, avaliada em equipamentos chamados "fa-
O papel pode ser fabricado sem colagem, com colagem interna de-o-meters"; o segundo, e mais importante, é a medida da re-
ou com colagem interna e superficial. O propósito da colagem sistência original que permanece após o envelhecimento.
interna é evitar, ou retardar, a penetração de água e outros flui-
dos, embora não promova impermeabilidade, resistência à umi-
dade ou impeça a penetração do veículo da tinta no papel. Durabilidade
O papel para impressão offset deve ter colagem interna e super- Diferente de permanência, a durabilidade refere-se à proprieda-
ficial por diversas razões: no caso de papéis não-revestidos a de do papel de manter as suas propriedades invariáveis após o
absorção de água proveniente da solução de molhagem deve ser uso continuado ou, em outras palavras, seu grau de deteriora-
mínima; excesso de água absorvida enfraquece as ligações e cau- ção com o uso e o manuseio.
sa arrancamento, variação dimensional incontrolável e encano-
amento. O propósito da colagem superficial é aumentar a resis-
tência da superfície do papel, além de melhorar a "ancoragem"
da tinta, a resistência à abrasão, ao estouro, à tração e à dobra.
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sem manchar ou descorar. Esses papéis não devem conter pasta mento. Nenhum papel é perfeitamente estável. Todos sofrem
mecânica ou anilinas, que são sensíveis aos álcalis. contração ou expansão ao variar o seu conteúdo de umidade.
O fabricante do papel pode controlar a estabilidade dimensio-
nal apenas limitadamente, visto que existe relação de compro-
Compressibilidade misso com outras propriedades.
Refere-se à redução de espessura que o papel sofre ao ser sub- Se cada uma das fibras da estrutura do papel fosse livre para
metido a forças de compressão. A compressibilidade afeta a ca- contrair ou expandir individualmente, sem a influência das fi-
pacidade do papel de se conformar à superfície com a qual bras vizinhas, o papel sofreria pouca variação dimensional.
mantém contato. Entretanto, as variações no diâmetro das fibras individuais cau-
A lisura efetiva no ponto de sam variações externas nas dimensões do papel visto que as fi-
Blanqueta
impressão ("nip") é função da bras mantêm contato entre si. Quanto menor o grau de refina-
compressibilidade, ou maciez, ção e maior a porosidade do papel, menor será a variação di-
e depende da densidade, do mensional com as variações de umidade. No entanto, pouca
grau de refinação, do volume refinação produz papéis com fraca estrutura de ligação e baixa
de ar existente entre as fibras e resistência ao arrancamento.
do estado de compactação das A experiência mostra que o papel encontra a sua máxima esta-
fibras. O papel torna-se mais bilidade dimensional num ambiente cuja umidade relativa este-
Cilindro de
compressível quanto maior o pressão ja no intervalo de 45% a 60%. O papel sofre maior variação
seu conteúdo de umidade. quando a umidade relativa é superior a 65%.
A relação combinada de maciez, elasticidade e rigidez influen- As variações dimensionais que resultam das variações no conte-
cia a printabilidade do papel, particularmente na impressão ro- údo de umidade do papel, da umidade relativa do ambiente e
togravura. Na impressão offset não é tão importante visto que da aplicação de tensão durante a impressão, afetam o desempe-
a blanqueta apresenta certa compressibilidade e se acomoda às nho do papel. Até determinado ponto, a tração à qual o papel é
irregularidades da superfície do suporte. Embora um papel com- submetido causa estiramento reversível e o papel recupera suas
pressível proporcione resultado melhor do que outro rígido e dimensões originais quando a causa cessa. Se o esforço ultra-
incompressível existem outras propriedades que agem no senti- passar certo limite, o papel torna-se permanentemente defor-
do de reduzir a maciez e a elasticidade. A calandragem, usada mado. Isso costuma acontecer na impressão em máquinas off-
para melhorar a lisura e o acabamento superficial, compacta o set planas, onde o esforço para soltar o papel da blanqueta po-
papel e reduz a sua compressibilidade. de provocar encanoamento, "abertura em leque" e estampagem.
alimentados com sentido de fi- A formação é uma propriedade significativa, visto que determi-
bra contrário ao recomendado. na outras propriedades do papel. A uniformidade e a lisura são
Ensaio de Rigidez fortemente dependentes; um papel grosseiramente formado
apresenta picos e vales na sua superfície prejudicando a quali-
Estabilidade Dimensional dade de impressão. Quando um papel com deficiência de dis-
tribuição de massa é calandrado, sua superfície torna-se irregu-
É a propriedade do papel de manter suas dimensões constantes,
larmente absorvente, visto que os picos são mais compactados
tanto no sentido perpendicular às fibras quanto no sentido pa-
do que os vales. O impresso fica com aparência marmorizada.
ralelo, sob condições ambientes variáveis e sob a ação dos es-
Do mesmo modo, um papel mal formado apresenta grande va-
forços aplicados durante os processos de impressão e acaba-
riação de opacidade, sobretudo se a gramatura for baixa.
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Sentido de Fibra tipos de materiais, como os plásticos e os metais. As fibras, li-
gantes, cargas minerais e camada ocupam apenas parte do volu-
O efeito combinado da direção das fibras e da variação de umi-
me total. O volume de ar restante ocupa cerca de 60% a 70%
dade exerce influência direta no resultado impresso.
do volume total no caso de papéis do tipo didático e, cerca de
Nas impressoras offset planas o papel deve ser alimentado com 15% a 35% no caso de papéis mais densos. A relação entre o
o sentido das fibras paralelo aos cilindros da impressora. Uma volume dos componentes sólidos e os espaços entre as fibras,
vez que o papel sofre maior variação na direção perpendicular para um dado papel, tem influência marcante sobre a maciez, a
ao sentido das fibras, é possível compensar alterando-se as altu- compressibilidade, a elasticidade e sua capacidade de absorver
ras das chapas e das blanquetas em relação às guias dos cilin- água, tinta, óleo etc.
dros.
Nas máquinas rotativas essa condição não existe, uma vez que
as bobinas só podem ser alimentadas com as fibras perpendicu-
lares aos cilindros.
b ra
A estrutura porosa do papel consiste: (1) vazios da superfície;
o da fi CILINDRO CHAPA
Sentid melhor (2) espaços entre as fibras; (3) poros ou canais que atravessam o
pa ra ento
despr
endim papel. A maioria dos papéis não-revestidos é moderadamente
poroso. Os papéis revestidos são relativamente não-porosos. O
PAPEL
grau de porosidade do papel depende do modo como é fabrica-
Sentido da fibra BLANQUETA do. Papel constituído apenas de fibras longas é mais poroso do
para melhor registro
que papel que contém apenas fibras curtas, visto que as fibras
curtas são mais compactadas sob as mesmas condições de fa-
bricação. A carga mineral torna o papel menos poroso.
A direção das fibras afeta tanto o desempenho do papel duran-
te a impressão quanto as operações de acabamento e de uso fi- A etapa individual mais importante que governa a porosidade
nal do produto impresso. Enquanto é necessário que as fibras durante o processo de fabricação do papel é o grau de refina-
estejam dispostas paralelamente aos eixos dos cilindros da im- ção. O tratamento ou colagem superficial reduz a porosidade.
pressora para garantir melhor registro, o papel alimentado com A calandragem compacta a estrutura do papel e reduz a sua po-
as fibras no sentido contrário apresenta maior rigidez, melhor rosidade. A aplicação da camada couchê reduz drasticamente a
desprendimento da blanqueta e menor tendência de estampar, porosidade.
o que é particularmente importante na impressão de papéis de A porosidade afeta a absorção do veículo da tinta. Este é atraí-
baixa gramatura. do para o interior dos poros e espaços interfibras por ação capi-
Na encadernação as fibras devem ficar paralelas à lombada do lar. O número de poros e suas dimensões governam a absorção
produto para evitar ondulações, distorções e permitir manter o da tinta. Na impressão em máquinas rotativas, com papéis não-
livro aberto por si só. O papel dobra mais facilmente e tem me- revestidos, é necessário que a porosidade seja elevada para pro-
nor tendência a "rachar" na dobra quando esta é paralela às fi- porcionar rápida penetração do solvente e rápido assentamento
bras. Entretanto, a resistência à dobra é maior no sentido per- da tinta para evitar decalque e riscos no impresso. Outras apli-
pendicular às fibras. cações requerem papéis menos porosos para evitar penetração
excessiva e atravessamento da tinta.
bra:
o da fi
Sentid aior Papel couche geralmente proporciona melhor "ancoragem" da
m FACA DE VINCAR
dobra
ncia à tinta do que papel não-revestido, devido à sua natureza de mi-
resistê
croporosidade.
PAPEL
Conforme a porosidade do papel diminui e a densidade au-
Sentido da fibra
para dobrar com menta, maior a probabilidade de ocorrer encanoamento e vari-
mais facilidade ações dimensionais com as alterações de umidade. O assenta-
mento das tintas "quickset" depende da porosidade do papel.
No caso de dobra cruzada recomenda-se planejar a mais difícil Conforme o papel absorve os óleos da tinta, a viscosidade do
no sentido paralelo às fibras, ou serrilhar o caderno quando filme de tinta impresso aumenta rapidamente e imobiliza a tin-
isso não for possível. ta no suporte.
A porosidade afeta a penetração de adesivos e vernizes. Se a po-
rosidade for muito elevada, estes podem atravessar o papel, ou
Porosidade
os sólidos podem penetrar excessivamente deixando uma cama-
O papel é um material altamente poroso comparado a outros da de espessura insuficiente na superfície. Papéis densos e pou-
06
co porosos são os mais prováveis de encanoar e sofrer variação quina de papel, a água é parcialmente drenada, primeiramente
dimensional durante e após a impressão. por gravidade e depois com o auxílio de sucção. O lado em
contato com a tela perde fibras pequenas, partículas de carga
mineral etc., que são drenados junto com a água. Por isso, os
Densidade Aparente dois lados do papel têm estruturas diferentes.
É uma propriedade fundamental que expressa a massa por uni- O lado tela do papel tem menor quantidade de carga mineral e
dade de volume. Quanto maior o volume de vazios contido no partículas finas do que o lado feltro. Por isso, o lado tela é ge-
interior do papel, menor a densidade aparente. Quanto maior ralmente mais resistente ao arrancamento, tem menor tendên-
o nível de calandragem do papel, maior a sua densidade apa- cia a "rachar" na dobra, suporta melhor as tensões do lado ex-
rente. A densidade aparente afeta as propriedades mecânicas, terno da dobra. Por isto, quando há possibilidade de escolha,
físicas, ópticas e elétricas do papel. deve ser o lado preferido para imprimir áreas densas (cores sóli-
das ou chapados). Na impressão em máquinas rotativas blan-
quetablanqueta ("perfecting"), recomenda-se imprimir o lado
Gramatura tela voltado "para cima", para melhor desprendimento da blan-
A gramatura expressa a massa por unidade de área do papel. queta. Embora o lado tela proporcione melhor desempenho, o
Várias outras propriedades são influenciadas pela gramatura: lado feltro tem melhor printabilidade.
espessura, opacidade, desempenho durante a impressão e nas
operações pós-impressão. Quando se analisam os aspectos eco-
nômicos do produto impresso a importância da gramatura au- Resistência à Dobra
menta, visto que o papel é comercializado por peso e o produ- É o número de dobras duplas que o papel suporta sob tensão
to impresso por área impressa. antes de romper. A avaliação é feita sob condições específicas,
tanto no sentido paralelo quanto no sentido perpendicular às
fibras. Em geral o papel tem maior resistência no sentido per-
Encanoamento pendicular às fibras. A resistência à dobra aumenta com a refi-
As causas básicas do encanoamento devem-se a diferenças na nação. Fibras longas, com elevado grau de entrelaçamento, pro-
orientação das fibras e da composição fibrosa e não-fibrosa dos duzem papéis mais resistentes à dobra.
lados tela e feltro. Visto que a umidade absorvida pelo papel Colagem superficial, carga mineral e revestimento reduzem a
provoca expansão, a folha de papel encanoa na direção contrá- resistência à dobra. O conteúdo de umidade afeta intensamente
ria à face umedecida. Algumas vezes o papel encanoa na dire- a resistência à dobra dos papéis: conforme o papel perde umi-
ção da face umedecida, originando um problema conhecido dade suas fibras tornam-se menos flexíveis e a resistência à do-
por encanoamento reverso. bra diminui significativamente. Conforme a gramatura do pa-
Diferenças estruturais e na orientação das fibras explicam os pel aumenta sua resistência à dobra aumenta até atingir um
diferentes graus de expansão ou contração entre os dois lados valor máximo e depois diminui quando a gramatura ultrapassa
do papel com as variações de umidade. Por causa dessas dife- certo limite.
renças estruturais o papel irá encanoar preferencialmente na
direção do lado tela, com o eixo de curvatura paralelo ao senti-
do das fibras, quando ocorre perda de umidade ou quando a Resistência ao Rasgo
umidade relativa do ar diminui. É o esforço necessário para
Quando ocorre ganho de umidade rasgar o papel numa distân-
ou a umidade relativa do ambiente cia fixada após o rasgo haver
aumenta, o papel tende a encanoar iniciado. O papel tem maior
na direção do lado feltro. Os pa- resistência ao rasgo na dire-
péis menos porosos e menos den- ção perpendicular às fibras.
sos são menos sujeitos ao encanoa- Quanto mais longa a fibra
mento. maior a resistência ao rasgo.
O aumento no conteúdo de carga mineral tende a diminuir o O aumento do conteúdo de carga mineral reduz a resistência
encanoamento. Quanto maior a diferença estrutural dos dois ao rasgo. Existe relação de compromisso entre printabilidade e
lados do papel maior a tendência ao encanoamento. resistência ao rasgo visto que, para aumentar a resistência, a
refinação deve ser reduzida, prejudicando a regularidade super-
ficial do papel.
Lado Tela/feltro
Devido ao modo como o papel é formado, seus lados têm es- Absorção de Tinta
truturas diferentes. Quando a suspensão aquosa de fibras, car-
gas minerais, ligantes e outros aditivos flui sobre a tela da má- Absorção é a propriedade que determina a quantidade e a velo-
07
cidade com que a tinta penetra no papel. A espessura do filme dos compreendem: a definição (resolução) do ponto impresso;
de tinta impresso no processo offset é consideravelmente me- idealmente os pontos devem ser bem recortados, sem deforma-
nor do que em outros processos de impressão. ções ou pontos faltantes, o que depende fundamentalmente da
Conseqüentemente, a absorção da superfície do papel tem fun- lisura efetiva do papel no "nip" de impressão e do perfeito con-
ção importante no processo de secagem das tintas e nos fenô- tato entre este e a tinta; deficiências estruturais do papel, tais
menos relacionados à secagem. como: formação grosseira e compressibilidade insuficiente, po-
A maioria das tintas usadas no processo offset é formulada com dem provocar deficiência na transferência de tinta; variações de
óleos secativos que secam por processos combinados de absor- absorção e brilho da superfície do papel podem causar marmo-
ção e óxido-polimerização. Antes da secagem propriamente dita rização.
a tinta deve assentar no suporte para que não ocorra decalque. As variações de absorção podem ser causadas por deficiência de
O assentamento corresponde à penetração parcial do veículo da lisura, formação grosseira ou cobertura insuficiente das fibras
tinta no suporte. A fase final de secagem, que corresponde à pela tinta couchê; saturação e brilho da tinta impressa são dire-
solidificação do filme de tinta, ocorre por polimerização oxida- tamente afetados pela ancoragem da tinta e, principalmente,
tiva e leva cerca de 2 a 4 horas. pelo brilho do papel.
O papel precisa ter absorção elevada para absorver rapidamente Variações nessas proprieda-
os componentes fluidos da tinta e evitar blocagem; ao mesmo des produzem diferenças de
tempo deve ter baixa absorção para promover ancoragem e bri- cor, de brilho e de contras-
lho. O ponto de equilíbrio não é muito bem delimitado e de- te do filme de tinta impres-
pende de outras variáveis, além do papel. Se a tinta assentar mu- so.
ito lentamente poderá ocorrer blocagem; se o assentamento for É impossível predizer a printabilidade do papel sem testes espe-
muito rápido poderá ocorrer penetração excessiva do veículo da cíficos, visto que sua quantificação depende da somatória de
tinta no interior do papel e conseqüente perda de brilho e po- diversas propriedades, tais como: brilho, ancoragem da tinta,
dragem. Por isso, as propriedades da tinta devem ser ajustadas lisura e brilho do papel, densidade do filme de tinta impresso
ao papel. Com respeito ao papel, o mais importante é que não etc.
haja variação de absorção durante a produção.
Na impressão em máquinas offset rotativas e rotogravura, a pro-
babilidade de ocorrer decalque devido à falta de absorção do Lisura
papel é mínima. Porém, papéis muito absorventes causam redu- A lisura, ou nivelamento superficial do papel afeta tanto as su-
ção do brilho do impresso. as propriedades funcionais quanto as propriedades de aparên-
TIPO DE TINTA * A absorção de tinta dos cia. Fibras curtas produzem papéis mais lisos do que fibras lon-
Offset 2 papéis não-revestidos gas. A preparação da massa e o modo como as fibras são dis-
Tipografia 3 depende de diversos fato- persas quando da formação do papel sobre a tela têm grande
Rotogravura 12 res. A composição fibro- influência sobre a lisura. Geralmente a lisura diminui confor-
Serigrafia 60 sa e de carga mineral afe- me a gramatura do papel aumenta. Outros fatores que gover-
(* 1mícron = 10-6m) nam a lisura são: o conteúdo de carga mineral, o grau e a pres-
Espessura de camada por
ta a absorção.
processo de impressão são de calandragem.
09
des não podem ser conseguidas sempre em seus valores máxi-
mos, visto que devem ser balanceadas em função da relação de
compromisso existente com outras propriedades mecânicas e
estruturais, necessárias ao processo de impressão, de acabamen-
to etc.
10