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1.1 Introdução
Este capítulo apresenta o princípio que os dons espirituais são para serviço na
edificação da igreja e não para colar grau pessoal ou agrado individual. De acordo
com o critério principal—edificação—a profecia é superior porque “edifica” a
congregação ao passo que línguas sem interpretação não benefícia a(s) pessoa(s) que
não entendem. Do contexto, percebe-se que alguns em Corinto concedia alto valor a
línguas devido esto dom ter caráter misterioso e impressionante (Cambridge Greek
Text, 199).
Apesar que tenha diversas questões exegéticas, a mensagem geral deste capítulo
completamente reprova o movimento Pentecostal-Carismático contemporâneo.
1.2.1 Introdução
Mesmo sem considerar os primeiros capítulos da carta, o próprio contexto próximo
reflete uma igreja cheia de partidarismo, pecado e orgulho e faltando amor nas
diversas áreas do culto público. Além de mulheres escandalizando o decoro público
(cap. 11) e alguns ricos desprezando os pobres (cap. 11), a soberba também se
manifestava no (ab-)uso dos dons na igreja. Os que tinham dons mais visíveis e
extraordinários achavam-se superiores aos demais, por se considerar mais
“espirituais.” Entre as outras manifestações espetaculares, línguas sendo
externamente o mais extraordinário, acirrava a soberba do falante.
1.2.3 Estrutura
“irmãos”—v. 6, 20, 26, 39
1.2.4 Esboço
Esboço 1
Línguas e Profecia:
I. Comparação: Profecia edifica a igreja (14:1-5)
II. Compreensão: Profecia dá entendimento a igreja (instrue por meio da mente)
(14:6-19)
III. Conversão: Profecia evita escândalo e expôe a necessidade espiritual do
incrédulo (14:20-25)
IV. Controles: Princípios para a edificação (14:26-38)
“Seja tudo feito para edificação” (v. 26.c)
Línguas (vs. 27-28)
Profecia (vs. 29-36)
Reforço (vs. 37-38)
V. Conclusão: Procura profetizar; permite falar em línguas (14:39-40)
“Tudo, porém, seja feito com decência e ordem” (v. 40)
Esboço 2
A Profecia Edifica Mais (v. 1-25)
GODET (14:1-25)
Por que a profecia é principal?
I. Principal na edificação da Igreja (14:2-20)
Dá melhor para o ensino dos irmão.
II. Principal na conversão dos de fora da Igreja (14:21-25)
Dá melhor para o evangelismo dos descrentes.
1.2.5 Mensagem
Comparação: Profecia edifica a igreja (14:1-5)
v. 1 “segui”—contém a idéia mais ativa do que indicado no port.; uma busca intensa;
correr atrás, perseguir; almejar”. É figura paulina para esforço espiritual (cf. Rom
9:30,31; 12:13; Fil 3:12ss; 1 Tes 5:15; 1 Tim 6:11; 2 Tim 2:22) (C.G.T., 199).
v. 1 “procurai com zelo” lit. “zelar”. veja 12:31; comp. 14:12 grg “desejais” (cf.
MORRIS, 14:12)
v. 1 “os dons espirituais”—lit. “espiritualidade” veja 12:1.
v. 1 “...que profetizeis”
O vs. 1 parece trazer três níveis de intensidade:
priorizar o amor
prezar pelos dons—nenhum dom deve ser abandonado (zelo conjugal)
preferir o profetizar
v. 2 “fala em outra língua”
obs. os vs. 2, 4, e 14 são onde se baseia a interpretação que línguas em 1
Cor. fosses fala extática.
Porém não é necessário entender que foram extáticas para compreender o
texto.
- veja RYRIE, 14:2
- LOWERY afirma que em nenhum lugar do N.T. a palavra “língua” se
refere a linguagem extática. Ele diz—“Se é sensato interpretar o
desconhecido pela ajuda do conhecido; o obscuro do claro; então o peso de
prova está sobre os ombros do que acha neste termo um sentido outro que
linguagem humana” (em BKN, ad. loc).
Se fosse extática, seria dificil compreender como é possivel “falar a Deus”
sem saber o que está dizendo. Os “pentecostais” entendem que é algo que
Deus sabe o que o espírito do homem quer dizer. Porém em nenhum lugar
v. 5 A primeira frase não deve ser isolado do contexto como que Paulo exortasse a
uma busca de línguas como o dom predileto. Todos os dons são bons e proveitosos.
A ênfase aqui é no “muito mais, porém...”
A primeira frase “arma o fôlego” da torcida extática e depois declara
ponto para a profecia.
comp. a mesma coisa dita sobre o celibato (7:7) mas “em nenhum dos
dois caso esperava que fosse de fato para todos” (BKN).
v. 5 b Mesmo assim, com a interpretação de línguas não faz ela melhor do que
profecia, mas a interpretação resgata da sua fraqueza—carência na edificação.
1.2.6 Aplicação
Calcular, planejar, trabalhar para que tudo que fazemos de “igreja” seja para a
edificação (na liturgia, na arquitetura, na agenda de atividades/ “ministérios.”
Procurar reconhecer e valorizar a diversidade (legítimo) no corpo de Cristo.
Encorajar, esp. os membros menos visíveis, a exercerem seu dom. Valorizá-los
mesmo ao permanecer “invisiveis.”
Ensinar e defender a posição Bíblica em respeito os dons espirituais. Endoutrinar
nossos membros a se defenderem contra o erro pentecostal. “A melhor
prevenção é nunca tomar o primeiro gole.” Da mesma forma o melhor anti-virus
para a praga do emocionalismo é aprender a pensar e raciocinar biblicamente.
Quem é guiado pelo racional (a sã doutrina) não cairá ao emocional (experiências
ilegítimas).
1.3 Apêndice
Como nas outras áreas, parece que esta igreja também era fortemente influênciada
pela cultura pagã. MACARTHUR sugere que neste capítulo Paulo trata da prática de
“língua” importada das religiões mistérias (v. 3) dos pagãos. Informamos nos que
estas religiões, como outras até hoje, praticavam uma forma de experiência elevada
com o(s) deus(es) que incluia o falar extático (experiência religiosa de êxtase).
MACARTHUR faz uma distinção do uso do singular e plural (língua e línguas) nas
frases sem explicação alternativa porque o apóstolo troca de número. Ele sugere que
“língua” refere à prática pagã pois não há variedades/ dialetos do balbuciar. Pelo
contrário, quando se refere a idioma, o autor usa “línguas” pois é obvio que existem
muitos e são classificáveis. (A exeção se acha no v. 27 esplicável literariamente—
Paulo apresenta um exemplo hipotético da aplicação da regra do v. 26 na igreja.
Quando uma pessoa fala noutra idioma, ele não fala vários ao mesmo tempo).
1.4 Bibliografia
STOTT, John. A Mensagem de Atos 68-71.
B.A.G.D.
MACARTHUR, Jr. John, I Corinthians (The MacArthur New Testament
Commentary) (Chicago, Moody Press: 1984) p. 369 ff.
CATE, B.F Os nove Dons do Espírito Não se manifestam na Igreja no dia de hoje
(São Paulo: IBR, 1987)