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POÇOS PETROLÍFEROS
3 - Interpretação de
Testes de Fluxo
• O método semilog
• A solução com Estocagem e Skin
• Curvas-tipos e o gráfico log-log
• Métodos da Derivadas
• Efeito de limites externos: falha, canal,
reservatório com e sem manutenção de
pressão
1
3. Interpretação de Testes de Fluxo
Métodos especializados
O Método Semilog
Como visto anteriormente, a solução para reservatório
homogêneo, isotrópico e com espessura constante, fluido de
pequena compressibilidade, produção com vazão constante,etc,
é dada pela solução da linha-fonte
1 rD2
p D (rD , t D ) = − E i − (1)
2 4 t D
2
Métodos especializados
O Método Semilog
Métodos especializados
O Método Semilog
3
Métodos especializados
O Método Semilog
1 α p qBµ 4α t kt
pi − p wf ( t ) = ln γ
2
(5)
2 kh e φµc t w
r
Substituindo o log natural pelo log na base decimal
( ln(x) ≅ 2.303 log(x) )
1.151α p qBµ 4α t k
p wf ( t ) = pi − log(t ) + log γ
2 (6)
kh e φµc t rw
7
Métodos especializados
O Método Semilog
p wf ( t ) = pi − m log(t ) + b (7)
onde
1.151α pqBµ (8)
m=
kh
4α k
b = m log γ t 2 (9)
e φµc t rw
8
4
Métodos especializados
O Método Semilog
log t
9
Métodos especializados
O Método Semilog
Na prática:
1. Faça um gráfico das pressões de fluxo medidas no teste
com o log do tempo
2. Passe uma reta pelos pontos do gráfico
3. Calcule a inclinação da reta (-m)
4. A permeabilidade da formação é calculada por
10
5
Métodos especializados
O Método Semilog com dano de formação
Métodos especializados
O Método Semilog com dano de formação
p − p wf ( t ) 4α kt
S = 1.151 i − log γ t 2 (12)
m e φµc t rw
Note que a Eq. 12 é válida para qualquer ponto sobre a reta.
Então, para um ponto arbitrário [pwf(t*), t*] sobre a reta
pi − p wf ( t * ) 4α t kt * (13)
S = 1.151 − log γ
2
m e φµ c t w
r
12
6
Métodos especializados
O Método Semilog com dano de formação
Roteiro para estimar k e S:
1. Faça um gráfico das pressões de fluxo medidas no teste
com o log do tempo
2. Passe uma reta pelos pontos do gráfico
3. Calcule a inclinação da reta (-m)
4. A permeabilidade da formação é calculada por
1.151α p qBµ
k= (10)
mh
5. Selecione um ponto [pwf(t*), t*] sobre a reta traçada
6. Calcule o skin S pela equação
pi − p wf ( t * ) 4α t kt * (13)
S = 1.151 − log γ
2
m e φµc t rw 13
Métodos especializados
O Método Semilog com dano de formação
Roteiro para estimar a razão de dano (DR):
1. Usando m do gráfico semilog e o valor calculado para S,
calcule o ∆pskin segundo a expressão
mS
∆pskin = (14)
1.151
7
O Efeito de Estocagem no Poço
durante um Teste de Formação
Convencional
O Efeito de Estocagem
(“wellbore storage”)
• Pressão e vazão dos fluidos produzidos não são
medidas na face da formação como seria desejável;
• As vazões são medidas na superfície enquanto as
pressões são registradas no interior do poço
próximas a zona produtora;
• Como os fluidos são compressíveis, faz-se
necessário considerar o efeito do volume do poço
no comportamento das pressões.
16
8
O Efeito de Estocagem
(“wellbore storage”)
• No início do teste a vazão medida na superfície não
é necessariamente igual à vazão que entra no poço
pelos canhoneados;
• Imediatamente após a abertura do poço a maior
parcela da vazão provém da descompressão do
fluido pré-existente dentro do poço;
• Com o tempo, o poço entra em regime permanente e
a vazão medida na superfície é igual à vazão que
entra no poço.
17
0.8
0.6
qsf / qB
0.4
0.2
0
1.E +00 1.E+ 01 1.E +02 1.E+ 03 1.E +04 1.E + 05 1.E +06
tempo adimensional
9
A Equação do Efeito
de Estocagem
Por meio de um balanço de massa no poço obtemos:
(para t em horas)
dp wf ( t )
q sf ( t ) = qB + 24C (16)
dt
O termo C na Eq. 16 acima representa o coeficiente de estocagem
sendo definido por
C=c V f w
(17)
Comportamento durante a
Estocagem Pura
Como mostrado, no início do teste a vazão na superfície é
devida somente a descompressão do fluido dentro do poço,
ou seja, qsf ≈ 0. Então, pela Eq. 16
dpwf
qB = −24C (18)
dt
Integrando de t = 0 a t e de p = pi a p = pwf
qB (19)
pi − p wf = t
24C
20
10
Comportamento durante a
Estocagem Pura qB
pi − p wf = t
A Eq. 19 mostra que: 24C
1. durante o regime de estocagem pura a pressão de
fluxo cai linearmente com o tempo
2. um gráfico de pwf contra t apresenta uma linha
reta com declividade –qB/24C que pode ser
usado para determinar C
3. num gráfico log (pi - pwf) x log t, este regime de
fluxo aparece como uma reta com inclinação
unitária
21
Comportamento durante a
Estocagem Pura qB
pi − p wf = t
24C
• O gráfico log-log de ∆p x t pode ser usado para
identificar o período do teste dominado pela
estocagem pura: basta observar quais os pontos do
início do teste que seguem uma reta com
inclinação 1.
• A identificação da estocagem nos dados do teste é
importante, pois durante este regime de fluxo não
é possível estimar nenhuma propriedade da
formação sendo testada.
22
11
Fim do Efeito de Estocagem
A estocagem torna-se desprezível quando
α p (24)C
t≥ (60 + 3.5 S) (20)
kh µ
Substituindo a Eq. 16 dp wf ( t )
q sf ( t ) = qB + 24C (16)
na Eq. 21 e dividindo dt
por qB
kh ∂p 24C dp wf (22)
r = 1+
α pqBµ ∂r r = rw qB dt
24
12
Modelagem Matemática do Efeito de
Estocagem
Utilizando as definições adimensionias de pD e tD
∂p dp
− rD D = 1 − C D wD (23)
∂rD rD =1 dt D
αc C
CD = (24)
2 πφ hc t rw2
Range típico do coeficiente de estocagem: 102 < CD < 105
25
13
Formulação para reservatório
infinito com estocagem e skin
1 ∂ ∂p D ∂p D
E.D.P rD = (25)
rD ∂rD ∂rD ∂t D
C.I p D ( rD , t D = 0) = 0 (26)
lim p D ( rD , t D ) = 0 (27)
C.C.E rD → ∞
∂p (28)
p wD ( t D ) = p D ( rD = 1, t D ) − S rD D
C.C.I
{ ∂p
− rD D
∂rD rD =1
dp
= 1 − C D wD
dt D
∂rD rD =1
(29)
27
14
A Transformada de Laplace
1 K0 ( u )
onde G ( u, S) = + S (32)
u u K1 ( u )
pwD representa a solução no poço no espaço de Laplace
K0 e K1 são conhecidas como funções de Bessel modificadas
de segunda espécie de ordem zero e ordem 1, respectivamente.
A dedução detalhada pode ser encontrada no livro de John
Lee, Rollins e Spivey (Ref. 1 da bibliografia do curso). 30
15
Aproximações de Curto e Longo Tempo
1 4t D (34)
Solução de longo tempo p wD ( t D ) = ln +S
2 eγ
4t
Ou mudando de ln para log p wD ( t D ) = 1.151 log γD + S (35)
e 31
32
16
Solução pwD para 2 valores de CD
Pressão
Gráficoadimensional
semilog de no
p poço wD
16
S=5
14
CD = 103
12
10
pwD
6
4t
p wD ( t D ) = 1.151 log4 γD + S
CD = 104
e
2
0
1.0E+02 1.0E+03 1.0E+04 1.0E+05 1.0E+06 1.0E+07
tD
33
Setas indicam o início da reta semilog
14
S=5
12
10
pwD
6
4t
p wD ( t D ) = 1.151 log4 γD + S
e
2
S=0
0
1.0E+02 1.0E+03 1.0E+04 1.0E+05 1.0E+06 1.0E+07
tD
34
Setas indicam o início da reta semilog
17
Gráfico log-log de pwD
retas com
Gráfico log-log de pwD
inclinação = 1
1.E+02
S=5
1.E+01
CD = 103
S=0
1.E+00
pwD
1.E-01
CD = 104
1.E-02
1.E-03
1.E+02 1.E+03 1.E+04 1.E+05 1.E+06 1.E+07
tD
p wD =
CD tD
35
18
Método das Derivadas
• Aparecimento dos registradores eletrônicos
com grande resolução e precisão a partir de
1980 viabiliza o uso rotineiro da derivada
da pressão
• Em 1983 Bourdet propôs a utilização da
derivada da pressão em relação ao log
natural do tempo para interpretar os testes
de formação
37
19
Método das Derivadas
t
Vimos que durante a estocagem pura p wD = D
CD
Então
dp wD dp d tD tD
p′wD ≡ = t D wD = t D = (39)
d ln t D dt D dt D C D C D
20
Gráfico log-log de pwD e p'wD
Gráfico log-log de pwD e p'wD reta com
inclinação = 1
1.E+02
regime: estocagem pura pwD
pwD e e p'wD
1.E+01
regime: radial infinito
1.E+00
1 p'wD
1.E-01 p′wD =
2
tD
p wD = p′wD =
CD 1.E-02
1.E+02 1.E+03 1.E+04 1.E+05 1.E+06 1.E+07
21
Algoritmo de Bourdet
Na prática o algoritmo mais utilizado para calcular ∆p'
a partir dos dados medidos foi proposto por Bourdet em
1983. A formula utiliza 3 pontos, conforme mostrado
abaixo: Deseja calcular df/dx no ponto X
f(x+∆x1)
f(x)
f(x-∆x2)
∆x2 ∆x1 43
x
Algoritmo de Bourdet
Expandindo a função f em torno de x por meio
da série de Taylor chega-se a seguinte expressão:
f ( x + ∆x1 ) − f ( x ) ∆x 2 f ( x ) − f ( x − ∆x 2 ) ∆x 1
f ′( x ) = + (41)
∆x 1 ∆x1 + ∆x 2 ∆x 2 ∆x1 + ∆x 2
44
22
Algoritmo de Bourdet
No nosso caso, deseja-se calcular a derivada em
relação ao log natural. Existe duas possibilidades:
1. Calcular inicialmente d∆p/dt usando a Eq. 41 e só
então calcular ∆p' pela expressão ∆p' = t x (d∆p/dt)
45
Algoritmo de Bourdet
∆p( t j+1 ) − ∆p( t j ) ln( t j t j−1 ) ∆p( t j ) − ∆p( t j−1 ) ln( t j+1 t j )
∆p′( t j ) = + (42)
ln( t j+1 t j ) ln( t j+1 t j−1 ) ln( t j t j−1 ) ln( t j+1 t j−1 )
∆p(tj+1) Onde:
23
Algoritmo de Bourdet
• Na prática, tendo a coleção de dados p x t medida,
a Eq. 41 é usada em cada ponto;
• Como a fórmula usada 3 pontos, ela não pode ser
aplicada nem no primeiro ponto medido (falta o
ponto à esquerda) nem no último (falta o ponto à
direita)
• Poderíamos usar outra equação neste 2 pontos em
particular. Na prática costuma-se não calcular a
derivada nestes 2 pontos.
47
24
Introdução – efeito de fronteira
• Consideramos até agora o período do tempo do
teste de formação no qual o reservatório se
comporta como sendo de extensão infinita
• Dependendo da duração do teste, é possível
identificar os efeitos causados por fronteiras ou
limites. Vamos discutir as seguintes situações que
ocorrem com freqüência na prática:
– Poço próximo a uma falha selante
– Poço num canal (confinamento lateral)
– Reservatório limitado (regime pseudo-permanente)
– Reservatório com manutenção de pressão nos limites
externos (regime permanente) 49
poço
25
Método das Imagens
poço real com poço real com poço imagem
vazão q vazão q com vazão q
d 2d
26
Solução para poço próxima a uma
falha selante
Como vimos anteriormente, a função Ei do poço
ativo pode ser substituída pela aproximação
logaritimica. Então, a forma final fica sendo
1 4t D 1 4d 2 rw2
p wD ( t D ) = ln γ + S − E i − (44)
2 e 2 4 t D
53
1 4t D
p wD ( t D ) ≅ ln +S (45)
2 eγ
Ou seja, nos tempos iniciais o comportamento é
similar ao de um reservatório infinito.
54
27
Poço próxima a uma falha selante:
aproximação de longo tempo
Para os tempos suficientemente longos, a função Ei
pode ser substituída pela aproximação logarítmica.
1 4t D 1 4t
p wD ( t D ) = ln γ + S + ln γ D2 2
2 e 2 e 4d rw
4t 2d
p wD ( t D ) = ln γD + S − ln (46)
e rw
No longo tempo, a pressão continua variando com o
log natural do tempo. Mas agora a taxa da queda
passa ser duas vezes maior. 55
1.151α pqBµ 4α k
b = m log γ t 2 +
S
m= (49) (50)
kh e φµc t rw 1.151
4α k r S
b′ = 2 m log γ t 2 w + (51)
e φµc t rw 2d 2.303
56
28
Poço próxima a uma falha selante
• A Eq. 47 mostra que no curto tempo o
gráfico semilog apresenta uma reta com
inclinação -m, correspondente ao regime
radial infinito.
• A Eq. 48 indica que, para tempos longos, o
semilog apresenta uma outra reta, cuja
inclinação é o dobro da primeira reta.
57
2m
t* log t
29
Cálculo da distância do poço à falha
Igualando as Equações 45 e 46:
αt k t∗ (52)
d= γ
e φµ ct
30
Poço próxima a uma falha selante:
comportamento da derivada
1.2
0.8
p'wD
0.6
0.4
0.2
0
0.001 0.01 0.1 1 10 100
2
tD / (d/rw)
x
-∞ +∞
W
62
31
Poço localizado entre duas falhas
paralelas
Nos tempos iniciais a pressão no poço não é afetada
pelas falhas. O comportamento é o de um reservatório
infinito, ou seja, o regime de fluxo é o radial infinito.
As linhas de fluxo são radiais.
x
-∞ +∞
W
63
x
-∞ +∞
W
64
32
Poço localizado entre duas falhas
paralelas
Aproximação de curto tempo:
1 4t D (54)
p wD ( t D ) ≅ ln +S
2 eγ
1
p′wD ( t D ) = (55)
2
65
33
Poço localizado entre duas falhas
paralelas
Aproximação de longo tempo da derivada:
1 4π t D
p′wD ( t D ) = (59)
2 WD2
reta com
pwD
inclinação = 1/2
p'wD
patamar =1/2
34
Poço localizado entre duas falhas
paralelas
• Forma dimensional da solução para tempos
longos:
p wf ( t ) = pi − m L t −
m
(S + Sconv ) (60)
1.151
onde 1.151α pqBµ
m=
kh
α pqB 4α t πµ
mL = (61)
Wh kφc t
69
t 70
35
Roteiro para interpretar o teste de
um poço num canal
1. Faça o log-log e identifique os regimes de fluxo
radial-infinito e linear;
2. No gráfico semilog, trace a reta pelos pontos do
radial infinito e calcule k, S e ∆pSkin;
3. Faça um gráfico de pwf x raiz de t. Trace uma
reta sobre os pontos do regime linear;
4. Determine a inclinação –mL desta reta;
5. Calcule a largura do canal com a equação
α qB 4α t πµ
W= p (62)
m L h kφc t 71
α pqBµ 1 4 A
p − p wf = ln + S
kh 2 e γ C A rw2 (63)
pressão média
fator de forma de Dietz
72
36
Reservatório limitado sem
manutenção de pressão
Para colocar a Eq. 63 em termos da pressão
inicial ao invés da pressão média, usamos a
equação de balanço de materiais mostrado
abaixo t em horas
qBt
pi − p = (64)
24Aφhc t
73
α p qBµ α t kt 1 4 A (65)
pi − p wf = 2 π + ln + S
kh φµc t A 2 e γ CA rw2
37
Reservatório limitado sem
manutenção de pressão
Usando a definição de tDA (Eq. 66) a solução
geral regime pseudo-permanente na forma
adimensional é dada por
1 4 A
p wD = 2π t DA + ln γ +S (68)
2 e CA rw2
qBt α p qBµ 1 4 A
p wf = pi − − ln + S (69)
24Aφhc t kh 2 e γ C A rw2
76
38
Reservatório limitado sem
manutenção de pressão
Ou na forma equivalente
p wf ( t ) = b − m*t (70)
qB
m* = (71)
24Aφhc t
α pqBµ 1 4 A
b = pi − ln + S (72)
kh 2 e γ CA rw2
77
Início do pseudo-permanente t 78
39
Reservatório limitado sem
manutenção de pressão
O volume poroso pode então ser estimado por:
qB
Vp = Aφh = (73)
24m*c t
d 1 4 A
p′wD = t D 2π t DA + ln γ + S (74)
tD 2 e C A rw2
= 2π t DA
80
40
Log-log de pwD e p'wD
Regime de fluxo pseudo-permanente
reta com
pwD
inclinação = 1
p'wD
patamar =1/2
Na forma adimensional
re
p wD = ln(reD ) + S (75) onde reD = (76)
rw
82
41
Reservatório limitado COM
manutenção de pressão
83
∆p') no log-log
Derivada (∆ Diagnóstico
Patamar regime de fluxo radial-infinito
Dois patamares poço vertical próximo
(com segundo patamar igual ao dobro
a falha selante
do valor do primeiro)
regime de fluxo linear
Reta com inclinação = 1/2 • poço vertical num canal
• poço vertical hidraulicamente fraturado
estocagem pura
Reta com inclinação = 1 regime pseudo-permanente
(reservatórios SEM manutenção)
Comportamento no período de fluxo
regime permanente
(reservatórios COM manutenção)
Tendendo para zero regime pseudo-permanente
(reservatórios SEM manutenção)
Comportamento no período de estática
42
4 - Interpretação de Testes
de Crescimento de Pressão
• O método de Horner
• Tempo equivalente de Agarwal
• O gráfico log-log da estática
• Métodos da Derivadas para a Estática
• Efeito de limites externos na estática:
falha, canal, reservatório com e sem
manutenção de pressão
4. Interpretação de Testes de
Crescimento de Pressão
• Dados de pressão medidos durante o período de
fluxo normalmente apresentam muito ruído.
• Por causa da vazão zero imposta ao poço, os dados
de pressão do período da estática contêm muito
menos ruído.
• Por isso, na prática, utilizam-se muito mais os
dados da estática do que os dados do período de
fluxo para estimar os parâmetros do reservatório.
• Passamos a mostrar agora as técnicas específicas
para análise dos dados do período da estática.
86
43
Interpretação de Testes de
Crescimento de Pressão
Num teste de formação o poço é colocado para produzir
com vazão constante q. Após tp horas o poço é fechado
para o período de estática. Veja o histórico abaixo:
87
Interpretação de Testes de
Crescimento de Pressão
Para obter a solução para o período da estática utiliza-
se o princípio da superposição no tempo. O histórico
equivalente é mostrado abaixo:
88
44
Interpretação de Testes de
Crescimento de Pressão
A partir do princípio da superposição e do histórico
equivalente, a solução geral do período de estática
pode ser escrita como
p wD ( ∆t D ) = p wDc ( t pD + ∆t D ) − p wDc ( ∆t D ) (1)
Interpretação de Testes de
Crescimento de Pressão
pws(∆t) ≡ representa a pressão no poço após ∆t horas
do poço ter sido fechado para estática.
p wDc ≡ representa a solução analítica da pressão
adimensional para vazão constante
O tempo de produção adimensional tpD é definido por
αt k t p
t pD = (3)
φµc t rw2
O tempo de fechamento adimensional ∆tD é definido por
α t k ∆t
∆t D = (4)
φµc t rw2 90
45
Interpretação de Testes de
Crescimento de Pressão
Como visto anteriormente, a solução analítica no
poço para um reservatório homogêneo e infinito
produzindo com vazão constante é (desprezando o
efeito de estocagem)
1 4t D
p wDc ( t D ) = ln +S (5)
2 eγ
91
Interpretação de Testes de
Crescimento de Pressão
Substituindo a Eq. 5 nos dois termos do lado direito da
equação geral da estática (Eq. 1), obtemos
1 4 ( t pD + ∆ t D ) 1 4∆t D
p wD ( ∆ t D ) = ln + S − ln γ + S
2 eγ 2 e
Simplificando
1 t pD + ∆t D
p wD ( ∆t D ) = ln (6)
2 ∆t D
A Eq. 6 é a solução da estática para a pressão no poço
em um reservatório homogêneo e de extensão infinita.
92
46
Interpretação de Testes de
Crescimento de Pressão
Substituindo as definições das variáveis adimensionais
na Eq.6
kh [ pi − p ws ( ∆t )] 1 t p + ∆t
= ln
α pqBµ 2 ∆t
Interpretação de Testes de
Crescimento de Pressão
Substituindo o log natural pelo log decimal, a Eq. 7
fica
t + ∆t
p ws ( ∆t ) = pi − m log p (8)
∆ t
onde
1.151α pqBµ
m= (9)
kh
94
47
Testes de Crescimento de Pressão
Método de Horner (1951)
A Eq. 8 mostra que um gráfico das pressões medidas na
estática pws contra log {(tp+∆t)/∆t} apresenta uma linha
reta com inclinação – m. Este gráfico é conhecido na
indústria do petróleo como método de Horner.
pws(∆t) p*
1.151α p qBµ
m=
kh
t + ∆t
log p 95
∆t
48
Testes de Crescimento de Pressão
Método de Horner (1951)
49
Testes de Crescimento de Pressão
Método de Horner (1951)
Observações:
1. Para testes de formação com comportamento de
reservatório de extensão infinita, a pressão
extrapolada p* obtida do gráfico de Horner é
igual a pressão inicial do reservatório pi .
p* CD = 103
CD = 104
(tp + ∆t) / ∆t
100
50
Testes de Crescimento de Pressão
Gráfico log-log do período da estática
• Como mostrado para a análise dos dados do
período de fluxo, o gráfico log-log é bastante útil
na identificação dos regimes de fluxo (estocagem
pura, radial-infinito, falha selante, linear/canal,
etc)
• O gráfico log-log dos dados da estática também
ajuda na identificação dos regimes de fluxo
citados acima.
• A construção do log-log na estática apresenta, no
entanto, algumas diferenças descritas a seguir.
101
51
Carta de um Teste de Formação
Definição da nomenclatura
255
pi
250
Pressão, kgf/cm2
245 ∆p(t)
240
pws (∆t)
235 pwf (t)
∆ps (∆t)
230
225
∆t, tempo de fechamento
220
0 10 20 30 40 50 60
pwf,s = pwf (tp) t,tempo
horas
de produção, tp
103
104
52
Método das Derivadas para o
período da Estática
Definição: na estática a derivada é tomada em relação
ao log natural do tempo equivalente ∆te
dp wDs dp
p′wDs ≡ = ∆t De wDs (14)
d ln ∆t De d∆t De
onde
kh [ p ws ( ∆t ) − p wf ,s ] kh ∆ps
p wDs = = (15)
α pqBµ α pqBµ
αt k αt k t p ∆t
∆t De = ∆t e = (16)
φµc t rw
2
φµc t rw2 t + ∆t
p 105
53
Gráfico log-log da estática
Quando se usa o tempo equivalente de Agarwal, o log-log da
estática fica com mesmo aspecto
Gráfico que o log-log do fluxo
log-log
1.E+01
Dados da estática
pwDs e p'wDs
pwD e p'wD
1.E-01
1.E+02 1.E+03 1.E+04 1.E+05 1.E+06 1.E+07
tD ou teD (tempo equivalente) 107
pwD (fluxo) x tD p'wD (fluxo) x tD pwDs (estática) x teD (tempo equiv.) p'wDs (estática) x teD (tempo equiv.)
54
Algoritmo de Bourdet para a Estática
∆ps ( ∆t e, j+1 ) − ∆ps ( ∆t e, j ) ln( ∆t e, j ∆t e, j−1 )
∆p′s ( ∆t e, j ) =
ln( ∆t e, j+1 ∆t e, j ) ln( ∆t e, j+1 ∆t e, j−1 )
∆ps ( ∆t e, j ) − ∆ps ( ∆t e, j−1 ) ln( ∆t e, j+1 ∆t e, j )
+ (20)
ln( ∆t e, j ∆t e, j−1 ) ln( ∆t e, j+1 ∆t e, j−1 )
55
Testes de Crescimento de Pressão
Gráfico log-log do período da estática
Roteiro do log-log da estática
4. Calcule a derivada de ∆ps em relação ao log
natural do tempo equivalente usando o algoritmo
de Bourdet (Eq. 20)
5. Plote os dados de ∆ps x ∆te e de ∆p's x ∆te num
mesmo gráfico log-log
6. Identique os regimes de fluxo (estocagem pura,
radial-infinito, falha selante, linear/canal, etc)
111
56
Efeito de fronteira
– período de estática –
• Na interpretação dos dados do período de fluxo,
apresentamos as soluções e técnicas de análise para
os casos que ocorrem com freqüência na prática:
– Poço próximo a uma falha selante
– Poço num canal (confinamento lateral)
– Reservatório limitado (regime pseudo-permanente)
– Reservatório com manutenção de pressão nos limites
externos (regime permanente)
• As técnicas e identificação dos regimes de fluxo no
período da estática para as situações acima serão
mostrados de forma resumida.
113
d 2d
57
Poço próxima a falha selante
- solução para o período de estática -
A solução é obtida aplicando os princípio
da superposição no espaço e no tempo.
1 4( t pD + ∆t D ) 1 4 ∆t
p wD ( ∆t D ) = ln γ
+ S − ln γ D + S +
2 e 2 e
1 4d 2 rw2 1 4d 2 rw2
− Ei − + Ei − (21)
2 4( t pD + ∆t D ) 2 4∆t D
1 t pD + ∆t D
p wD ( ∆t D ) = ln +
2 ∆t D
1 4d 2 rw2 1 4d 2 rw2
− Ei − + Ei − (22)
2 4( t pD + ∆t D ) 2 4∆t D
58
Poço próxima a falha selante
- solução para o período de estática -
• Aproximação de curto tempo (∆tD pequeno)
Neste caso, temos que:
1 4d 2 rw2 1 4d 2 rw2
− Ei − ≅ − Ei − (23)
2 4( t pD + ∆t D ) 2 4 t pD
1 4d 2 rw2
Ei − ≅0 (24)
2 4 ∆t D
117
1 t pD + ∆t D 1 4d 2 rw2
p wD ( ∆t D ) ≅ ln − Ei − (25)
2 ∆t D 2 4 t pD
59
Poço próxima a falha selante
- solução para o período de estática -
• Aproximação de longo tempo (∆tD grande)
Neste caso as 2 funções Ei podem ser substituídas
pela aproximação logarítmica.
1 t pD + ∆t D
p wD ( ∆t D ) = ln
2 ∆t D
1 4 ( t + ∆t ) 1 4 ∆t
+ ln γpD 2 2D − ln γ 2D 2 (26)
2 e 4d rw 2 e 4d rw
119
60
Poço próxima a falha selante
- solução para o período de estática -
Equações 25 e 27 colocadas na forma dimensional:
t + ∆t
Curto tempo: p ws ( ∆t ) = pi − m log p + b (28)
∆t
t + ∆t
Longo tempo: p ws ( ∆t ) = pi − 2m log p
∆t (29)
122
61
Poço próxima a falha selante
- gráfico de Horner -
p*
2m
pws
1.151α pqBµ
m=
kh
X* t + ∆t
log p
∆t
A reta com declividade -m é utilizada para calcular k, S e
o ∆pskin. Extrapolando a outra reta obtemos p* = pi. 123
62
Poço próxima a falha selante
- período de estática -
• Comportamento da derivada (em relação ao
log natural do tempo equivalente):
– Para ∆tD pequeno a derivada tende para um
patamar.
– Para ∆tD grandes a derivada tende para um outro
patamar com um valor duas vezes maior do que
o primeiro.
125
x
-∞ +∞
W
x
y
W= largura do “canal”
x = menor distância para uma da falhas
126
63
Poço entre duas falhas paralelas
- período de estática -
A solução geral para o período de estática é:
1 4 ∆t D
p wDc ( ∆t D ) = ln +S (35)
2 eγ
128
64
Poço entre duas falhas paralelas
- período de estática: aprox. curto tempo -
1 4( t pD + ∆t D )
ln (37)
2 eγ
Obtemos
4 π ( t pD + ∆t D ) 1 4( t + ∆t )
p wD ( ∆t D ) = 2
− ln pD γ D + Sconv +
W D 2 e
1 t + ∆t D (38)
+ ln pD
2 ∆t D
129
65
Poço entre duas falhas paralelas
- período de estática: aprox. curto tempo -
• A Eq. 40 indica que nos tempos iniciais da estática
o gráfico de Horner apresenta uma linha reta com
inclinação –m, correspondente ao regime radial
infinito.
• Esta reta com declividade -m deve ser usada nos
cálculos de k, S e o ∆pskin (ver roteiro do método
de Horner). A pressão extrapolada p* desta reta
NÃO DEVE ser usada como estimativa da pressão
inicial pi.
• Nos tempos iniciais da estática, a derivada em
relação ao log natural do tempo equivalente de
Agarwal tende a um patamar.
131
4 π ∆t D
p wDc ( ∆t D ) = + S + Sconv (41)
WD2
p wD ( ∆t D ) =
4π
WD2
( t pD + ∆t D − ∆t D ) (42)
132
66
Poço entre duas falhas paralelas
- período de estática: aprox. longo tempo -
• Forma dimensional da solução para tempos
longos de estática:
p ws ( ∆t ) = pi − m L ( t p + ∆t − ∆t ) (43)
onde
α pqB 4α t πµ
mL = (44)
Wh kφc t
pontos do regime
radial infinito
0 t p + ∆t − ∆t
134
67
Roteiro para interpretar os dados da
estática de um poço num canal
1. Faça o log-log e identifique os regimes de fluxo
radial-infinito e linear;
2. No gráfico de Horner, trace a reta pelos pontos
do radial infinito e calcule k, S e ∆pSkin;
3. Faça um gráfico de pws x [ (tp+∆t)1/2 - ∆t1/2 ] .
Trace uma reta sobre os pontos do regime linear;
4. Determine a inclinação –mL desta reta;
5. Calcule a largura do canal com a equação
α qB 4α t πµ
W= p (45)
m L h kφc t 135
68
Reservatório sem manutenção de pressão
- período de estática: aprox. curto tempo -
1 4( t pD + ∆t D )
ln (50)
2 eγ
Obtemos
2π rw2 1 4 A
p wD ( ∆t D ) = ( t pD + ∆t D ) + ln γ +
A 2 e C A rw2
1 4( t + ∆t ) 1 t + ∆t D (51)
− ln pD γ D + ln pD
2 e 2 ∆t D
138
69
Reservatório sem manutenção de pressão
- período de estática: aprox. curto tempo -
Fazendo a seguinte aproximação
2 π rw2 1 4( t + ∆t )
( t pD + ∆t D ) − ln pD γ D ≅
A 2 e
2 π rw2 1 4t (52)
t pD − ln pD
A 2 e γ
70
Reservatório sem manutenção de pressão
- período de estática: aprox. longo tempo -
Para grandes valores de ∆tD, temos que:
2π rw2 1 4 A
p wDc ( ∆t D ) = ∆t D + ln γ +S
2 e C A rw2
(54)
A
rw2
p wD ( ∆t D ) = 2 π t pD = 2 π t pDA (55)
A
141
71
Reservatório sem manutenção de pressão
- Gráfico de Horner -
pws(∆t)
pi = pressão inicial
p* p = pressão média
1.151α pqBµ
m=
kh
Pontos do regime t + ∆t
log p
radial-infinito ∆t
Observação: a pressão extrapolada p* NÃO deve ser usada
para estimar a pressão inicial NEM a pressão média.
143
72
Reservatório COM manutenção de pressão
- período de estática -
O comportamento de longo tempo na estática é
p wD ( ∆t D → ∞) = 0 (58)
Reservatório Limitados
- Comportamento da derivada na estática -
• Note que a derivada para os reservatórios
limitados COM ou SEM Manutenção apresenta
o mesmo comportamento de longo tempo
(tende para zero).
• É possível com a derivada diagnosticar que o
sistema é limitado. Não é possível, no entanto,
afirmar que o reservatório tenha mecanismo de
manutenção de pressão (aqüífero ou capa de
gás) apenas considerando os dados da estática.
• Recomenda-se, neste caso, analisar os dados do
período de fluxo. 146
73
Roteiro do processo de Interpretação
de Testes de Pressão
Aquisição dos Dados do Teste
(Vazão de superfície e dados dos Registradores de Pressão)
147
5 - Interpretação de Testes
em Poços Horizontais
• Regimes de Fluxo em Poços
Horizontais
• Equações dos regimes de fluxo
• Técnica de interpretação de poços
horizontais
74
Testes em Poços Horizontais
• O comportamento das pressões em
poços horizontais é muito mais complexo
do que o observado em poços verticais.
• De forma geral, testes de formação em
poços verticais somente apresentam
linhas de fluxo com geometria radial.
Testes em poços horizontais quase
sempre apresentam diversos regimes e
geometrias de fluxo.
149
150
75
Regimes de Fluxo em Poços Horizontais
Pseudopermanente
Radial Final
Radial Inicial
Linear Inicial
151
76
Equações do Regime Radial Inicial
- período de fluxo -
αpqBµ 1 4 α t k h k v t
pi − p wf ( t ) = ln + S + S′
k h k v L 2 e γ φµc t rw2
(1)
123
média geométrica
p wf ( t ) = pi − m log(t ) + b (3)
1.151αpqBµ (4)
m=
khkv L
4α k k (S + S′)
b = m log γ t h 2v + (5)
e φµc t rw 1.151
constante 154
77
Equações do Regime Radial Inicial
- período de fluxo -
• A partir deste regime de fluxo é possível
estimar o grupo (khkv)1/2L, o Skin e o ∆pskin.
• Neste regime de fluxo o roteiro é igual ao
dos poços verticais.
• Por exemplo, usando a reta com
inclinação –m do gráfico semi-log, o
produto (khkv)1/2L é estimado por
1.151αpqBµ
khkv L = (6)
m
155
78
Regimes de Fluxo em Poços
Horizontais
• Pressão no poço é
afetada pelo topo e
base do reservatório
• Condição: L >> h
• Linhas de fluxo são
paralelas topo/base
• Derivada: reta com
inclinação = 1/2
Regime Linear Inicial
157
79
Equações do Regime Linear Inicial
- período de fluxo -
p wf ( t ) = pi − m L t −
m
(Sz + S) (12)
1.151
onde
α pqB 4α t πµ
mL = (13)
Lh k h φc t
1.151αpqBµ
m= (4)
khkv L 159
α pqB 4α t πµ
kh L = (14)
mL h φc t
160
80
Regimes de Fluxo em Poços
Horizontais
• Efeitos das fronteiras
externas desprezível
• Linhas de fluxo
radiais no plano x-y
• Derivada: patamar
no log-log
α pqBµ 1 α t k h t kh h
pi − p wf ( t ) = ln +C+
2
(Sz + S′z + S) (15)
k h h 2 φµc t L kv L
k h h 1 z w z w
2
81
Equações do Regime Radial Final
- período de fluxo -
A Eq. 15 pode ser colocada na forma
p wf ( t ) = pi − m RF log(t ) + G (17)
constante
1.151αpqBµ
m RF = (18)
khh
Durante o regime radial final o gráfico semilog
apresenta outra reta cuja inclinação –mRF é
usada para estimar a permeabilidade horizontal
1.151α p qBµ
kh = (19)
m RF h
163
164
82
Passo 1- Gráfico log-log
Pseudopermanente
Radial Final
Radial Inicial
Linear Inicial
165
Radial Final
1.151α pqBµ
Radial Inicial m RF =
khh
1.151α pqBµ
m=
khk v L
166
83
Passo 2 - Gráfico “raiz de t”
Linear Inicial
α pqB 4α t πµ
mL =
Lh k h φc t
167
84
Roteiro para análise do período de
estática em Poços Horizontais
1. Faça um log-log de ∆ps=pws(∆t) – pwf,s e
∆ps'(∆t) contra ∆te (tempo equivalente de
Agarwal). Identifique os regimes de fluxo
do período da estática
2. Faça os gráficos de Horner e “raiz de t”
da estática ( [tp + ∆t]1/2 - ∆t1/2 ).
• Trace as retas correspondentes ao regimes
de fluxo identificados.
• Determine a inclinação de cada reta (m, mL
e mRF).
169
170
85
Roteiro para análise do período de
estática em Poços Horizontais
5. No gráfico de Horner, extrapole a reta do
Radial Final para (tp+∆t)/∆t = 1 para obter
p* (pressão extrapolada).
6. Usando a reta do Radial Inicial do gráfico
de Horner, calcule o Skin e o ∆pskin
p* − p wf ,s 4α t k h k v t p mS
S = 1.151 − log γ
∆pskin =
m e φµc r
t w
2
1.151
6 - Testes em
Poços de Gás
• Tipos de Testes de Formação em
poços de gás
• Determinação do potencial máximo
(AOF)
86
Testes em Poços de Gás
• Este material representa uma introdução
geral ao tópico de testes de formação
em reservatório de gás.
• Serão apresentados os seguintes tópicos:
– Tipos de Testes de Formação em Poços de
Gás
– Determinação do Potencial de um Poço de
Gás pelo método empírico C-n.
173
174
87
Teste de contra-pressão
Convencional
• Neste tipo de teste o poço é submetido a uma
seqüência de períodos de vazão constante
sucedido por um único período de estática.
• Se as vazões são crescentes, o teste é dito de
seqüência direta. Se forem decrescentes, é
classificado como de seqüência inversa.
• Em princípio, cada período de vazão constante
só deveria ser encerrado quando fosse atingido
o regime dominado por fronteiras (regime
permanente ou pseudo-permanente).
175
Teste de contra-pressão
Convencional
510 1.000.000
900.000
500 P wf 1
P wf 2 800.000
Pressão (Kgf/cm²)
490
Vazão (std m³/d)
P wf 3 700.000
P wf 4 600.000
480
Histórico das 500.000
470 pressões de fundo 400.000
460 300.000
200.000
450
100.000
440 0
0 10 20 30 40 50 60 70
Tempo (h)
Esquema de vazões do teste
176
88
Teste Isócrono
Teste Isócrono
510 1.000.000
900.000
500
800.000
P wf 1
490
Vazão (std m³/d)
Pwf 2 700.000
Pressão (Kgf/cm²)
Pwf , estab
P wf 3 600.000
480 Histórico das
Pwf 4 500.000
470
pressões de fundo
400.000
Período estendido
460 300.000
200.000
450
100.000
440 0
0 20 40 60 80 100
Tempo (h)
Esquema de vazões do teste
178
89
Teste Isócrono Modificado
P wf 2 700.000
Pwf , estab
Pressão (Kgf/cm²)
P wf 3 600.000
480
Histórico das
P wf 4 500.000
470
pressões de fundo
400.000
Período estendido
460 300.000
200.000
450
100.000
440 0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Tempo (h)
Esquema de vazões do teste
180
90
AOF (“Absolute Open Flow”)
• O IP é um indicador utilizado para
quantificar e comparar a produtividade
de poços em reservatórios de óleo.
• O IP não é normalmente utilizado para
poços de gás. O indicador consagrado
para poços de gás é o AOF.
• O AOF representa a vazão máxima do
poço que seria obtida caso a pressão de
fluxo no fundo do poço fosse igual a
pressão atmosférica
181
Determinação do AOF
- método C-n -
• A técnica de determinação do AOF em
um teste de contra-pressão convencional
foi proposta por Rawlins e Schellhardt
(1936)
• O método é baseado numa equação
empírica que relaciona a vazão na
superfície com a pressão de fluxo
estabilizada medida no fundo do poço:
91
Determinação do AOF
- método C-n -
Tomando o log dos 2 lados da Eq. 1 chega-
se na seguinte expressão
1 1
log(pi2 − pwf 2 ) = log(qsc ) − logC (2)
n n
constante
Determinação do AOF
- método C-n -
Roteiro para estimar o AOF
184
92
Determinação do AOF
- método C-n -
510 1.000.000
900.000
500 Pwf1
Pwf2 800.000
Pressão (Kgf/cm²)
490
500.000
470
400.000
Pw f = Atmosférica 460 300.000
200.000
450
100.000
pi² - pwf² (kgf/cm²)
440 0
0 10 20 30 40 50 60 70
Tempo (h)
10000
Inclinação 1/n
AOF
1000
100000 1000000
Vazão (std m ³/d)
185
FIM
93