Tutorial 8 Os tumores evoluem e crescer rapidamente para
escapar do reconhecimento imunológico ou
Respostas Imunológicas contra tumores e resistir aos mecanismos efetores imunológicos. Transplantes Alguns tumores param de expressar os antígenos que são alvos do ataque imunológico. (variante O sistema imunológico irá responder a células não com perda de antígenos) infecciosas reconhecidas como estranhas. Param de expressar as moléculas do MHC I e não Respostas imunológicas contra tumores. podem exibir antígenos para o CD8+. No A vigilância imunológica é o controle e a entanto, as células NK são ativadas quando as eliminação de células malignas pelo sistema células alvo perdem MHC I. imune adaptativo. Induzem os baixos níveis de coestimuladores B7 Os tumores malignos expressam várias moléculas nas APC resultando no envolvimento do que são reconhecidas como antígenos estranhos. receptor inibitório CTLA-4 nas células T e não Os tumores apresentam mutações em genes que o CD28 que é estimulador. produzem os antígenos tumorais. Abordagens Imunológicas para a terapia do Oncogenes que sofreram mutação ou câncer translocação. Prover efetores antitumorais (anticorpos e células Defeitos no reparo do DNA (câncer). T), imunizar ativamente os pacientes contra os Os antígenos normalmente são proteínas com seus tumores e estimular as próprias respostas estrutura normal, mas que são expressas acima imunológicas. do normal ou cuja expressão é somente de um Quimioterapia e irradiação danificam os tecidos tecido ou estagio de desenvolvimento, mas não tumorais normais e estão associados a desregulados nos tumores. toxicidades graves. Em tumores induzidos por vírus, os antígenos são Vacinação com antígenos tumorais: A os produtos virais. imunização de indivíduos portadores de tumores Mecanismos Imunológicos da rejeição com antígenos tumorais resulta em melhora da Eliminação das células tumorais por CTL resposta imune contra o tumor. específicos para os antígenos tumorais. Moléculas pró-inflamatórias são usadas Os antígenos normalmente são proteínas para aumentar o número de células citosólicas ou nucleares apresentadas pelo MHC dendríticas ativadas no local de tipo I logo são reconhecidas pelo CTL CD8+. vacinação. Estes adjuvantes incluem As respostas do CTL aos tumores ocorrem por ligantes de TLR, tal como o RNAds, meio do reconhecimento dos antígenos pelas DNA CpG, BCG e citocinas, como CSF- células apresentadoras de antígenos (APC). GM e IL-12. Os Tumores podem surgir de qualquer célula As células dendríticas são purificadas a nucleada capazes de apresentar MHC I logo partir dos pacientes, incubadas com os ativam CD8+ virgens, no entanto, essa ativação antígenos tumorais e, em seguida, e proliferação precisa de células T CD4+ com injetadas de volta nos pacientes. MHC II. Utilização de vacinas de DNA e vetores Ao mesmo tempo em que APC exibem os virais que codificam antígenos tumorais; antígenos proteicos também liberam algumas delas estão sob estudos clínicos coestimuladores de sinais das células T. ativos ou planejados. Esses sinais decorrem da morte de células Os tumores causados por vírus tumores liberando produtos (DAMP) que oncogênicos podem ser prevenidos pela estimulam as respostas inatas. vacinação contra esses vírus. Duas As respostas antitumorais de células T CD4+ e dessas vacinas estão provando ser anticorpos foram detectados em pacientes. efetivas contra o vírus da hepatite B (a Evasão das respostas imunológicas pelos causa de uma forma comum de câncer tumores de fígado) e o papilomavírus humano (a especificidade e memória e é dependente dos causa de câncer cervical linfócitos. Bloqueio de vias inibitórias para promover Os genes que contribuem com a maior parte da rejeição dos enxertos é o complexo imunidade tumoral: principal da histocompatilidade (MHC). Um anticorpo específico para o CTLA- Indivíduos idênticos: singênicos. 4, o receptor inibitório das células T para Animais de uma espécie que difere de outros B7, é uma terapia aprovada para o animais da mesma espécie: alogênicos. melanoma avançado, e que é eficaz em Aloenxertos retardar a progressão dos tumores em Diferentes espécies: xenogênicos. muitos pacientes. Este anticorpo pode Xenoenxertos Antígenos de transplante funcionar não só bloqueando a ação do As moléculas de MHC intacta exibidas pelas CTLA-4, mas talvez também depletando células do enxerto são reconhecidas pelas as células T regulatórias, que expressam células T. altos níveis de CTLA- 4. No timo ocorre a seleção positiva, onde PD-1 pacientes com canceres avançados. ocorre a sobrevivência de células T com Reação adversa doenças autoimunes e fraca reatividade de MHC próprio. Não inflamação. elimina células T que se liguem a MHC alogênico. Aumento da imunidade com citocinas: Logo esse MHC pode se ligar a moléculas IL-12 é usado no tratamento de alogênicas com alta afinidade e ativar as melanona e carcinoma de células renais. células T. Uso limitado devido a estimulação do As respostas das células T para MHC TNF e IFN-gama que provocam uma alogênico são muito fortes por que muitas síndrome de permeabilidade vascular células T podem reconhecer um único MHC grave. alogênico. (APC tem milhares de cópias de MHC e todas podem ser ativadas) IFN-alfa tratamento de melanoma MHC humano é o complexo antígeno maligno, linfomas e leucemias. Inibem a leucocitário humano (HLA). proliferação das células tumorais, Toda pessoa expressa seis alelos do MHC aumenta a atividade das NK e aumento classe I (A, B, C de cada genitor) e no da expressão de MHC I. mínimo seis alelos do MHC II (DQ, DP e GM-CSF e G-CSF são utilizados para DR). São polimórficos. Os transplantes da maioria dos tecidos entre ecurtar o período de neutropenia e qualquer par de indivíduos. A não ser nos trompocitopenia após quimioterapia ou gêmeos idênticos, será rejeitado porque as transplante de medula óssea. moléculas do MHC são tão polimórficas que Estimulação inespecífica do sistema imune. não é possível que dois indivíduos herdem Administração local de substâncias as mesmas. inflamatórias ou tratamento sistêmico Mesmo que o peptídeo apresentando seja do que funcionam como ativadores doador sendo exibidas pelo MHC alogênicos vão parecer diferentes dos complexos policlonais de linfócitos. peptídeo-MHC próprio. A BCG (bacilo de Calmette-Guérin O reconhecimento da Célula T alorreativa morto) intravesicular é usada para independe do peptídeo. tratamento do câncer de bexiga urinária. Outras proteínas polimórficas podem ter As micobactérias vão ativar os ação na rejeição. São chamados de antígenos macrófagos e promover a morte de célula de histocompatibilidade secundária. tumorais. Transfusão de sangue e transplante de célula-tronco hematopoiética. Respostas imunológicas contra transplantes. Indução de respostas imunológicas contra A rejeição resulta de reações inflamatórias que transplantes. lesam os tecidos transplantados. É medida pelo Células T podem reconhecer as moléculas sistema imunológico adquirido, porque mostra no MHC das célula dendriticas do doador, ou podem ser apresentadas pelas células Aloanticorpos também contribuem para a dendriticas do hospedeiro. rejeição. As células B do receptor Reconhecimento direto: As células T reconhecem os aloantígenos do doador e, reconhecem as moléculas do MHC do então, processam e apresentam os doador nas células dendriticas do enxerto. peptídeos desses antígenos para as células Rejeição aguda. T auxiliares, produzindo o anticorpo. Reconhecimento indireto: as células do Linfócitos B virgens reconhecem as enxerto são englobadas pelas APC do moléculas do MHC (I e II) estranhas, hospedeiro e são apresentados pelo MHC internalizam e processam estas proteínas e próprio. Rejeição crônica. apresentam os peptídios derivados deles às As duas vias fornecem coestimuladores e células T auxiliares podem estimular células T auxiliares. Mecanismos Imunológicos de rejeição Se for via indireta os coestimuladores são do enxerto específicos para aloantigenos do doador Rejeição Hiperaguda: ocorre em minutos exibidos no MHC próprio do APC do após o transplante, ocorre trombose de hospedeito e assim não podem reconhecer vasos do enxerto e necrose isquêmica. as células do enxerto. Mediada por anticorpos circulantes Os linfócitos imaturos que normalmente específicos para antígenos nas circulam células endoteliais do enxerto que Através do linfonodo encontram estes estão presentes antes do aloantígenos e são induzidos a proliferar e transplante. diferenciar-se em células efetoras. Este Anticorpos IgM naturais processo às vezes é chamado de específicos pra antígenos de grupo sensibilização para aloantígenos. As sanguíneo ou podem ser anticorpos células T efetoras migram de volta para o específicos para moléculas de enxerto e vão mediar a rejeição MHC alogênicas (transfusão, A rejeição posterior que acontecem em gravidez ou transplante). enxertos que são reconhecidos pela via Os anticorpos se ligam a antígenos indireta vai acontecer por células CD 4+ no endotélio vascular do enxerto e alorreativas. As células CD 4+ vão ativam o sistema complemento e de reconhecer os antígenos do enxerto nas coagulação (lesão do endotélio e APC e vão secretar citocinas que irão formação do trombo (A ativação do causar inflamatória. complemento conduz à lesão endotelial celular e exposição das proteínas membrana basal Muitas das células T que respondem aos subendotelial que ativam as plaquetas. As antígenos MHC alogênico em um novo células endoteliais são estimuladas a secretar enxerto são reações cruzadas de células T formas de alto peso molecular de fator de von Willebrand, que promovem a adesão e a de memória previamente geradas aos agregação plaquetária)) antígenos do meio ambiente antes do Rejeição aguda: lesão do parênquima e dos transplante. vasos sanguíneos do enxerto, dias ou semanas As células T CD 4+ vão produzir citocinas após o transplante. É mediada por células T e inflamatórias por mecanismos semelhante anticorpos específicos para os aloantígenos no a hipersensibilidade do tipo tardia. enxerto. As célula CD 8+ viram CTL que matam as Pode ser rejeição aguda celular e células que expressam MHC I alogênicas. mediada por anticorpos. CTL via reconhecimento direto matam as Aguda: inflamação causada por células do enxerto, se dor reconhecimento citocinas produzidas por células T indireto não vai matar por que vai auxiliares e amorte mediada por CTL reconhecer o MHC próprio. das células do parênquima do enxerto A coestimulação que as células T precisam e células endoteliais. (células T é liberada quando as células do enxerto auxiliares liberam IFN-gama e as sofrem necrose antes do transplante e as células TH 1 TNF, TH 17 IL17) substâncias liberadas pelas células Mediada por anticorpos: os lesionadas ativam as APC pela imunidade aloanticorpos se ligam as moléculas inata. de HLA em células endoteliais Terapêutica: bloquear a coestimulação. vasculares. Dispara a ativação do sistema do complemento causando lise monofosfato de inosina desidrogenase de das células, recrutamento e ativação linfócitos, uma enzima necessária para a de neutrófilos e formação de trombos. síntese de nucleotídeos de guanina. Inibe As células T podem ser CD 4+ e seletivamente a isoforma específica de secretar citocinas que induzem a linfócitos desta enzima. inflamação ou podem ser CTL CD8+ Tornam mais suscetíveis a infecções por e destruir as células do enxerto germes intracelulares. Aumento de neoplasias diretamente. e tumores causados por vírus oncogênicos. As células T podem reagir contra as Os anticorpos que reagem com estruturas de células nos vãos do enxerto, levando superfície de células T e destroem ou inibem ao dano vascular. as células T são utilizados para o tratamento A lesão no vaso do enxerto é mediada de episódios de rejeição aguda. Reduzem as pela ativação do complemento via células T circulantes seja pela ativação do clássica. sistema complemento que elimina as células Rejeição crônica: ocorre meses ou anos e T ou pela sua opsonização para a fagocitose. leva à perda progressiva de função do Os anticorpos em uso são específicos para enxerto. A lesão dominante de rejeição CD25 subunidade alfa do receptor de IL , crônica em enxertos vascularizados é a logo evitam a ativação das células T. oclusão arterial como um resultado da Alguns fármacos que bloqueiam as vias de proliferação de células de músculo liso da coestimulação de células T reduzem a íntima e os enxertos eventualmente falham rejeição: aumento da afinidade de CTLA4 principalmente por causa do dano com a APC impede de interagir com as isquêmico resultante. As lesões são células T. chamadas de vasculopatias de enxerto ou Uso de anti-inflamatorios principalmente aterosclerose acelerada do enxerto. corticosteroides são usados para bloquear a As lesões arteriais de arteriosclerose síntese e secreção de TNF e IL 1, do enxerto progridem, o fluxo de prostaglandinas, ROS. Diminuindo o sangue para o parênquima do enxerto recrutamento de leucócitos e inflamação. é comprometido e o parênquima é Métodos para induzir tolerância doador- lentamente substituído por tecido especifica: transfusões de sangue, bloqueio fibroso não funcional. coestimulatório (reconhecimento de Fibrose ou estenose gradual dos vasos aloantigenos em coestimuladores gerava do enxerto, chamada de tolerância), transferência de células T arteriosclerose do enxerto. reguladoras. As células T que reagem contra os Antigenos de grupos sanguíneos ABO aloantigenos do enxerto secretam Os antígenos são expressos nas células citocinas que estimulam a proliferação sanguíneas, endoteliais e muitos outros e as atividades de fibroblastos e tipos celulares. células musculares lisas vasculares do Os antígenos ABO são carboidratos nas enxerto. glicoproteínas ou nos glicosfingolipídios Prevenção e tratamento da rejeição do enxerto da membrana; eles contêm um glicano do Tratamento da rejeição de órgãos é a núcleo que pode ter um açúcar terminal imunossupressão para inibir a ativação de adicional. células T e funções efetoras. Anti-A tem o açúcar terminal N Inibidores de calcineurina, acetilgalactosamina e o anti-B tem Calcineurina é útil ciclosporina e tacrolimo (FK506): galactose. para ativar o fator de bloqueiam a calcineurina fosfatase AB tem os dois. transcrição NFAT, da célula T. transplantes de coração. O não expressam açucares terminais. inibindo a Rapamicina inibe a quinase mTOR necessária transcrição de genes de citocinas para (IL-2) o crescimento das células T. Micofelonato de mofeil: As toxinas metabólicas que matam as células T em proliferação são utilizadas em combinação com outros fármacos para tratar a rejeição do enxerto. bloqueia uma isoforma específica do Os indivíduos que causada pela reação expressam um de células T maduras antígeno do grupo enxertadas no sanguíneo são inóculo das HSC tolerantes daquele com aloantígenos do antígeno, mas têm hospedeiro. Ela anticorpos contra os ocorre quando o outros. anfitrião é O produz anti A e imunocomprometido anti B e, portanto, incapaz de rejeitar as células AB receptor universal e O doador alogênicas no enxerto. universal. pode também se desenvolver quando Antigeno RHesus: órgãos sólidos que contêm um número Proteínas de superfice celular nas significativo de células T são membrans das hemácias. transplantados, tais como o intestino PessoasRh negativas não são tolerantes ao delgado, o pulmão ou o fígado. antígeno Rh e produzem anticorpos para o A GVHD aguda é caracterizada pela morte antígeno. das células epiteliais na pele, fígado Eritroblastose fetal: mães Rh – e feto Rh +. (principalmente no epitélio biliar), e no As mães são sensibilizadas e nas gestações trato gastrintestinal. Ela manifesta-se subsequentes se o feto for Rh+ pode haver clinicamente por erupção cutânea, reação doa anticorpos IgG anti-rh icterícia, diarreia e hemorragia maternos para destruir as hemácias da gastrintestinal. criança. A GVHD crônica é caracterizada por Administrar anti-RhD para a mãe ate 72h fibrose e atrofia de um ou mais dos depois do parto. mesmos órgãos, sem evidência de morte Transplante hematopoético de células- celular aguda. tronco. Imunodeficiências após o transplante de O receptor é tratado com antes do células-tronco hematopoéticas. transplante com quimioterapia, A terapia de radiação e imunoterapia e irradiação para esgotar as quimioterapia podem esgotar as células da medula e liberar espaço. células de memória do paciente e Após o transplante, as células-tronco os plasmócitos de vida longa e repovoam a medula óssea do receptor e se pode levar um longo tempo para se diferenciam em todas as linhagens regenerar essas populações. hematopoéticas. Os receptores de transplante de Tratamento de leucemia e condições pré- HSC são suscetíveis a infecções leucemicas. virais, especialmente infecção por Os mecanismos pelos quais o transplante citomegalovírus, e muitas infecções de HSC cura neoplasias hematopoéticas é bacterianas e fúngicas. Eles do efeito enxerto versus tumor, em que o também são suscetíveis aos sistema imunológico do doador linfomas da célula B provocados reconstituído reconhece as células pelo vírus Epstein-Barr. tumorais residuais como estranhas e as Recebem profilaxia de antibióticos, destrói. profilaxia antiviral e antifúngica e As células-tronco hematopoéticas manutenção intravenosa de alogênicas são rejeitadas até por um infusões de imunoglobulina. hospedeiro minimamente Ocorre imunização contra imunocompetente, e, consequentemente o infecções que perdem após o doador e o receptor devem ser transplante. cuidadosamente testados quanto à sua compatibilidade para todos os loci do MHC. Doença do enxerto versus hospedeiro