Você está na página 1de 9

CADEIAS, RONDAS E SISTEMAS – AS SETE RAÇAS.

Artigo publicado no jornal Diário de São Paulo


Autor: SBE
Data: 18 de fevereiro de 1962

PARTE I

"Desde os ensinamentos de Helena Petrovna Blavatsky sabemos que a


Humanidade atual se situa na Quarta Cadeia, na Quarta Ronda, no Quarto Sistema
Evolucional. É preciso ainda estarmos de pleno conhecimento que esses períodos de
Cadeias, Rondas e Sistemas adotados pela Sabedoria Iniciática das Idades não abarcam
exclusivamente as formas vivas que estamos acostumados a ver nos compêndios de
Paleontologia. Essas divisões compreendem períodos imensamente maiores, atingindo
épocas que somente agora a ciência começa a vislumbrar. Assim, tais formas, embora
até hoje nem sequer suspeitadas pelos cientistas, não deixaram de constituir pegadas
indeléveis no fantástico caminhar da Mônada. Há mais de sete lustros que o professor
Henrique José de Souza, dirigente supremo da Sociedade Teosófica Brasileira (hoje
SBE), através dos ensinamentos – verdadeiras revelações – vem procurando ministrar
tais conhecimentos necessários à preparação da Humanidade para a Era de Aquárius,
conhecimentos que a própria Helena Petrovna Blavatsky, notável autora de obras tão
notáveis, não pôde em seu tempo divulgar, embora anunciasse a vinda de alguém no
início do século XX, que teria o direito de fazer". (transcrito de trabalho publicado em
"Dhâranâ", Órgão Oficial da Sociedade Teosófica Brasileira, nº 13 e 14, Janeiro a Junho
de 1960)

O presente trabalho, por sua vez também calcado nos ensinamentos do nosso
Venerável Mestre, tem por escopo reproduzir uma de suas magníficas lições, onde
procuraremos abordar os fatos relacionados com as Sete Raças-Mães e respectivas Sub-
Raças, agora que nos encontramos já na 5ª Sub-Raça da Quinta Raça-Mãe.

A 1ª Raça-Mãe, Etérica ou "Filhos da Ioga", sob a regência do planeta Sol,


denominada Adâmica, pertenceu ao que os geólogos denominam de Era Primitiva
(sistemas Arqueano e Algonquiano). Habitou o Jambu Dwipa, hoje calota polar norte,
segundo a denominação dada pelos Puranas, livro sagrado da Índia. Descendeu dos
Pitris Barishads ou Progenitores Lunares sob a égide de Netuno. Não foi gerada
fisicamente, mas formada pelo divino poder mental ou Kriya-Shakti, Filha dos deuses
ou Elohim, enquanto mergulhados na meditação do Ioga, teria sido astral e traria o
princípio espiritual Atmã, cego, como princípio interior, apresentando rudimentos do
sentido auditivo e respondendo aos impactos do fogo. Sua aparência nada mais era do
que formas (Bhutas) frustras, filamentosas, de cor prateada, sem sexo, formas quase
protistas, que saíram do corpo sutil dos seus progenitores – os Elohim. Quase sem
consciência, tanto podiam viver em pé, como caminhar, correr e voar. Assexuados, a
reprodução, tal como nos protozoários, se fazia por cissiparidade (a princípio dividiam-
se em duas partes iguais (metades). Mais tarde em partes desiguais, fazendo surgir
descendentes menores que cresciam, por sua vez, e produziam, pelo mesmo processo
outros descendentes).

A 2ª Raça-Mãe, a Hiperbórea, da Era Primária, regida pelo Planeta Júpiter, que


se teria desenvolvido entre os sistemas Cambriano e Siluriano, correspondendo ao
continente Plaska Dwipa dos arquivos ocultos, ocupou o norte da Ásia, a Groenlândia, o
Spitzberg, uma parte da Suécia, da Noruega e das Ilhas Britânicas. Era descendente dos
Progenitores Solares ou Pitris Agnisvatas, sob a influência de Urano e ainda gerada pelo
mesmo processo da Raça anterior. Possuía corpo etérico e trazia o princípio Búdico ou
Intuição ligado a Atmã, juntando o sentido do tato ao da audição, respondendo aos
impactos do ar e do fogo. Como a que lhe antecedeu, eram formas mal definidas, filo-
arborescentes, com reflexos brilhantes, ígneas, de cor avermelhada, com tonalidades
douradas, insinuando aspectos ora animais, ora quase humanos. Reproduziram-se, a
princípio, como na primeira raça, ou seja, por cissiparidade, conforme os protozoários,
para, numa segunda fase, chamarem-se "nascidos do suor", com vaga manifestação dos
dois sexos, donde o apelido de andróginos latentes. Observamos então que, quanto ao
aspecto, os "espíritos da natureza" construíram a esse tempo, em torno dos "Chayas",
moléculas mais densas de matéria, formando uma espécie de escama exterior. Desse
modo, o "Chaya" exterior da 1ª Raça passou a ser o interior da 2ª, para não dizer o seu
"duplo etérico" – algo assim como se disséssemos que uma roupa nova foi vestida por
cima da velha... Tais Raças-Mães, pela peculiar constituição de seus indivíduos, não
eram fossilizáveis. Assim, jamais a Ciência poderia descobrir qualquer vestígio de
antepassado "pitecóide do homem primitivo", simplesmente porque este possuía apenas
um corpo etérico-astral (Chaya), ou seja, sem esqueleto.

A 3ª Raça-Mãe, a Lemuriana, habitou o terceiro continente, Shalmali Dwipa,


que os geólogos conhecem por Gondwana e a geologia situa entre as Eras Primária e
Secundária e nos sistemas Devoniano, Carbonífero, Permiano, Triássico (apogeu da
Lemúria), Jurássico e mesmo Cretáceo. Surgiu pela modificação ocorrida com a
emersão da imensa cadeia do Himalaia. Mais ao sul, os continentes se elevam, para
leste, ao lado do Ceilão, da Austrália até a Tasmânia e a Ilha de Páscoa; para oeste, até
Madagascar. Uma parte da África emerge igualmente. Dos continentes precedentes, a
Lemúria conserva a Suécia, a Noruega e a Sibéria. A Atmã e Budhi, princípios já
desenvolvidos nas duas Raças-Mães anteriores, infundiu-se o mental (ou Manas), por
mérito dos Pitris Kumaras ou Luciferinos. Alcançou-se um estado de consciência que
responde aos impactos do ar, do fogo e da água, formando o sentido da visão,
acrescentando aos da audição e do tato das duas Raças anteriores. Os órgãos visuais
desenvolveram-se durante a evolução da Raça Lemuriana. No começo era um olho só,
no meio da fronte; mais tarde se formaram os dois olhos, porém, estes somente foram
utilizados na Sétima Sub-Raça (entretanto, apenas na 4ª Raça-Mãe, chamada Atlante, é
que eles se tornaram o órgão normal da visão, processando lentamente a interiorização
do "olho central". Este passou a constituir a chamada glândula pineal, cujas funções e
secreções os próprios endocrinólogos ainda desconhecem). Possuíam tais seres, além
daquele olho frontal, mais dois orifícios na face: um, correspondendo às narinas e outro
relacionado com a boca. É sob a égide dos Planetas Vênus e Marte que a 3ª Raça-Mãe
obtém o mental, com o consequente desenvolvimento do cérebro e, de modo geral, o
sistema nervoso da vida de relação. O desenvolvimento do cérebro fez surgir o
raciocínio e, portanto, o sentimento de Ahankara ou de egoidade (eu sou), permitindo
que a "alma grupo", produto do trabalho dos Pitris das Raças anteriores, se
individualizasse, surgindo as idiossincrasias, os obstáculos de toda sorte à evolução de
cada homem, aparecendo na Terra o Bem e o Mal. Não possuíam intuição individual
alguma: obedeciam estritamente e sem esforço a qualquer impulso provindo dos Reis
Divinos, sob cujas ordens construíram "grandes cidades", monumentos e Templos
Ciclópicos (seus fragmentos subsistem ainda na Ilha de Páscoa e em outros lugares do
Globo). Durante a primeira e segunda Sub-Raças da 3ª Raça-Mãe ou Lemuriana, a
linguagem consistiu, apenas, em gritos de dor e de prazer, de amor e ódio; na terceira
Sub-Raça a linguagem tornou-se monossilábica. As formas humanas então existentes
ainda se reproduziam como os "nascidos do suor", um dos três tipos principais de
reprodução, igual aos das primeira e segunda Raças-Mães, nos seus primórdios; os
sexos são, apenas na segunda Sub-Raça, desvendados e as criaturas nitidamente
andróginas, tendo distintamente o tipo humano; posteriormente, como segundo tipo de
reprodução, produziram-se hermafroditas bem desenvolvidos desde o nascimento e
capazes de se moverem ao saírem do ovo. Suas formas serviram de veículos a uma
Jerarquia de Seres, veladamente designados em muitas obras teosóficas como "Senhores
de Vênus"... na verdade Barishads e Agnisvatas... por sua vez, veículos para a ação de
Assuras e Kumaras... na transmissão do germe do "Mental Emocional" (Kama-Manas),
do princípio já mencionado de egoidade (Ahankara) e (polarização de Prana) separação
dos Sexos, sob a égide de Marte. Na 4ª Sub-Raça, um dos sexos começou a predominar
sobre o outro e, pouco a pouco, começaram a sair do ovo, distintamente, machos e
fêmeas; os filhos passaram a exigir mais cuidado e, nos fins desta Sub-Raça, eles já não
podiam caminhar sozinhos ao sair do ovo. Na fase seguinte, ou seja, num terceiro tipo
de reprodução, continuam nascidos do ovo (5ª, 6ª e 7ª Sub-Raças), porém, pouco a
pouco, o ovo é retido no seio materno; nas 6ª e 7ª Sub-Raças, a reprodução sexual se
torna universal e a gestação se processa intra-uterina. As paixões sexuais tornaram-se
poderosas depois da separação dos sexos: alguns Agnisvatas e Barishads (Pitris Solares
e Lunares) foram atraídos por elementos de classe inferior (menos evoluídos), com os
quais produziram tipos também de pouco valor. Daí, o primeiro conflito entre os Pitris
que ficaram puros e submissos às Leis da Divina Jerarquia e os que cederam ao prazer
dos gozos sexuais. Os mais puros emigraram, pouco a pouco, para o Norte; os
corrompidos foram para o Sul, Leste e Oeste, aliando-se aos grosseiros elementais,
tornando-se adoradores da matéria, lançando o germe da "queda Atlante" posterior, de
cuja Raça foram os pais. As imagens destes gigantescos lemurianos foram mais tarde
adoradas nas 4ª e 5ª Raças, como Deuses e Heróis... e disto encontram-se vestígios na
mitologia de todos os povos, principalmente dos gregos. Os aborígenes da Austrália e
da Tasmânia provêm da 7ª Sub-Raça Lemuriana; os malaios, papuas, hotentotes e
dravídicos do sul da Índia surgiram de uma mistura desta última Sub-Raça com as
primeiras Sub-Raças Atlantes. Todas as raças nitidamente negras possuem ascendência
Lemuriana. No decorrer dos tempos, o Continente Lemuriano teve de suportar
numerosos cataclismos, consequentes de erupções vulcânicas e tremores de terra; uma
enorme depressão começou na Noruega e o antigo continente desapareceu durante
algum tempo sob as águas. Tendo surgido há cerca de 18.000.000 (dezoito milhões) de
anos no Siluriano da Era Primária, foi quase totalmente destruído por uma grande
convulsão vulcânica, na Era Terciária, cerca de 700.000 anos antes do Eoceno, não
restando senão alguns destroços como a Austrália, Madagascar e as Ilhas de Páscoa. Em
pleno desenvolvimento da Raça Lemuriana produziu-se uma extraordinária mudança de
clima, que fez desaparecer os últimos vestígios da 2ª Raça-Mãe (hiperbórea), assim
como os representantes dos primeiros tipos da 3ª Raça-Mãe. Da Raça Lemuriana são as
estátuas que se encontram na Ilha de Páscoa e cuja altura variando de 34 a 16 metros,
causam a mais viva admiração a arqueólogos e geólogos. As grandes fendas ou
aberturas que se notam ainda, nos ciclópicos de várias partes do mundo, explicam a
afirmativa de que os "Lemurianos eram de estatura gigantesca". Tais fendas ou
aberturas não são mais do que "portas e janelas" de suas "residências".
PARTE II

Na apresentação da primeira parte deste artigo, tivemos ocasião de salientar


tratar-se de simples repetição de ensinamentos ministrados em nosso colégio Iniciático
pelo Venerável Professor Henrique José de Souza, Dirigente Supremo da SOCIEDADE
TEOSÓFICA BRASILEIRA (hoje SBE), dos quais nos temos aproveitado para
transmitir, aos prezados leitores, as Revelações cíclicas atuais, relacionadas com o
trabalho que cumpre à nossa Pátria realizar, por ser a região que irá servir para a Nova
Civilização, a Nova Humanidade, da Era de Aquário ou do Avatara Mitra-Deva.

Cumpre-se, então, a profecia daquela que foi denominada "Uma mártir do século
XIX" e, na sua época, a detentora de conhecimentos que puderam ser transmitidos
através das valorosas obras que publicou, destacando-se entre outras "Ísis sem véu" e "A
Doutrina Secreta". Queremos referir-nos a Helena Petrovna Blavatsky, que à página 62
do Vol. I destas segunda obra ("Editorial Kler" – Argentina, 1957) vaticinou: "No
século XX, algum discípulo melhor informado e com qualidades muito superiores,
poderá ser enviado pelos Mestres da Sabedoria para dar provas definitivas e irrefutáveis
de que existe uma Ciência chamada Gupta Vidya...". como a significar que mais uma
volta seria dada na "Chave" dos conhecimentos do Sistema Esotérico.

Feito este intróito, damos prosseguimento ao trabalho sobre as SETE RAÇAS-


MÃES, relatando o que mais se segue e ainda quanto à 3ª Raça ou Lemuriana que,
como as anteriores e subsequentes, teve suas sete Sub-Raças.

Vemos, então, que "foi somente no decorrer desta terceira Raça que ocupou o
vasto continente Lemuriano denominado de Shalmali, nas tradições esotéricas, e hoje
desaparecido sob as águas do Pacífico, que a humanidade se apresentou mais densa e
suas formas se aproximaram daquelas que hoje conhecemos". Isto porque,
biologicamente falando, durante milhões de anos os organismos hermafroditas foram se
aperfeiçoando, até chegar a uma fase em que os gametas (célula sexual, masculina ou
feminina) não mais amadureciam simultaneamente no mesmo organismo. Com o
decorrer dos milênios, um dos órgãos sexuais aborta por completo: o indivíduo passa a
ser nitidamente masculino ou nitidamente feminino. Foi nos últimos dezoito milhões de
anos, no Sistema Siluriano da Era Primária, conforme dissemos, que os Lêmures
passaram a constituir uma raça dióica, isto é, com os sexos totalmente separados. Os
homens eram de estatura descomunal (comparados com os das Raças que os
sucederam), poderosos, pois necessitavam lutar contra animais gigantescos, afins com a
evolução daquela época, cosmogônica e antropologicamente falando, como os
megalossauros, pterodáctilos, diplodocos, dinossauros (répteis marinhos) etc.

A separação dos sexos, aliada à exacerbação dos sentidos, levou a humanidade a


se desviar da Lei (aliás, segundo a Teosofia e o Ocultismo, os macacos antropóides são
os últimos descendentes de cruzamento entre certa classe de homens inferiores e um
tipo de animal parecido com a lontra, havido no fim desta 3ª Raça-Mãe, a Lemuriana).

Os cataclismos começaram, então, sua obra destruidora. Os fogos da terra e as


estrelas do céus varreram do mundo o vasto continente, restando a Ilha Branca ou
Paradêsa, descrita por Saint’Yves d’Alveydre, por Annie Besant e outros. Foi nela que
se formou o primeiro núcleo da Grande Fraternidade Branca, também conhecida por
Shuda Dharma Mandalam, como escudo defensor do mistério da Esfinge, cuja figura
representa os quatro animais citados pelo grande vidente de Patmos, no Apocalipse, e
que são: o Touro (ligado aos Barishads ou Progenitores Lunares); o Leão (relacionado
com os Agnisvatas ou Progenitores Solares); a Águia (proveniente dos Assuras, da
Cadeia de Saturno) e, finalmente, o Homem (expressando os Jivas, da Cadeia de Marte).
Sendo ela, a Esfinge, andrógina, portanto, metade homem e metade mulher,
representava também a quinta etapa a ser atingida, a do androginismo consciente.

A 4ª Raça-Mãe – Atlântida – surgiu após a destruição da Lemúria, quando o Sol


deixara de brilhar sobre as cabeças da pequena fração que restou dos "nascidos do
suor"; a duração da vida diminuiu e os homens passaram a conhecer a neve e a geada. A
Atlântida ou Kusha Dwipa, das tradições dos Puranas (que em sânscrito significa
literalmente "antigos", sendo legendas e narrações de sentido simbólico e alegórico,
sobre os poderes e obras dos deuses) foi o Quarto Continente, a famosa Terra dos Butas
ou dos Vermelhos, o País de Mu, que compreenderia a Índia, o Ceilão, a Birmânia e a
Malásia ao sul; a oeste, a Pérsia, a Arábia, a Síria, a Abissínia, a bacia do Mediterrâneo,
a Itália meridional e a Espanha. Da Escócia e da Irlanda, então emersas, estendia-se, a
oeste, sobre o que atualmente se denomina de Oceano Atlântico e a maior parte das duas
Américas.

A Raça Atlante foi governada pela Lua e Saturno. A prática da Magia Negra,
sobretudo entre os Toltecas, predominou em consequência do emprego ilícito dos "raios
obscuros da Lua". A Saturno se deve, em parte, o enorme desenvolvimento do Mental
Concreto que se manifestou nesta Raça, possuindo estado de consciência de nível
Kama-Manas ("Kama", vocábulo do sânscrito, significa: mau desejo, lascívia, luxúria,
concupiscência, apego à existência, tendo ainda o sentido de apetite, paixão e tudo o que
se relacione com as coisas materiais da vida).

Nesta Raça desenvolveu-se o sentido gustativo. A linguagem era aglutinante nas


3ª, 4ª e 5ª Sub-Raças, tornando-se com o tempo, inflexiva, e assim passando à 5ª Raça-
Mãe (Ária).

Das Sub-Raças desta 4ª Raça-Mãe podemos citar:

1) Romoahl povos pastores, que emigraram sob a direção dos Reis Divinos

2) Tlavatli de cor amarela, civilização pacífica, sob a égide dos seus Instrutores e
também dos Reis Divinos.

3) Toltecas de cor avermelhada (escura), belos, de estatura elevada, poderosa civilização


e povo essencialmente guerreiro, civilizador e colonizador.

4) Turânios guerreiros e brutais, são designados nos antigos documentos hindus com o
nome de Bakshasas

5) Semitas povo turbulento e que deu nascimento (na 5ª Raça-Raiz) à raça judaica

6) Acádios migradores, espalharam-se na bacia do Mediterrâneo, dando nascimento aos


Pelasgos, Etruscos, Cartagineses e Citas (Seytas)
7) Mongóis procedentes dos Turânios, espalharam-se principalmente no norte da Ásia

Uma grande parte dos habitantes da Terra é, ainda, vestígio dos Atlantes,
compreendendo chineses, polinésios, húngaros, bascos e os índios das duas Américas.

A primeira catástrofe que sofreu a Atlântida, há 4 milhões de anos, despedaçou-a


em sete grandes ilhas de tamanhos diversos, equiparáveis a sete continentes, trazendo
para a superfície das águas a Escandinávia, grande parte da Europa meridional, o Egito,
quase toda a África e parte da América do Norte, enquanto a Ásia setentrional
afundava-se nas águas, separando, desse modo, a Atlântida da Terra Sagrada. Essa
primeira catástrofe se deu nos meados do período Mioceno, ou seja, na Era Terciária, e
uma das ilhas, verdadeiro continente por ser das maiores, compreendia o Norte da
África até o Tirreno, o Iucatã e o Brasil, constituindo dilatado império, dividido em sete
reinos, cada qual habitado por uma das sub-raças que a tradição designa pelos nomes já
por nós mencionados, ou seja: Romoahl, Tlavatli, Toltecas, Turânios, Semitas, Acádios
e Mongóis, as quais floresceram concomitantemente nos respectivos países, conforme
se depreende dos textos bramânicos.

Tais reinos eram governados, respectivamente, pelos descendentes dos sete


primitivos filhos de Posseidonis e tinham por capitais as duas famosas e riquíssimas
cidades conhecidas como a "Cidade das Portas de Ouro" e a "Cidade dos Telhados
Resplandescentes". Esta última, sede fulgurante construída pelos Toltecas e Turânios,
comandava a região hoje correspondente ao planalto que se estende pelos confins do
Amazonas e Mato Grosso e se liga ao planalto de Goiás (vide trabalho publicado no
órgão oficial da Sociedade Teosófica Brasileira, a Revista "Dhâranâ", nº 13-14 de
janeiro a junho de 1960, sob o título "Brasília – Capital da Era de Aquarius").

Uma segunda catástrofe que se deu há 200 mil anos, causou o desaparecimento
das ilhas anteriores, restando da velha Atlântida apenas duas ilhas, uma setentrional
denominada Ruta e outra meridional chamada Daitia. A América do Norte e a do Sul,
ficaram separadas, o Egito submergido.

Uma terceira catástrofe ocorrida há mais de 75 mil anos fez desaparecer Daitia,
ficando Ruta reduzida à Ilha de Posseidonis a que nos referimos, colocada no centro do
Oceano Atlântico, transcrita por Platão no seu diálogo "Timeu e Crítias".

As demais terras do Globo tomaram mais ou menos as conformações que hoje


lhes conhecemos, muito embora as ilhas Britânicas aparecessem ainda, ligadas à
Europa, o mar Báltico não tivesse feito sua aparição e o deserto do Sahara continuasse
um oceano.

Chegou finalmente o ano de 9564 antes de Cristo, o ano 6 do Kan e 11 Muluk do


mês de Zac", segundo as expressões do Codex Troanus, escrito há 3.500 anos pelos
Mayas do Yucatan, e, após tremendos tremores de terra que se prolongaram "até ao 13
Chuen" a Ilha Posseidonis, "o País de Mu foi sacrificado", desaparecendo para sempre
no seio das águas, com seus 64.000.000 de habitantes. Esse Codex se acha atualmente
no Museu Britânico e faz parte da magnífica coleção Le Plongeon.

Outro manuscrito pertencente aos arquivos de um antigo templo lamaísta, de


Lhassa, em língua caldaica, conta que há 2.000 anos antes de Cristo, "a estrela Baal caiu
no lugar onde hoje só existe mar e céu e as dez cidades, com suas portas de Oiro e
Templos transparentes tremeram e estremeceram, como se fossem as folhas de uma
árvore sacudidas pela tormenta. Eis que uma nuvem de fogo e fumo se elevou dos
palácios. Os gritos de horror lançados pela multidão, enchiam o ar. Todos buscavam
refúgio nos Templos, nas cidadelas e o sábio Mu, o grande sacerdote apresentando-se,
lhes falou:

Não vos predisse eu todas essas coisas?


Os homens e as mulheres cobertos de pedras preciosas e custosas vestes
clamaram:

Mu, salva-nos !...


Ao que Mu replicou:

Morrereis com vossos escravos, vossas riquezas e de vossas cinzas surgirão


outros povos. Se eles, porém, vos imitarem, esquecendo-se de que devem ser superiores,
não pelo que adquirirem, mas pelo que oferecerem, a mesma sorte lhes caberá. O mais
que posso fazer é morrer juntamente convosco.
As chamas e o fumo afogaram as últimas palavras de Mu que, de braço estendido para o
Ocidente, desapareceu nas profundezas do Oceano, com os 64 milhões de habitantes do
imenso continente."

Que poderemos dizer dessas duas tão antigas tradições existentes em lugares tão
diferentes como sejam: uma na América Central, proveniente da civilização "Maya",
cujo manuscrito se acha hoje, como dissemos, no Museu de Londres, e a outra, no
extremo Oriente, tendo como documento comprobatório o manuscrito guardado em
Lhassa, Capital do Tibete?

PARTE III

Após a destruição da Atlântida, conforme descrição feita no trabalho anterior e


que agora damos sequência, teve nascimento a 5ª Raça-Mãe, a Ária, há um milhão de
anos, quando o Manu Vaivásvata escolheu na Sub-Raça Semítica (Atlante) as sementes
que deveriam servir para dar continuidade à evolução da Mônada, conduzindo-as à
Terra Sagrada Imperecível.

Há perto de 850 mil anos uma primeira emigração atravessou os Himalaias,


espalhando-se no norte da Índia, sob a regência de Buda-Mercúrio porque tinha por
finalidade o desenvolvimento do intelecto (Manas).

A superfície do globo tendo passado por inúmeras transformações, emergiram,


uma após outra, as partes dos nossos Continentes atuais que, por uma dessas
"coincidências" interessantes são em número de cinco... tal como o número de ordem da
Raça Ária, como 5ª Raça Raiz da presente Ronda.

Em linguagem oculta, estes Continentes têm o nome de Krauncha... que é


também o nome de uma montanha do Himalaia.

Após a grande catástrofe há 200 mil anos e que deixou isolada a Ilha de
Posseidonis no meio do Atlântico, os cinco continentes atuais tomaram a forma que até
hoje possuem. No decorrer dos tempos, nossos Continentes serão destruídos por
tremores de terra, fogos vulcânicos e inundações, como outrora o foram a Lemúria e a
Atlântida, já que a água e o fogo são os dois elementos destruidores, para não dizer,
transformadores (e até purificadores) do nosso Planeta.

Tendo como estado de consciência "Manas" (Mental Superior), está nesta 5ª


Raça-Mãe se processando o desenvolvimento do sentido olfativo, beneficiando-se,
destarte, dos cinco sentidos.

A primeira Sub-Raça desta 5ª Raça-Raiz foi a Ário-hindu, que se estabeleceu há


850 mil anos ao norte da Índia. A sua religião foi o hinduísmo primitivo: Leis do Manu,
Manava Dharma Shasta, Leis de Castas.

A segunda, Ário-Semítica ou Caldáica, atravessando o Afeganistão espalhou-se


pelas planícies do Eufrates e na Síria. A sua religião foi o Sabeísmo.

Irânica foi a terceira Sub-Raça, conduzida pelo primeiro Zoroastro, estabeleceu-se na


Pérsia e daí para a Arábia e o Egito, com o culto do "Fogo" e da "Pureza", sendo que a
alquimia predominou nessa Sub-Raça.

A quarta foi a Céltica, conduzida por Orfeu, espalhando-se pela Grécia, Itália,
França, Irlanda e Escócia. Distinguiu-se em todas as linhas artísticas.

A quinta, a Teutônica, emigrou da Europa Central, disseminando-se por todas as partes


do mundo contemporâneo.

E as 6ª e 7ª Sub-Raças? De acordo com os ensinamentos ministrados em nosso


Colégio Iniciático, caberá a este Continente – especialmente o Brasil – ser a região onde
se processará o desenvolvimento que possibilitará à humanidade atingir o estado de
consciência na escala evolucional. Neste sentido vem a STB (hoje SBE) trabalhando,
pouco importa a distância que ainda esteja de nossos dias o fim daquelas duas últimas
Sub-Raças, isto é, as 6ª e 7ª.

Devemos esclarecer que já existem Seres trabalhando na face da Terra para coisa
mais longínqua ainda que é o futuro Sistema. As Sub-Raças finais, de todas as Raças-
Mães, se sucedem quase... e quanto mais para o fim da Ronda, tal fenômeno se fará com
maior rapidez, por isso mesmo, interpenetrando-se umas nas outras, a partir do seu
número de ordem.

E como a Raça atual ou Ária (no momento vivendo o ramo ou família final de
sua 5ª Sub-Raça) seja a 5ª Raça-Raiz, como se viu, faltam ainda duas Raças-Raízes – a
6ª e a 7ª, cada uma delas com as respectivas sete Sub-Raças – para completar a presente
Ronda.

A 6ª Raça-Raiz desenvolverá o Princípio Búdico (ou da Intuição) que se ligará


ao de Manas já existente e em pleno desenvolvimento na 5ª atual (Ária) e a 7ª realizará
o Princípio Átmico, ligado aos dois anteriores (Búdico-Manas), por isso mesmo
realizando a vitória da Tríade Superior na matéria.
Como se viu, as três primeiras Raças-Raízes (Mães) tiveram esses mesmos
"estados de consciência, mas no sentido involutivo" ou da descida do Espírito (Purusha)
na Matéria (Prakriti), isto é, Atmã, Budi e Manas. Depois da "Equilibrante" (onde
funcionou o intermediário, isto é, o Mental Inferior ou Kama-Manas), ou seja, a Atlante,
a ordem foi inversa: Manas (da atual ou 5ª), Budi (para a 6ª) e Atmã (para a 7ª); e isso
de acordo com os "arcos ascendentes e descendentes" da evolução: os chamados
Períodos de Pravritti-Marga e Nivritti-Marga.

É provável que os Continentes dessas duas Raças finalizantes da Ronda sejam os


mesmos da Lemúria e Atlântida, porém em tal época, completamente redimidos do mau
Karma de seu longínquo passado. Segundo as tradições purânicas, seus nomes ocultos
são: Shaka, para o 6º Continente, cujo significado é "Força e Poder" e Puskara para o 7º
Continente, que significa "Loto", algo assim como se quisessem dizer que em tal época
a humanidade atingirá o "Loto de Mil Pétalas", ou seja, o mais elevado grau de
consciência que se pode alcançar na Terra: o Sétimo.

Você também pode gostar