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Andy Warhol
Introdução
De acordo com as Sagradas Escrituras, tudo que substitui Deus
como centro de nossas vidas é idolatria (Ex 20.3-5). Partindo desta
verdade bíblica, o culto ao ego é idolatria! Portanto, pecado. Na lição de
hoje, vamos tratar acerca de um assunto por demais delicado – a
autoidolatria (adoração de sim mesmo). Em aula anterior tratamos do
homem num aspecto mais individualizado, ou seja, na relação de cada
indivíduo com os ídolos; hoje vamos fazer um recorte bíblico numa
perspectiva coletiva – relação do homem-sociedade com autoidolatria.
A sociedade contemporânea tem certas características que a
define, pode-se citar como exemplo fundamento do edifício social que
vivemos, o consumo. Anteriormente o que predominava era a ideia de
produção. No entanto, a hierarquia foi alterada e todos os valores foram
solapados por uma crescente tendência ao consumo, a transformação
das relações sociais passou a ter identidade apenas de mercadoria.
Neste processo histórico-social, essas transformações sociais
influenciaram profundamente as categorias tais como: Família, Igreja,
Escola, Ideologia política etc...), levando as pessoas a leitura de todas as
categorias citadas, não mais numa perspectiva absoluta, mas, de modo
relativistas e plural.
Ocorreu um processo de desregulamentação da rede de relações
políticas, sociais, econômicas e religiosas; esta nova realidade afetou
drasticamente a imagem que homem tinha de si, pois, o homem passou
a enxergar-se de modo mais individualizado e independente, tratando
todas suas relações como algo que ele poderia comprar, consumir e
descartar a qualquer hora. A lógica consequência de todas estas
grandes mudanças socioantropológicas desembocariam na visão
pessoal antes: comunitária, enraizadas nas tradições e religião, em uma
imagem ultra-otimista, livre de tradições e a-religiosa. Como todas
relações do homem foram afetadas, não seria diferente em sua relação
com o Deus-Trino, o resultado seria uma distorção real compreensão da
imago Dei que carrega em si (Gn 1.27).
Esta imagem demasiadamente amplificada que o homem passou a
ter de si, o levou a ter um conceito sobremaneira elevado de si mesmo,
a ponto de cultuar a sua própria imagem (Rm 12.3). Mas, o que seria o
culto de si mesmo? Como identificar o culto ao ego? Quais são as
formas que este culto à autoimagem se manifesta hoje? Nesta aula
vamos responder estas perguntas, porém, sendo cônscios que faremos
isso apenas de modo introdutório, tendo em vista os limites de espaço e
tempo que temos disponíveis.
1. O que é narcisismo?
O conceito de narcisismo que vamos vem do campo da psicologia,
que diz o seguinte: Um transtorno de personalidade catalogado no
Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. Caracterizada
por sentimentos exagerados de autoimportância, uma necessidade
excessiva de admiração, e uma falta de compreensão dos
sentimentos dos outros. As pessoas afetadas muitas vezes passam
muito tempo pensando em alcançar poder ou sucesso ou sobre sua
aparência. Ainda de acordo com o dicionário Michaelis, narcisismo é
“Paixão pelo próprio ego; autoadmiração.” Vejamos abaixo as formas de
manifestação de tal patologia.
1.2 O narcisismo e sua relação com a autoestima
A glória do cristão não está nele e nem acontece por causa dele, dito
doutro modo; o cristão não brilho próprio, ele recebe e reflete a luz
vinda de Deus. Por este motivo, deve sempre procurar a modéstia como
parâmetro de sua vida cristão, pois, é ser dependente e limitado. A
terminologia bíblica “testemunha”, não temos um discurso próprio,
mas, sempre falamos acerca do que vimos ou ouvimos. Isto fortalece o
carácter coadjuvante do ser humano, sendo Deus sempre o
protagonista teatro existencial.
O culto ao ego tem como irmã gêmea a necessidade de admiração
por parte de terceiros. Esta é outra forma de manifestação do espírito
narcisista - a busca pela aceitação - hoje o parâmetro do sucesso é
torna-se uma pessoa conhecida nas redes sociais, sendo seguido por
muitas pessoas. O homem já não quer ser o coadjuvante, mas, ter o
papel principal. Isso o faz
Falta de empatia (Fp 2.3,4 “mas também do que é dos outros”)
“Não façam nada por interesse pessoal ou vaidade, mas por humildade,
cada um considerando os outros superiores a si mesmo, não tendo em
vista somente seus próprios interesses, mas também os dos outros”.
1. Aplicações: