Você está na página 1de 2

Concentração & Magia

Parte I

Acredito que muitos de vocês já devem ter


se deparado com a flutuabilidade instável de seus
próprios pensamentos em algum momento da vida,
ou até mesmo, em seu dia a dia.

Por vezes estamos “concentrados” em uma


tarefa qualquer, descascar batatas por exemplo, e
imediatamente nos pegamos divagando em assuntos
sem nenhuma relação direta ou indireta com aquilo
que estamos fazendo.

Muitos chamam isso de comportamento


automático.
Muito útil, claro, para tarefas cotidianas e
rotineiras.
Mas vamos continuar com o “descascar
batatas” como exemplo de análise afim de expor
melhor esse entendimento dos perigos do
comportamento automático!

Em tese você pega uma batata, empunha a faca e, de forma firme, mas não muito
profunda, começa com a remoção da casca.

Simples, não é mesmo?

Se neste momento eu te pedir para que, após descascar esta batata, feche os
olhos e me descreva os detalhes da operação que você acabou de efetuar, incluindo o
objeto e alvo em questão, você saberia me dar estas informações?
E acerca de seus movimentos neste ato, também me responderia?
Saberia me dizer o tamanho aproximado da batata, quantas vezes a faca precisou
ferir ela para tirar toda a casca, qual era a textura tátil antes e após esta função, que odor
você sentiu, que músculos do seu corpo se retesavam ou não durante isso, quantas
pessoas passaram ou não próximas a você, o que estava acontecendo ao seu redor,
enfim, você saberia me dizer qualquer coisa?

A resposta é claramente NÃO!

Sequer você foi capaz de controlar seu pensamento.


Sim, com certeza você divagava, neste momento, em qualquer outro “confins da
imaginação”, menos naquele “aqui e agora”!

Estava pensando sobre contas, amores perdidos, inimigos “virtuais” (SIC!),


reforma da casa, que roupa usar na festa, em qualquer coisa, menos no que estava
fazendo...
Este mecanismo se chama comportamento automático, você simplesmente se
isola da sua ação, seja qual for, por ser repetitiva por exemplo, e seja ela minuciosa ou
não, se lança numa torrente de pensamentos sem propósitos ou relação com seu ato
presente!

Dentro deste Hermetismo, ou “Filosofia Mágica” se preferir, teríamos algo que


poderia chamar aqui de “Triplicidade do Desejo”: Pensamento-Ação-Percepção.

No exemplo acima o “desejo de comer batatas” está claramente em total


desequilíbrio com essa “trindade da realização” de seu desejo”!

Nosso personagem deseja comer batatas, pois bem, e o que ele faz para isso?
Na manifestação de seu desejo de realizar-se não existe equilíbrio entre
pensamento-ação-percepção, posto que ele Pensa nas contas enquanto exerce sua
Ação sobre a batata e não Percebe nada ao seu redor e sequer o que esta fazendo
naquele dado momento!

Nosso querido personagem é um zumbi!

Se move, age, interage, mas sem o equilíbrio desta Tríade já citada ele não tem
CONSCIÊNCIA e sem consciência não existe REALIZAÇÃO.

Quando o assunto é Magia, e uso esse termo da forma mais expansiva possível,
aquela velha e conhecida frase de Maquiavel, “os fins justificam os meios” (ou havendo
resultado é o que importa), é sofismo barato dos encantadores de serpentes!

Magia, em todo seu profundo e expansivo senso, não é política, balcão de


negócios, sapataria, açougue ou qualquer outra coisa imaginável onde a ausência de
pensamento, percepção e ação conscientes não fará diferença desde que se alcance o
objetivo ou resultado, e isso simplesmente porque SEM consciência todo ato Mágico é
nulo e sem resultados!

Tudo se torna mera perda de tempo, energia e recursos...

Esta é a primeira parte do tema proposto ao qual darei continuidade em breve, e


até lá faço votos de que minhas palavras lhe seja clara e acorde em você a percepção do
que E no que você pode estar falhando na senda...

Tata Samekh

Templo ASTAROTH de Quimbanda Malei


www.astaroth.com.br
https://www.facebook.com/tqastaroth
email: tata.samekh@gmail.com

Whatsapp: 21 99074-8077

Rua Augusto Gomes da Silva Sobrinho, N° 9 Casa1


Niterói/RJ (Somente com hora marcada)

Você também pode gostar