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MAÇONARIA
Roberto Aguilar Machado Santos Silva
Loja Maçônica Renascença IV
Santo Ângelo, RS, Brasilç
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A Revolução de 1930 foi o movimento armado, liderado pelos estados de Minas Gerais,
Paraíba e Rio Grande do Sul, que culminou com o golpe de Estado, o Golpe de 1930, que
depôs o presidente da república Washington Luís em 24 de outubro de 1930, impediu a posse
do presidente eleito Júlio Prestes e pôs fim à República Velha. Em 1929, lideranças de São
Paulo romperam a aliança com os mineiros, conhecida como política do café-com-leite, e
indicaram o paulista Júlio Prestes como candidato à presidência da República. Em reação, o
Presidente de Minas Gerais, Antônio Carlos Ribeiro de Andrada apoiou a candidatura
oposicionista do gaúcho Getúlio Vargas. Em 1 de março de 1930, foram realizadas as eleições
para presidente da República que deram a vitória ao candidato governista, que era o
presidente do estado de São Paulo, Júlio Prestes. Porém, ele não tomou posse, em virtude do
golpe de estado desencadeado a 3 de outubro de 1930, e foi exilado. Getúlio Vargas assumiu a
cacoal do "Governo Provisório" em 3 de novembro de 1930, data que marca o fim da República
Velha. A política do café com leite foi uma política que visava a predominância do poder
nacional por parte das oligarquias paulista e mineira, executada na República Oligárquica entre
1894 e 1930, por presidentes civis fortemente influenciados pelo setor agrário dos estados de
São Paulo - com grande produção de café - e Minas Gerais - maior pólo eleitoral do país da
época e produtor de leite.
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A Primeira República Brasileira, normalmente chamada de República Velha (em oposição à
República Nova, período posterior, iniciado com o governo de Getúlio Vargas), foi o período da
história do Brasil que se estendeu da proclamação da República, em 15 de novembro de 1889,
até a Revolução de 1930 que depôs o 13º e último presidente da República Velha Washington
Luís.
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A constituição de 1891 foi fortemente inspirada na constituição dos Estados Unidos da
América, fortemente descentralizadora dos poderes, dando grande autonomia aos municípios e
às antigas províncias, que passaram a ser denominadas "estados", cujos dirigentes passaram
a ser denominados "presidentes de estado". Foi inspirada no modelo federalista estadunidense,
permitindo que se organizassem de acordo com seus peculiares interesses, desde que não
contradissessem a Constituição. Exemplo: a constituição do estado do Rio Grande do Sul
permitia a reeleição do presidente do estado. Consagrou a existência de apenas três poderes
independentes entre si, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. O antigo Poder Moderador,
símbolo da monarquia, foi abolido. Os membros dos poderes Legislativo e Executivo seriam
eleitos pelo voto popular direto, caracterizando-os como representantes dos cidadãos na vida
política nacional.
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Primórdios da Revolução
No início de 1929, o governo do Maçom Washington Luís4, ao nomear o
paulista Júlio Prestes5, apoiado por 17 estados, preteriu a vez de Minas Gerais
no jogo da sucessão presidencial, rompendo a "política do café-com-leite", que
vinha sendo aplicada desde o governo de Afonso Pena (1906-1909) que
substituiu o paulista e tambem Maçom Rodrigues Alves na presidência da
República.
De acordo com este revezamento Minas Gerais - São Paulo na presidência da
república, o candidato oficial, em 1930, deveria ser um mineiro, que poderia ser
o presidente de Minas Gerais e Maçom Antônio Carlos Ribeiro de Andrada ou o
vice-presidente da república Fernando de Melo Viana6 ou ainda o ex-presidente
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Embora não se saiba a data e o local de sua iniciação maçônica, sabe-se que ele pertenceu à
Loja ―Filantropia II‖, de Batatais (SP), da qual foi fundador e primeiro Venerável Mestre. Em S.
Paulo, fez parte, desde 1921, do quadro da Loja ―União Paulista‖, do Grande Oriente do Brasil,
sendo, também, membro honorário da Loja ―Amizade‖.
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Júlio Prestes de Albuquerque (Itapetininga, 15 de março de 1882 — São Paulo, 9 de fevereiro
de 1946) foi um poeta, advogado e político brasileiro. Filho do quarto presidente do estado de
São Paulo Fernando Prestes de Albuquerque e Olimpia de Santana, foi casado com Alice
Vieira. Foi o último presidente do Brasil na República Velha. Não assumiu o cargo de
presidente da república, impedido que foi pela Revolução de 1930. Júlio Prestes foi o único
político eleito presidente da república do Brasil pelo voto popular a ser impedido de tomar
posse. Foi o último paulista a ser eleito presidente do Brasil até 1961. Foi o décimo terceiro e
último presidente eleito do estado de São Paulo (1927–1930), apesar de que Heitor Penteado o
sucedeu como presidente interino devido à candidatura de Prestes à presidência da República.
Em 23 de junho de 1930 tornou-se o primeiro brasileiro a ser capa da revista Time.
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Fernando de Melo Viana, (Sabará, 15 de março de 1878 — Rio de Janeiro, 10 de fevereiro de
1954) foi um político brasileiro. Foi presidente de Minas Gerais entre 1924 e 1926 e vice-
presidente da república no governo de Washington Luís. Depois do mulato Nilo Peçanha, Melo
Viana foi o segundo mulato a ocupar a vice-presidência. Formou-se em ciências jurídicas pela
Faculdade de Direito de Ouro Preto (atual Faculdade de Direito da Universidade Federal de
Minas Gerais). Foi advogado em Uberaba, no início da sua carreira, onde se declarou ateu. O
Fórum de Uberaba é nomeado em sua homenagem. Foi juiz de direito em Carangola de 1912 a
1919. Segundo o cientista político João Batista Damasceno, em 03 de agosto de 1914,
Fernando de Melo Viana proferiu sentença extintiva de punibilidade de Olympio Joventino
Machado, acusado juntamente com o João Baptista Martins pelo evento dos qual tinham sido
vítimas e denominado Mazorca, após eleição distrital em Orizânia, em 1899, perpetrados pelo
chefe político local de Carangola, Coronel Novaes, aliado do Governador Silviano Brandão. A
mudança na política mineira com a ascensão do grupo político de João Pinheiro levou João
Baptista Martins a ocupar o cargo de Procurador Geral do Estado, cargo criado para ele.
Fernando de Melo Viana exerceu a judicatura em Carangola, período no qual conviveu com
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Pedro Baptista Martins, filho do advogado João Baptista Martins, e que viria a redigir o CPC de
1939. Em agosto de 1924 assumiu o governo do estado de Minas Gerais, permanecendo no
cargo até setembro de 1926. Neste mesmo ano foi eleito vice-presidente da República, ao lado
de Washington Luís, que conquistou a chefia do governo.
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Getúlio Dornelles Vargas (São Borja, 19 de abril de 1882 — Rio de Janeiro, 24 de agosto de
1954) foi um advogado e político brasileiro, líder civil da Revolução de 1930, que pôs fim à
República Velha, depondo seu 13º e último presidente Washington Luís e impedindo a posse
do presidente eleito em 1 de março de 1930, Júlio Prestes.
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João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque (Umbuzeiro, 24 de janeiro de 1878 — Recife, 26 de
julho de 1930) foi um advogado e político brasileiro. Era sobrinho de Epitácio Pessoa,
presidente da República (1919-1922). Foi auditor-geral da Marinha, ministro da Junta de
Justiça Militar, ministro do Superior Tribunal Militar e governador do estado da Paraíba (1928-
1930). Foi candidato em 1930 à vice-presidente na chapa de Getúlio Vargas, mas perderam
para à chapa governista, encabeçada por Júlio Prestes. Seu assassinato, na Confeitaria Glória,
no Recife, por João Dantas, enquanto ainda era governador, é considerado uma das causas da
Revolução de 1930, que depôs o presidente Washington Luís e levou ao poder Getúlio Vargas.
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A carreira política de Rodrigues Alves começou apoiada em dois importantes e sólidos
pilares: primeiro, a influência que lhe passou o poderoso visconde, chefe conservador da
província, escolhido justamente por representar na época a região que, em razão da enorme
produção cafeeira, era a mais rica de São Paulo. Segundo, o fato de pertencer à
Burschenschaft ou Bucha como chamavam os estudantes, misteriosa sociedade secreta que
existiu por muitos anos no Largo de São Francisco. De seus quadros saíram um sem número
de estadistas com fortíssima influência na política brasileira do final do Império e na República
Velha.
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Advogado e político brasileiro nascido em Sabará, Estado de Minas Gerais, que foi
presidente de Minas Gerais (1924-1926) e vice-presidente da república no governo do 14º
Presidente do Brasil, Washington Luís (15/11/1926-24/10/1930). Filho do Comendador Manuel
Fontes Pereira de Mello Viana e de Blandina Augusta de Araújo Viana, formou-se em ciências
jurídicas pela Faculdade de Direito de Ouro Preto (1900). Exerceu os cargos de Promotor
Público em Mar de Espanha, em Minas Gerais, foi Juiz de Direito em Serro, Stª Luzia de
Carangola e Uberaba (1912-1919), Procurador-Geral do Estado de Minas Gerais (1919-1922) e
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foi nomeado Secretário do Interior de Minas Gerais (1922), no Governo de Raul Soares. Como
Secretário do Interior investiu significativamente na educação, fazendo notáveis inovações no
sistema educativo, com repercussão no Brasil inteiro, como a criação de caixas escolares e na
assistência médico- dentária escolar. Assumiu o governo do estado de Minas Gerais (1924)
onde investiu fortemente no desenvolvimento rodoviário e promoveu o desenvolvimento
econômico mineiro, não tampouco negligenciando os setores de educação, saúde, transporte e
siderurgia, setor em que combateu os interesses e abusos de grupos internacionais,
organizando empresas com a cooperação do capital nacional. Deixou o cargo dois anos
depois, quando foi eleito vice-presidente da República (1926), com Washington Luís na chefia
do governo, e como vice exercendo constitucionalmente a presidência do Senado. Aliou-se
(1929) à Concentração Conservadora, movimento incumbido de promover a campanha de Júlio
Prestes em Minas Gerais, candidato governista às eleições presidenciais a serem realizadas
no ano seguinte. Com a vitória da Revolução de 30 exilou-se por oito anos na Europa, voltando
anistiado e por causa da Guerra. Afastado da política partidária, exerceu a advocacia em Minas
e no Distrito Federal e foi eleito Presidente da Ordem dos Advogados por duas vezes. Com a
queda de Vargas, voltou à política e foi eleito Senador Constituinte na legenda pelo Partido
Social Democrático (1945) e logo depois tornou-se presidente da Assembléia, obtendo a
maioria dos votos junto aos constituintes. Durante a Assembléia Nacional Constituinte (1946)
foi colocada em votação a emenda 3165 de autoria de Miguel Couto Filho pedindo a proibição
da entrada no país de imigrantes orientais de qualquer idade e de qualquer procedência, sob a
alegação de serem aqueles de uma raça inferior Tal emenda obteve votação empatada de 99
votos contra e 99 votos a favor, cabendo a ele, como presidente da assembléia, dar o voto de
minerva e sabiamente a rejeitou. Após a promulgação da nova carta (1946) assumiu a vice-
presidência do Senado. Depois de exercer seu último mandato como senador (1946-1950),
morreu no Rio de Janeiro, a pouco mais de um mês para completar 76 anos.
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Artur da Silva Bernardes - Advogado e político da cidade de Viçosa - Minas Gerais. Foi
deputado, governador e presidente da República (1922-1926). A cidade de Presidente
Bernardes, é em sua homenagem.
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Comitiva de Getúlio Vargas (ao centro) fotografada por Claro Jansson12 durante sua
passagem por Itararé (São Paulo) a caminho do Rio de Janeiro após a Revolução de
1930.
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Nascido na cidade de Hedemora, região da Dalarna, na Suécia Central, a cerca de duzentos
quilômetros de Estocolmo, foi criado no credo luterano e viveu em sua localidade natal até
1890 quando a família mudou-se para Sundsval, mais ao norte. Viveu tempos difíceis, quando
a Suécia era um dos mais pobres países da Europa. Em 1891 a família decide mudar-se para a
América, seguindo o mesmo caminho de muitos outros suecos de então. Porém a grande
maioria destes mudou-se para o Estados Unidos. Não se sabe exatamente o que teria
motivado cerca de dois mil suecos - talvez quinhentas famílias - a emigrar para ao Brasil. Entre
eles estavam os Jansson. Na Revolução Constitucionalista de 1932, além de Itararé onde
fotografou João Batista Luzardo (O Embaixador), esteve também em Buri, local onde
ocorreram os mais violentos combates da Frente Sul, em Itapeva (então Faxina) e Capão
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A Revolta Paulista de 1924, também chamada de 'Revolução Esquecida', "Revolução do
Isidoro", "Revolução de 1924" e de "Segundo 5 de julho", foi a segunda revolta tenentista; foi o
maior conflito bélico já ocorrido na cidade de São Paulo. Comandada pelo general reformado
Isidoro Dias Lopes, contou com a participação de vários tenentes, dentre os quais Joaquim do
Nascimento Fernandes Távora (que faleceu na revolta), Juarez Távora, Miguel Costa, Eduardo
Gomes, Índio do Brasil e João Cabanas. Deflagrada na capital paulista em 5 de julho de 1924
(2º aniversário da Revolta dos 18 do Forte de Copacabana, primeira revolta tenentista), a
revolta ocupou a cidade por 23 dias, forçando o presidente do estado, Carlos de Campos, a
fugir para o interior de São Paulo, depois de ter sido bombardeado o Palácio dos Campos
Elísios, sede do governo paulista na época.
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Leven Vampré foi o primeiro titular do 14° Tabelionato de Notas de São Paulo, nomeado pelo
governador Armando de Sales Oliveira, em 1937. Sua nomeação ocorreu logo após que voltou
do exílio a que fora condenado pelo presidente Getúlio Vargas, devido à sua oposição à
ditadura. Bacharel em direito, formado em 1912 pela Faculdade de Direito do Largo de São
Franscisco, foi escritor, jornalista e corretor de imóveis.
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M.M.D.C.A
Alguns historiadores utilizam a sigla MMDCA em homenagem a Orlando
de Oliveira Alvarenga, ferido juntamente com seus colegas Martins, Miragaia,
Dráusio e Camargo, mas que veio a falecer em agosto de 1932 em razão dos
ferimentos. Para homenageá-lo, o governo do Estado criou o "Colar Cruz de
Alvarenga e dos Heróis Anônimos"1 . Em 13 de janeiro de 2004, foi promulgada
a Lei Estadual 11.6582 , denominando o dia 23 de maio como "Dia dos Heróis
MMDCA", em homenagem a Orlando de Oliveira Alvarenga, alvejado também
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Aspásia Brasileiro Alcântara de Camargo (Rio de Janeiro, 6 de fevereiro de 1946) é uma
socióloga, ambientalista, professora e política brasileira filiada ao Partido Verde. Atualmente é
deputada estadual pelo PV.
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A Maçonaria e a Revolução
Desde seu início, a revolução de 1932 contou com o apoio decisivo da
Maçonaria Paulista, através de suas lideranças e de seus membros como
Pedro de Toledo, Júlio de Mesquita Filho, Armando de Sales Oliveira, Ibrahim
de Almeida Nobre e outros.
Júlio Mesquita
Jornalista, fundador e presidente do jornal O Estado de São Paulo,
pertencente ao Quadro da Loja América, de São Paulo..
Júlio Prestes
Político, presidente (governador) de São Paulo, eleito presidente do
Brasil, em 1930. Não tomou posse devido ao Golpe de Vargas. Pertencente à
Loja Piratininga, de São Paulo.
Pedro de Toledo
Embaixador do Brasil e Governador aclamado de São Paulo. Foi Grão
Mestre do GOSP.
Washington Luiz
Advogado foi presidente (governador) de São Paulo e presidente do
Brasil de 1926 a 1930 (destituído pelo golpe militar). Fundador e 1º Venerável
da Loja Filantropia II, de Batatais.
Os Maçons
eleições marcadas para janeiro de 1938, eleições estas que não ocorreram
porque Getúlio Vargas deu um golpe de estado que implantou no Brasil o
Estado Novo, em 10 de novembro de 1937. O Estado Novo tinha por modelo
os regimes totalitários então em voga na Itália, Alemanha, Espanha, dentre
outros países. Sales Oliveira foi exilado. Em 1940, o jornal O Estado de S.
Paulo foi confiscado. Sales Oliveira só voltou ao Brasil em 1945, falecendo logo
em seguida. O nome de Armando de Sales Oliveira está associado à criação
da Universidade de São Paulo, em 1934, cuja criação seu cunhado Júlio de
Mesquita Filho, diretor de O Estado de S. Paulo, defendera por anos.O campus
da USP na capital paulista e o Centro Acadêmico do campus da USP de São
Carlos receberam seu nome.
mesmo na mundial, bem como não pode ser apontada maior traição do que a
sofrida pelos paulistas, para cujos traidores deve todo Maçom cônscio dos seus
deveres, evitar convívio, votando-lhes desprezo".
Referências Bibliográficas
GRANDE ORIENTE DE SÃO PAULO (GOSP). Liderança Maçônica na
Revolução de 1932. http://www.gosp.org.br/noticias/culturais/100-lideranca-
maconica-na-revolucao-de-1932