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Universidade Federal de Campina Grande

Centro de Humanidades

Programa de Pós Graduação em História

Esboço de um percurso metodológico para um estudo dos movimentos


sociais do campo: apontamentos sobre o caso do MST na Paraíba 1

Roberta dos Santos Araújo2

“Para uma elite social, os elementos


dos grupos subalternos têm sempre
algo bárbaro ou patológico”
(GRAMSCI, Antonio. 2002, p. 131)

INTRODUÇÃO

No fragmento que compõe a epígrafe do texto que ora esboçamos, o


marxista italiano Antonio Gramsci aponta uma realidade latente, ainda nos dias
que correm, dos movimentos sociais, seja no campo ou na cidade, a saber, o
caráter bárbaro e patológico que é dado a estes agrupamentos por parte da elite
social. Terroristas, arruaceiros, bandidos, vagabundos são epítetos
desqualificadores constantemente usados para designar os elementos
subalternizados que compõem os movimentos sociais. O Movimento dos
Trabalhadores Sem Terra, o MST, por exemplo, traz em sua trajetória de luta, que
teve início nos idos dos anos 1970, as marcas dos diagnósticos depauperados
feitos por uma elite social. O fato mais recente, e digno de nota, é a tentiva de
criminalização deste, e de outros movimentos, por parte do governo federal com o
decreto da chamada “Lei Antiterrorismo 3. Diante desta realidade, estudar os
movimentos sociais se faz urgente, e ao mesmo tempo desafiador para o

1
Trabalho apresentado à disciplina de Metodologia, ministrada pelos professores Giuseppe Ponce Leon e
Kaila Queiroz, no período 2019.2, do PPGH/UFCG
2
Mestranda do curso de Pós Graduação em História da Universidade Federal de Campina Grande. E-mail
robertaaraujo514@gmail.com.
3
Lei 13.260/2016 sancionada pela presidente Dilma Rousseff em março do referido ano.
historiador e para a historiadora. São tempos de perseguição e tentativas as mais
diversas de desqualificação das lutas sociais, dos grupos subalternos, a história
precisa estar atenta e operante em relação a estes desafios.

Para além das implicações e dificuldades políticas que se apresentam para


o desenvolvimento de uma pesquisa dos movimentos sociais, o profissional da
história esbarra com desafios de cunho teórico e metodológico. Dentro da
perspectiva marxistas, na qual o presente trabalho busca amparar-se, as
contribuições são significativas, e reais as possibilidades de análise do objeto
supracitado. No entanto, como ressalva Andrea Galvão (2011), uma teoria
marxista para os movimentos sociais ainda precisa ser plenamente desenvolvida,
mas há material suficienre para tal intento. Do ponto de vista metodológico, o
materialismo histórico dispõe de um instrumental pertinente e eficaz na
composição da história dos movimentos oriundos das classes subalternas,
instrumentos estes que auxiliam desde a seleção e trato das fontes, bem como na
estruturação da pesquisa e dos seus resultados. No presente trabalho,
apresentamos esboço de um percurso metodológico para um estudo dos
movimentos sociais do campo, com ênfase tematica na formação do MST no
Estado da Paraíba, tema que ocupará as páginas de um trabalho de maior volto
que será desenvolvido na forma de uma dissertação de mestrado.

OS PRIMEIROS PASSOS DO PERCURSO

A escolha de um tema de pesquisa é algo muito singular e desafiador para


aqueles que se arvoram na labuta historiográfica. Aprendemos, desde o início da
jornada acadêmica, que as fontes têm poder de veto, ou seja, sem documentos
não há caminhos possíveis para a escrita da história. E certamente está máxima é
verdadeira, porém, aquilo que consideravámos como sendo limites para a escrita
da história, do ponto de vista das fontes, tem passado por radicais
transformações. No que concerne ao estudo dos movimentos sociais, como
aponta HOBSBAWM (2013, p.284), “simplesmente não há um corpo material
pronto a seu respeito”, o que implica em um desafio ainda maior. No entanto,
apontamentos teóricos dos intelectuais marxistas, tais como Hobsbawm, Antonio
Gramsci e o próprio Marx, dão conta de um instrumental eficaz para a elaboração
de uma pesquisa que vise pôr em evidência as classes subalternas. Portanto, uma
vez vez recortado o tema e preestabelecido as perguntas que devem interrogar os
fontes, o passo seguinte é “farejar a carne humana”, parafraseando o francês
Marc Bloch, pois é aí onde a história acontece.

Antonio Gramsci, em seus apontamentos expressos nos Cadernos do


Cárcere, especialmente no caderno 25, traz significativas contribuições para o
exercício de caça às evidências deixadas pelos grupos subalternos. Ciente de que
a produção historiográfica, em um longo periodo de tempo, esteve a cargo e nas
mãos de uma certa classe dominante, fica explícita a noção de que as classes
subalternas tiveram poucas oportunidades de registrarem os seus feitos. Mas,
para o pensador italiano, este não deve configurar-se como sendo empecilho para
que estas classes não devam ganhar voz e vez nas linhas da história. Para tal,
Gramsci aponta a possibilidade do que chama de “fontes indiretas”, ou seja,
aquelas fontes que não são originárias das classes subalternas, mas que dão
respaldo para o historiador, por meio do “resultados indiciários”, reconstruir e
montar o quebra cabeça da história dos que estão à margem.

Para o italiano, a história das classes subalternas está entrelaçada na


história da sociedade civil, pertencente a um grupo maior do todo social, e
apresenta-se como uma parcela da história desagregada e descontínua, mas que
é passível de reconstrução. Em outras palavras, o autor nos certifica de que
mesmo oriundas das classes dominantes, mesmo sofrendo interferências das
classes dominantes, ainda assim, tais fontes, sejam jornais, folhetos, livros, dentre
outros, que são de caráter político-social são documentos indiretos do modo de
pensar e de viver do homem e é da mulher do povo.

Anos depois, ao pensar a problemática das fontes para a história dos


movimentos sociais, o historiador inglês Eric Hobsbawm reforça as pontuações de
Gramsci e acrescenta:

Em muitos casos, o historiador dos movimentos populares


descobre apenas o que está procurando, não o que já está
esperando por ele. Muitas fontes para a história dos
movimentos populares apenas foram reconhecidas como tais
porque alguém fez uma pergunta e depois sondou
desesperadamente em busca de alguma maneira, qualquer
maneira de respondê-la. (HOBSBAWM, 2012, p. 286).
A questão levantada por Hobsbawm no fragmento acima esbarra em uma
importante questão de método, qual seja, a problematização e o exercício de
inquirir as fontes. O pensar e elaborar perguntas é um passo princípio para ir em
busca de respostas, para ir ao encontro de fontes. Para o autor, é preciso
abandonar as premissas positivistas de que as perguntas do nosso trabalho de
pesquisa virão da naturalidade do manuseio de material, pelo contrário, as nossas
perguntas devem ser pré elaboradas para que tenhamos o iimpulso que gera a
busca por respostas.

Pensar as possibilidades metodológicas para um estudo dos movimentos


sociais é esbarrar nas contribuições trazidas pelo advento da história oral.
Segundo Paul Thompson, a tradição da oralidade foi redescoberta e retomada
pelos profissionais da história, uma vez que este caracteriza-se como “a mais
antiga habilidade de seu ofício” (1992, p.103). Para o autor, a história oral
contribuiu sobremaneira para o que ele chama de ressignificação cultural do papel
de protagonista que era dado ao documento escrito. No entendo, ressalta o
mesmo autor, o trato com a aquisição e manuseio desta fonte requer cuidados
metodológico específicos, rigorosos, pois “estamos lidando com fontes vivas que,
exatamente por serem vivas, são capazes, à diferença das pedras com inscrições
e das pilhas de papel, de trabalhar conosco” (THOMPSON, 1992, p.196) no
processo de produção escriturário.

Escolher o tema e conhecer o essencial sobre o que se pretende pesquisar,


elaborar um projeto para auxiliar na execução do exercício de produção da história
oral como fonte, eescolher e selecionar dos indivíduos, os sujeitos históricos, que
serão entrevistados, organizar o material a ser utilizado no trabalho de campo,
gravadores, câmeras, celulares, etc, são apontamentos que devem seguir o
historiador ou historiadora que recorrerá às fontes orais. A máxima da ideia de
fonte vivas, de acesso às memorias de outrem, não devem perder-se na atividade
historiográfica, estaremos lidando com vidas, atentemos para tal.
Uma vez coletado, o material adquirido passa por processo de transcrição,
seleção, e ainda segundo THOMPSON:

Escrever um livro que utiliza evidência oral, quer sozinha


quer junta com outras fontes, não requer, em principio,
muitas habilidades especiais além das necessárias para
qualquer texto histórico. A evidência oral pode ser avaliada,
julgada, comparada e citada paralelamente ao material de
outras fontes. Isso não é nem mais fácil, nem mais difícil. Dê
certo modo, porém, constitui um tipo diferente de
experiência. À medida que se escreve, tem-se consciência
das pessoas com quem se conversou. [...] Trata-se de uma
mmaterial que não apenas se descobriu, mas que, em certo
sentido, ajudou a criar. (1992, p.305).
As lições de método expostas por Paul Thompson são construtivas para a
produção historiográfica que recorre às fontes orais, mas, para além do metodológico, tais
fontes trazem implicações políticas e sociais significativas para o exercício da história. Ela
possibilida que possamos dar voz aos que estão à margem da história, contribui para que
os heróis das classes subalternas subam ao palco da escrita historiográfica, abre espaço
para sujeitos historicamente excluídos do papel de agentes da história, a saber, os idosos,
as mulheres, os camponeses, dentre outros. Por meio da história oral é possível, portanto,
captar o “termo ausente” que ficou excluído nos estudos sobre as classes, é possivel
captar a experiência dos sujeitos, termo tão caro aos historiadores sociais, como aponta
Edward Palmer Thompson. Em sendo assim, a história oral aparece como fonte
pertinente para ocupar as lacunas deixadas pela ausência de escritos sobre as classes
subalternizadas.

Critérios de abordagens e encaminhamentos de estudos são outras lições


que podemos apreender da leitura gramsciana. Ainda no caderno 25, Gramsci
aponta caminhos os quais devem ser seguidos pelo historiador ou historiadora que
pretende debruçar-se sob os estudos dos grupos sociais subalternos. Segundo o
autor dos Cadernos do Cárcere, os estudos, cuja temática são os movimentos
sociais, devem ter por ângulo de estudo a formação de tais agrupamentos, faz-se
necessário entender todo o do texto histórico no qual o movimento desenvolveu-
se. Pensar e compreender como se deu a difusão e atentar para as possíveis
influências de grupo preexistentes.
O caráter da luta dos grupos sociais subalternos também é um fator que
requer atenção por parte do pesquisador e pesquisadora. Captar o sentido das
reivindicações, buscar identificar se são elas de cunho restrito e parcial, ou se
denotam conotações de maior vulto, revolucionárias. Cabe também ao historiador
identificar e justificar, segundo Antonio Gramsci, as linhas de desenvolvimento dos
grupos estudados, como se deu a passagem das fases ditas mais “primitivas”, e
como chegaram, enfim, em uma fase de autonomia iintegral.

Seguindo o curso da dialética da história, o autor indica que a análise


também possa pautar a gênese daqueles partidos oriundos das classes
dominantes, criados com a função principua de estabelecer consenso e controle
dos grupos sociais subalternos que emergem na sociedade civil. Ainda dentro
desta perspectiva, é imprescindível que se busque as adesões, ativas ou
passivas, dos grupos sociais subalternos às formações políticas dominantes, tal
investigação deve ter como finalidade entender as tentativas de reivindicaçõe,
bem como suas consequências nas determinações e composição dos grupos
envolvidos na adesão. Tal exercício contribui para entender as transformações,
mutações sofridas pelos agrupamentos sociais dos subalternos.

Inclinar-se sobre o estudo dos movimentos sociais do campo é, também,


pensar e fazer uso de um instrumental teórico que auxilie o percurso
historiográfico pretendido. Como citado anteriormente, a base teórica para o
trabalho que desenvolvermos é ancorada no materialismo histórico, em sendo
assim, conceitos caros à está corrente serão reivindicados e operacionalizados. A
própria conceituação de movimentos sociais, a relação classe e movimentos, ação
coletiva, partido, sociedade civil, estado ampliados, todos conceitos retirados da
literatura marxistas, se autores como Marx, Engels, Gramsci, Hobsbawm, E. P.
Thompson, E outroa, comporão o arsenal teórico 4 da pesquisa que se esboça.
Como o intento do presente texto é um levantamento de cunho metodológico, nos
limitaremos a este breve enunciado teórico que, diga-se de passagem, ainda está
em plena construção.

4
Um levantamento teórico mais aprofundado para a presente pesquisa já foi elaborado e apresentado à
disciplina de Teoria da História, ministrada pelo professor Gervácio Batista Aranha.
PASSO SEGUINTE: O MÉTODO SENDO POSTO EM PRÁTICA

Todo o percurso metodológico apresentado acima, tem como objeto compor


uma pesquisa que traz a formação do Movimento de Trabalhadores Sem Terra no
Estado da Paraíba, como objeto central. Aqui no Estado, as primeiras iniciativas
se organização dos trabalhadores sem terra, ligados ao MST, remonta ao ano
1984, quando da origem do movimento na região Sul do país. Segundo
CAVALCANTE (2017), já na ocasião do primeiro encontro Nacional dos
Trabalhadores Sem Terra, uma delegação paraibana esteve presente. Entre
marchas e contramarchas, a formação, e início da territorialização, do movimento
no Estado se deu no ano de 1989, quando a primeira ocupação foi realizada, a
Fazenda Sapucaia, no município de Bananeiras, no Brejo Paraibano.

Das perguntas que fazemos em nossa pesquisa, a que se sobressae é:


como se deu o processo de gestação do MST no Estado da Paraíba? Porém, as
perguntas não se esgotam nesta, pelo contrário, e conforme as lições de método
apresentadas na primeira parte deste texto, outras tantas surgem ansiosas por
respostas. Quem eram os sujeitos históricos que estavam na gênese do
movimento no Estado? A qual classe, ou frações de classe, pertenciam? Quais os
anseios geradores da formação do MST por estas paragens? Se havia
necessidade e luta, por que a demora na efetivação da ocupação que originou o
histórico de lutas dos Sem terra paraibanos sob a égide do movimento citado?

Tais perguntas merecem respostas, sobretudo pelo carácter lacunar que o


tema apresenta na historiografia paraibana. Alguns trabalhos já despontam na
temática, mas no campo da história o estudo ainda é tímido. Para responder a tais
questionamentos, recorremos às fontes impressas, periódicos, a exemplo do
Jornal da Paraíba, A Voz da Borborema. Documentação referente à justiça
criminal também auxiliará na tessitura do nosso trabalho. Atas e documentos
oriundos do ppróprio nacional do MST, e por fim, mas não menos importante, as
fontes orais.
Percebemos ser prioridade no trabalho, e seguindo as orientações
gramscinaa para tal, entender a conjuntura política, social e econômica do país e
do mundo na fase de formação do movimento nacional, ciente de que, como
aponta GALVAO (2011), é preciso entender a estrutura produtiva para que se
compreenda as possibilidades de ação das classes subalternizadas. A mesma
autora ratifica, afirmando que é importante destacar a posição das classes, as
explorações e combinações a que são submetidos, pois estes fatores condicionam
o campo de interesses que desemboca na construção da luta de classes. Em
sendo assim, entender o contexto de desenvolvimento do capitalismo, as relações
de trabalho a que estavam submetidos os trabalhadores do campo, especialmente
na Paraíba, se faz necessário para entender o percurso formativo do movimento
no Estado. Para tal intento, a bibliografia sobre tema, bem como os documentos
do arquivo do MST serão imprescindíveis.

Os relatos orais de memória, bem como as matérias que circulavam nos


jornais da época, darão respaldo para compreendermos, como sugere Gramsci,
as reivindicações da luta, se houveram influências de grupos preexistentes na
formação deste, por quais transformações passou a ação coletiva capitaneada
pelo MST no Estado, bem como entender e noção dos novos agrupamentos das
classes dominantes que surgiram no intento de conter e reprimir as organizações
das classes subalternas. Que no caso da Paraíba, como verificado em matéria do
Jornal da Paraíba, teve na ação da União Democrática Ruralista - UDR sua
expressão mais violenta. Vide matéria:

Milícia da UDR invade fazenda e provoca a morte de uma


criança em Bananeiras. Cerca de 70 policiais, armados e
trajando uniformes de camuflagem investiram, na madrugada
de domingo último, contra 200 famílias que acamparam na
Fazenda Sapucaia, em Bananeiras, desde o dia 7, numa
área de 2.000 hectares. Os ocupantes foram acordados por
rajadas de metralhadoras e fogo em todos os barracos. Na
correria, Maria de Nazareth de Brito, 29 anos, ao fugir do
local, deixou que uma de suas filhas, de apenas uma ano e
seis meses, caísse de seus braços, tendo sido pisoteada até
a morte pelas pessoas que corriam. (Jornal da Paraíba, abr,
1989).
No trecho extraído do períódico da época, apreendemos a ação repressora
dos grupos dominantes existentes, o que Gramsci chama de braço armado do
Estado, bem como a ação de grupo da classe dirigente, as milícias, que atuam em
nome dos donos do poder no controle dos movimentos de grupo subalternizados.
Tais informações, extraídas de jornais que comportam toda uma carga ideológica,
reverbera na análise sobre as ações repressivas que tais grupos sofrem por parte
do Estado e dão conta das realidades dos sujeitos envolvidos no movimento. No
fragmento, passamos a conhece Maria de Nazareth e sua trágica história de vida,
que dificilmente teria sido tratada não fosse a tragédia que a acometeu. Este é um
exemplo claro da riqueza das chamadas “fontes indiretas” das quais Gramsci se
referia. Não foi produzida pelas classes subalternas, mas por meio delas
acessamos vidas de subalternizados.

Portanto, o esboço metodológico aqui apresentado tem como objetivo


pensar uma ação de maior vulto para a pesquisa que desembocará na dissertação
de mestrado. Cabe ressaltar que trata-se de um percurso flexível, passível de
transformações e contribuições as mais diversas. No entanto, todo ele deve ser
pensando e concretizado na tentativa principua de dar voz aos silenciados da
história, no caso em tela, aos trabalhadores e trabalhadoras sem terras do Estado
da Paraíba. Pois, como diz a epígrafe que abre o presente texto, há uma
exacerbada tentativa por parte das classes dirigentes para desqualificar e barrar
as ações dos movimentos sociais das classes subalternizadas. Que a
historiografia atente para tal fenômeno, que a história da luta pela terra na
Paraíba, e no Brasil como um todo, seja escrita pelo bico da pena de historiadores
que prezam pela função social de seu ofício. Estamos buscando fazer a nossa
parte.
REFERÊNCIAS

BRANFORD, Sue, ROCHA, Jan. Rompendo as cercas, A história do MST. Casa


Amarela, São Paulo, 2004.

GRAMSCI, Antonio. Cadernos do Cárcere: O ressurgimento: notas sobre a


história da Itália. Vol. 5. Tradução Luís Sérgio Henriques. Civilização Brasileira.
Rio de Janeiro, 2002.

GALVÃO, Andréia. Marxismo e Movimentos Sociais. In. Revista Crítica Marxista,


n.32, p.107-126, 2011.

HOBSBAWM, Eric. Da história social à história da sociedade. In. Sobre História.


Tradução Cid Knipel Moreira. Companhia das Letras, São Paulo, 2013.

HOBSBAWM, Eric. O presente como história. In. Sobre História. Tradução Cid
Knipel Moreira. Companhia das Letras, São Paulo, 2013.

THOMPSON, Paul. A Voz do Passado: História Oral. Tradução Lólio Lourenço


de Oliveira. Paz e Terra, Rio de Janeiro, 1992

THOMPSON, E. P. A miséria da teoria: um planetário de erros. Uma crítica ao


pensamento de Althusser. Tradução Waltensir Dutra. Zahar Editores, Rio de
Janeiro, 1989.

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