Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
HISTÓRIA CLÍNICA
1) Sintomas gerais:
a) Febre, anorexia, hipotermia, hipoatividade, choro frequente.
i) Lactente → investigar infecção urinária
b) Palidez, tremores, déficit de crescimento, desidratação frequente
i) Investigar doença crônica renal
c) Inchaço
2) Sintomas associados a outros órgãos
a) Dor abdominal
i) Pré-escolares e escolares: infecção urinária, hipercalciúria
idiopática (antecedente familiar de litíase), anormalidade renal (rim
em ferradura).
b) Vômitos: tubulopatias, DRC
c) Cefaleia
d) Fraturas
3) Sinais e sintomas que lembram o trato urinário
a) Dor lombar: pielonefrite aguda, calculose renal.
b) Dor suprapúbica: infecção urinária (cistite em escolares e adolescentes) e
hipercalciúria idiopática (antecedente familiar de litíase).
4) Associada à formação de urina
a) Anúria: sem diurese.
b) Oligúria: diminuição da diurese (<500mL/24h/1,73m²)
i) Lact = < 1 mL/kg/h; Crianças = < 0,5mL/kg/h
c) Poliúria: aumento da diurese, > 2L em escolares.
d) Polidipsia: aumento da ingestão hídrica
e) Jato fino: obstrução urinária
f) Disúria: dor à micção
5) Associada à frequência de micção
a) Padrão
i) RN: 20x/dia
ii) 2 anos: 8-10x/dia
iii) 6 meses: 10-15x/dia
iv) 3 anos: 4-5x/dia
b) Frequência aumenta/diminuída
c) Perda involuntária de urina (dia/noite)
d) Incontinência. Exemplo: perda involuntária de urina com o riso.
e) Distúrbios da micção: esfíncter
6) Aspecto da urina
a) Urina espumosa: proteinúria.
b) Hematúria: tubular ou glomerular (forma cilindros hemáticos)
EXAME FÍSICO
1) Inspeção
a) Impressão geral: prostrado.
b) Fáscies. Exemplo: Síndrome de Lidle
c) Edema. Exemplo: anasarca (síndrome nefrótica), edema palpebral
(síndrome nefrítica).
d) Deformidades de orelha. Rim nasce na mesma fase da orelha -
implantação baixa pode indicar doença congênita do rim.
e) Coloração da pele: DRC gera prurido, cor de palha.
f) Região lombossacral: mielomeningocele, pilificação na região (associada
a alteração de funcionamento vesical e do TGI).
2) Exame físico geral
a) Peso e estatura diminuídos → DRC ou tubulopatias
b) PA elevada
c) Taquipneia: associada à acidose metabólica.
d) Pulsos periféricos reduzidos
e) Estado de hidratação/desidratação
3) Orofaringe
a) Faringite estreptocócica → Glomerulonefrite (GNDA)
4) Rins
a) Palpação: se estão palpáveis, estão aumentados (hidronefrose ou
doenças císticas).
EXAMES COMPLEMENTARES
1) Laboratoriais
a) Exame de sangue: eletrólitos, gasometria, creatinina (função renal) e
ureia.
b) Urina
i) Qualitativa: pH, densidade, proteinúria, glicosúria, leucoesterase,
leucocitúria, hematúria, nitrito.
ii) Urina 24h: proteinúria e clearence.
c) Cultura
2) Imagem
a) Radiografia simples do abdome: dor abdominal + hematúria
macroscópica → cálculo renal
b) Uretrocistografia miccional: febre + infecção urinária
c) US: hidronefrose
d) Cintilografia renal dinâmica: verifica de hidronefrose é obstrutiva ou não.
e) Cintilografia renal estática: verifica cicatrizes renais.
f) TC: malformações renais, litíase renal, tumores (perda de peso, sudorese)
g) Arteriografia: hipertensão renovascular, arterite de Takayasu (HA +
diminuição dos pulsos periféricos), displasia fibromuscular (HA).
h) Biópsia renal: Síndrome Nefrótica.
SEMIOLOGIA DO RECÉM-NASCIDO
I. Pré-natal
A. História materna
1. Idade, paridade
2. Doenças prévias: diabetes mellitus/gestacional (feto
macrossômico), hipertensão (feto prematuro, pequeno)
3. Doenças gestacionais
4. Medicamentos
5. Drogas lícitas e ilícitas
B. Exames pré-natal: no mínimo 4 consultas
1. Sorologias: sífilis, toxoplasmose, hepatites (B e C), HIV
2. Tipagem sanguínea de mãe e pai: doenças hemolíticas
3. Ultrassonografia: idade gestacional, bem estar fetal, má formações
II. Nascimento
A. Presença do pediatra é essencial.
B. APGAR → grau de vitalidade ao nascer (boa se ≥ 7)
1. FC (acima de 100), cor (róseo), irritabilidade reflexa (choro),
esforço respiratório (choro forte), tônus muscular (ativo, membros
em flexão)
2. 0-3: DNN grave
3. 4-6: DNN moderada
4. 5º minuto: > 6 (boa recuperação), ≤ 6 (má recuperação)
C. Idade gestacional e classificação peso/IG
1. Melhor estimativa obstétrica: USG obstétrica precoce (1º
trimestre) > DUM (certeza, ciclo regular, sem anticoncepcional) >
métodos de avaliação somático e neurológico (New Ballard).
2. Termo: 37-41s6d (termo)
3. Pós-termo: ≥ 42s (pós-termo)
a) Pele enruga e descama.
4. Pré-termo ou prematuro: <37s
a) Pele mais fina, maior visibilidade de vasos e sulcos,
superfície plantar mais lisa, aréola e glândula mamária
menos desenvolvidos, menor elasticidade da cartilagem da
orelha.
5. Peso
a) RN Macrossômico: > 4000g. Grande e frágil (hipotônico,
sonda nasogástrica, hiperêmico).
b) RN BP: < 2500g.
c) RN MPB: <1500g.
d) RN EBP: < 1000g
6. Adequação de PN e IG
a) AIG (adequado para IG): entre p10 e p90
b) PIG (pequeno para IG): < p10. Maior risco de problemas
respiratórios e metabólicos.
c) GIG (grande para IG): > p90
7. Comprimento
a) RN termo: 50 +- 2 cm
b) PC = 34-36 cm
c) PT =
8. Pele
a) Icterícia: > 50% dos RN, início 2-3d.
(1) Zonas de Kramer
b) Lanugem
c) Mancha mongólica: fisiológico.
d) Vérnix caseoso.
9. Fontanelas
a) Anterior ou Bregmática: 6-18 meses
b) Posterior ou Lambdoide: 1-2 meses.
c) ‘ “Bossa serosanguinolenta”: líquido seroso,
desaparece
d) Cefalohematoma: sangue
10.Exame físico
a) Face: simetria
b) Olhos: edema palpebral, reflexo vermelho (luz
atravessa; se ficar branco → catarata,
retinoblastoma).
c) Ouvido: forma e implantação das orelhas
d) Nariz: forma, permeabilidade, secreção
e) Boca: lábios, palato, dentes, posição da mandíbula
f) Pescoço: massas, movimentação
g) Clavículas: fraturas
h) Mamas: secreção
11.Cardiovascular
a) Inspeção: cianose, ictus
b) Palpação: pulso, pré-cordio
c) Ausculta: BEE, B1, B2 hiperfonética, sopros (intensidade,
tipo, timbre)
12.Pulmonar
a) Inspeção: padrão respiratório, FR, retrações, tiragens
(intercostal, fúrcula), gemência, BSA (Boletim de Silverman-
Anderson, avalia utilização de mm. acessória).
b) Ausculta: comparativa, murmúrio, crepitações.
13.Abdome
a) Inspeção: forma, distensão, circulação colateral, coto
umbilical (queda)
b) Ausculta, palpação, percussão
14.Genitália
a) Feminina: clitóris hipertrofiado, fusão dos grandes lábios,
orificio de vagina e uretra.
b) Masculina: comprimento do pênis, orifício uretral, prepúcio,
testículos, hérnia, hidrocele. Quanto mais prematuro, menos
definida a bolsa escrotal (descida do canal inguinal)
15.Coluna: “passar o dedo”
16.Membros
a) Manobra de Ortonali: verifica luxação congênita do
quadril. Colocar II e III dedos na fossa do
acetábulo e polegares no joelho → fletir joelho
no quadril e abrir, verificando “clique”.
b) Manobra de Barlow: dedo na fossa do acetábulo,
polegar na parte interna → deslocamento
17.Neurológico
a) Postura: pernas e braços fletidos.
b) Tônus
c) Movimentos normais, simétricos
d) Reação a estímulos sonoros e luminosos
e) Reflexos transitórios: preensão palmar (2 meses) e plantar,
Moro (abrir os dois braços e fechar após estímulo, até 3º
mês), sucção, tendíneos profundos, marcha (2 meses)
reflexa, propulsão, cutâneo-plantar (8-10 meses).
18.Diurese:
a) 99% urinam pela 1ª vez nas primeiras 48h, sendo 23% em
sala de parto.
b) Volume urinário nas 1ª 24h: 15 mL.
19.Mecônio
a) 90% eliminam mecônio nas 1ªs 24h. Se não o fizer, sinal de
alerta para obstrução intestinal.
20.Triagem neonatal
a) Teste do pezinho: fenilcetonúria, hipotireoidismo,
hemoglobinopatias, fibrose cística, hiperplasia suprarrenal,
deficiência de biotinidase.
b) Teste da orelhinha: emissão otoacústica, observar resposta.
c) Teste do olhinho (Reflexo vermelho): incidir luz com
oftalmoscópio em ambos os olhos → vermelho
d) Oximetria do pulso: diagnóstico precoce de cardiopatia
congênita crítica.
21.Hipóteses
FEMININO
1) Pequenos e grandes lábios: hiper ou hipotrofia.
2) Clitóris: padrão é menos que 0,5 cm de diâmetro e menos que 1 cm de
comprimento. Maior que isso, hipertrofia clitoriana (+ desenvolvimento precoce
de pelos pubianos + hipertensão arterial = tumor adrenal virilizante. Brasil é o
local onde mais tem, principalmente centro-oeste de SP e norte do PR).
3) Escala de virilização de Prader: classifica de 0 a V. I é clitoriomegalia, II é
pequeno fechamento do intróito vaginal, III é formação de seio urogenital, IV é
pregas labioescrotais e uretra na base do pênis, V é pênis com escroto
criptorquídico
4) Sinéquia dos grandes lábios: “fusão” de região dos grandes lábios, geralmente
decorrente de vulvovaginites de repetição.
5) Estadiamento puberal: M1-5 e P1-5
M: desenvolvimento mamário
M1: broto mamário (saliência abaixo da aréola)
M3: acúmulo de gordura (volume variável). Aspecto infantil.
M4:
M5: Corpúsculos de Montgomery (?)
SOPRO CARDÍACO
1. Fisiológico: velocidade (velocidade é maior em crianças), viscosidade reduzida
(crianças tem menos células), magreza, febre.
2. Como definir se patológico: característica do sopro, se há repercussão.
3. Classificação
a. Levine, baseia-se na presença ou não de frêmito)
i. G1-3: ausência de frêmito
ii. G4+: há frêmito.
b. Ejeção vs. regurgitação
i. SS de ejeção: áspero, em crescendo, começa após B1 e termina
antes de B2, maior em posição supina. Pode ser inocente.. Ex: SSI;
obstrução valvar.
1. Sopros inocentes na pediatria:
a. Sopro de Still (vibratório, aumenta de intensidade
durante expiração e deitado, 2-6 anos;
b. Sopro pulmonar (comum em RN, diminui com
inspiração e deitado);
c. Sopro venoso (3-8 anos, sentado; suave, de retorno
venoso);
d. Sopro supraclavicular (adolescentes, comum sentado,
diminui se elevar os braços para trás, virar cabeça
contra o sopro e elevar o ombro ipsilateral.
e. SS de regurgitação: nunca inocente, áspero a suave,
em decréscimo, …
c. Sopros patológicos: diastólicos, holossistólicos, sistólicos tardios,
cardiopatia associada, ...