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2T17 Resultados
Em fevereiro de 2016, publicamos a análise chamada: Indústrias Romi – Pequeno firme Valor Mercado (R$ MM): 262.113
no vendaval. Dela, destacamos aqui dois pontos.
Quase 18 meses depois, todo o trabalho que destacamos naquela análise começa a
surtir efeitos, ajudado pelo início da retomada da atividade econômica nacional. Parte
da performance que nosso time de macro projeta para o PIB nacional em 2017, alta de
1,5%, está refletida no indicador de formação bruta de capital fixo crescente, o que
significa a retomada dos investimentos em bens de capital.
Mesmo antes da reversão efetiva dos investimentos industriais, as Indústrias Romi apresentaram excelentes
resultados trimestrais, principalmente em relação às suas margens brutas e operacionais, evidenciando o trabalho
interno que a companhia fez para enfrentar a crise no setor industrial brasileiro no último biênio 2015-16.
Com uma melhora na taxa de utilização na capacidade instalada das empresas nacionais e uma boa demanda externa,
a empresa mostrou uma Receita Líquida de R$ 163,8 milhões neste 2T17, com crescimento de +9,1% em relação ao
2T16, puxado basicamente pelos setores agrícolas e automotivos comerciais que demandaram tanto em máquinas
quanto em fundição leve. No consolidado, o EBITDA atingiu R$ 19,8 milhões, 251% maior que o 2T16, com margem
de 12,1% e acréscimo de + 8,2 p.p.
Profunda conhecedora do setor, a companhia focou nos diferenciais que poderiam oferecer proteção de mercado e
em algum nível, tentar criar “barreiras de entrada”. Um dos aspectos que mais nos agrada é a rede de assistência
técnica nacional. Cada vez mais, as decisões de investimento em bens de capital tornam-se complexas e
profundamente avaliadas por cada empresa. Reconhecida pela tecnologia de ponta, a capacidade de garantir aos
clientes o atendimento e o suporte, em um momento no qual os mais diversos setores da indústria precisam focar em
eficiência produtiva é um dos valores que reconhecemos como mais relevantes.
A distribuição dos níveis de pedidos entre as divisões, Máquinas Romi, Máquinas B&W e Fundidos/Usinados, com 28%,
49% e 23%, respectivamente dá uma boa perspectiva para o segundo semestre, que consolida nossas projeções para
o ano. A queda no volume de pedidos na base comparável com o 2T16 deve-se a uma característica pontual daquele
período, no qual dois pedidos internacionais muito grandes distorceram a análise.
A divisão de fundidos e usinados ainda pode surpreender positivamente em 2017, caso os investimentos nos principais
setores atendidos pela companhia acelerem o ciclo de recuperação, principalmente agrícola e automotivo.
Conforme o artigo 16, parágrafo único da ICVM 483/2010, o analista Álvaro Salgado Frasson declara-se inteiramente responsável pelas informações e afirmações
contidas neste relatório de análise. De acordo com a exigência regulatória do artigo 17 previsto na ICVM 483, de 06 de julho de 2010, o analista de valores
mobiliários, responsável principal por este relatório, declara:
(i) que as recomendações contidas neste relatório refletem única e exclusivamente sua opinião pessoal sobre a companhia analisada e seus valores
mobiliários e foram elaborados de forma independente e autônoma.
(ii) que as informações, opiniões, estimativas e projeções contidas neste documento referem-se à data presente e estão sujeitas às mudanças, não
implicando necessariamente na obrigação de qualquer comunicação no sentido de atualização ou revisão com respeito a tal mudança.
Para maiores informações, pode-se ler a Instrução CVM 483, de 2010, e também o Código de Conduta da Apimec para o Analista de Valores Mobiliários.
Este relatório é destinado exclusivamente ao assinante da Eleven que o contratou. A sua reprodução ou distribuição não autorizada, sob qualquer forma, no
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