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AgInt no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 1612915 - RS (2019/0328483-0)

RELATOR : MINISTRO ANTONIO CARLOS FERREIRA


AGRAVANTE : INGETEC INJETADOS LTDA
ADVOGADOS : JOSUÉ ANTONIO DE MORAES - RS028448
LUIS ANTONIO MARONEZ - RS023601
RAFAEL FOGACA - RS050798
AGRAVADO : RODOBENS ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS LTDA
ADVOGADOS : THIAGO TAGLIAFERRO LOPES - SP208972
JEFERSON ALEX SALVIATO - SP236655
EDUARDO RIHL CASTRO - RS079243
LEANDRO GARCIA - SP210137

EMENTA

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO


ESPECIAL. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO. CONSÓRCIO. FALTA DE
PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA N. 282 DO STF. AUSÊNCIA DE
IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DO ACÓRDÃO RECORRIDO.
SÚMULA N. 283 DO STF. ACÓRDÃO RECORRIDO EM CONSONÂNCIA
COM JURISPRUDÊNCIA DESTA CORTE. SÚMULA N. 83 DO
STJ. DECISÃO MANTIDA.
1. A simples indicação dos dispositivos legais tidos por violados, sem que o
tema tenha sido enfrentado pelo acórdão recorrido, obsta o conhecimento
do recurso especial, por falta de prequestionamento, a teor da Súmula n.
282 do STF.
2. O recurso especial que não impugna fundamento do acórdão recorrido
suficiente para mantê-lo não deve ser admitido, a teor da Súmula n. 283 do
STF.
3. Inadmissível o recurso especial quando o entendimento adotado pelo
Tribunal de origem coincide com a jurisprudência do STJ (Súmula n. 83 do
STJ).
4. As administradoras de consórcio têm liberdade para fixar a respectiva
taxa de administração, não havendo falar em ilegalidade ou abusividade da
taxa contratada superior a 10% (dez por cento). Precedentes.
5. Agravo interno a que se nega provimento.
ACÓRDÃO

Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas,


acordam os Ministros da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça, por
unanimidade, negar provimento ao recurso, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator.
Os Srs. Ministros Luis Felipe Salomão, Raul Araújo, Maria Isabel Gallotti e
Marco Buzzi votaram com o Sr. Ministro Relator.
Presidiu o julgamento o Sr. Ministro Marco Buzzi.

Brasília, 18 de maio de 2020.

Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA


Relator
AgInt no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 1612915 - RS (2019/0328483-0)

RELATOR : MINISTRO ANTONIO CARLOS FERREIRA


AGRAVANTE : INGETEC INJETADOS LTDA
ADVOGADOS : JOSUÉ ANTONIO DE MORAES - RS028448
LUIS ANTONIO MARONEZ - RS023601
RAFAEL FOGACA - RS050798
AGRAVADO : RODOBENS ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS LTDA
ADVOGADOS : THIAGO TAGLIAFERRO LOPES - SP208972
JEFERSON ALEX SALVIATO - SP236655
EDUARDO RIHL CASTRO - RS079243
LEANDRO GARCIA - SP210137

EMENTA

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO


ESPECIAL. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO. CONSÓRCIO. FALTA DE
PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA N. 282 DO STF. AUSÊNCIA DE
IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DO ACÓRDÃO RECORRIDO.
SÚMULA N. 283 DO STF. ACÓRDÃO RECORRIDO EM CONSONÂNCIA
COM JURISPRUDÊNCIA DESTA CORTE. SÚMULA N. 83 DO
STJ. DECISÃO MANTIDA.
1. A simples indicação dos dispositivos legais tidos por violados, sem que o
tema tenha sido enfrentado pelo acórdão recorrido, obsta o conhecimento
do recurso especial, por falta de prequestionamento, a teor da Súmula n.
282 do STF.
2. O recurso especial que não impugna fundamento do acórdão recorrido
suficiente para mantê-lo não deve ser admitido, a teor da Súmula n. 283 do
STF.
3. Inadmissível o recurso especial quando o entendimento adotado pelo
Tribunal de origem coincide com a jurisprudência do STJ (Súmula n. 83 do
STJ).
4. As administradoras de consórcio têm liberdade para fixar a respectiva
taxa de administração, não havendo falar em ilegalidade ou abusividade da
taxa contratada superior a 10% (dez por cento). Precedentes.
5. Agravo interno a que se nega provimento.
RELATÓRIO

O EXMO. SR. MINISTRO ANTONIO CARLOS FERREIRA (Relator): Trata-


se de agravo interno (e-STJ fls. 458/462) interposto contra decisão desta relatoria que
negou provimento ao agravo nos próprios autos, mantendo a inadmissibilidade do
recurso especial.

Em suas razões, a agravante alega que: (i) "contrariamente ao entendimento


hostilizado, considera-se que a matéria em discussão tenha restado sobejamente
debatida nos autos, o que caracteriza o prequestionamento dos dispositivos de lei
invocados" e (ii) "além disso, restou sobejamente demonstrados os fundamentos da
irresignação" (e-STJ fl. 460).

Ao final, pede a reconsideração da decisão monocrática ou a apreciação do


agravo pelo Colegiado.

A agravada não apresentou contrarrazões (e-STJ fl. 466).

É o relatório.

VOTO

O EXMO. SR. MINISTRO ANTONIO CARLOS FERREIRA (Relator): A


insurgência não merece ser acolhida.

A agravante não trouxe nenhum argumento capaz de afastar os termos da


decisão agravada, motivo pelo qual deve ser mantida por seus próprios fundamentos
(e-STJ fls. 453/456):
Trata-se de agravo nos próprios autos interposto contra decisão que
inadmitiu o recurso especial em virtude de aplicação das Súmulas n. 83 do
STJ, 282 e 283 do STF (e-STJ fls. 419/423).
O Tribunal de origem negou provimento do apelo da recorrente, em julgado
que recebeu a seguinte ementa (e-STJ fl. 396):
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO.
CONSTITUCIONALIDADE DO RITO DO DL911/69. CONSÓRCIO.
GARANTIA FIDUCIÁRIA. BEM MÓVEL.
Na esteira de reiterada jurisprudência, é constitucional o rito especial
previsto no DL911/69. Como matéria de defesa, é possível a análise
acerca da higidez dos encargos da normalidade, para efeito de
caracterização da mora. Tratando-se de busca e apreensão fundada
em contrato de consórcio, cuja remuneração do credor se dá pela taxa
de administração, apenas eventual excessividade desta poderia
ensejar a fragilização da mora. Contudo, tratando-se de encargo
livremente fixado pelas administradoras (Súmula n. 538 do STJ), não
há falar em abusividade, no caso. Hígida a mora contratual, sem que
tenha a ré deduzido qualquer outra insurgência em sede recursal, a
mantença da procedência dos pedidos é medida que se impõe.
NEGADO PROVIMENTO À APELAÇÃO.

No especial (e-STJ fls. 404/412), com fundamento no art. 105, III, "a", da CF,
a recorrente alegou, em síntese, violação do art. 3° do Decreto-Lei n.
911/1969 por ausência de notificação na forma prevista em lei e apontou a
abusividade da contratação mantida entre as partes.
Suscitou afronta aos arts. 51 do CDC e 1° do Decreto n. 22.626/1933,
defendendo a limitação da taxa de administração e dos juros remuneratórios.
Não se ofereceram contrarrazões (e-STJ fl. 417).
No agravo (e-STJ fls. 425/430), foram refutados os fundamentos da decisão
agravada e alegado o cumprimento de todos requisitos legais para
recebimento do especial.
Foi apresentada contraminuta (e-STJ fls. 432/440).
É o relatório.
Decido.
O prequestionamento demanda deliberação expressa, no acórdão recorrido,
sobre as teses jurídicas em torno dos dispositivos legais tido como violados,
a fim de que se possa, na instância especial, abrir discussão sobre
determinada questão de direito, definindo-se, por conseguinte, a correta
interpretação da legislação federal.
No caso, não foi prequestionada a tese de ausência de notificação na forma
prevista em lei. Aplica-se a Súmula n. 282 do STF.
O Tribunal de origem consignou, ainda, que, tratando-se de contrato de
consórcio, cuja remuneração do credor se dá pela taxa de administração, a
mora somente pode ser descaracterizada pela eventual excessividade da
referida taxa, não se podendo falar em provimento revisional dos juros
remuneratórios sem que tenha sido postulada a devida reconvenção.
Confira-se (e-STJ fl. 399):
Na esteira de jurisprudência do egrégio STJ, quando suscitada em
matéria de defesa, a existência de abusividades nos encargos deve
ser apreciada pela Corte, para aferição da higidez da mora contratual.
Nesse sentido, e.g.:
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. BANCÁRIO. AGRAVO
REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. ALIENAÇÃO
FIDUCIÁRIA EM GARANTIA. AÇÃO DE BUSCA E
APREENSÃO. DISCUSSÃO DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS.
POSSIBILIDADE. DECISÃO MANTIDA.
1. A Segunda Seção consolidou entendimento afirmando ser
"possível a discussão sobre a legalidade de cláusulas
contratuais como matéria de defesa na ação de busca e
apreensão" (REsp n. 267.758/MG, , Relator Ministro ARI
PARGENDLER, Relator para Acórdão' Ministro ALDIR
PASSARINHO JUNIOR, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em
27/4/2005, DJ 22/6/2005, 222).
2. Agravo regimental a que se nega provimento.
(AgRg no REsp 1573729/SP, Rel. Ministro ANTONIO CARLOS
FERREIRA, QUARTA TURMA, julgado em 23/02/2016, DJe
01/03/2016)

Não há falar, destarte, contrariamente ao postulado pela ré, em


provimento revisional, sem que tenha sido postulada a devida
reconvenção. A análise cabível em sede de defesa é pontual quanto
aos eventuais encargos passíveis de descaracterização da mora, os
quais, no que se refere ao contrato de consórcio com garantia
fiduciária (f1.15), restringem-se à taxa de administração.

No especial, contudo, a parte não impugnou o fundamento de que, no


tocante ao contrato de consórcio com garantia fiduciária, a análise cabível
em sede de defesa restringe-se à taxa de administração.
Incide, portanto, a Súmula n. 283 do STF.
Por fim, o TJRS, à luz da Súmula n. 538 do STJ, negou provimento ao
recurso de apelação. A Corte de origem assentou que, tratando-se de
encargo livremente fixado pelas administradoras, não há falar em
abusividade in casu.
De acordo com a jurisprudência do STJ, "As administradoras de consórcio
têm liberdade para fixar a respectiva taxa de administração, nos termos do
art. 33 da Lei nº 8.177/91 e da Circular nº 2.766/97 do Banco Central, não
havendo que se falar em ilegalidade ou abusividade da taxa contratada
superior a 10%" (REsps n. 1.114.606/PR e 1.114.604/PR – Tema n.
499/STJ).
Nesse sentido:
CIVIL. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM
RECURSO ESPECIAL. CONSÓRCIO. DESISTÊNCIA. RESTITUIÇÃO
DE PARCELAS. TRIGÉSIMO DIA SEGUINTE AO ENCERRAMENTO
DO GRUPO. TAXA DE ADMINISTRAÇÃO. LEGALIDADE. DECISÃO
MANTIDA.
1. Nos termos da jurisprudência da Segunda Seção, firmada no bojo
de recurso especial representativo de controvérsia, a administradora
do consórcio tem até trinta dias, a contar do prazo previsto
contratualmente para o encerramento do grupo, para devolver os
valores vertidos pelo consorciado desistente ou excluído.
2. Também conforme entendimento firmado pela Segunda Seção
desta Corte, as administradoras de consórcio possuem liberdade para
fixar a respectiva taxa de administração, nos termos do art. 33 da Lei
n. 8.177/1991 e da Circular n. 2.766/1997 do BACEN, não sendo
considerada ilegal ou abusiva taxa fixada em percentual superior a
10% (dez por cento).
3. Agravo interno a que se nega provimento.(AgInt no AREsp
1.141.328/DF, de minha relatoria, QUARTA TURMA, julgado em
19/6/2018, DJe 29/6/2018.)

AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS DECLARATÓRIOS NO


RECURSO ESPECIAL. AÇÃO COLETIVA. VIOLAÇÃO AO ART. 535
DO CPC. INEXISTÊNCIA. PEDIDO GENÉRICO. TUTELA COLETIVA.
CABIMENTO. PREQUESTIONAMENTO. AUSENTE. INCIDÊNCIA DA
SÚMULA N.º 211/STJ. CONSÓRCIO. TAXA DE ADMINISTRAÇÃO.
LEGALIDADE. QUESTÃO SUBMETIDA AO RITO DOS RECURSOS
REPETITIVOS. ARTIGO 543-C DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.
1. Inexistência de maltrato ao art. 535, do CPC, quando o acórdão
recorrido, ainda que de forma sucinta, aprecia com clareza as
questões essenciais ao julgamento da lide.
2. A ação coletiva permite que o pedido mediato seja formulado de
forma genérica. Precedentes do STJ.
3. O conteúdo normativo dos dispositivos supostamente violados não
foi objeto de debate no acórdão recorrido, carecendo, portanto, do
necessário prequestionamento viabilizador do recurso
especial.Incidência da Súmula n.º 211/STJ.
4. Conforme entendimento firmado pela Segunda Seção desta Corte
Superior, as administradoras de consórcio possuem liberdade para
fixar a respectiva taxa de administração, nos termos do art. 33 da Lei
n. 8.177/1991 e da Circular n. 2.766/1997 do BACEN, não sendo
considerada ilegal ou abusiva a taxa fixada em percentual superior a
10% (dez por cento).
5. Precedente específico da Segunda Seção em sede de recurso
repetitivo. (REsp n.º 1.114.606/PR, Min. Ricardo Villas Bôas Cueva,
Segunda Seção, DJe de 20.06.2012).
6. Não apresentação pela parte agravante de argumentos novos
capazes de infirmar os fundamentos que alicerçaram a decisão
agravada.
7. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.
(AgRg nos EDcl no REsp 1.192.519/RS, Rel. Ministro PAULO DE
TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA, julgado em 5/5/2015,
DJe 12/5/2015.)

Incide, portanto, a Súmula n. 83 do STJ.


Ante o exposto, NEGO PROVIMENTO ao agravo.
Na forma do art. 85, § 11, do CPC/2015, MAJORO os honorários
advocatícios em 20% (vinte por cento) do valor arbitrado, observando-se os
limites dos §§ 2º e 3º do referido dispositivo.
Publique-se e intimem-se.

Como delineado na decisão agravada, a questão referente à alegada


ausência de notificação na forma prevista em lei não foi prequestionada pelo Tribunal
de origem, sendo inafastável a incidência da Súmula n. 282/STF.

De outro lado, a parte, no recurso especial, não impugnou os fundamentos


da Corte local de que: (i) "não há falar, destarte, contrariamente ao postulado pela ré,
em provimento revisional, sem que tenha sido postulada a devida reconvenção" e (ii) "a
análise cabível em sede de defesa é pontual quanto aos eventuais encargos passíveis
de descaracterização da mora, os quais, no que se refere ao contrato de consórcio com
garantia fiduciária (fl. 15), restringem-se à taxa de administração" (e-STJ fl. 399).

Aplica-se, portanto, a Súmula n. 283/STF.

Por fim, encontra-se em consonância com a jurisprudência do STJ, a atrair a


incidência da Súmula n. 83/STJ, a conclusão do Colegiado estadual de que "a taxa de
administração é de livre estipulação pela empresa administradora do consórcio" (e-STJ
fl. 399).

Com efeito, para esta Corte Superior, as administradoras de consórcio têm


liberdade para fixar a respectiva taxa de administração, não havendo falar em
ilegalidade ou abusividade da taxa contratada superior a 10% (dez por cento). A
propósito:
RECURSO ESPECIAL. RITO DO ART. 543-C DO CPC. CONSÓRCIO.
TAXA DE ADMINISTRAÇÃO. FIXAÇÃO. LIMITE SUPERIOR A 10% (DEZ
POR CENTO). AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE E ABUSIVIDADE. LIVRE
PACTUAÇÃO PELAS ADMINISTRADORAS. POSSIBILIDADE. ANÁLISE DE
OFENSA A DISPOSITIVO CONSTITUCIONAL - ARTIGO 22, INCISO XX.
IMPOSSIBILIDADE. USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL. ARTIGO 421 DO CPC. AUSÊNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA Nº 282/STF.
1 - As administradoras de consórcio têm liberdade para fixar a respectiva
taxa de administração, nos termos do art. 33 da Lei nº 8.177/91 e da Circular
nº 2.766/97 do Banco Central, não havendo falar em ilegalidade ou
abusividade da taxa contratada superior a 10% (dez por cento), na linha dos
precedentes desta Corte Superior de Justiça (AgRg no REsp nº
1.115.354/RS, Rel. Ministro Paulo de Tarso Sanseverino, Terceira Turma,
julgado em 27/3/2012, DJe 3/4/2012; AgRg no REsp nº 1.179.514/RS, Rel.
Ministro Antonio Carlos Ferreira, Quarta Turma, julgado em 20/10/2011, DJe
26/10/2011; AgRg no REsp nº 1.097.237/RS, Rel. Ministro Raul Araújo,
Quarta Turma, julgado em 16/06/2011, DJe 5/8/2011; AgRg no REsp nº
1.187.148/RS, Rel. Ministra Nancy Andrighi, Terceira Turma, julgado em
3/5/2011, DJe 10/5/2011; AgRg no REsp nº 1.029.099/RS, Rel. Ministro
Sidnei Beneti, Terceira Turma, julgado em 14/12/2010, DJe 17/12/2010;
EREsp nº 992.740/RS, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão, Segunda Seção,
julgado em 9/6/2010, DJe 15/6/2010).
2 - O Decreto nº 70.951/72 foi derrogado pelas circulares posteriormente
editadas pelo BACEN, que emprestaram fiel execução à Lei nº 8.177/91.
3 - Descabe ao Superior Tribunal de Justiça examinar a suposta violação de
matéria constitucional, porquanto enfrentá-la significaria usurpar
competência que, por expressa determinação da Constituição Federal,
pertence ao Supremo Tribunal Federal.
4 - Ausente o prequestionamento, até mesmo de modo implícito, de
dispositivo apontado como violado no recurso especial, incide o disposto na
Súmula nº 282/STF.
5 - Refoge à competência desta Corte, nos termos da Súmula nº 7/STJ,
qualquer pretensão de análise de prejuízo relativo à desistência de
consorciado quando dependa da efetiva prova, ônus que incumbe à
administradora do consórcio (REsp nº 871.421/SC, Rel. Ministro Sidnei
Beneti, Terceira Turma, julgado em 11/3/2008, DJe de 1º/4/2008).
6 - Recurso especial parcialmente conhecido, e nessa parte, provido.
(REsp 1.114.604/PR, Relator Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA,
SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 13/6/2012, DJe 20/6/2012.)

Assim, não prosperam as alegações constantes no recurso, incapazes de


alterar os fundamentos da decisão impugnada.

Diante do exposto, NEGO PROVIMENTO ao agravo interno.

É como voto.
TERMO DE JULGAMENTO
QUARTA TURMA
AgInt no AREsp 1.612.915 / RS
Número Registro: 2019/0328483-0 PROCESSO ELETRÔNICO

Número de Origem:
70082849282 00405212720078210019 01056774820198217000 70081337685 01915796620198217000
70082196700 02568372320198217000 405212720078210019 1056774820198217000 1915796620198217000
2568372320198217000

Sessão Virtual de 12/05/2020 a 18/05/2020

Relator do AgInt
Exmo. Sr. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA

Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro MARCO BUZZI

AUTUAÇÃO

AGRAVANTE : INGETEC INJETADOS LTDA


ADVOGADOS : JOSUÉ ANTONIO DE MORAES - RS028448
LUIS ANTONIO MARONEZ - RS023601
RAFAEL FOGACA - RS050798
AGRAVADO : RODOBENS ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS LTDA
ADVOGADOS : THIAGO TAGLIAFERRO LOPES - SP208972
JEFERSON ALEX SALVIATO - SP236655
EDUARDO RIHL CASTRO - RS079243
LEANDRO GARCIA - SP210137

ASSUNTO : DIREITO DO CONSUMIDOR - CONTRATOS DE CONSUMO - CONSÓRCIO

AGRAVO INTERNO

AGRAVANTE : INGETEC INJETADOS LTDA


ADVOGADOS : JOSUÉ ANTONIO DE MORAES - RS028448
LUIS ANTONIO MARONEZ - RS023601
RAFAEL FOGACA - RS050798
AGRAVADO : RODOBENS ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS LTDA
ADVOGADOS : THIAGO TAGLIAFERRO LOPES - SP208972
JEFERSON ALEX SALVIATO - SP236655
EDUARDO RIHL CASTRO - RS079243
LEANDRO GARCIA - SP210137
TERMO

A Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, decidiu negar provimento ao
recurso, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator.
Os Srs. Ministros Luis Felipe Salomão, Raul Araújo, Maria Isabel Gallotti e Marco Buzzi
votaram com o Sr. Ministro Relator.
Presidiu o julgamento o Sr. Ministro Marco Buzzi.

Brasília, 18 de maio de 2020

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