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Dispositivos atuais de fisioterapia respiratória

A fisioterapia torácica com drenagem brônquica é o tratamento padrão para


mobilização e remoção de secreções das vias aéreas em muitos tipos de disfunção
respiratória, especialmente na doença pulmonar crônica, como fibrose cística,
bronquiectasia, bronquite, asma brônquica, síndrome da discinesia ciliar primária. 
A fisioterapia torácica tem se mostrado eficaz na manutenção da função
pulmonar e na prevenção ou redução de complicações respiratórias em pacientes
com doenças respiratórias crônicas.
No entanto, a fisioterapia torácica padrão é muito trabalhosa e demorada,
tanto para pacientes hospitalizados, como não hospitalizados com desobstrução das
vias aéreas prejudicada. Por isso muitos pacientes se recusam a fazer fisioterapia
diária e interrompem com todas as consequências ruins.
Nos últimos anos, surgiram dispositivos de fisioterapia respiratória que
oferecem alternativas a fisioterapia torácica padrão, que consomem menos tempo e
oferecem maior independência ao paciente com doença pulmonar crônica. 
De acordo com a literatura recente, dispositivos de fisioterapia respiratória são
introduzidos como métodos terapêuticos alternativos com o objetivo de facilitar e
melhorar a mobilização do muco das vias aéreas, por meio do qual se consegue
melhor ventilação pulmonar e melhora da função pulmonar. Esses dispositivos são
seguros e oferecem uma liberação das vias aéreas aceitável para a fisioterapia
torácica convencional.
Pacientes com doenças respiratórias crônicas preferem utilizar aparelhos de
fisioterapia respiratória por seus benefícios, como a aplicação independente e o
custo reduzido da terapia. Tratamentos com aerossol podem ser administrados
enquanto o paciente está usando esses dispositivos, se necessário. 
Os aparelhos atuais de fisioterapia respiratória são: Pressão Expiratória
Positiva, Oscilação da Parede Torácica de Alta Freqüência, Oscilação Oral de Alta
Freqüência, Ventilação Percussiva Intrapulmonar, Espirometria de Incentivo e o
Aparelho Flutter.
Terapia respiratória para remoção de secreções brônquicas em pacientes
adultos ventilados mecanicamente

A ventilação mecânica é indicada na insuficiência respiratória aguda


reversível. A assistência ventilatória permite que os músculos respiratórios
repousem (enquanto melhora a troca gasosa) e ajuda a manter a oxigenação até
que o paciente seja capaz de respirar sem assistência.
Durante a ventilação mecânica, as vias aéreas superiores devem ser
mantidas desobstruídas, mas o posicionamento de um tubo traqueal e a sedação
prolongada tornam impossível a mobilização e expectoração eficazes das secreções
pulmonares.
O uso de suporte ventilatório invasivo aumenta o risco de complicações
pulmonares, como pneumonia associada ao ventilador, que é definida como
infecção pulmonar do parênquima que ocorre mais de 48 horas após o início da
ventilação mecânica.
Ocorre em aproximadamente 9% a 27% dos pacientes que recebem
ventilação mecânica invasiva e está associada a uma taxa geral de mortalidade
hospitalar de 30% a 70%.
A incapacidade de eliminar as secreções brônquicas, devido à atividade
secretora excessiva e à perda de força muscular, está associada ao aumento das
complicações. Como consequência, é um dos principais contribuintes para as
dificuldades na retirada do suporte ventilatório.
A fisioterapia respiratória é utilizada em pacientes ventilados mecanicamente,
tanto para aqueles que estão intubados quanto para aqueles com
traqueostomia. Consiste em um conjunto de técnicas de mobilização e eliminação de
secreções pulmonares como meio de proporcionar melhores condições para a
ventilação pulmonar adequada. Isso ocorre por meio da reexpansão da atelectasia
pulmonar, aumento da complacência pulmonar e taxas de fluxo expiratório e
redução das complicações pulmonares.
Existem evidências de que a fisioterapia respiratória regular reduz
significativamente a incidência de complicações pulmonares.
O mecanismo desse efeito é incerto. Não está claro se a fisioterapia
respiratória é eficaz no tratamento de complicações pulmonares estabelecidas, e a
fisioterapia respiratória por si só pode causar complicações como barotrauma ou
instabilidade hemodinâmica.
Esta revisão sistemática irá resumir a evidência clínica existente sobre a
eficácia e segurança das técnicas de fisioterapia usadas para a remoção de
secreções brônquicas em pacientes ventilados mecanicamente, bem como realizar
uma comparação.

Higiene das vias aéreas na unidade de terapia intensiva

A eliminação das secreções das vias aéreas, ou higiene das vias aéreas, é
um processo fisiológico normal necessário para a preservação da potência das vias
aéreas e a prevenção de infecção do trato respiratório. A eliminação deficiente das
secreções das vias aéreas pode resultar em atelectasia e pneumonia, e pode
contribuir para a insuficiência respiratória, levando à admissão em uma Unidade de
Terapia Intensiva (UTI).
Métodos físicos para aumentar a eliminação de secreções são
frequentemente usados na UTI. Esta revisão enfoca métodos mecânicos e agentes
farmacológicos comumente usados para manter a higiene das vias aéreas na UTI e
seus efeitos sobre os resultados clínicos de pacientes criticamente enfermos. 
O impacto da higiene oral, aspiração traqueal, broncoscopia, agentes
controladores de muco e terapia cinética na incidência de infecções respiratórias
nosocomiais, tempo de permanência no hospital e na UTI e mortalidade serão
discutidos. Sempre que possível, destila-se os dados disponíveis em
recomendações para higiene das vias aéreas em pacientes de UTI.

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