Programa de fisioterapia intradialítica baseado na teoria na prática:
um projeto de melhoria de qualidade
No Brasil, 58.968 pessoas recebem terapia de substituição renal para Doença
Renal em Estágio Terminal (DRET), das quais 41% realizam Hemodiálise (HD). A HD é normalmente prescrita três vezes por semana durante 4 horas ao longo da vida do paciente ou até o transplante e está associada a altos níveis de descondicionamento e incapacidade caracterizados por uma redução no exercício e capacidade funcional, níveis significativos de depressão e qualidade reduzida de vida. A fisioterapia intradialítica pode melhorar muitos desses problemas e atinge maior adesão do que os programas domiciliares ou ambulatoriais. No entanto, a implementação da fisioterapia intradialítica na prática tem sido lenta nacional e internacionalmente. Numerosos estudos relataram barreiras multifatoriais e desafios para a aceitação e envolvimento da fisioterapia intradialítica entre os pacientes e a equipe em HD, mas poucos desenvolveram e avaliaram programas de fisioterapia intradialítica baseados em teoria que abordam essas barreiras. Idealiza-se abordar os baixos níveis de função física e qualidade de vida localmente por meio da introdução de um programa de fisioterapia intradialítica, mas, em comum com pesquisas anteriores, descobriu-se que a equipe de HD e os pacientes enfrentam várias barreiras para participar ou se envolver com fisioterapia intradialítica. Este trabalho descreve o desenvolvimento, refinamento e avaliação de um programa de fisioterapia intradialítica baseado em teoria estruturado de acordo com as diretrizes de padrões para excelência em relatórios de melhoria da qualidade. Os objetivos são melhorar os resultados dos pacientes por meio da introdução de um programa de fisioterapia intradialítica, para avaliar a captação e sustentabilidade do paciente e aumentar o envolvimento da equipe de HD com a aplicação da fisioterapia intradialítica. Os efeitos dos exercícios intradialíticos na qualidade de vida de pacientes mais velhos em hemodiálise
A diálise é sempre considerada o único suporte e medida naqueles para
quem o transplante renal seria apropriado. A diálise é usada para fornecer uma substituição para pacientes com insuficiência renal, onde as toxinas do sangue podem ser eliminadas amplamente. O maior crescimento em indivíduos que requerem tratamento para Doença Renal em Estágio Terminal (DRET) está entre pessoas idosas. Pacientes mais velhos em Hemodiálise (HD) têm numerosas comorbidades e complicações de DRET que limitam a tolerância ao exercício, reduzem a capacidade física e aumentam as deficiências funcionais. Nos últimos anos, avanços na tecnologia de diálise permitiram que pacientes em diálise recebessem tratamento de longo prazo. Apesar da população idosa estar aumentando, o número de pacientes com doenças crônicas está diminuindo. No entanto, o número de pacientes idosos em manutenção de diálise, bem como o número de pacientes que requerem assistência com Atividades de Vida Diária (AVD) devido a um declínio na função física está aumentando. Portanto, a reabilitação renal é proposta como um novo método para resolver esses problemas. A reabilitação renal visa aliviar sintomas, manter/promover a aptidão física e a saúde, reduzir a carga mental e melhorar a Qualidade De Vida (QDV). Isso é implementado por meio de terapia de exercícios, que tem se mostrado eficaz na melhoria da tolerância ao exercício do paciente, treinamento físico e capacidade funcional e QDV. Apesar dos benefícios relatados do exercício, pacientes mais velhos em HD tendem a demonstrar baixos níveis de participação ou interesse em programas de exercícios. Este estudo fornece uma evidência dos efeitos positivos da fisioterapia intradialítica e melhora da QDV de idosos em hemodiálise. Efeitos do exercício intradialítico na capacidade cardiopulmonar na doença renal crônica
Pacientes com Doença Renal Crônica (DRC) apresentam perda lenta,
progressiva e irreversível da função renal, causando desequilíbrios metabólicos e hidroeletrolíticos. A prevalência da DRC vem aumentando nos últimos anos e, na maioria dos casos, o seu diagnóstico é tardio, quando é necessária a terapia renal substitutiva por meio de diálise peritoneal, hemodiálise ou transplante renal. Pacientes com DRC que fazem hemodiálise apresentam pior capacidade funcional, que está relacionada ao descondicionamento e baixa tolerância à atividade física. O comportamento sedentário é causa ou consequência da progressão da doença, e a baixa capacidade funcional está associada ao aumento da mortalidade. Vários sistemas, incluindo a função cardiovascular e respiratória, são prejudicados em pacientes com DRC em diálise, que é induzida por complicações como toxinas urêmicas acumuladas e outras impurezas, sobrecarga de volume por retenção de líquidos, anemia por falta de produção de eritropoietina e hiperparatireoidismo. Isso se deve tanto ao tratamento de hemodiálise (por exemplo, imobilidade e fadiga pós-diálise) quanto à própria doença (neuro e miopatia urêmica, anemia, anormalidades cardiovasculares e desequilíbrio eletrolítico). A doença cardiovascular é a principal causa de morbimortalidade na DRC, com quase o dobro da incidência na população geral. Além disso, pacientes com DRC com comorbidades cardiovasculares têm apresentado piora progressiva da capacidade funcional. Complicações respiratórias também são comuns, como edema pulmonar intersticial e padrões espirométricos restritivos. O Teste Cardiopulmonar de Exercício (TCPE) pode ser usado para determinar de forma objetiva a capacidade funcional, que envolve os sistemas pulmonar e cardiovascular. O valor do consumo de oxigênio de pico (VO 2pico) obtido no TCPE define a capacidade aeróbia funcional da pessoa e tornou-se o padrão ouro para a aptidão cardiopulmonar. Estudos mostram que valores de VO 2pico maiores que 17,5 ml/min/Kg são preditores de sobrevida em pacientes com DRC, indicando que é fundamental avaliar tanto a capacidade funcional quanto sua evolução com o TCPE nesses pacientes. O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão sistemática e metanálise de ensaios clínicos randomizados sobre os efeitos de diferentes protocolos de exercícios intradialíticos na capacidade cardiopulmonar em pacientes com DRC. A metanálise expande os resultados avaliando a função cardiopulmonar dos pacientes, que muitas vezes é ignorada nesta população.