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HMA

Paciente de 65 anos, masculino, previamente HAS, portador de DRGE (diagnóstico recente - prescrito tratamento com
dexilant e motilium na última segunda-feira) e ex-tabagista (abstêmio há cerca de 25 anos), dá entrada nesta unidade
acompanhado da esposa, que é enfermeira. O paciente conta que na manhã anterior, ao acordar, apresentou dor
retroesternal, tipo queimação.Houve melhora espontânea. No início da tarde, houve recorrência da dor. Hoje, na hora do
almoço, cursou novamente com a dor retroesternal, tipo queimação, com irradiação para MSE. Novamente, por volta
das 17h, cursou com a dor, com as mesmas características. Nega sudorese fria, náusea, vômitos e dispnéia. Persistência
de dor motivou atendimento médico. ECG com Infra de ST de V2-V4. Optado inicialmente por seriar ECG e MNM.
Evoluiu com persistencia de dor. Visto ECG prévio com normalidade. Optado por indicação de cateterismo de urgência
por criterio de instabilidade clínica com alteração dinâmica de ECG. Procedimento com evidência de DAC multiart
erial, com aspecto de oclusão crônica em CD e suboclusão de ramo Diagonal precoce. Realizada ATC de Di
agonal, com sucesso, observada oclusão do fino subramo envolvido do ramo diagonal, sem qualquer reperc
ussão clínica, eletrocardiográfica ou hemodinâmica; indicado manejo conservador. Procedimento via radial d
ireita, curativo compressivo local. Encaminhado a UCV lúcido, orientado. DP controlado, sem DVA. ECG co
m resolução de infra de ST em parede anterior

Med: tegretol 200mg 12/12 + Atacand 16mg

PO (14/08) ATC de Dg1 com Stent Farmacológico


1. IAM SSST KI (13/08) – TIMI 5 (Risco 26%) > DAC grave multiarterial com oclusão crônica d
e CD
2. HAS
3. DRGE
4. Epilepsia (uso prévio de Tegretol)
5. Ex-tabagista de longa data

EVOLUÇÃO: Paciente evoluiu com estabilidade clínica, recorrência de dor torácica ou dispnéia. Sem intercorrências
Seriados ECG e MNM. IAM tipo Iva, sem repercussão clinica
Realizados Eco TT e DaCCVV: laudos abaixo
Ajustadas medidas para IC e DAC, com adequado controle de Duplo Produto
NEURO: Vigil e contactante no período. Em RASS 0. Sem déficit neurológico agudo aparente.
ACV: Hemodinâmica estável. Mantendo ritmo cardíaco regular. MNM em queda,
AR: VE em ar ambiente, com padrão ventilatório confortável, eupneico, mantendo boa oximetria.
RENAL: Diurese em bom fluxo, com função renal preservada. Ur: 35. Cr: 0,8. Na: 136. K: 4,7. Mg: 1,9. P: 4,0.
TGI: Dieta via oral com boa aceitação. Abdome flácido, RHA +, sem sinais de dor ou irritação peritoneal. Glicemias
controladas. Dej: 17/08
HEMATO: Sem exteriorização de sangramentos. Hb: 16,5. Coaglograma normal Plaq: 179 mil. RNI: 1,09.
INFECTO: Afebril, sem ATB. Leuco: 7.550 (S/D). PCR: 2,5.

Exames
# CATE (13/08/20): CD dominante, múltiplas estenoses em terço proximal e médio, com imagens negativas i
ntraluminais sugestivas de trombos recanalizados; encontra-se ocluída em terço distal. TCE IAS. DA com m
últiplas lesões de 25-50% em terço proximal, médio e distal. 1o grande ramo Dfg precoce (diagonalis) bifurc
ado, com estenose proximal de 99% (placa de contornos irregulares, sugerindo instabilidade). 2o e 3o ramo
s Dgs finos, com estenoses ostiais de 75-90%. Cx com estenose proximal de 50-75%. A coronária esquerda
emite circulação colateral para a CD grau 2 em 3 de Rentrop. VE com função contrátil global preservada e hi
pocinesia discreta inferolateral; Aorta ascendente ectásica, "desenrolada"; válvula aórtica tricúspide, com refl
uxo discreto.
# ECO TT (14/08/20): FEVE 54%. AE 39mm. Aumento discreto do AE. Remodelamento concêntrico do VE.
Função sistólica do VE preservada, apesar de hipocinesia em paredes ínfero-lateral (segmentos basal) e se
ptal (segmento basal). DD tipo II. IM de grau discreto.

Conduta:
Orientado a retornar ao Serviço de Emergência mais próximo em caso de aparecimento de dor torácica, dispnéia em
repouso e outros sinais e sintomas sugestivos de angina e infarto;
Orientado sobre os cuidados com o sítio de punção (não carregar peso, não dirigir por 7 dias, não subir escadas) e
observação de aparecimento de sinais e sintomas de alarme (hematoma, hiperemia, secreção);
Orientado sobre a necessidade de aderência medicamentosa, em especial a antiagregação plaquetária (AAS e Brilinta);
Orientado em relação a mudança de estilo de vida (dieta, atividade física, cessação do tabagismo, manutenção/perda de
peso) e controle dos fatores de risco (HAS, DM, dislipidemia);
Orientado a só retomar atividades físicas quando houver liberação de seu médico assistente;
Informado sobre a necessidade de retorno médico ambulatorial no prazo de 30 dias;
Informado que receberá contato telefônico em 3 meses e 12 meses de um profissional de saúde do Instituto de Ensino e
Pesquisa para informações a respeito da sua evolução e necessidade de novos procedimentos.

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