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br Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● ANATOMIA TOPOGRÁFICA

ANATOMIA TOPOGRÁFICA DO TÓRAX 2016


Arlindo Ugulino Netto.

PAREDE TORÁCICA

A parede torácica, além de proteger o conteúdo da cavidade torácica, possui a função de participar no
mecanismo da respiração. Durante a respiração, os músculos do tórax, juntamente com o diafragma e os músculos
abdominais, variam o volume dessa caixa.
A parede torácica é constituída pela pele, tecido subcutâneo, fáscia, músculos e arcabouço ósseo do tórax.

OBS:
 Caixa torácica: tórax ósseo.
 Cavidade torácica: espaço interno e seu conteúdo.
 Parede torácica: caixa torácica, pele, fáscia, músculos.

A fáscia superficial (ou tecido subcutâneo) é composta de tecido conjuntivo frouxo e está intimamente ligada
pelos retináculos da pele, contendo quantidades variáveis de gordura, glândulas sudoríparas, vasos sanguíneos e
linfáticos – nas mamas, as glândulas mamárias.
A fáscia de revestimento ou fáscia torácica é uma membrana fibrosa fina, densa, sem gordura aderida e está
frouxamente presa ao tecido subcutâneo. Ela reveste intimamente os músculos e tendões associados e ajuda a manter
as partes do tórax unidas e apresenta uma barreira contra infecções.

ESQUELETO DA PAREDE TORÁCICA


O esqueleto do tórax forma a caixa torácica
osteocartilagínea, a qual protege as vísceras torácicas e alguns
órgãos abdominais. O esqueleto torácico inclui:
 12 pares de costelas e cartilagens costais
 12 vértebras torácicas e discos intervertebrais
 Osso Esterno

COSTELAS
As costelas são em número de 12 pares. São ossos
alongados, em forma de semi-arcos, ligando as vértebras torácicas
ao esterno. Podem ser classificadas de duas maneiras:
a) Articulam-se diretamente (verdadeiras), indiretamente
(falsas) ou não se articulam com o osso esterno (flutuantes):
 7 Pares Verdadeiras (1ª a 7ª): Articulam se
diretamente ao esterno.
 3 Pares Falsas Propriamente Ditas (8ª a 10ª): Articulam-se indiretamente (cartilagens)
 2 Pares Falsas Flutuantes (11ª a 12ª): São livres

b) Costelas típicas (3ª a 9ª), que apresentam as seguintes estruturas:


 Cabeça: cuneiforme e com duas faces articulares, separadas pela crista da cabeça da costela. A face
articular inferior articula a costela com sua vértebra numericamente correspondente. A face articular
superior articula a costela com a vértebra superior a ela.
 Colo: une a cabeça ao corpo no nível do tubérculo.
 Tubérculo: junção do colo e do corpo e possui uma face articular lisa, para a articulação com o processo
transverso da vértebra e uma face não-articular rugosa, para a fixação do ligamento costotransversário.
 Corpo: fino, plano e curvo.
 Ângulo da costela: parte mais fina da costela, onde ela se volta antero-lateralmente.

c) Costelas Atípicas (1ª, 2ª e 10ª – 12ª) são mais diferentes:


 A primeira costela é mais larga, mais curta e mais curva das sete costelas verdadeiras. Possui apenas
uma única face articular em sua cabeça para T1.
 A segunda costela é mais típica, seu corpo é mais fino, menos curvo e significativamente mais longa que
a primeira, apresentando também duas faces articulares em sua cabeça para T1 e T2. Sua característica
atípica é a presença da tuberosidade do músculo serrátil anterior.
 As 10ª – 12ª costelas, como a primeira, apresentam apenas uma face articular.
 A 11ª e a 12ª são curtas e não possuem colo nem tubérculo.
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OBS: Espaços intercostais. São espaços que separam as costelas entre si. Cada espaço é numerado de acordo com
a costela que forma a borda superior do espaço. Os espaços intercostais são ocupados por músculos e membranas
intercostais, e dois conjuntos (principal e colateral) de vasos e nervos intercostais identificados pelo mesmo número
atribuído ao espaço. De superior para mais inferior, a sequência inicial da posição dessas estruturas no espaço é: veia,
artéria e nervo intercostal.
OBS²: Cartilagem costal. Cartilagens que prolongam as costelas anteriormente, contribuindo para elasticidade da
parede torácica.

OSSO ESTERNO
O osso esterno (do Grego, peito) é um osso plano, alongado, que forma
a região intermediária da parte anterior da caixa torácica. É um importante osso
hematopoiético. O esterno está divido em três porções: manúbrio, corpo e
processo xifoide. Nessas porções, encontramos as seguintes estruturas:
 Manúbrio
 Incisura jugular (ao nível de T3-T4)
 Sínfise manúbrio-esternal
 Ângulo do esterno (entre T4 e T5)
 Corpo: Incisuras costais e Cristas transversas
 Processo xifoide (ao nível de T10)
 Ligamentos do Esterno

VÉRTEBRAS TORÁCICAS
São vértebras típicas porque são independentes, possuem corpos, arcos vertebrais e sete processos para conexões
musculares e articulares. Como características específicas das vértebras T1 a T2 temos:
 Fóveas costais nos corpos e processos transversos
 Fóvea costal superior e inferior
 Processos espinhosos longos

ABERTURAS DO TÓRAX
A caixa torácica é “vasada” superior e inferiormente, permitindo a passagem de
estruturas em geral e a comunicação do tórax com o pescoço e abdome.
 Abertura Superior do tórax (6,5cm x 12,5cm): a entrada anatômica do tórax é
delimitada da seguinte forma:
 Posteriormente, pela vértebra T1
 Lateralmente, pelo 1º par de costelas e suas cartilagens costais.
 Anteriormente, pela borda superior do manúbrio.
 Estruturas que ultrapassam essa abertura: esôfago, traqueia, nervos e vasos
que suprem e drenam a cabeça, pescoço e membros superiores.

 Abertura Inferior do tórax: a saída anatômica do tórax é muito mais espaçosa


que a superior. Essa abertura é separada do abdome pelo músculo diafragma. É
limitada da seguinte forma:
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 Posteriormente, pela 12ª vértebra.


 Póstero lateralmente, pelos 11º e 12º pares de costela.
 Antero lateralmente, as cartilagens costais unidas das 7ª a 10ª costelas.
 Anteriormente, pela articulação xifoesternal.

ARTICULAÇÕES DA PAREDE DO TÓRAX


Os movimentos da parede torácica são frequentes devido ao ato de respiração, por tanto, qualquer distúrbio que
reduza a mobilidade destas articulações, interfere diretamente e principalmente na respiração. As articulações da parede
torácica ocorrem entre:
 As vértebras: articulações intervertebrais.
 As costelas e as vértebras: articulações costovertebrais.
 As costelas e as cartilagens costais: articulações costocondral. Ocorre a junção da extremidade lateral da
cartilagem costal com a extremidade esternal da costela, havendo uma continuidade do periósteo com o
pericôndrio. Não possui movimento.
 As cartilagens costais: articulações intercondrais. Ocorre entre as cartilagens costais 6ª e 7ª, 7ª e 8ª, 8ª e 9ª. Há
presença de cápsula articular e ligamentos intercondrais.
 O esterno e as cartilagens costais: articulações esternocostais. Ocorre entre as cartilagens costais da 1ª a 7ª
costelas e o esterno. Para o 1ª par, as articulações cartilagíneas primárias (sincondroses). Para o 2º ao 7º par de
costelas, as articulações são sinoviais.
 O esterno e a clavícula: articulações esternoclaviculares.
 As partes do osso esterno: sincondroses manúbrioesternal e xifoesternal.

OBS: A cabeça de cada costela articula-se com a parte superior da vértebra correspondente (de mesmo número), com a
parte inferior da vértebra superior a ela e o disco adjacente que une as vértebras. Já a crista da cabeça da costela fixa-
se no disco por meio de um ligamento intra-articular. Porém a cabeça da 1ª, 11ª e 12ª (as vezes, a 10ª) articula-se
apenas com a vértebra correspondente.
OBS: As articulações costotransversárias (sinoviais planas) é a junção entre o tubérculo das costelas e a fóvea costal
dos processos transversos.

MOVIMENTOS DA PAREDE TORÁCICA


Movimentos da parede torácica e do diafragma produzem aumentos no volume intratorácico e nos diâmetros do
tórax, consequentemente, mudanças de pressão resultam na introdução de ar nos pulmões (inspiração): a pressão
interna do tórax diminui, fazendo com que haja entrada de ar.
Durante a expiração passiva, o músculo diafragma, os músculos intercostais entre outros relaxam, diminuindo o
volume intratorácico, aumentando a pressão interna do tórax. Consequentemente, o tecido elástico dos pulmões se
retrai, expelindo a maior parte do ar.
O diâmetro vertical da parte central da cavidade torácica aumenta durante a inspiração à medida que o
diafragma desce, comprimindo as vísceras abdominais abaixo dele. Na expiração passiva, o diafragma relaxa e as
vísceras abdominais o empurram para cima. O diâmetro transverso do tórax aumenta ligeiramente com a contração dos
músculos intercostais, os quais elevam a parte mais lateral das costelas, resultando, consequentemente, em um
movimento anteroposterior do esterno.

GLÂNDULAS MAMÁRIAS
Normalmente as mamas estão mais desenvolvidas em mulheres, uma vez que tanto homens quanto mulheres
possuem mama (inclusive, ambos podem apresentar câncer de mama). Entretanto, nos homens, a mama quase não
apresenta gordura (o tecido adiposo é o responsável pelo tamanho do seio) e as glândulas mamárias não se
desenvolvem. Ao contrário das mulheres, que apresentam glândulas mamárias como acessórios para a reprodução e
amamentação da prole.
As mamas encontram-se superficiais e proeminentes na parede torácica
anterior. Na sua porção mais apical, encontra-se a papila mamária circundada por
uma área de pele circular pigmentada, denominada de aréola.

MAMAS FEMININAS
A base circular da mama estende-se verticalmente da 2ª a 6ª costela e
transversalmente da margem lateral do esterno até a linha axilar média, entretanto
uma pequena parte da glândula mamária pode se estender ao longo da borda ínfero-
lateral do músculo peitoral maior até a axila, formando um processo axilar da mama.
As mamas crescem durante a puberdade devido ao desenvolvimento das
glândulas mamárias e pela deposição de gordura, a qual irá dar o contorno
arredondado e volume aos seios.
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Os ductos lactíferos dão origem a brotamentos que formam 15 a 20 lóbulos de tecido glandular, que constituem
as glândulas mamárias. O seio lactífero é uma porção dilatada de cada ducto.

GLANDULAS MAMÁRIAS
As glândulas mamárias são glândulas sudoríparas modificadas, por tanto, não possuem cápsula ou bainha
especial. Os alvéolos que secretam leite estão dispostos como uvas em cacho. Durante a gestação, a glândula mamária
aumenta e novos tecidos glandulares são formados. Entretanto, durante o ciclo menstrual, pode haver aumento da
mama devido uma maior deposição de gordura por hormônios gonadotróficos (LH e FSH).

OBS: Dois terços do leito da mama são formados pela fáscia peitoral sobre o musculo peitoral maior.
OBS: O espaço retro-mamário é um espaço virtual entre a mama e a fáscia peitoral. É um espaço plano de tecido
conjuntivo frouxo, contendo uma pequena quantidade de gordura, que permite um certo grau de movimento a mama.
OBS: Ligamentos suspensores da mama: ligamentos subcutâneos que firmam a glândula a derme.

VASCULATURA DA MAMA
O suprimento arterial e feito por ramos derivados da artéria torácica interna (ramo da A. subclávia), artéria
torácica lateral e toracoacromial (ramos da A. axilar), além de artérias intercostais posteriores.
A drenagem venosa da mama é principalmente levada para a veia axilar, podendo também ser drenada para a
veia torácica interna.

A linfa segue da papila, aréolas e lóbulos da glândula segue para o plexo linfático subareolar. 75% da linfa é
drenada para linfonodos axilares. O restante (25%) é drenada para linfonodos paraesternais, mama oposta e linfonodos
abdominais.

OBS: É importante conhecer a drenagem linfática das mamas devido ao seu papel na metástase das células
cancerígenas.

Os vasos linfáticos na pele da mama (exceto na papila mamária e aréola) drenam para linfonodos axilares,
cervicais profundos inferiores e infraclaviculares e também para linfonodos paraesternais de ambos os lados.

NERVOS DA MAMA
Os nervos mamários originam-se dos ramos cutâneos anteriores e laterais do 4º ao 6º nervos intercostais. Os
ramos dos nervos intercostais conduzem fibras sensitivas para a pele da mama e fibras simpáticas para os vasos
sanguíneos localizados nas mamas e para o músculo liso, situado na pele da papila mamária.

MÚSCULOS DA PAREDE TORÁCICA


1. Peitoral Maior
 Origem: Porção clavicular: metade medial da clavícula; Porção esternocostal: Esterno e seis primeiras
cartilagens costais; Porção abdominal: Aponeurose do músculo oblíquo externo do abdome.
 Inserção: Crista do tubérculo maior do úmero.
 Inervação: Nervos peitorais mediais e laterais
 Ação: Adução do braço; Flexão do braço.

2. Peitoral Menor
 Origem: Face externa da 3ª a 5ª costelas, próximo à união com as cartilagens costais
 Inserção: Processo coracoide da escápula
 Inervação: Nervo peitoral medial do plexo braquial
 Ação: Depressão da escápula; Eleva as costelas.

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3. Serrátil Posterior Inferior


 Inserção superior: PE de T11 a L2
 Inserção inferior: Margens inferiores das 4 costelas inferiores
 Inervação: Nervos intercostais (Ramos anteriores do 9º ao 12º nervos espinhais)
 Ação: Abaixa as costelas

4. Serrátil Posterior Superior


 Inserção superior: Ligamento nucal e PE de C6-7 a T2-3.
 Inserção inferior: margens superiores da 2ª a 4ª costelas.
 Inervação: nervos intercostais (2º ao 5º).
 Ação: Eleva as costelas

5. Serrátil Anterior
 Origem: Face externa das 9 costelas superiores (digitação)
 Inserção: Margem medial da escápula e ângulos superior e inferior
 Inervação: Nervo torácico longo (plexo braquial)
 Ação: Traciona ventralmente a escápula (protrusão da escápula)

6. Músculo levantador das costelas


 Inserção superior: PT torácicos
 Inserção inferior: Entre o tubérculo e o ângulo das costelas imediatamente caudais (levantador curto). Os
quatro mais caudais se inserem na segunda costela abaixo de sua origem (levantador longo).
 Inervação: Ramos posteriores dos nervos espinhais C8 a T11
 Ação: Elevam as costelas

7. Músculos Intercostais
 Músculos Intercostais externos
o 11 pares situados nos espaços intercostais (EIC)
o Fibras oblíquas no sentido antero-inferior
o Desde o tubérculo das costelas até as junções costocondrais, onde se continuam com a membrana
intercostal externa.

 Músculos Intercostais internos


o 11 pares situados nos espaços intercostais, profundamente aos m. intercostais externos
o Fibras oblíquas no sentido póstero-inferior
o Desde o esterno até o ângulo das costelas, onde se continuam com a membrana intercostal interna

 Músculos intercostais íntimos


o Parte profunda dos músculos intercostais internos, separados destes pelos vasos e nervos
intercostais.

8. Músculo transverso do tórax


 Origem: Superfície interna do esterno (1/3 inferior do corpo e processo xifoide)
 Inserção: Faces internas da 2ª a 6ª cartilagens costais
 Inervação: Nervos intercostais
 Ação: Abaixa as costelas

9. Músculo subcostal
 Origem: Face interna das costelas inferiores, próximo aos ângulos
 Inserção: Margens superiores da 2ª e 3ª costelas abaixo da origem
 Inervação: Nervos intercostais
 Ação: Provavelmente elevam as costelas

NERVOS INTERCOSTAIS
Correspondem aos ramos anteriores do respectivo nervo espinhal. Correm ao longo dos espaços intercostais
entre a pleura parietal e a membrana intercostal interna, passando pelos sulcos das costelas.
Há 11 nervos intercostais, que são classificados em típicos e os que contêm alguma particularidade. Estes são
nervos espinais, de natureza mista.
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As raízes nervosas deixam os sulcos ântero e póstero-lateral da medula espinal. As radículas nervosas
provenientes dos sulcos anterolateral possuem uma característica própria: tem função motora. Enquanto, as radículas
provenientes dos sulcos póstero-lateral também possuem uma característica própria, são nervos que possuem função
sensitiva. Então, após formadas estas duas radículas se conjugam e formam o nervo espinal, os quais estão em 31
pares ao longo da coluna vertebral em seu plano mais mediano. Após formado este segue passando pelo forame
intervertebral e então se divide em dois ramos: um ventral (ramo anterior primário) e um dorsal (ramo posterior primário).
O ramo anterior primário segue então para a inervação da parede do tórax, e este é então denominado de nervo espinal
torácico. E o ramo dorsal segue para musculatura do dorso, do pescoço e para o tecido celular subcutâneo.
A partir do ramo anterior de nervo espinal torácico este se comunica a partir de um ramo comunicante branco
com o tronco simpático, o qual irá formar a sinalização pré-sináptica, enquanto do tronco simpático sai o ramo
comunicante cinzento, sendo este comunicante do tronco para o próprio nervo, com então estímulos pós-sinápticos.
Observa-se em nível de dissecção que o ramo comunicante branco está mais lateral, e o cinzento mais medial e
posterior.
o o
Há somente 3 pares de nervos intercostais típicos: do 3 ao 6 nervo intercostal.

NERVOS INTERCOSTAIS TÍPICOS


Após se comunicar com o tronco simpático, o nervo intercostal adentra
no espaço intercostal (espaço entre duas costelas o qual possui o nome da
costela sobrejacente) na parte mais medial deste espaço.
Então, ao adentrar, localiza-se entre a fáscia endotorácica e a
membrana intercostal interna. Após adentrar, segue lateralmente, e ao passar
em uma região denominada de sulco das costelas, este formará o ramo
colateral (próximo ao ângulo da costela, inervam músculos intercostais), o qual
será atribuído de inervar a pleura parietal e alguns músculos intercostais.
Segue então passando entre os Mm. Intercostais internos e íntimos
onde então passará no sulco das costelas, em nível da linha axilar média,
forma o ramo cutâneo lateral do nervo intercostal, o qual inervará com
função sensitiva a pele da parede lateral do tórax e abdome.
Enquanto segue para formar seu ramo terminal envia pequenos ramos
musculares (Ramos musculares: para os músculos intercostais, subcostal,
transverso do tórax, levantador das costelas e serrátil posterior) para os
músculos da parede torácica. Termina como ramo cutâneo anterior (próximo
ao esterno, inervando a pele anterior do tórax e abdome), ao passar entre o
espaço intercostal e seguindo anterior ao osso esterno e formando o ramo
cutâneo anterior que provém do próprio nervo intercostal e este tem função
sensitiva para pele da face anterior do tronco.

NERVOS INTERCOSTAIS ATÍPICOS


 O 1 par de nervos intercostais não possui nem ramo cutâneo lateral nem anterior, pois a explicação utilizada
o

seria que a maioria das fibras são encaminhadas para formação do plexo braquial, daí a pequena parte que
“sobra” forma o primeiro par de nervos intercostais. Mas, quando formado os ramos cutâneos laterais estes
anastomosam suas fibras com o N. intercostobraquial e este será discutido adiante.


o o
O 2 e 3 pares de nervos intercostais, após passarem no sulco das costelas, formam um amplo ramo cutâneo
lateral, sendo este denominado de nervo intercostobraquial. Este se funde com o ramo cutâneo medial do braço
e formará a sensibilidade da região medial e posterior do braço, isto após este mesmo nervo adentrar
passando(perfurando) o M. serrátil anterior. Além de fundir-se com o ramo cutâneo medial do braço este tem
função de inervar o assoalho da axila (pele e tecido celular subcutâneo).


o o
Do 4 - 11 pares de nervos intercostais, após originarem os ramos cutâneos laterais, cruzam a margem costal
por trás para suprir a pele e os músculos abdominais, não estando entre as costelas são denominados de nervos
toracoabdominais da parede anterior abdominal. Perfuram a bainha do M. reto próximos ao plano mediano.

ARTÉRIAS DA PAREDE TORÁCICA


O suprimento da parede do tórax provém de:
 Aorta torácica: através das artérias intercostais posteriores e subcostais
 Artéria subclávia: através da artéria intercostal suprema e da artéria torácica interna
 Artéria axilar: através das artérias torácicas superior e lateral, A. tóraco-acromial, A. toracodorsal.

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As artérias intercostais seguem na parede torácica entre as costelas. Cada espaço intercostal é composto por três
artérias, exceto o 10° e 11° espaço intercostal, em que há uma artéria intercostal posterior, e dois pares de artérias
intercostais anteriores.

ARTÉRIAS INTERCOSTAIS POSTERIORES


Do 1° e 2° espaços intercostais partem a artéria intercostal suprema, proveniente de um ramo do tronco
costocervical da artéria subclávia.
Da aorta torácica vão partir artérias intercostais direita e esquerda. As da direita, percorrem um caminho maior
cruzando vértebras, passando posterior ao esôfago, ducto torácico, veia ázigo, pulmão direito e pleura. Todas emitem
um ramo posterior que acompanha o ramo posterior do nervo espinhal para suprir a medula espinhal, coluna vertebral e
músculos e pele do dorso.
As artérias intercostais continuam-se ao longo do espaço intercostal emitindo um ramo colateral que cruza o espaço
intercostal para passar na borda superior da costela inferior. A artéria intercostal prossegue sua trajetória acompanhando
os nervos intercostais passando superiormente à esses nervos, próximo ao ângulo da costela, no sulco da costela,
passando entre os músculos intercostais internos e intercostais íntimos e suprindo a esses músculos. Por fim, emite
ramos terminais e colaterais que se anastomosam com as artérias intercostais anteriores e que suprem a pele
sobrejacente a esses músculos e a pleura parietal.

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ARTÉRIA TORÁCICA INTERNA (A. MAMÁRIA INTERNA)


Originadas da artéria subclávia, descem até o tórax posteriormente à clavícula e primeira cartilagem costal sendo
cruzado pelo nervo frênico ipsilateral, continuando sua trajetória descendente sobre a superfície interna do tórax, infero-
lateralmente ao esterno, entre as cartilagens costais e o músculo transverso do tórax para dividir-se em artérias
epigástricas superior e musculofrênica, terminando-se à nível do 6º espaço intercostal. Originam diretamente as artérias
intercostais anteriores, que suprem os seis espaços intercostais superiores.

ARTÉRIAS INTERCOSTAIS ANTERIORES


Essas artérias intercostais anteriores estão ausentes nos dois espaços intercostais inferiores (supridos pelas
artérias intercostais posteriores). Um par de artérias intercostais anteriores supre as partes anteriores dos 9 espaços
intercostais superiores. Dessas artérias, uma passa próxima a margem inferior da costela superior ao espaço, e outra
próximo a margem superior da costela inferior.
As artéria intercostais anteriores que suprem os 6 espaços intercostais derivam das artérias torácicas internas.
As do 7° - 9° espaço intercostal derivam das artérias musculofrênicas. As Aa. intercostais anteriores suprem os
Mm. intercostais e envia ramos através deles para suprir os Mm. peitorais, as mamas e a pele.
Os 2 EIC inferiores apresentam apenas as artérias intercostais posteriores.

ARTÉRIA SUBCOSTAL
Ramo da aorta torácica, seguindo ao longo da margem inferior da 12ª costela distribuindo-se para a parede
abdominal anterolateral.

VEIAS DA PAREDE TORÁCICA


As veias intercostais situam-se no sulco das costelas e acompanham as artérias e nervos intercostais.
As veias intercostais posteriores se anastomosam com as veias intercostais anteriores e a maioria das
posteriores desembocam no sistema ázigo, que conduz o sangue para a veia cava superior. Já as veias intercostais
anteriores drenam para a veia torácica interna.
Nos espaços de 1 a 3 as veias intercostais posteriores unem-se para formar a veia intercostal superior que
normalmente desemboca na veia braquiocefálica do lado correspondente, entretanto, pode desembocar na veia cava
superior. As veias torácicas internas são acompanhantes das artérias torácicas internas.

SISTEMA VENOSO ÁZIGO


O sistema venoso ázigo drena o sangue do dorso, parede torácica e
abdominal, sendo formado pelas veia ázigo, veia hemiázigo e veia hemiázigo
acessória.
1. A veia ázigo é formada pela união da v. subcostal e v. lombar
ascendente, no lado direito da coluna vertebral para desembocar na veia cava
superior. Recebe a drenagem das veias: Intercostais posteriores direitas, Veia
hemiázigos, Veia hemiázigos acessória, Ramos esofágicos, Veias bronquiais
direitas e Veia intercostal superior direita.
2. A veia hemiázigo é formada pala união das veias subcostal e lombar
ascendente esquerdas. Situa-se lateralmente à esquerda da coluna vertebral e
drena as veias: Intercostais posteriores esquerdas (9-11) e pode receber a
Veia hemiázigo acessória. Termina cruzando anteriormente a coluna vertebral
para desembocar na veia ázigo na altura de T8-9.
3. A hemiázigo acessória é formada pela união de 3 ou mais veias
intercostais posteriores esquerdas, geralmente do 4° ao 8° EICE. Pode drenar
para a veia hemiázigo ou cruzar anteriormente a coluna vertebral (nível de T7
ou T8) para desembocar diretamente na veia ázigo.

OUTRAS VEIAS
• Veia intercostal superior esquerda: União da 2ª e 3ª veias intercostais posteriores que drena para a veia
braquiocefálica E.
• Veia intercostal suprema esquerda: Continuação da veia intercostal posterior esquerda do 1° EICE que drena
para a veia braquiocefálica E.

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Arlindo Ugulino Netto.

CAVIDADES PULMONARES, PULMÕES E PLEURA

As cavidades pulmonares correspondem aos compartimentos laterais do tórax, situado lateralmente, dos dois
lados, ao mediastino.

PLEURAS
Cada pulmão é revestido por um saco composto de
membranas compostas continuamente:
 Pleura visceral: reveste os pulmões, incluindo as
faces dentro das fissuras horizontal e oblíqua (não
pode ser separada do pulmão).
 Pleura parietal: reveste as cavidades pulmonares.
 Cavidade Pleural: espaço entre as lâminas da
pleura.
 Líquido Pleural

OBS: A pleura visceral é continua com a pleura parietal no


hilo do pulmão, onde as estruturas contendo a raiz do pulmão
entram e saem dele.
OBS: A pelura parietal é dividida em parte costal (reveste a
face interna da parede torácica - esterno, costelas,
cartilagens costais, músculos e membranas intercostais - e
fáscia endotorácica); parte mediastinal (reveste a face
lateral do mediastino), parte diafragmática (recobre a face
superior do diafragma) e cúpula da pleura (recobre o ápice
do pulmão, ultrapassa a abertura superior do tórax até a raiz
do pescoço; Fica 2 a 3 cm acima do 1/3 medial da clavícula).
OBS: Fáscia frenicopleural: lâmina da fáscia endotorácica que separa a pleura parietal, das fibras musculares do
diafragma.

LINHAS DE REFLEXÃO PLEURAL


São linhas de mudança de direção da pleura parietal, sendo elas:
 Linha Esternal: entre a parte costal e mediastinal anteriormente.
 Linha Costal: entre a parte costal e diafragmática.
 Linha vertebral: entre a parte costal e mediastinal posteriormente.

RECESSOS PLEURAIS
Espaços pleurais potenciais, não ocupados pelos
pulmões, sendo eles:
 Recesso costodiafragmático (figura ao lado): na área
de reflexão costal da pleura sobre as cúpulas
diafragmáticas.
 Recesso costomediastinal: na área de reflexão
esternal da pleura parietal.

OBS: Margem inferior do pulmão


 Linha hemiclavicular – Costela VI
 Linha axilar média – Costela VIII
 Coluna vertebral – T10

OBS: Margem inferior da cavidade pleural.


 Linha hemiclavicular – Costela VIII
 Linha axilar média – X Costela
 Coluna vertebral – T12

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PULMÕES
Órgãos vitais para a respiração, pois sua principal função é realizar trocas gasosas pela íntima relação entre o ar
inspirado e o sangue venoso nos capilares pulmonares. Em vivos são leves, esponjosos e macios.
Os pulmões estão separados um do outro pelas estruturas do mediastino. A raiz do pulmão é formada por
estruturas que entram e emergem do pulmão no seu hilo (área na face medial de cada pulmão, na qual as estruturas da
raiz do pulmão entram e saem do pulmão, em torno do qual a pleura forma uma cobertura chamada de manguito
pleural). Com isso, diz-se que eles estão fixados ao coração e traqueia pelas estruturas que compõem a raiz do pulmão.

ESTRUTURA DOS PULMÕES


 Pulmão direito  Ápice pulmonar
o Fissura horizontal  Faces
o Fissura oblíqua o Costal
o Lobos o Mediastinal
 Superior o Diafragmática
 Médio  Margens
 Inferior o Anterior
 Pulmão esquerdo o Inferior
o Fissura oblíqua o Poste
o Lobos: Superior e inferior

FACE COSTAL DOS PULMÕES


Adjacente ao esterno, costelas e cartilagens. É grande, lisa e convexa. Em sua porção posterior, há uma parte
vertebral dessa face costal.

FACE MEDIASTINAL DOS PULMÕES


Adjacente ao coração e pericárdio. É mais côncava (mais à esquerda) e inclui: Hilo pulmonar, manguito pleural e
o Ligamento pulmonar.
 Face Mediastinal do Pulmão Direito: Área esofágica, Área traqueal, Sulco da VBC direita, Sulco da 1ª costela,
Sulco do arco da veia ázigo, Sulco da VCS, Impressão cardíaca do ventrículo direito, Sulco esofágico e
Impressão da VCI.
 Face Mediastinal do Pulmão Esquerdo: Área esofágica, Área traqueal, Sulco da a. subclávia, Sulco da 1ª
costela, Sulco do arco da aorta, Sulco da aorta descendente, Impressão cardíaca do ventrículo esquerdo,
Impressão da VCI e Área esofágica (inferior).

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www.medresumos.com.br Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● ANATOMIA TOPOGRÁFICA

FACE DIAFRAGMÁTICA DOS PULMÕES


Consiste na base do pulmão, que repousa na cúpula diafragmática, sendo ela côncava (mais à direita, devido ao
fígado).

TRAQUEIA
Estende-se da margem inferior da laringe (C6) até a bifurcação em brônquios principais direito (o qual é mais
largo e menor e corre mais verticalmente à medida que passa para o hilo pulmonar) e esquerdo (passa abaixo do arco
aórtico e anterior ao esôfago), ao nível do ângulo do esterno.
Posteriormente a entrada dos brônquios principais no hilo pulmonar, estes ramificam-se de forma constante
dentro dos pulmões para formarem a árvore brônquica.

BRÔNQUIOS
Os brônquios principais entram nos hilos dos pulmões para se ramificar e formar a árvore bronquial.

OBS: Árvore Brônquica:


Brônquios principais  Brônquios lobares (3 no pulmão D e 2 no E)  Brônquios segmentares
 Bronquíolos terminais (20-25)  Bronquíolos respiratórios  Ductos alveolares (2-11)
 5 ou 6 sacos alveolares  Alvéolo: unidade estrutural básica da respiração

SEGMENTAÇÃO BRONQUICA – PULMÃO D e E

 Lobo superior (D):


o Segmento Apical (1)  Lobo Superior (E):
o Segmento Posterior (2) o Segmento Apicoposterior (1+2)
o Segmento Anterior (3) o Segmento Anterior (3)
 Lobo Médio (D): o Segmento lingular superior(4)
o Segmento Lateral -4 o Segmento lingular inferior (5)
o Segmento Medial -5  Lobo Inferior (E):
 Lobo Inferior(D): o Segmento Superior (6)
o Segmento Superior -6 o Segmento Basal Medial (7)
o Segmento Basal Medial -7 o Segmento Basal Anterior (8)
o Segmento Basal Anterior -8 o Segmento Basal Lateral (9)
o Segmento Basal Lateral-9 o Segmento Basal Posterior(10)
o Segmento Basal Posterior-10

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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● ANATOMIA TOPOGRÁFICA

RAIZ PULMONAR

SEGMENTO BRONCOPULMONAR
É a maior subdivisão de um lobo pulmonar com forma piramidal: ápice para a raiz, base para a pleura. Existem
septos de tecido conectivo que são removíveis cirurgicamente. A irrigação, drenagem e aeração são independentes.

VASCULATURA PULMONAR – HEMATOSE


Cada pulmão possui uma artéria pulmonar grande
(conduz sangue venoso do coração para o pulmão) e duas veias
pulmonares (que drenam esse sangue, já rico em O2).
As artérias pulmonares D e E, que são ramos do tronco
pulmonar, dão origem as artérias lobares (seguem anteriormente
ao brônquios) e, que por sua vez, darão origem as artérias
intrasegmentares.
Os capilares pulmonares dão origem às veias
intrasegmentares, que originarão as veias Intersegmentares,
que por sua vez originarão as veias pulmonares D e E. Elas têm
trajeto, independente dos brônquios, em direção ao hilo. As veias
da pleura visceral drenam para as veias pulmonares e as veias da
pleura parietal unem-se às veias sistêmicas na parte adjacente da
parede do tórax.

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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● ANATOMIA TOPOGRÁFICA

Veias pulmonares
o 2 veias direitas
 Superior: originada pela fusão das veias dos lobos superior e médio
 Inferior

o 2 veias esquerdas
 Superior
 Inferior

VASCULATURA PULMONAR – SUPRIMENTO SANGUÍNEO


As artérias brônquicas são responsáveis pelo suprimento
arterial para o pulmão, incluindo a raiz do pulmão e pleura visceral,
uma vez que as artérias pulmonares são ricas em CO 2 e as veias
pulmonares, ricas em O2, levam sangue para realizar a hematose.
 Artéria Bronquial Esquerda (em n° de duas) são ramos
da aorta torácica.
 Artéria Bronquial Direita (geralmente única) pode ser
ramo da a bronquial esquerda, ou de uma A. intercostal
posterior (3ª principalmente), ou de tronco comum da A.
bronquial E superior.

OBS: As artérias brônquicas pequenas fornecem ramos para a


parte superior do esôfago e depois passam ao longo das faces
posteriores dos brônquios principais, suprindo-os e a seus ramos
distalmente desde os bronquíolos respiratórios. A pleura parietal é
suprida pelas artérias que suprem a parede torácica.

VASCULATURA PULMONAR – DRENAGEM VENOSA


As veias bronquiais drenam o sangue venoso das primeiras divisões dos brônquios.
 Veia Bronquial Esquerda drena para a veia hemiázigo ou para intercostal superior esquerda.
 Veia Bronquial Direita drena para a veia ázigo.

DRENAGEM LINFÁTICA PULMONAR


O plexo linfático superficial situa-se profundo a pleura visceral e drena o tecido do pulmão e da pleura
visceral. Vasos linfáticos provenientes do plexo drenam para os linfonodos broncopulmonares situados no hilo
pulmonar.
O plexo linfático profundo localiza-se na submucosa dos brônquios e no tecido conectivo peribronquial. Está
envolvido com a drenagem das estruturas contidas no hilo pulmonar. Os vasos linfáticos desse plexo drenam
inicialmente para os linfonodos pulmonares (localizados nos brônquios lobares), Os vasos linfáticos desses linfonodos
continuam a seguir os brônquios e os vasos pulmonares até o hilo onde drenam para os linfonodos
broncopulmonares. A partir deles, a linfa proveniente de ambos os plexos linfáticos drenam para os linfonodos
traqueobronquiais.
A linfa proveniente dos linfonodos traqueobronquiais passa para os troncos linfáticos broncomediastinais
direito e esquerdo:
 Direito: segue para formar o ducto linfático direito
 Esquerdo: segue para o ducto torácico

A linfa da pleura parietal drena para os linfonodos da parede torácica e os poucos vasos linfáticos da pleura
parietal drenam para os linfonodos axilares.

INERVAÇÃO PULMONAR
Os nervos pulmonares originam dos plexos pulmonares situados anterior e posteriormente à raiz dos pulmões
e essas redes nervosas contêm fibras parasimpáticas do nervo vago (são motoras para o músculo liso da árvore
bronquial) e das fibras simpáticas provenientes do tronco simpático (são inibidores para o músculo bronquial, motores
para os vasos pulmonares e inibidores das glândulas alveolares da árvore brônquica – célula secretora de surfactante).
Os nervos da pleura parietal derivam dos nervos intercostais e frênico. A parte costal e porção periférica da
parte diafragmática são supridas pelos nervos intercostais. Eles medeiam a sensação de toque e dor. A porção central
da parte diafragmática e parte mediastinal é suprida pelos nervos frênicos.

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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● ANATOMIA TOPOGRÁFICA

ANATOMIA TOPOGRÁFICA DO TÓRAX 2016


Arlindo Ugulino Netto.
MEDIASTINO

Mediastino é o espaço existente entre os dois pulmões


(compartimentos laterais: pulmões e pleuras), ou seja, é o
compartimento central da cavidade torácica. Estende-se da
abertura superior do tórax ao diafragma. Contém todas as
vísceras torácicas, exceto os pulmões: coração, grandes vasos,
traqueia, brônquios, etc.
O mediastino é uma região altamente móvel que
consiste em estruturas viscerais ocas, preenchidas por líquido
ou ar, unidas por tecido conjuntivo frouxo, infiltrado por gordura
(MOORE; DALLEY, 2001).
Para estudo anatômico, o mediastino está dividido em
duas partes: mediastino superior e mediastino inferior
(anterior, médio e posterior).

MEDIASTINO SUPERIOR
O mediastino superior compreende ao espaço acima de
uma linha imaginária traçada a partir do ângulo do esterno
continuando até o disco intervertebral entre T4 e T5, chamado
de plano transverso do tórax.
O conteúdo do mediastino superior, antero-posteriormente, se dá pelas seguintes estruturas: timo, grandes
vasos do coração (veias braquiocefálicas, veia cava superior, arco da aorta e seus ramos), nervo vago e frênico, plexo
cardíaco, nervo laríngeo recorrente esquerdo, traqueia, esôfago, ducto torácico (drenagem linfática), músculos pré-
vertebrais.

TIMO
Órgão linfoide primário situado na parte mais anterior do mediastino superior, posteriormente ao manúbrio do
esterno, podendo alcançar o pescoço e o mediastino anterior. Involui após a puberdade, sendo substituído por gordura.
Sua irrigação é feita pelas artérias tímicas, que são ramos intercostal e mediastinal das artérias torácicas
internas. A drenagem venosa é feita pelas veias tímicas, que drenam direto para as VBC, podendo drenar para a veia
torácica interna e tireóidea inferior. A drenagem linfática é realizada por linfonodos dessa região: paraesternais (ao lado
do manúbrio), braquiocefálicos (juntos das VBC), traqueobronquiais (profundos à traqueia).

GRANDES VASOS

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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● ANATOMIA TOPOGRÁFICA

VEIAS BRAQUIOCEFÁLICAS
São formadas a partir da união das veias subclávias e jugulares internas (drenam a cabeça) de cada lado, ao
nível das articulações esternoclaviculares, posteriores a estas articulações.
A veia braquiocefálica esquerda é maior que a direita e cruza anteriormente os três ramos principais do arco
aórtico para unir-se à veia braquiocefálica direita e formar a veia cava superior ao nível da 1ª cartilagem costal direita.
As veias braquiocefálicas têm como tributárias: veia vertebral, veia intercostal suprema, veia tireóidea inferior,
veia intercostal suprema E (primeiro espaço intercostal), veias tímicas, veias pericárdicas, ducto linfático D no ângulo
venoso D (encontro da v. jugular interna com a v. subclávia), ducto torácico no ângulo venoso E.

VEIA CAVA SUPERIOR


Se forma a partir da União das veias braquiocefálicas D e E ao nível da 1ª cartilagem costal D. Possui um curto
trajeto descendente para desembocar no átrio direito, já no mediastino médio.
Situa-se no lado direito do mediastino superior, anterolateral (à direita) à traqueia e póstero-lateral à aorta
ascendente. O nervo frênico direito está a sua direita. Termina no mediastino médio, desembocando no átrio direito ao
nível da 3ª cartilagem costal.

ARCO AÓRTICO
É a segunda porção da aorta torácica, sendo a continuação da aorta ascendente (mediastino médio) ao nível do
ângulo esternal.
Arqueia-se posteriormente para esquerda, passando anteriormente à artéria pulmonar direita e à traqueia.
Atinge o ápice lateralmente e à esquerda da traqueia e esôfago (cerca de 2,5 cm abaixo da fúrcula esternal) onde
continua-se como porção torácica da aorta descendente ao nível da margem inferior de T4 ou 2ª articulação
esternocostal.
Tem como ramos principais: Tronco braquiocefálico, artéria carótida comum esquerda e artéria subclávia E.

OBS: O nervo vago é originado do 10º par de nervos cranianos (sistema nervoso autônomo) responsável pela
inervação parassimpática. Relaciona-se com o arco aórtico ao passar lateralmente (esquerda) por ele, onde envia um
ramo, o nervo laríngeo recorrente esquerdo, nervo que inerva a laringe, que em seu percurso inicial, circunda
inferiormente o arco aórtico, tomando um trajeto ascendente entre a traqueia e o esôfago para torna-se responsável pela
inervação de músculos relacionados à fonação. Devido a essa relação, pacientes com tumor na aorta ou aneurismas
aórticos, apresentam rouquidão, justamente por pressionar este nervo recorrente. O mesmo cuidado deve-se ter ao
realizar-se a retirada da tireoide, preocupando-se com a dissecação eficiente desses ramos nervosos.
OBS²: Os nervos vagos também enviam ramos importantes como o plexo cardíaco, plexo esofágico (troncos vagais
anteriores e posteriores) e plexo pulmonar.
OBS³: Ligamento arterial. É um vestígio do ducto arterial fetal que une a raiz da artéria pulmonar esquerda à porção
inferior do arco aórtico. Caso não seja fechado, deve-se intervir cirurgicamente, por meio de prostaglandinas ou
cateterismo.

NERVOS

NERVO VAGO DIREITO


Entra no tórax anteriormente à artéria subclávia direita, depois de descer pelo pescoço na bainha carotídea,
junto as carótida e jugular direita. Corre póstero-inferiormente no lado direito da traqueia, passa posteriormente à veia
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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● ANATOMIA TOPOGRÁFICA

BC direita, veia cava superior e raiz (hilo) do pulmão D, dirigindo-se ao esôfago para formar o plexo esofágico. Envia um
nervo laríngeo recorrente direito que circunda o tronco braquiocefálico inferiormente (assim como o nervo laríngeo
recorrente esquerdo circunda o arco aórtico).
Ainda no mediastino superior, emite diversos ramos ao nível da raiz pulmonar para formar os plexos: plexo
pulmonar, plexo cardíaco e plexo esofágico.

NERVO VAGO ESQUERDO


Desce no pescoço posteriormente à A. carótida comum E (bainha carotídea), e entra no mediastino entre as
artérias carótida comum E e subclávia E. Ao nível do arco da aorta, desvia-se posteriormente do nervo frênico E, do qual
é separado pela veia intercostal superior E, onde passará posterior a ela.
O N. laríngeo recorrente E circunda inferiormente o arco aórtico, lateralmente ao ligamento arterial. Passa
posteriormente à raiz do pulmão E, onde emite ramos para o Plexo Pulmonar.

NERVO FRÊNICO DIREITO


No pescoço, os dois nervos frênico, passam anteriores ao M. Escaleno anterior e posterior aos nervos vagos.
Entra no mediastino superior entre a artéria subclávia e a origem da veia braquiocefálica. Passa do lado direito da: veia
braquiocefálica direita e da veia cava superior. Passa anteriormente ao hilo do pulmão.
Desce ao lado direito do Pericárdio, do átrio D e da Veia cava inferior, perfurando o diafragma próximo ao
forame da veia cava (é o nervo da respiração).

NERVO FRÊNICO ESQUERDO


No mediastino, desce entre as artérias carótida comum e subclávia esquerdas, cruzando a face E do arco da
aorta, sobre a veia intercostal superior E (anterior a ela). Desce anteriormente à raiz do pulmão E, onde corre ao longo
do pericárdio sobre o átrio e ventrículo esquerdos. Perfura o diafragma à esquerda do pericárdio.

OBS: A paralisia frênica pode se dar de um lado apenas (hemidiafrágma), em que só um lado do diafragma se contrai,
fazendo com que a parte paralisada se projete superiormente, dificultando a respiração.

TRAQUEIA NO MEDIASTINO SUPERIOR


Desce no mediastino superior,
anteriormente ao esôfago. É levemente inclinada
para a direita do plano mediano devido à presença
da aorta.
Termina dividindo-se em brônquios
principais D e E, ao nível do ângulo esternal, não
fazendo parte do mediastino posterior.

ESÔFAGO NO MEDIASTINO SUPERIOR


É um tubo fibromuscular que estende-se da
faringe (a nível da cartilagem cricoide da laringe)
até o estômago, sendo ele achatado
anteroposteriormente.
No mediastino superior, localiza-se entre a
traqueia e a coluna vertebral (T1-T4) passando do
lado direito do arco aórtico. Tem o ducto torácico (o
vaso linfático que desemboca no ângulo venoso
esquerdo) à sua esquerda.
Na porção mais inferior, o esôfago se desloca
mais para a esquerda, passando pelo hiato
esofágico do músculo diafragma. Nesse momento,
a aorta se desvia para a direita, tornando-se mais
mediana.

MEDIASTINO INFERIOR - ANTERIOR


É o espaço que compreende a subdivisão anterior do mediastino inferior. Tem como limites: anteriormente, o osso
esterno e o m. transverso do tórax; posteriormente, o pericárdio; inferiormente, o m. diafragma; e superiormente, linha do
plano transverso do tórax (ângulo do esterno).
Seu conteúdo, geralmente, não é muito importante. Contem estruturas como: Gordura, Vasos linfáticos, Linfonodos,
Ramos dos vasos torácicos internos, Ligamentos esternopericárdicos e parte do Timo em recém-nascidos e crianças.

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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● ANATOMIA TOPOGRÁFICA

MEDIASTINO INFERIOR -MÉDIO


Contém o pericárdio e o coração. Será descrito na apostila CORAÇÃO E PERICARDIO.

MEDIASTINO INFERIOR – POSTERIOR


De extrema importância anatômica devido às estruturas que nele estão contidas. Situado anteriormente às
vértebras T5-12; posteriormente ao pericárdio e m. diafragma; e lateralmente limitado pelas pleuras parietais e pulmões.
Tem como conteúdo: Aorta descendente torácica, Ducto torácico, Linfonodos mediastinais posteriores
(traqueobronquiais), Veias ázigo e hemiázigo, Esôfago, Plexo esofágico, Troncos simpáticos torácicos, Nervos
esplâncnicos torácicos.

VEIAS ÁZIGO, HEMIÁZIGO E HEMIÁZIGO ACESSÓRIA


A veia ázigo é observada do lado direito, sendo formada
pela junção da veia lombar ascendente e veia subcostal, com
trajeto ascendente rente a coluna. Ascende no mediastino
posterior no lado direito de T5-12. Ao nível de T4 curva-se sobre a
face superior da raiz do pulmão D (arco da veia ázigo) para
desembocar na VCS. Tem como tributárias: Veias intercostais
posteriores direitas, Veia mediastinal, Veias esofágicas, Veia
bronquial.

OBS: Em caso de defeitos do sistema porta do fígado, uma


alternativa de caminho para o sangue lá drenado é o sistema
ázigo, podendo ocorrer dilatações nas veias esofágicas, gerando
varizes no esôfago. Pacientes com cirrose geralmente possuem
essa patologia associada.
A veia hemiázigo tem uma formação semelhante a ázigo,
sendo com trajeto esquerdo á coluna vertebral, recebendo as
veias intercostais E (geralmente do 9º ao 11º espaço intercostal,
uma vez que do 4º ao 8º espaço é drenado para hemiázigo
acessória, 2º a 4º, veia intercostal superior esquerda e, 1º espaço,
veia intercostal suprema que vai para a veia braquiocefálica
esquerda), veias esofágicas inferiores e veias mediastinais.
A hemiázigo acessória começa na extremidade medial do 4° EICE, recebendo a drenagem das veias intercostais
posteriores esquerdas (4ª a 8ª). Ela pode se anastomosar com a veia hemiázigo ou cruzar e desembocar diretamente na
veia ázigo (ao nível de T9), bem como pode também se continuar e unir-se com a veia intercostal superior esquerda e
desembocar na veia braquiocefálica.

PARTE TORÁCICA DA AORTA DESCENDENTE


Continuação do arco da aorta, começando na margem inferior do corpo
de T4. Desce no mediastino posterior, no lado esquerdo de T5 a T12, passando
posteriormente à raiz do pulmão E, pericárdio e esôfago.
Aproxima-se do plano mediano no terço inferior, onde situa-se
posteriormente ao esôfago. Termina na margem inferior de T12 penetrando no
hiato aórtico, onde passa a chamar-se aorta abdominal.
A porção descendente da artéria aorta, no tórax, tem como ramos:
 Artérias bronquiais: uma direita e duas esquerdas, que levam sangue
rico em O2 para nutrir os brônquios e pulmões. As artérias pulmonares levam
sangue para trocas gasosas no pulmão, e não para nutrição do órgão.

OBS: Em casos de infarto pulmonar, ocorre obstrução de artérias brônquicas.


Quando se fala em “embolia pulmonar”, fala-se em artérias pulmonares.

 Artérias pericárdicas: pequenos ramos para o pericárdio


 A. intercostais posteriores (9 pares do 3º ao 11º EIC)
 A. subcostais (inferiores à 12ª costela).
 Aa. frênicas superiores: duas na parte posterior das cúpulas
diafragmáticas, que irrigam superiormente o músculo diafragma.
 Aa. esofágicas: para o 1/3 médio do esôfago.
 Aa. mediastinais: para linfonodos e tecidos do mediastino posterior.

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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● ANATOMIA TOPOGRÁFICA

ESÔFAGO NO MEDIASTINO POSTERIOR


Situa-se no mediastino posterior, anteriormente à coluna vertebral; posterior e à direita da aorta; posterior ao
pericárdio e átrio esquerdo. O ducto torácico passa exatamente posterior ao esôfago, passando entre ele e a coluna
vertebral.
O esôfago desvia-se para esquerda e cruza o hiato esofágico, ao nível de T10, para chegar ao abdome. O
esôfago apresenta três constrições causadas por compressão em diferentes níveis, sendo eles: no arco da aorta, no
Brônquio principal E e no diafragma.

DUCTO TORÁCICO
É um grande ducto linfático que drena toda linfa dos membros
inferiores, abdome e uma parte esquerda do tórax, membro superior e
cabeça. Inicia-se na cisterna do quilo, tendo um trajeto ascendente,
entrando no mediastino posterior pelo hiato aórtico, passando
anteriormente às vértebras T12 a T6, e posteriormente ao esôfago,
tendo a aorta à esquerda e a veia ázigo à direita. Entre T4 e T6, volta-se
para esquerda no mediastino superior. No mediastino superior, recebe o
ducto subclávio e o tronco mediastinal ao lado esquerdo, para
desembocar no ângulo venoso esquerdo.
É responsável por drenar a linfa das seguintes regiões: Abdome,
Pelve, Membros inferiores, Lado esquerdo da cabeça, pescoço, tórax e
MSE. Do lado direto, há a presença do ducto linfático direito que
recebe o tronco jugular, tronco subclávio e tronco mediastinal direito,
para desembocar no ângulo venoso direito.

OBS: Na punção da veia subclávia, é preferencial usar a direita, uma


vez que o ducto linfático direito é muito menos importante que o ducto
torácico. Uma lesão ao ducto torácico gera um quilotórax, que é a
presença de linfa na cavidade torácica.

LINFONODOS MEDIASTINAIS POSTERIORES


Situam-se posteriormente ao pericárdio e relacionam-se com o esôfago e a aorta. Drenam a linfa do esôfago,
face posterior do pericárdio e diafragma, e EIC posteriores.

NERVOS DO MEDIASTINO POSTERIOR

TRONCOS SIMPÁTICOS
Há a presença de troncos simpáticos torácicos que situam-se lateralmente de cada lado da coluna vertebral.
Apresentam vários gânglios que se comunicam com os nervos intercostais através dos ramos comunicantes brancos
(lateral) e cinzentos (medial).

NERVOS ESPLÂNCNICOS TORÁCICOS INFERIORES


Dos troncos simpáticos, formam-se três nervos ao nível do tórax: os nervos esplâncnicos torácicos inferiores,
que vão ser responsáveis pela inervação simpática das vísceras abdominais. São eles:
 Nervo Esplâncnico Maior (TS G. 5 a 9)
 Nervo Esplâncnico Menor (TS G. 10 a 11)
 Nervo Esplâncnico Mínimo (TS G. 12)

*TS G  Gânglio simpático do tronco.

TRONCOS VAGAIS
Troncos vagais anterior (anterior ao esôfago abdominal) e posterior (posterior ao esôfago abdominal) formados a
partir do plexo esofágico (formado pelos nervos vagos).

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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● ANATOMIA TOPOGRÁFICA

ANATOMIA TOPOGRÁFICA DO TÓRAX 2016


Arlindo Ugulino Netto.
CORAÇÃO E PERICÁRDIO

O coração é o órgão central do aparelho circulatório que trabalha como uma bomba muscular cuja função é
impelir o sangue para todas as partes do corpo.
É composto por 4 câmaras:
 Câmaras direitas (átrio e ventrículo direitos): recebem o sangue venoso e encaminham para os pulmões
 Câmaras esquerdas (átrio e ventrículo esquerdos): recebem o sangue oxigenado dos pulmões e bombeiam-no
para todo o corpo.

OBS: Curiosidades:
 Bate cerca de 100 mil vezes por dia (frequência média normal: 60 a 100 batimentos por minuto);
 Bombeia 74 mil litros de sangue/dia;
 Aos 70 anos já bateu cerca de 2,5 bilhões de vezes;
 Sistema circulatório mede cerca de 111.000 km.

PERICÁRDIO
Saco fibrosseroso de parede dupla que envolve o coração e as raízes dos grandes vasos, estando situado no
mediastino médio, composto por dois sacos:
 Pericárdio fibroso: saco fibroso externo.
 Pericárdio seroso: saco seroso interno, dividido em duas lâminas (uma parietal e outra visceral).

PERICÁRDIO FIBROSO
 Fixado ao centro tendíneo do diafragma pelo Ligamento pericardiofrênico
 Fixado ao esterno pelos Ligamentos esternopericárdicos
 Posteriormente liga-se às estruturas do mediastino posterior por tecido conjuntivo frouxo
 Revestido internamente pela lâmina parietal do pericárdio seroso

OBS: O pericárdio fibroso não se separa do pericárdio seroso parietal durante a dissecação.
OBS: A cavidade do pericárdio entre as camadas opostas das lâminas parietal e visceral do pericárdio seroso são
contínuas, assim como as pleuras parietais e visceral do pulmão.

PERICÁRDIO SEROSO
Composto por duas laminas:
 Parietal: Serosa brilhante aderida ao pericárdio fibroso.
 Visceral: constitui a Lâmina externa da parede do coração (o epicárdio), reflete-se do coração e grandes vasos
como a lâmina parietal.

OBS: Seio transverso do pericárdio: Passagem transversal no saco pericárdico,


com abertura posterior à margem esquerda do tronco pulmonar, podendo-se
introduzir o dedo posteriormente ao tronco pulmonar e à artéria aorta. Em caso de
cirurgias cardíacas, é possível clampear essas estruturas por este acesso, desviando
a circulação por um sistema extracorpóreo. O seio transverso é limitado:
 À direita, pela VCS;
 Anteriormente pela aorta ascendente e tronco pulmonar;
 Posteriormente pela VCS e porção superior dos átrios;
 Inferiormente pela reflexão do pericárdio seroso, acima da desembocadura
das veias pulmonares.

OBS: Seio oblíquo do pericárdio: recesso amplo


situado na base do coração, com abertura inferior à
desembocadura da veia pulmonar inferior esquerda. Ele
se forma na medida em que as veias do coração se
desenvolvem e expandem, formando uma reflexão
pericárdica (o próprio seio oblíquo) que as circunda, um
recesso semelhante a uma bolsa na cavidade
pericárdica posterior à base do coração, formada pelo
átrio esquerdo. É limitado:

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 Lateralmente pela desembocadura das veias pulmonares e veia cava inferior;


 Superiormente pela reflexão do pericárdio seroso;
 Posteriormente pelo pericárdio que cobre a face anterior do esôfago.

IRRIGAÇÃO DO PERICÁRDIO
O suprimento sanguíneo do pericárdio é feito a partir da artéria pericardiofrênica (ramo delgado da A. torácica
interna, proveniente da A. subclávia, que se termina em A. musculofrênica e epigástrica superior). Contribuições
menores são feitas pelas A. musculofrênicas (ramo terminal da artéria torácica interna), Aa. Bronquiais, esofágicas e
frênicas superiores (ramos da aorta porção torácica). A lâmina visceral do pericárdio seroso é suprida pelas artérias
coronárias.

DRENAGEM VENOSA DO PERICÁRDIO


As veias pericardiofrênicas drenam o pericárdio, sendo elas tributárias da veia torácica interna ou da
braquiocefálica. Os outros ramos se dirigem para as tributárias do Sistema Venoso Ázigos.

SUPRIMENTO NERVOSO DO PERICÁRDIO


 Nervos frênicos (C3 e C5): fibras sensitivas.
 Nervos vagos.
 Troncos simpáticos: fibras vasomotoras.

CORAÇÃO
É o órgão mais importante do sistema circulatório. É uma bomba propulsora de sangue divida em câmaras: dois
átrios e dois ventrículos. Ele bombeia o sangue tanto para a pequena circulação (circulação pulmonar) quanto para a
grande circulação (circulação sistêmica).
 Átrio direito: recebe o sangue “venoso” das veias cavas superior e inferior proveniente da grande circulação, e
bombeia para o ventrículo direito, através da valva tricúspide.
 Ventrículo direito: recebe o sangue do átrio direito e o bombeia para o tronco pulmonar, através da valva
pulmonar para dar início à pequena circulação.
 Átrio esquerdo: recebe o sangue “arterial” das veias pulmonares, e bombeia para o ventrículo esquerdo, através
da valva mitral.
 Ventrículo esquerdo: recebe o sangue do átrio esquerdo e o bombeia para a aorta, através da valva aórtica.

CICLO CARDÍACO
 Diástole: relaxamento ventricular
o Valvas atrioventriculares abertas
o Valvas aórtica e pulmonar fechadas

 Sístole: contração ventricular


o Valvas atrioventriculares fechadas
o Abertura das Valvas aórtica e pulmonar

PAREDE CARDÍACA
 Endocárdio: endotélio vascular
 Miocárdio: camada muscular
 Epicárdio: lâmina visceral do pericárdio seroso

ESQUELETO FIBROSO DO CORAÇÂO


A sustentação histológica do coração se dá por um arcabouço fibroso de colágeno denso, sendo composto por:

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 4 anéis fibrosos para as 4 valvas


 2 trígonos fibrosos D e E formados pela conexão dos anéis e partes membranáceas dos septos.

O esqueleto fibroso do coração tem como função:


 Mantém os orifícios valvares abertos e impede a dilatação excessiva;
 Inserção para as valvas e músculo cardíaco;
 Isolador elétrico para separar os feixes nervosos dos átrios e ventrículos.

APRESENTAÇÃO EXTERNA DO CORAÇÃO


2/3 de seu volume situa-se à esquerda da linha mediana. O órgão apresenta forma de uma pirâmide de 3 lados,
caída para o lado, com o ápice voltado anteriormente e para esquerda e a base voltada posteriormente.
Para estudo anatômico, apresenta 3 faces: face diafragmática (sulco interventricular posterior); face
esternocostal (sulco interventricular anterior) e face pulmonar.
 Esternocostal: formada pelo VD.
 Diafragmática: VE e VD, apoiada sobre o centro tendíneo do diafragma.
 Pulmonar: VE (ocupa a impressão cardíaca do pulmão esquerdo).

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BASE DO CORAÇÃO
Voltada para os corpos vertebrais T6 a T9. Estende-se superiormente até o tronco pulmonar e inferiormente até
o sulco atrioventricular ou coronário. É composto pelo AE e AD. Nela, é visível um sulco que divide os átrios dos
ventrículos: o sulco coronário ou átrio ventricular.

ÁPICE DO CORAÇÃO
Situa-se posteriormente ao 5° EICE, sendo composto pela porção ínfero-lateral do VE.

M ARGENS DO CORAÇÃO
 Direita: AD, VCS e VCI
 Esquerda: VE e AE
 Superior: Átrios e Aurículas
 Inferior: VD e VE

ATRIO DIREITO DO CORAÇÃO


 Seio venoso: região lisa entre a desembocadura
das cavas.
 Septo interatrial: parede entre os AD e AE
o Fossa oval: resquício embrionário do
forame oval.
o Limbo da fossa oval: saliência que forma a
borda da fossa
 Aurícula direita
 Músculos pectíneos: rugosidades da parede da
aurícula
 Crista terminal (entre a parte rugosa e lisa do
átrio)
 Sulco terminal (crista terminal, externamente)
 Óstio do seio coronário c/ válvula
 Óstio das VCS e VCI (com válvula)
 Óstio da valva atrioventricular

VENTRÍCULO DIREITO DO CORAÇÃO


 Cone arterial ou infundíbulo: saída do
ventrículo para o tronco pulmonar.
 Trabéculas cárneas: rugosidades da
parede do ventrículo
 Trabécula Septomarginal: por ela,
passa um ramo direito do feixe de Hiss
(sistema de condução nervosa do
coração)
 Crista supraventricular: saliência que
delimita superiormente a valva
atrioventricular D, delimitando
inferiormente o infundíbulo.
 Valva tricúspide: Válvula anterior;
Válvula posterior; Válvula septal
 Cordas tendíneas
 Músculos papilares: Anterior (VA e VP),
Posterior (VP e VS) e Septal (VS e VA).
 Septo interventricular (Parte
membranácea e Parte Muscular)
 Valva do tronco pulmonar com válvulas
semilunares (Anterior, Direita e
Esquerda)
 Seios pulmonares

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ÁTRIO ESQUERDO
Forma a maior parte da base do coração, possuindo uma parede lisa. Apenas a sua aurícula (esquerda)
apresenta-se com músculos pectíneos, formando a margem
esquerda.
 Óstio das 4 veias pulmonares
 Septo interatrial
 Óstio da valva atrioventricular esquerda ou mitral
 Válvula da fossa oval

VENTRÍCULO ESQUERDO
Forma o ápice do coração, a face pulmonar, a
margem esquerda e parte da face diafragmática. Seu
miocárdio é 2x mais espesso que no VD (por trabalhar
com pressões bem mais altas), com cavidade cônica
maior que do VD.
 Valva atrioventricular esquerda ou mitral (4ª
cartilagem costal) com válvulas (Anterior e
Posterior)
 Músculos papilares (Anterior e Posterior)
 Cordas tendíneas
 Trabéculas cárneas
 Vestíbulo da aorta
 Valva aórtica (3°EIC) c/ válvulas semilunares:
Direita, Esquerda e Posterior.
 Seios da aorta: Coronários D e E, e Não coronário
 Porção ascendente da aorta.
 Vestíbulo da aorta
 Valva aórtica (3°EIC) c/ válvulas semilunares:
Direita, Esquerda e Posterior. Cada válvula
apresenta: Nódulo e Lúnula.

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OBS: Focos de ausculta cardíaca: São regiões no tórax de fácil ausculta das bulhas cardíacas (que nada mais são
que a representação semiológica dos sons de abertura e fechamento das valvas cardíacas). Os cinco focos das valvas
podem ser distinguidos em suas respectivas regiões, descritas na figura abaixo.

SUPRIMENTO ARTERIAL DO CORAÇÃO


O suprimento arterial do coração é feito pelas artérias coronárias (do latim, coroa), direita e esquerda, as quais
são os primeiros ramos da aorta, nos seios coronários na porção proximal da aorta ascendente, situando-se sob o
epicárdio, envoltas em tecido gorduroso.
Em termos de dominância, a artéria que originará a artéria interventricular posterior (que vai seguir pelo sulco
interventricular posterior), determinará uma maior vascularização do coração: geralmente parte da coronária direita; 10%
parte da coronária esquerda; e 15%, codominância.

ARTÉRIA CORONÁRIA DIREITA

Origina-se no seio aórtico direito. Volta-se para a direita no sulco atrioventricular (ou coronário), encoberta pela
aurícula direita, até a margem direita do coração, onde se encurva para a face diafragmática, continuando no sulco
coronário. Durante seu trajeto, vai emitir alguns ramos:
 Ramo do cone arterial: primeiro ramo da ACD. Parte para suprir o infundíbulo.
 Ramo do nó sinoatrial: coberto pela aurícula direita, sobe em direção da veia cava superior.
 Ramos ventriculares anteriores do ventrículo direito
 Ramo Marginal direito: corre na margem direita do coração.
 Ramo interventricular posterior ou descendente posterior: Irriga os ventrículos e septo interventricular.
Anastomosa-se, boca a boca, com ramos da ACE.
 Ramo do nó atrioventricular: pequeno ramo profundo que nasce já na face diafragmática.

A artéria coronária direita é responsável por suprir: Átrio direito, Ventrículo direito (>), Face diafragmática do
ventrículo esquerdo, 1/3 posterior do septo interventricular, Nó sinoatrial ou sinusal (60%) e Nó atrioventricular (80%).

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ARTÉRIA CORONÁRIA ESQUERDA

Origina-se no seio aórtico E. Volta-se para a esquerda no sulco atrioventricular entre a aurícula esquerda e o
tronco pulmonar com o nome de Tronco da Coronária Esquerda. Na extremidade esquerda do sulco coronário divide-se
em dois ramos:
 Ramo interventricular anterior ou descendente anterior (DA): corre no sulco interventricular anterior em direção
ao ápice e origina:
o Ramos septais para a porção anterior do septo interventricular;
o Ramos diagonais para a parede anterior do ventrículo esquerdo.

 Ramo circunflexo: segue no sulco coronário em torno da margem esquerda até a face posterior. Emite:
o Ramo marginal esquerdo;
o Ramos para a porção diafragmática do VE.

A artéria coronária esquerda é responsável por suprir: Átrio esquerdo, Ventrículo esquerdo (>), Parte da Face
esternocostal do VD, 2/3 anteriores do septo interventricular, Nó sinoatrial ou sinusal (40%) e Feixes do sistema de
condução atrioventricular.

OBS: Cateterismo cardíaco (“CATE”) / Cinecoronariografia / Angiografia Coronária / Estudo Hemodinâmico: é


um exame invasivo para examinar vasos coronarianos. O acesso é feito através de um tubo longo, fino e flexível,
chamado cateter, inserido em vaso sanguíneo periférico do braço, da coxa ou do pescoço. Tem como objetivo
diagnosticar e corrigir problemas em veias e artérias, como obstruções. Suas principais características são:
 Exame de investigação cardíaca:
o Estudo das coronárias
o Ventriculografia (função ventricular)
o Medida das pressões diretamente.
 Realizado pelo cardiologista intervencionista ou hemodinamicista (especialidade da cardiologia);
 Feito por punção ou dissecação de um território arterial: artérias femoral, braquial, radial;
 Injeção de contraste a base de iodo;
 Imagens obtidas por Radioscopia (radiação contínua);
 Incidências geralmente em posição oblíqua.

DRENAGEM VENOSA DO CORAÇÃO


A drenagem venosa do coração é feita pelas veias que desembocam no seio coronário venoso.
O seio coronário é a principal veia do coração. É um canal venoso que segue na parte posterior do sulco
coronário. Recebe o sangue das veias do coração e desemboca no átrio direito (ostio do seio coronário).

TRIBUTÁRIAS DO SEIO CORONÁRIO – TERRITÓRIO ESQUERDO


 Veia interventricular anterior (antiga veia cardíaca magna)
 Veia marginal esquerda
 Veias posteriores do ventrículo esquerdo

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TRIBUTÁRIAS DO SEIO CORONÁRIO – TERRITÓRIO DIREITO


 Veia coronária direita (infrequente - 32%)
 Veia marginal direita (cardíaca parva)
 Veia cardíaca parva (continuação da marginal direita no sulco coronário)
 Veias posteriores do ventrículo direito
 Veia interventricular posterior (cardíaca média)

OBS: As veias cardíacas mínimas desembocam em pequenos óstios no átrio direito.

DRENAGEM LINFÁTICA DO CORAÇÃO


A drenagem linfática do coração é feita pelos vasos linfáticos no miocárdio, que passam para o plexo linfático
subepicárdico, acompanhando as veias e artérias do coração. Um único vaso linfático, formado a partir da união de
diversos vasos vindos do coração, sobe entre o tronco pulmonar e o átrio esquerdo e termina nos linfonodos
traqueobronquiais inferiores, normalmente do lado direito.

COMPLEXO ESTIMULANTE E SISTEMA DE CONDUÇÃO DO CORAÇÃO


É o complexo que coordena o ciclo cardíaco, de maneira tal que, a sístole e diástole funcionem de maneira
correta e harmonicamente. É Composto por fibras musculares cardíacas altamente especializadas na condução rápida
dos impulsos elétricos.
O nó sinoatrial inicia um impulso que é rapidamente conduzido para
as fibras musculares cardíacas situadas no átrio, levando-as a se contrair. O
impulso desse nó é propagado pelo feixe interatrital para o átrio esquerdo.
O impulso é rapidamente transmitido para o nó atrioventricular por
meio dos feixes internodais (responsável por retardar um pouco a
propagação do estímulo, para dar tempo do átrio se encher, contrair e encher
o ventrículo), a partir do qual, por meio do feixe de atrioventricular (Hiss)
propaga o impulso, uniformemente, para os músculos do ventrículo esquerdo.
Esse feixe tem como ramos terminais:
 Ramo direito
 Ramo esquerdo: Divisão anterossuperior e Divisão póstero-inferior
 Ramos subendocárdicos (fibras de Purkinje)

NÓ SINOATRIAL OU SINUSAL (MARCAPASSO NATURAL)


Localizado no encontro da VCS e AD, próximo à extremidade superior do sulco terminal. Inervado pelo plexo
cardíaco (estímulo simpático aumenta a FC e parassimpático diminui a FC). Tem como propriedades:
 Auto-excitação
 Automaticidade
 Baixa negatividade do potencial de repouso
 Permeabilidade das fibras ao sódio
 Marcapasso com maior frequência

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NÓ ATRIOVENTRICULAR
Localizado na região inferior do septo interatrial, próximo ao óstio do seio coronário. Inervado pelo plexo
cardíaco (estímulo simpático acelera a condução e parassimpático lentifica).

FEIXE ATRIOVENTRICULAR
Transmite o impulso do átrio, a partir do nó atrioventricular, para o ventrículo, atravessando o esqueleto fibroso
do coração. Tem trajeto no septo interventricular. Depois, divide-se em ramos direito e esquerdo na junção da parte
membranácea e muscular.
 Ramo direito
 Ramo esquerdo
o Divisão ântero-superior
o Divisão póstero-inferior
 Ramos subendocárdicos (fibras de Purkinje)

INERVAÇÃO DO CORAÇÃO
A inervação do coração é feita a partir de fibras nervosas autônomas provenientes do plexo cardíaco, oriundo
do nervo vago, formado entre a traqueia, a aorta e tronco pulmonar.
 Inervação simpática: fibras dos gânglios
paravertebrais cervical e torácico superior dos
troncos simpáticos. O suprimento simpático é
proveniente das fibras pré-ganglionares e fibras
pós-ganglionares (as fibras pós-ganglionares
terminam no nó sinoatrial e atrioventricular). O
estímulo simpático do tecido nodal aumenta a
frequência cardíaca e a força de suas contrações.
Esse estímulo também dilata das artérias
coronárias inibindo sua constrição (fornece mais
oxigênio e nutrientes para o miocárdio durante
períodos de atividade aumentada).
 Inervação parassimpática: fibras do nervo vago. O
suprimento parassimpático é proveniente de fibras
pré-ganglionares do nervo vago e fibras
parassimpáticas pós-ganglionares também
terminadas nos nós sinoatrial e atrioventricular e
diretamente nas artérias coronárias. O estímulo
dos nervos parassimpáticos diminui a frequência
cardíaca, reduz a força do batimento cardíaco e
constringe as artérias coronárias, economizando
energia entre períodos de demandas aumentadas.

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