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EIA - RIMA - Tres - Lagoas - Indústria Celulose PDF
EIA - RIMA - Tres - Lagoas - Indústria Celulose PDF
– EIA/RIMA DA EXPANSÃO
E-mail: forest.br@poyry.com
N° Referência 20555.10-1000-M-1500
Conteúdo 1 INTRODUÇÃO
2 INFORMAÇÕES GERAIS
3 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
4 ÁREA DE INFLUÊNCIA
5 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL
6 ESTUDOS COMPLEMENTARES
7 AVALIAÇÃO DE IMPACTOS
8 CONCLUSÃO
Anexos
Distribuição
FIBRIA E
PÖYRY RHi, NRN
Orig. 29/04/11 cco 29/04/11 PEP 29/04/11 RHi 29/04/11 NRN Para informação
Rev. Data/Autor Data/Verificado Data/Aprovado Data/Autorizado Observações
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1 INTRODUÇÃO
Este Relatório de Impacto Ambiental – RIMA apresenta a síntese dos estudos
ambientais e avaliação dos impactos, bem como proposição de medidas mitigadoras
para ampliação da unidade industrial da FIBRIA de Fabricação de Celulose
Branqueada, em Três Lagoas, Estado do Mato Grosso do Sul.
2 INFORMAÇÕES GERAIS
Identificação do Empreendedor
Razão Social Fibria Celulose S.A.
CNPJ: 36785418/0015-02
IE 28343038-9
Endereço Rod. MS 395, Km 20, Zona Rural, Caixa Postal 529
CEP: 79601-970
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Empresa Consultora
Razão Social Pöyry Tecnologia Ltda.
CNPJ: 50.648.468/0001-65
Endereço Rua Alexandre Dumas, 1.901 – Bloco A – 2º andar – Chácara
Santo Antonio – São Paulo – SP
CEP: 04717-004
Telefone: (11) 3472-6955
Fax.: (11) 3472-6980
Contato Romualdo Hirata
Email: romualdo.hirata@poyry.com
A Pöyry Tecnologia é uma empresa de origem finlandesa, atuando há mais de 35 anos
no Brasil, que possui experiência de engenharia e tecnologia de processo de celulose e
papel assim como destaque na elaboração de Estudos Ambientais e de
Sustentabilidade para este tipo de empreendimento no Brasil.
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ADtB/y é a sigla em inglês para “Air Dry ton Bleached per year” que significa tonelada de celulose branqueada seca
ao ar.
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A FIBRIA também tem dado apoio aos seguintes Programas de Saúde Pública na
região:
Fibria
Presença no Brasil
Com sede administrativa em São Paulo (SP), a Fibria opera cinco fábricas com
capacidade anual de aproximadamente 5,4 milhões de toneladas de celulose e 313 mil
toneladas de papel. Detém 50% de participação na Veracel (jont-venture com a Stora
Enso). A participação de 50% do Conpacel, que pertencia a Fibria, foi vendida em
2011 para a Suzano.
As atividades da Companhia têm por base uma área florestal de 1,043 milhão de
hectares, dos quais 393 mil hectares são reservas nativas dedicadas à conservação
ambiental, em sete estados: Espírito Santo, Bahia, Minas Gerais, Rio Grande do Sul,
São Paulo, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro.
Presença Global
A Fibria está presente nos principais centros consumidores de celulose, por meio de
sete centros de distribuição e seis escritórios comerciais e de representação na
América do Norte, Europa e Ásia. Com essa estrutura comercial e logística, a celulose
da Fibria chega a clientes em 38 países. A Fibria comercializou 5.248 mil toneladas de
celulose em 2009, na Ásia (36%), Europa (31%), América do Norte (23%) e América
Latina (10%).
Desempenho
Como resultado o EBITDA ajustado foi de R$ 1.697 milhões, uma margem de 28%. O
EBITDA do período foi 23% inferior aos R$ 2.196 milhões registrados em 2008
(margem de 37%).
Como resultado, o lucro líquido de 2009 foi de R$ 558 milhões, comparado com
prejuízo de R$ 1.310 milhões no exercício anterior.
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tSA/a que significa....
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Por tratar-se da expansão da fábrica existente, não foi realizado nenhum estudo de
alternativas locacionais. O local de instalação da expansão será no mesmo site da
fábrica de Três Lagoas, MS, conforme já estava previsto por ocasião da implantação
da Linha 1. Tal alternativa proporcionará maiores ganhos técnicos, operacionais,
ambientais e principalmente econômicos nas fases de implantação e operação devido
à utilização da mesma infraestrutura, disponibilidade hídrica e insumos.
Técnica
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Ambiental
Econômica
O Brasil tem sido um local privilegiado para o setor de agronegócios, devido à sua
vantagem competitiva para cultivar florestas renováveis e auto-sustentáveis. É
considerado como o futuro grande fornecedor do mercado mundial de celulose de
fibra curta, tendo a seu favor fatores ambientais que aumentam sua competitividade.
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Figura 2.5/1: Produção Brasileira de celulose por tipo de fibra (x 1.000 ton/ano). FLBr:
Fibra Longa Branqueada, FLNBr: Fibra Longa Não Branqueada, FCBr: Fibra Curta
Branqueada e FCNBr: Fibra Curta Não Branqueada.
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Social
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3 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
3.1 Localização
O empreendimento está localizado no município de Três Lagoas (MS), junto à rodovia
MS – 395, km 21.
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Canteiro
Os canteiros de obras serão instalados nas proximidades de cada área de processo,
bem como serão utilizados o contorno do parque fabril para estocagem de
equipamentos e canteiros administrativos.
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Atividades de Terraplenagem
As atividades de terraplanagem serão precedidas de uma limpeza do terreno, com a
remoção do solo orgânico atualmente existente que não deverá ser significante em
função da instalação da expansão na mesma área da Linha 1 existente já parcialmente
terraplanado. Na etapa final de implantação da fábrica, esse solo vegetal será
reutilizado como substrato para as áreas que receberão tratamento paisagístico.
No projeto das obras de terraplenagem, está previsto balanço entre corte e aterro de
solo de forma que serão minimizadas as áreas necessárias de bota-fora e de material
de empréstimo em locais externos do terreno do empreendimento.
A disposição desses resíduos de lavagem será feita em um aterro, onde a água será
evaporada, e com uma retroescavadeira, o resíduo de concreto será retirado e enviado
para o local onde a FIBRIA tem plano de recuperação de áreas degradadas (PRAD).
Existirão duas caixas, enquanto uma caixa de areia estará em operação, a outra caixa
será esvaziada com uma retroescavadeira para remoção dos resíduos de concreto que
deverão ser enviados para o local onde a FIBRIA tem plano de recuperação de áreas
degradadas (PRAD).
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Arruamento e pavimentação
As ruas principais do empreendimento serão pavimentadas com asfalto, concreto ou
blocos articulados com a utilização de guias, sarjetas e sarjetões e sistema de
drenagem compostos de bocas de lobo, bocas de leão e canaletas. Para essa fase, está
prevista a instalação de uma usina de asfalto na própria área da fábrica para
fornecimento de asfalto para pavimentação das ruas principais. As ruas destinadas aos
canteiros de obras receberão pavimentação provisória em brita e sistema de drenagem
em valas.
Drenagem superficial
As águas pluviais serão recolhidas superficialmente através de bocas de lobo e
conduzidas pela rede pluvial até as valas existentes e posteriormente até o rio Paraná.
Canteiro típico
O canteiro típico é constituído de 6 áreas: escritório, vestiário, área de estocagem de
peças fabricadas e de equipamentos, almoxarifado e oficinas. As áreas são propostas e
poderão variar em função da atividade específica de cada empreiteira.
Edificações temporárias
Refeitórios
Os refeitórios possuirão capacidade para servir diariamente cerca de 10.000 refeições.
Centro Social
A edificação é composta de uma área para lojas/ shopping, sanitários, salas de TV,
lanchonete com área para cozinha, bomboniere, despensa, lavagem e mesas para jogos
e caixas eletrônicos e telefone na área externa coberta.
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Escritórios de obras
A edificação é composta de blocos com escritórios e salas de reunião, e um bloco de
interligação composta de um auditório, salas de reunião, copas, coffee break,
sanitários masculinos e femininos, um depósito e sala de ar condicionado.
Portarias do Canteiro
A área da portaria do pessoal compõe-se de uma recepção, área da segurança,
catracas, guarda volume e de EPI para visita, sala de integração, café, e dois sanitários.
Energia Elétrica
A energia elétrica necessária está estimada em 7 MWh para a etapa de implantação e
será fornecida pela fábrica.
Óleo Diesel
Abastecimento de Água
Os usos principais de água durante a construção da expansão são: fins sanitários,
preparação de concreto e usos diversos. O abastecimento de água para o canteiro obras
será realizado através de ETA da fábrica que deverá fornecer uma vazão da ordem de
120 m3/h que deverá atender a população máxima de 7000 funcionários (pico durante
a obra) e também para preparação de concreto.
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O esgoto tratado deverá atender aos padrões de emissão dos parâmetros estabelecidos
pela Resolução CONAMA nº 357/2005. Em resumo, os principais parâmetros que
deverão ser seguidos e que são aplicáveis a este tipo de efluente (esgoto sanitário) são:
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DBO significa “demanda biológica de oxigênio”, ou seja, representa a quantidade de
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3
- Vazão máxima m /dia 1.680
- pH 5,0 a 9,0
- Temperatura ºC 35
Será implantada a coleta seletiva dos resíduos sólidos recicláveis que deve ser
realizada através de recipientes apropriados e identificados através de cores e cartazes,
conforme apresentado na tabela a seguir.
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Metais Amarelo
Plásticos Vermelho
Vidros Verde
Quantidade Armazenamento
Resíduo Coleta Seletiva Destino Final
Estimada Temporário
Entulhos de obras Área de
(blocos, concreto, Caçambas 3.000 m³/mês Caçambas metálicas recuperação da
tijolos, madeira.) Linha 1 (PRAD)
Tambor com
Metais ferrosos e não
identificação 25 t/mês Baia identificada Reciclagem
ferrosos
Amarela
Tambor com
Papel / papelão 10 t/mês Baia identificada Reciclagem
identificação Azul
Tambor com Devolução ao
Plásticos identificação 15 t/mês Baia identificada fabricante /
vermelha Reciclagem
Reaproveitamento/
Borracha / pneus Depósito de Pneus 30unid/mês Depósito de Pneus devolução ao
distribuidor
Tambor com
Vidros 2 t/mês Baia identificada Reciclagem
identificação Verde
Lâmpadas
Tambor identificado 0,5 t/mês Baia identificada Descontaminação
fluorescentes
Reprocessamento
Baterias / pilhas Tambor identificado 10 kg/mês Baia identificada
para fabricação
Resíduos Secos e Tambores Incineração em
200 kg/mês Baia identificada
ambulatoriais identificados empresa licenciada
Tambor identificado Co processamento/
Óleos lubrificantes e Tambores Resíduos
3,5 m³/mês e fechado na área de Incineração em
graxas de Classe I
Resíduo Classe I empresa licenciada
Higienização e
Toalhas industriais Sacolas plásticas 2,0 t/mês Área identificada
Reutilização
Resíduos orgânicos Tambor com
300 m³/mês Caçambas metálicas Aterro municipal
(restos de refeições) identificação cinza
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Alojamento
Os profissionais que vierem fora da região serão devidamente acomodados em
alojamentos.
Desmobilização
Após a conclusão das obras, as instalações serão desmontadas e o local onde elas se
encontram, será recomposto com as mesmas características de antes da instalação.
Mão-de-Obra
A mão-de-obra necessária para a implantação da expansão da fábrica é estimada em
aproximadamente 7.000 trabalhadores no período de pico da obra e montagem.
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Pátio de Madeira
Está prevista uma estocagem de madeira na área do pátio com um volume de cerca de
78.000 m³s de madeira com casca, e de cerca de 117.000 m³s de madeira sem casca, o
que corresponde a dez dias de consumo médio no cozimento.
Para a produção anual de 1 750 000 tSA de celulose está sendo considerado um pátio
de madeira constituído por quatro linhas, sendo duas para madeira com casca e duas
para madeira sem casca.
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Linha de Fibras
A polpa branqueada será enviada à torre de estocagem, onde será armazenada à média
consistência, e dali alimentada à máquina de secagem e máquina de papel da
International Paper.
Planta Química
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− Soda cáustica
− Metabissulfito de sódio
− Metanol
− Ácido sulfúrico
Estes produtos são adquiridos de terceiros e fornecidos em caminhões-tanque.
Dióxido de Cloro
A planta de dióxido de cloro será dimensionada para atender a demanda da nova linha.
O dióxido de cloro será produzido através do clorato de sódio que reage com um
agente redutor (metanol) em meio ácido num reator de vaso único sob vácuo. O
sulfato de sódio, obtido como subproduto da geração de dióxido de cloro, será
utilizado como make-up de sódio e enxofre na fábrica de celulose.
Clorato de Sódio
O clorato de sódio necessário para a reação será produzido através da eletrólise do
cloreto de sódio, em uma planta com capacidade de 60.000 toneladas/ano.
A planta terá uma área para estocagem, dissolução, tratamento e purificação de sal. O
licor de células será enviado para a cristalização de clorato, de forma a preparar uma
solução pura para o processo “Metanol” e reaproveitamento do sal. O gás hidrogênio
co-produzido será resfriado e pressurizado para uso como combustível no forno de cal.
Peróxido de Hidrogênio
O peróxido de hidrogênio utilizado no branqueamento será produzido em uma planta
dedicada com capacidade anual de 45 000 toneladas.
Oxigênio
O oxigênio terá uma planta dedicada além de um sistema de reserva de oxigênio
líquido para atender às necessidades da deslignificação, branqueamento e oxidação do
licor branco.
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Serão instaladas duas máquinas de secagem que produzirão fardos unitizados prontos
para a comercialização, a partir de celulose kraft branqueada estocada em torre de alta
consistência.
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Evaporação de Licor
A planta de evaporação será uma planta de seis ou sete efeitos, que utilizará vapor de
baixa pressão. A concentração final do licor até 80% será conseguida nos vários
estágios dos evaporadores. O licor produzido será armazenado para posterior queima
na caldeira de recuperação.
Caldeira de Recuperação
O vapor produzido em alta pressão será enviado para os turbogeradores para geração
de energia elétrica.
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Caldeira de Biomassa
Será instalada uma caldeira de biomassa, tipo leito fluidizado, dimensionada para
atender as necessidades da indústria de celulose. Para tanto, é previsto descascamento
de parte da madeira na indústria.
Os rejeitos do pátio de madeira serão misturados e enviados aos silos para a queima na
caldeira. O óleo combustível será utilizado como combustível auxiliar e também por
ocasião da partida e paradas. O vapor produzido pela caldeira de força será enviado
para o turbogerador, misturado com vapor da caldeira de recuperação.
Caustificação
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cal (óxido de cálcio), que produzirá uma suspensão de hidróxido de sódio e carbonato
de cálcio, a qual será separada por filtração.
Antes de entrar em contato com a cal virgem o licor verde sofre um processo de
filtração no qual as impurezas (dregs) são removidas.
Após a reação do licor verde com a cal virgem o licor branco é separado da lama de
cal (carbonato de cálcio). O licor branco é enviado para o cozimento e a lama de cal
será lavada e desaguada em filtro de disco antes de ser alimentada ao forno de cal.
Condensado ou água quente será usado para diluição da lama de cal e lavagem no
filtro de lama de cal. O filtrado do filtro de lama será bombeado para o tanque de licor
fraco.
Forno de Cal
O forno de cal será equipado com um secador externo para a lama de cal e com
resfriadores para a cal queimada.
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Turbogeradores (Cogeração)
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Os gases não condensáveis diluídos (GNCD - GDI) coletados em diversas fontes nas
áreas de processo serão introduzidos como ar secundário na caldeira de recuperação.
Gás Natural
Será suprido pela rede de gás natural, cujo principal consumidor em operação normal
será o forno de cal.
O abastecimento de água da Linha 2 continuará sendo o rio Paraná, com uma vazão
estimada em 9 500 m3/h.
A água captada será tratada numa estação de tratamento com capacidade estimada em
9 000 m3/h, passando por uma grade mecanizada para remoção de sólidos grosseiros
até uma estação de bombeamento, de onde será enviada por meio de uma adutora para
a estação de tratamento.
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conduzida por canais até os filtros de areia. A operação de contra-lavagem será feita
automaticamente e a água utilizada será coletada em cada filtro por calhas para enviar
essas águas para o sistema de captação de água bruta, visando reaproveitamento.
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Linha 2
Parâmetros
nova
Vazão fábrica de celulose (m³/h) 7 200
Vazão fábrica de papel (m³/h) 710
Carga DBO (kg/d) 105 000
Carga DQO (kg/d) 250 000
Carga SST (kg/d) 60 000
Carga cor (kg/d) 148 500
Os efluentes da nova linha de produção de celulose serão coletados em cada uma das
ilhas de processo e serão separados em duas linhas: os efluentes com sólidos e os
efluentes sem sólidos conforme a Linha 1, contudo, as redes de coleta de efluentes das
duas linhas serão independentes.
Os fluxos dos efluentes com sólidos passarão por sistema de medição de vazão,
temperatura, condutividade e pH e então serão dirigidos para um sistema de
gradeamento para remover os materiais grosseiros.
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As lagoas de emergência são drenadas por duas bombas de capacidade de 350 m3/h,
possuindo uma bomba em stand by.
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Fontes de Emissão
As principais fontes de emissão atmosférica da expansão da fábrica serão similares
aos da Linha 1, as quais são:
− Caldeira de recuperação;
− Forno de cal;
− Caldeira de biomassa.
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− Caldeira de Recuperação
− Forno de Cal
− Caldeira de Biomassa
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Monitoramento
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Sistema de Gerenciamento
O gerenciamento de resíduos sólidos a serem gerados na expansão da FIBRIA
contemplará as mesmas práticas ambientais consagradas e utilizadas na fábrica atual,
dentre as quais destacando-se a coleta seletiva dos materiais recicláveis, a disposição
controlada e adequada dos resíduos não recicláveis classes II A e II B, a coleta,
armazenagem, transporte e destinação dos resíduos perigosos, conforme legislação.
Fontes de Geração
Os resíduos sólidos a serem gerados pela expansão são os mesmos da Linha 1
existente que são divididos em dois grupos, a saber:
− Resíduos Sólidos Industriais;
− Resíduos Sólidos Não Industriais.
A maior parte dos resíduos sólidos provenientes de celulose e papel são normalmente
classificados, segundo as normas da ABNT 10004, como resíduos classe II A, não
perigosos e não inertes, não apresentando características de periculosidade.
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Resíduos Perigosos
Serão gerados resíduos classificados como perigosos, tais como, lâmpadas
fluorescentes, pilhas, baterias e óleos lubrificantes exauridos. Estes resíduos serão
coletados separadamente, acondicionados, armazenados em locais específicos e a sua
disposição final ou tratamento final destes resíduos serão realizados por empresas
devidamente autorizadas e licenciadas para tal fim.
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transportados e dispostos por empresa licenciada para tal fim. A FIBRIA possui Plano
de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde em conformidade com a
Resolução 358/2005 do CONAMA, bem como, RDC ANVISA nº 306/2004.
O aterro será projetado em forma de células modulares, tendo uma capacidade total de
750 000 m3.
Este processamento será realizado por terceiros, porém dentro da área da FIBRIA, nas
proximidades da área do aterro industrial, ocupando uma área aproximada de 30 000
m2 .
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4 ÁREA DE INFLUÊNCIA
As áreas de influência compreendem:
− área diretamente afetada (ADA) - área que sofre diretamente as intervenções de
implantação e operação da atividade, considerando alterações físicas, biológicas,
socioeconômicas e das particularidades da atividade, área onde efetivamente será
construída a nova linha incluindo a nova adutora e novo emissário;
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Figura 4/1 - Figura da Área de Influência Direta (AID). Raio de 5km do alcance
máx da dispersão atmosférica.
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Figura 4/2 - Delimitação das áreas de influência diretamente afetada, direta e indireta.
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5 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL
O Estado do Mato Grosso do Sul está localizado na zona tropical de alta pressão,
adjacente à zona de baixa pressão do Chaco, sob influência de ventos tropicais de
Oeste e polares provenientes do Sul.
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A escola cedeu uma parte de sua área para ser alocada a estação. Essa área foi cercada
por grade pelos funcionários da escola, tornando-se uma área isolada para acesso
exclusivo da FIBRIA. Na área no entorno da estação há pedras e mato. A rua lateral
não é asfaltada, o que pode elevar a concentração de particulado em alguns períodos.
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De acordo com estes dados, pode-se verificar que de modo geral a qualidade do ar na
área monitorada é muito boa, excetuando-se os resultados de partículas inaláveis,
apesar de se encontrarem abaixo do padrão de qualidade estabelecido na Resolução
CONAMA no 03/90
O item 6.2.1 da NBR 10151 estabelece o Nível Critério de Avaliação (NCA) para
ambientes externos os indicados na tabela 1, ou seja:
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O Grupo São Bento foi caracterizado pelo início e término da retirada das águas do
mar da Bacia do Paraná, caracterizando-se, portanto, como um ambiente aquoso no
início e totalmente desértico no final, sendo este último período associado a derrames
básicos extensos (CLEMENTE, 1998).
Nesta região o relevo é relativamente uniforme, suave ondulado, recoberto por rochas
areníticas do Grupo Bauru (Formações Caiuá, Santo Anastácio e Adamantina). Áreas
planas ocupadas por Modelados de Acumulação Fluvial ocorrem às margens dos rios
Verde e Sucuriú. Sedimentos aluviais são também encontrados no Vale do Rio Paraná.
Neste sentido, tanto a AID como a AII da expansão do empreendimento possui alta
suscetibilidade à erosão, devido à combinação dos solos com as longas vertentes que
caracterizam a região. Portanto deverão ser adotadas as medidas seguintes: Estocar em
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local adequado, a camada orgânica superior do solo, para reutilização posterior (por
exemplo, em projeto paisagístico); Manejar o solo com cautela, e com especial
atenção na construção e conservação de estradas; Adotar medidas para minimizar o
carreamento de material sólido para os cursos d’água; e Minimizar o tempo de
exposição das áreas sem cobertura vegetal na fase de obras.
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O rio Paraná pertence a Região Hidrográfica do Paraná que está situada na região
centro-sul do país. Essa região faz divisa com 6 outras regiões: Atlântico Sul, Uruguai,
Atlântico Sudeste, São Francisco, Tocantins-Araguaia e Paraguai. A Figura a seguir
apresenta as 12 Regiões Hidrográficas do Brasil.
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O volume total de água consumido pela população do Estado de Mato Grosso do Sul é
da ordem de 87 milhões de m³/ano, sendo que desse volume, 81% é consumo da
Região Hidrográfica do Paraná.
A unidade da FIBRIA de Três Lagoas já lança seus efluentes tratados no rio Paraná.
Os efluentes tratados que serão gerados pela nova linha de produção de celulose de
eucalipto branqueada também serão lançados no rio Paraná através de um novo
emissário subaquático.
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Os
A qualidade das águas do rio Paraná foi avaliada pelos dados fornecidos do
monitoramento da FIBRIA, por meio de malha amostral de seis pontos de coleta
identificados no diagnóstico deste Estudo de Impacto.
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Para este estudo, as áreas selecionadas para o diagnóstico do meio biótico estão
situadas dentro da AID (Área de Influência Direta), sendo escolhido o Horto Moeda,
considerando sua representatividade regional em termos ambientais, para a avaliação
dos possíveis impactos do empreendimento.
A área de estudo (Horto Barra do Moeda), está inserido na região de transição entre os
domínios da Floresta Estacional Semidecídua e o do Cerrado, na zona de contato de
três províncias florísticas, Amazônica, Chaquenha e da Bacia do Paraná. A região é
por isso marcada por uma vegetação naturalmente complexa, que inclui campos
limpos, as diferentes fisionomias do cerrado stricto sensu, cerradões e florestas
estacionais decíduas e semidecíduas (Programa de diagnóstico, monitoramento e
restauração da vegetação natural -PBA-06 /FIBRIA, 2008)*.
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Avifauna (pássaros)
Entre as 164 espécies de aves registradas, 144 foram amostradas pelo método
padronizado de listas de 10 espécies e 20 durante o deslocamento entre as áreas de
amostragens. O maior número de espécies foi registrado em F1(103), enquanto F2
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O pardal, espécie originária da Europa, foi a única espécie exótica registrada na AID,
seu registro ocorreu durante os deslocamentos entre as áreas.
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HER 1 HER 2
HER 3 HER 4
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HER 5 HER 6
HER7 HER 8
A única espécie exótica encontrada dentro da área estudada foi a lagartixa de parede.
A ocorrência constante em áreas antrópicas e periantrópicas é muito comum,
principalmente em edificações humanas. Esta condição também mostra o quão
generalista é a espécie, sendo encontrada até em grandes cidades como São Paulo
(Benesi, 2007). Por ser um animal que habita principalmente áreas antrópicas, não
apresenta riscos às populações de répteis na área do empreendimento.
Ictiofauna (peixes)
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66
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68
O capítulo específico que trata dos aspectos sociais e econômicos apresenta com
detalhes os aspectos econômicos, humanos e de relações sociais que levaram à
formação do que se conhece hoje como Três Lagoas e região de influência do projeto.
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O terreno da FIBRIA está na margem do Rio Paraná, que é importante para a captação
de água e lançamento dos efluentes tratados. O terreno também é cortado pelo
gasoduto Bolívia-Brasil.
A região mais urbanizada do município de Três Lagoas está situada a uma distância de
aproximadamente 25 km da unidade fabril, sendo conectada a ela através da rodovia
MS-395. A maioria dos habitantes de Três Lagoas se concentra nessa região,
caracterizada pela presença de residências, comércios, escolas e outras indústrias.
70
Fonte: IBGE.
− Renda: A renda é calculada tendo como base o PIB per capita do país.
71
Três Lagoas 0,708 0,784 0,664 0,719 0,670 0,763 0,789 0,869
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano.
O IDH dos três municípios em estudo apresentou crescimento no período entre 1991 e
2000. O município de Três Lagoas apresentou em 2000 o maior IDH da região com
0,784. Os três municípios apresentam índice de desenvolvimento humano considerado
médio pela ONU.
Até o ano de 2007, o PIB de Três Lagoas era o 4º maior do estado. O PIB de
Brasilândia e Selvíria estavam na 38º e 63º posição no ranking do estado,
respectivamente.
5.2.3.5 Silvicultura
Segundo dados de 2009, da Associação Brasileira de Celulose e Papel – BRACELPA,
o estado do Mato Grosso do Sul está na 8º posição da classificação dos estados com
florestas plantadas no Brasil. No total são 155.000 hectares de florestas plantadas,
sendo que na região existe apenas o plantio de eucalipto (para atender o setor de papel
e celulose).
No plantio de eucalipto no Mato Grosso do Sul, 89.000 hectares são próprios das
indústrias do setor de papel e celulose, 65.000 ha são provenientes de
arrendadas/parceiras e 1.000 ha são provenientes de fomento.
72
5.2.3.6 Transporte
No que tange à infra-estrutura viária e de transportes o empreendimento possui
localização bastante privilegiada, dispondo de boas condições de transporte
rodoviário, ferroviário e hidroviário, os quais podem se complementar de maneiras
variadas, originando diversas alternativas de rotas para o escoamento da produção e o
recebimento de insumos.
Rede Rodoviária
Por essa mesma rodovia, a BR-262, a partir de Três Lagoas, seguindo no sentido oeste
permite o acesso à capital do Estado, Campo Grande. No município de Três Lagoas a
BR-262 apresenta boas condições de tráfego, toda asfaltada, com mão-dupla, pista
simples e acostamento, conforme figura a seguir. No sentido leste, atravessando o rio
Paraná pela barragem da UHE Jupiá e encontra-se com a SP-300 – Marechal Rondon,
que dá acesso aos municípios paulistas de Castilho e Andradina.
73
Figura da BR 158 acesso entre Selvíria e Três Lagoas / Trevo de acesso à Selvíria.
Fonte: Poyry, 2008.
74
MS-395: com início no município de Três Lagoas segue para o sudoeste do estado do
Mato Grosso do Sul, atravessa a sede do município de Brasilândia. Neste trecho de 63
km entre as sedes dos dois municípios, a MS-395 apresenta regulares condições de
trafegabilidade. Ressalta-se que esta rodovia tem intenso tráfego de caminhões, pois
dá acesso à sede (fábricas e sedes administrativas) das empresas FIBRIA e
International Paper, além dos principais hortos florestais de Barra do Moeda e Rio
Verde.
75
Rede Ferroviária
O estado do Mato Grosso do Sul é cortado pela Malha Oeste, que tem início em
Coxabamba na Bolívia, passa por Corumbá, Miranda, Aquidauana, Campo Grande,
Ribas do Rio Pardo, Água Clara até chegar a Três Lagoas. A partir desse ponto, já no
estado de São Paulo, a ferrovia percorre outros municípios até chegar ao porto de
Santos.
76
Rede Hidroviária
77
Aeroportos
− Fortalecimento da cidadania;
78
Diante das ações desenvolvidos pelo empreendedor, foram aplicados diversos planos e
programas com larga aplicabilidade e amplamente reconhecidos na região. A seguir,
sao apresentados os principais resultados das alterações ocorridas em Três Lagoas.
1) Ano de 1914: Estrada de Ferro Novoeste (Noroeste): ligação ferroviária com São
Paulo e chegada de trabalhadores para construção e operação da ferrovia. O
município foi dividido pela linha férrea;
2) Ano 1968: Usina Eng. Souza Dias (Usina de Jupiá) da CESP: ligação rodoviária
com São Paulo e chegada de nova força de trabalhadores;
3) Ano 2007: Instalação das fábricas da FIBRIA e International Paper - IP: marco do
processo de industrialização do município, com a chegada e fixação de mão-de-
obra qualificada.
Esse terceiro grande momento gerou e ainda está gerando uma série de transformações
e trazendo uma diversidade de benefícios para o município, os quais são citados a
seguir:
79
Figura 5.2.3.9/1 - Novos hotéis instalados em Três Lagoas. Fonte: Poyry, 2010.
6 ESTUDOS COMPLEMENTARES
A caracterização do empreendimento foi detalhada com base na engenharia conceitual
do empreendimento, definindo as emissões ambientais, seus controles, as infra-
estruturas internas e externas associadas, bem como, os estudos específicos realizados
permitindo uma melhor avaliação dos impactos, tais como:
20555.10-1000-M-1500
80
Segundo o Estudo de Dispersão Hídrica verifica-se que quanto aos parâmetros de cor
e carga orgânica (medida em DBO), mesmo nas condições de mínima vazão (Q 7,10)
do rio Paraná, a zona de mistura será de apenas alguns de metros, isto é, o rio volta às
condições anteriores logo após o lançamento dos efluentes soma das duas Linhas
(Linha 1 + 2) da Fibria.
81
FREQÜÊNCIA DE OCORRÊNCIA
A B C D E
S 3 2
E IV
V
E III 1 2 5
R
I
D II 13 10 28
A
D
E I 2
7 AVALIAÇÃO DE IMPACTOS
Considerando a caracterização do empreendimento e o Diagnóstico Ambiental da área
de influência, iniciou-se a avaliação dos impactos ambientais gerados pela instalação
do mesmo, sendo identificados os impactos sobre os meios físico, biótico e sócio-
econômico para as diferentes fases do empreendimento, planejamento, implantação e
operação, de acordo com a Resolução CONAMA no 001/86.
Tabela 7/1. Check list de ações impactantes para fase de planejamento, implantação do
empreendimento, desativação das obras e operação.
Ambiente Ambiente
Fase Meio Impactos possíveis
terrestre aquático
Planejamento Sócio-
Melhoria da qualidade de vida da X
20555.10-1000-M-1500
82
população
econômico
Geração de expectativa da população X
Movimentação de terra para construção da
X
fábrica e da infraestrutura
Alteração na característica do solo e das
águas subterrâneas devido à disposição X X
Físico inadequada de resíduos
Alteração da qualidade do rio Paraná X
Alteração da qualidade do ar X X
Aumento da geração de ruído X X
Aumento dos riscos de atropelamento de
X
Implantação animais
Biótico
Alteração nos ecossistemas aquáticos X
83
Ar
MEIO FÍSICO
Solo
Água
Flora terrestre
MEIO BIÓTICO Fauna terrestre
Fauna aquática
População
Uso e ocupação do solo
MEIO SÓCIO-
ECONÔMICO Qualidade de vida
Atividades econômicas
Político–institucional
84
No que diz respeito à área de abrangência: pode ser local (L), quando ocorre no
próprio sítio do empreendimento, regional (R), quando se propaga para fora desse sítio
ou estratégica (E), quando se interliga com estratégias de desenvolvimento local e/ou
regional;
Em relação à relevância: é estabelecida como baixa (B), média (M) ou alta (A),
considerando-se sua magnitude, mitigabilidade e importância dos fatores ambientais
atingidos;
A avaliação de cada impacto foi realizada de acordo com o que mostra a tabela
apresentada a seguir, a qual explicita os atributos que foram caracterizados no decorrer
da análise.
No caso de impactos positivos (benéficos), devem ser adotadas medidas que visem
aproveitar ao máximo os benefícios; são as chamadas medidas potencializadoras.
85
Fundamentação técnica
Análise dos impactos, com a fundamentação técnico-científica para a sua avaliação.
Caracterização do impacto
A caracterização dos impactos ambientais é realizada de acordo com a legislação
ambiental vigente e indicada de acordo com as seguintes especificidades e
atributos:
Natureza: - positivo ou negativo
Forma de incidência: - direto ou indireto
Área de abrangência: - local, regional ou estratégica
Possibilidade de ocorrência: - certo ou possível
Prazo de ocorrência: - imediato, curto, médio ou longo
prazo
Temporalidade/duração: - temporário, cíclico ou
permanente
Reversibilidade: - reversível, parcialmente
reversível ou irreversível
Magnitude: - pequena, média ou grande
Relevância: - alta, média ou baixa
Possibilidades mitigadoras para impactos - mitigável, parcialmente mitigável
negativos: ou não mitigável
Possibilidade de potencialização para - alta, média ou baixa
impactos positivos:
Grau de resolução das medidas: - baixo, médio ou alto
Área de influência
Limite de ocorrência ou extensão dos impactos ambientais – ADA, AID ou AII
86
Fase de Implantação
Fase de Operação
20555.10-1000-M-1500
87
Fase de planejamento
20555.10-1000-M-1500
88
Fase de implantação
- minimizar o tempo de exposição das áreas sem cobertura vegetal na fase de obras;
- utilizar EPI, como protetor auricular, ou qualquer outra medida de acordo com o
PPRA;
89
Fase de operação
90
- implantar uma nova estação de tratamento de efluentes similar ao existente que está
fundamentada na melhor tecnologia prática disponível (moderna e segura) do tipo de
lodos ativados;
- utilizar EPIs, como protetor auricular, ou qualquer outra medida de acordo com o
PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais);
91
- implantar uma nova estação de tratamento de efluentes similar ao existente que está
fundamentada na melhor tecnologia prática disponível (moderna e segura) do tipo de
lodos ativados;
- articular com órgãos públicos para fiscalização das atividades econômicas informais;
92
8 CONCLUSÃO
Conclusão Geral
Para o diagnóstico ambiental foram realizados estudos específicos dos meios físico,
biótico e antrópico, definindo-se as atuais sensibilidades e vulnerabilidades ambientais.
Para o meio físico foram contemplados aspectos tais como: clima e condições
meteorológicas, geologia, geomorfologia e pedologia, recursos hídricos, qualidade do
ar e níveis de ruído. Dentre os estudos realizados, destacam-se as simulações para
dispersão de efluentes líquidos no rio Paraná, estudo de análise de riscos e dispersão de
emissões atmosféricas.
93
Como se pode observar, a maior parte dos impactos negativos identificados concentra-
se no meio físico e na etapa de implantação para os quais foram propostas medidas
mitigadoras.
Uma obra do porte da Fibria em Três Lagoas implica também grande impacto no meio
antrópico, tendo em vista os processos de contratação e desmobilização de mão-de-
obra após a conclusão das obras.
94
Com base no estudo apresentado, não foi identificado nenhum impacto que, na opinião
da equipe que elaborou este EIA, questione a viabilidade ambiental do
empreendimento, em condições normais de operação, considerando a implantação das
medidas mitigadoras propostas. Os impactos positivos permanecem durante todo o
período de operação do empreendimento.
95