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Aula 1

Fluidos

Baseado em: www.ifi.unicamp.br

1
Hidrostática: fluidos em repouso
Não resistem a tensões de cisalhamento e podem escoar.

Gás
Líquido
(compressível)

Normais
Tangenciais 2
Hidrostática: fluidos em repouso
Não resistem a tensões de cisalhamento, podem escoar e
exercem força na direção perpendicular à superfície.

Gás
Líquido
(compressível)

Assumem a forma do recipiente


3
Mecânica (m e F) → Fluidos (ρ e P)
Massa específica Fluidos
(densidade): ρgases << ρlíquidos≈ ρ sólidos
(kg/m3)
Gases Líquidos & sólidos
Amônia 682
Hidrogênio 0,083 sangue 1050
Helio 0,164 benzeno 879
Neônio 0,900 Etanol 789

! Argônio
Xenônio
Nitrogênio
1,784
5,88
1,15
Argônio [liq.]
Metano
Água
1390
424
1000
?
Oxigênio 1,31 Cobre 8920
fluor 1,70 Prata 10490
ar [cntp] 1,21 Chumbo 11340
CO 1,25 Mercúrio 13600
CO2 1,80 Ouro 19320

nylon 1140
M PTFE 1200
ρ=
V
Densidade do líquido não varia com p mas a do gás varia
4
!
Líquidos e Gases:
Tensão hidrostática (Pressão)

F
P=
A
Pressão de um fluido (P ):
É resultado da força média que as
moléculas do fluido exercem sobre
as paredes de um recipiente
P
Neste caso, a tensão hidrostática
sobre a esfera é a pressão do fluido
5
Líquidos e Gases:
Tensão hidrostática (Pressão)

F
P=
A
Atenção: força é uma grandeza
vetorial e pressão é escalar!

P
Quando um fluido está em repouso,
a pressão em um ponto dado deve
ser a mesma em qualquer direção.
6
Pressão
Unidades:

1 Pa = 1 N / m2
1 atm = 1,013. 105 Pa
1 atm = 1 bar = 760 mm Hg
1 atm = 14,7 lb/in2 (PSI)

7
Variação da pressão hidrastática...

0
2 1 pA
3
y

4 y+Δy
5
6 (p+Δp)A
7

A força devida à pressão sobre um objeto imerso é sempre


perpendicular à superfície em cada ponto. A pressão em um
ponto de um fluido estático só depende da profundidade. 8
Variação da pressão hidrastática...
pA
0
y
∆mg

y +Δy

(p+Δp)A

Massa do bloco imaginário de água: ∆m


Área do bloco, paralela à superfície d´água: A

F↑ =( p+∆p ) A
F↓ =pA+∆mg=pA+ρ( A∆y)g 9
Variação da pressão hidrastática...
pA F↑ =( p+∆p ) A
0 F↓ =pA+∆mg=pA+ρ( A∆y)g
y
∆mg

y +Δy

Como o bloco está em repouso,


(p+Δp)A a resultante de forças é nula:

F↑ − F↓ =( p+∆p ) A − pA− ρ( A∆y)g= 0


p+∆p− p=ρ∆yg
dp
∆p=ρg∆y =ρg
dy 10
Variação da pressão...

dp
=ρg
dy
dp=ρgdy 0
h
p=p0 +∫ ρgdy =p0 +ρgh
0
y

Consequência imediata:

Se p0 é modificada como resultado de um efeito externo,


p é modificada da mesma quantidade. 11
Exemplo: Forças em uma represa

A pressão em um ponto de um fluido em equilíbrio estático


depende da profundidade desse ponto, mas não da dimensão
horizontal do fluido ou do recipiente.
Exemplo: Forças em uma represa

P=ρgh=ρgy
h
F=PA → dF=PdA
y
F
dy
H

Considere a força realizada


por um fluido em um represa
para uma profundidade H =
150 m e um elemento
superficial de w = 1200 m.
Exemplo: Forças em uma represa

P=ρgh=ρgy
h
F=PA → dF=PdA
y
F dF=PdA=ρgywdy
H
dy 1
H
F=∫ ρgwydy= ρgwH 2
0 2

Se H = 150 m
Considere a força realizada w = 1200 m
por um fluido em um represa
para uma profundidade H = 11
150 m e um elemento linear F=1,32×10 N
de w = 1200 m.
Exemplo 1

__

__

15
Medindo a pressão
Unidades:

1 Pa = 1 N / m2
1 atm = 1,013. 105 Pa
1 atm = 1 bar = 760 mm Hg
1 atm = 14,7 lb/in2 (PSI)

Medindo a pressão:
barômetro de
mercúrio e
manômetro de tubo
aberto
16
Medindo a pressão…..

Barômetro de Mercúrio Manômetro de tubo aberto

17
Aplicações (i): Princípio de Pascal
Aplicação:
tubo de pasta

Uma variação da pressão aplicada a um fluido


incompressível contido em um recipiente é
transmitida integralmente a todas as partes do
fluido e às paredes do recipiente.
Aplicações (i): Princípio de Pascal
Prensa hidráulica

F1 F2

A2 Com um macaco hidráulico uma certa


F 2 =F 1 força aplicada ao longo de uma dada
A1
distância pode ser transformada em
A2 uma força maior aplicada ao longo de
≈ 100 uma distãncia menor.
A1
Aplicações (ii): Vasos comunicantes

0 dp=ρgdy

B
y1 pA- pB = ρg (y2 - y1)
C A
y2
ρg∆y

pC - pA= ρg(y2 – y2) = 0 pC = pA 20


Aplicações (ii): Vasos comunicantes
y
po
po

B A

ρ2 ρ1

C D

21
Aplicações (ii): Vasos comunicantes
y
po
po

B A
pB ≠ pA
ρ2 ρ1

C D
pC = pD

pO – pC = pO – pD pC = pD 22
Exemplo 2

Um tubo em U está parcialmente cheio de um


líquido com densidade ρ1. Um segundo líquido
que não se mistura ao primeiro é colocado num
dos ramos do tubo. O nível neste ramo fica a
uma altura d acima do nível no outro ramo, que
por sua vez se eleva de uma altura L acima do
nível original. Determine ρ2 do segundo líquido.

23
Um tubo em U está parcialmente cheio com um líquido de densidade
ρ1. Um segundo líquido, que não se mistura ao primeiro, é colocado
num dos ramos do tubo. O nível neste ramo fica a uma altura d acima
do nível no outro ramo, que por sua vez se eleva de uma altura L
acima do nível original. Determine ρ2 do segundo líquido.

ρ2 ρ1

ρ1 A
B

24
Um tubo em U está parcialmente cheio com um líquido de densidade
ρ1. Um segundo líquido, que não se mistura ao primeiro, é colocado
num dos ramos do tubo. O nível neste ramo fica a uma altura d acima
do nível no outro ramo, que por sua vez se eleva de uma altura L
acima do nível original. Determine ρ2 do segundo líquido.

pA = pB ρ1 g 2L=ρ 2 g ( d+2L)

d 2L
ρ2 =ρ 1
2L+d
L

ρ2 ρ1

L
B A

25
Aplicações (iii): Manômetro e barômetro

Barômetro de Mercúrio Manômetro de tubo aberto

26
Pressão × Densidade do ar

− λz
ρ( z ) = ρ0 e

λz
ρ0
p( z ) = p 0 e

; λ= g
p0

" Atenção ao medir


pressões em fluidos
como o ar!"

27
Empuxo
Princípio de Arquimedes

T
T
E

P
P
" O empuxo de um objeto imerso
é igual ao peso do líquido deslocado "
Flutuação: Fg igual a E;
Peso aparente = peso – empuxo.
Princípio de Arquimedes

0
p1A
y
corpo imerso no ∆mg
líquido ρ0
y+Δy

densidade: ρ0 p2A
y

Forças no corpo:
F↑ =p 2 A ; F ↓ =p1 A+ρ 0 ( A∆y )g
F↑ − F↓ = ( p 2− p1 ) A − ρ0 ( A∆y)g
Princípio de Arquimedes

F↑ − F↓ = ( p 2− p1 ) A − ρ0 ( A∆y)g

Mas: ( p 2− p1 ) = ρ g ∆y

⃗F = ⃗F↑ − F⃗ ↓ =( ρ Vg− ρ Vg) y^


R 0
0
onde: E y
Q

é o peso P
y+Δy

y
⃗E = − ρ Vg ^y é o empuxo !
O empuxo é uma força para cima e depende do volume
de líquido deslocado pela presença do corpo imerso.

0
ponto Q: é o centro de
y
empuxo... E
Q
P y+Δy
... ou centro de massa
do volume deslocado!
Exercício
• Uma esfera oca de alumínio flutua com sua metade submersa
na água. O raio exterior da esfera é de 50 cm. Encontre o raio
interior da esfera.
Exercício
• A metade inferior de um tanque é enchida com água
enquanto que a metade superior é preenchida com petróleo.
Suponha que um bloco retangular de madeira, cuja massa é 5,5
kg e suas dimensões são 30 cm de largura, 10 cm de altura e 20
cm de comprimento, seja colocado neste tanque. Uma vez que o
bloco alcança o equilíbrio, quão profundo ficará submerso na
água a parte inferior do bloco?
Exercício
Um cubo sólido de alumínio de 40 cm de aresta pende de uma
corda e se encontra totalmente submerso em água.
(a)Calcule a tensão na corda;
(b) Se o cabo se rompe, o cubo começa a cair com aceleração
constante. Quanto vale a magnitude desta aceleração?
(c) Se o cubo é colocado em mercúrio, qual a distância que o
cubo afunda até chegar ao equilíbrio?
Exemplo
• Um balão de chumbo, com vácuo no interior, de raio médio
R = 0,1 m está totalmente submerso em um tanque. Qual é a
espessura t da parede do balão se esse não emerge nem afunda?
3 − 3
ρ Pb=11,3×10 kgm
4 3
Págua =ρ a V balão g= πR ρa g
t
3
2
P Pb =mg=ρPb V Pb g≈ ρPb g 4 πR t
V R
Supomos que: t << R
ρágua R
P Pb =P água → t=
ρ Pb 3
t ≈ 2,95 mm
Hidrodinâmica: fluido em movimento

Características do fluido:
• Incompressível
• Não-viscoso (sem força de arrasto)

e do fluxo:
• Estacionário (velocidade e pressão num dado
ponto independentes do tempo)
• Laminar (não-turbulento)
• Irrotacional (sem vórtices)
Compressibilidade
Densidade da água do mar vs profundidade

y < 1000 m:
(Picnoclina)

∆p ≈ 100 atm
g
∆ρ≈ 0,003 3
→ 0,3
cm
y
y > 1000 m:
∆ρ≈ 0
Viscosidade
• É equivalente ao ATRITO
• Sem VISCOSIDADE: sem dissipação de
energia, com conservação da energia
mecânica e sem força de arrasto;

• Ex.: A velocidade de
aglutinação de 2 gotas
de um líquido depende
da sua viscosidade.

http://www.nasa.gov/lb/missions/science/16oct_viscosity.html
Turbulência
LINHA DE CORRENTE:
É a trajetória de um pequeno elemento do fluido

Fluxo laminar:
Linhas de corrente
não se cruzam

Fluxo
turbulento:
Cruzamento de
linhas de corrente
www.ceintl.com/solutions/ images/streamlines.jpg
Fluxo Ideal
Caso simples

Velocidade de
escoamento ´v´
uniforme
v
ρ e perpendicular a
área A, da seção
transversal do tubo

Densidade ρ cte.
Fluxo irrotacional

Velocidade de
⃗v
escoamento do
fluido: ⃗v

∮ l =0

v .d ⃗
O fluxo é irrotacional se a integral da velocidade
ao longo de uma trajetória fechada no fluido for nula.
Equação da continuidade
Análise do volume em um tubo de seção variável!

Fluxo de massa: ∆m ρ ∆V ρ A∆L ∆L


= = =ρA =ρA v
∆t ∆t ∆t ∆t

Volume que cruza a área A


no intervalo de tempo ∆t : V

⃗v Velocidade de
Densidade escoamento do
do fluido: fluido: v
ρ


Equação da continuidade

∆m
=ρAv
∆t

Caso Geral:
dm
v⋅ d ⃗
= ∮ ρ⃗ A
dt

Vazão ou Fluxo de massa


Equação da continuidade
∆l 1 (Fluidos incompressíveis)
∆l 2

ρ1 A1 v1 =ρ 2 A 2 v2

∆l1 ∆V 1
Vazão: A1 v1 =A 1
∆t
=
∆t
=

dM
Ou (mais geral): dt
v⋅ d ⃗
=∮ ρ ⃗ A =0

• Massa que entra é igual a massa que sai.


Exemplo: Fluxo sangüíneo
Suponha que o sangue flui através da aorta com velocidade
de 0,35 m/s. A área da seção reta da aorta é de 2 x 10-4 m2.
a) Encontre a vazão de sangue;
b) Os ramos da aorta se dividem em dezenas de milhares de
vasos capilares com área de seção reta total de 0,28 m2.
Qual é a velocidade média do sangue nesses vasos?

a) RV = Av = 2×10-4 m2 ×0,35 m/s = 7×10-5 m3/s


Av
b) Av =A c v c → vc =
Ac
−5 3
7×10 m / s − 4
vc = 2
=2,5×10 m/s
0,28 m
Equação de Bernoulli
Daniel Bernoulli (1700 – 1782)
Trabalho realizado para Físico e Médico Holandês

mover o fluido:
v 2 dt
W 1= ( p1 A 1 )v1 dt=p1 ∆V
W 2 =− ( p 2 A 2 )v 2 dt=− p2 ∆V
∆V p2

v 1 dt

p1
∆V
Equação de Bernoulli
Trabalho total realizado ao longo do tubo:

W 1= p 1 ∆V W tot =W 1 +W 2 =( p1 − p2 ) ∆V
W 2 =− p 2 ∆V

Teorema trabalho-energia:

∆U=mg∆h= ( ρ ∆V )g(h2 − h1 )
1 2 2 W tot =∆E c +∆U
∆E c = ( ρ ∆V )(v 2 − v1 )
2

1 2 2
p1− p 2= ρ(v 2− v 1 )+ρg(h2 − h1 )
2
Equação de Bernoulli
1 2 2
p1− p 2= ρ(v 2− v 1 )+ρg(h2 − h1 )
2

1 2 1 2
p1 + ρv 1 +ρgh1 =p2 + ρv 2 +ρgh2
2 2

1 2
p+ ρv +ρgh=cte
2
...ao longo de uma linha de corrente ou
escoamento
Equação de Bernoulli
Escoamento horizontal:

vA vB vC
Equação de Bernoulli
Escoamento horizontal: y=cte 1 2
p+ ρv +ρgh=cte
2

vA vB vC

A B <A A =A C → v B >v A =v C → p B <p A =pC


A A v A =A C v C =A B v B
pois: 1 2 1 2 1 2
p A + ρv A =pC + ρv C =p B+ ρv B
2 2 2
Aplicações da equação de Bernoulli

ρA 0 v 0 =ρAv
A0
v=v 0 1 2
A e p+ ρv +ρgh=cte
2
Descreve o movimento do fluido…..
Fluxômetro de Venturi
Mede a velocidade de escoamento de um fluido

A B C
v

a) Qual é maior? vA, vB ou vC?

a) Qual é maior? PA, PB ou PC?


Fluxômetro de Venturi
Mede a velocidade de escoamento de um fluido

A B C
v

A B <A A =A C → v B >v A =v C → p B <p A =pC


Sustentação aerodinâmica

1 2
p+ ρv +ρgh=cte
2
Efeito Magnus
É o fenômeno pelo qual a rotação de um objeto altera
a sua trajetória em um fluido.

+ =

Bola com o efeito


de força vertical:
Exercício
Um tanque está cheio de água até uma altura H. Em uma de
suas paredes se faz um orifício a uma profundidade h abaixo da
superfície da água.
a)Calcule a rapidez com que a água sai do orifício;
b)Calcule o alcance do jorro de água;
c)Calcule a profundidade h que se deve perfurar um buraco
para que o alcance seja máximo; Qual o valor do alcance
máximo?
d)A que profundidade deve ser aberto outro buraco para que o
alcance seja o mesmo do item (b).
Exemplo – Eq. de Bernoulli
Considere o fluxo de
água de uma usina
hidrelétrica.
P2=? Calcule a pressão da
água na saída da usina e
v3=? a velocidade depois de
percorrer a distância
ilustrada na figura.
Exemplo – Eq. de Bernoulli
1 2
p+ ρv +ρgh=cte
2
1 1
P2=? p1 + ρv 1 +ρgh 1 =p3 + ρv 3 +ρgh3
2 2
2 2
1
v3=? ρgh1≈ ρv 3 ; v 1≈ 0
2
2

v 3 =√2 gh1 =70 m/s

1 1 A3 r3 2

p2 + ρv 2 +ρgh 2 =p1 + ρv 1 +ρgh1


2 2 e v 2 = v 3 = 70 m/s
2 2 A2 r2 2

1 5 2
p2 =patm +ρg(h1 − h 2 )− ρv 2 ≈ 4,5×10 N/m
2
2
Exemplo: Eq. de Bernoulli
A1 = 1,2 x 10-3 m2; A2 = A1/2; ρ = 791 kg/m3; ∆p = 4120 Pa, Rv= ?

A1 A2

∆p
Exemplo: Eq. de Bernoulli
A1 = 1,2 x 10-3 m2; A2 = A1/2; ρ = 791 kg/m3; ∆p = 4120 Pa, Rv= ?

1 1
p1 + ρv 1 +ρgh=p 2 + ρv 2 +ρgh
2 2

A1 2 2
A2
1 2 2
p1− p 2= ρ(v 2− v 1 )
2
∆p
Exemplo: Eq. de Bernoulli
P2=?
Tubo de Pitot
Tubo de Pitot
Exercício
O tubo horizontal da figura tem uma área transversal de 40 cm2
na parte mais larga e de 10 cm2 na parte mais estreita. Flui água
no tubo a uma vazão de R = 6 L/s.
a)Quais as velocidades do fluxo em ambas as partes?
b)Qual a diferença de pressão entre estas regiões?
c)Qual a diferença de altura h entre as colunas de mercúrio no
tubo em forma de U? É dada a densidade do mercúrio.
Exercício
Um sifão é um aparato para
extrair líquido de um
recipiente difícil de
acessar. Ao se conseguir
extrair o líquido,
determine:
a) A que velocidade sai o
líquido pela mangueira
no ponto C?
b) Qual é a pressão do
líquido no ponto mais
elevado B?
c) Teoricamente, até que
altura máxima acima da
água este sifão consegue
h1 = 12cm; h2 = 40 cm; d = 12 cm
fazer a água subir?
Exercício
ph =p0 +ρgh

69

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