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CÓDIGO: PRT- 098

PROCEDIMENTO TÉCNICO REVISÃO: C

INSPEÇÃO EM VASOS CRIOGÊNICOS

1. OBJETIVO

Padronizar a rotina de inspeção Exame Externo e Interno conforme NR-13, ASME Seção Div. 1, API 571
e a critério do Profissional Legalmente Habilitado.

2. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

NR-13 (Norma regulamentadora 13 – Vasos de Pressão, Caldeiras, Tubulações e Tanque Metálicos)


ASME VIII Div. 1
API 571

3. PERIODO DE INSPEÇÃO NR13

Item 13.5.4.8 - Vasos de pressão com temperatura de operação inferior a 0 ºC (zero graus Celsius) e
que operem em condições nas quais a experiência mostre que não ocorre deterioração devem ser
submetidos a exame externo a cada 2 (dois) anos e a exame interno, quando exigido pelo código de
construção ou a critério de PLH.

4. VASOS CRIOGÊNICOS

São equipamentos especialmente projetados para acondicionarem fluídos criogênicos, isto é, fluidos que se
liquefazem em temperaturas entre –150 °C e -273 °C à pressão atmosférica.

Basicamente o recipiente criogênico consiste num vaso de paredes duplas com um sistema de isolamento
térmico entre elas para armazenar os gases Oxigênio, Nitrogênio e Argônio.

O sistema de isolamento é formado por uma câmara entre os tanques interno (container) e externo (casco),
no qual se produz vácuo e é preenchido com perlita. O vácuo elimina a transmissão de calor por convecção,
em virtude de retirada do ar e de outros gases do interior da câmara. A perlita em pó, que é um minério
vulcânico expandido, praticamente elimina a transmissão de calor por radiação. A fixação do tanque interno
ao tanque externo é feita mediante suportes especiais, projetados de modo a que a superfície de
transferência de calor por condução entre os mesmos não seja propagada.

Existem tanques que operam à baixa pressão (4,4 A 5,8 kgf/cm²) e os que operam à média pressão (até
17,6 kgf/cm² e os especiais, acima de 17,6 kgf/cm²).

A figura 01 mostra esquema do recipiente criogênico, a figura 02 mostra o isolamento em tanque criogênico.

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Fig. 01

:
Fig. 02

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CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS

Muitos testes são utilizados na fabricação de forma a atender as exigências do código de projeto e
garantir a sua operacionalidade. Na fabricação são exigidos testes em cada componente do vaso:
Vaso Interno (Container): - 100% radiografado
- Luz Negra
- Secagem
Vaso Externo (Casco): - Hélio

5. FUNCIONAMENTO

A instrumentação dos tanques criogênicos é projetado para permitir a sua operação automática. O sinal
básico para o funcionamento dessa instrumentação toda é a pressão, dispensando qualquer outro tipo
de sinal ou fonte de energia.

GRUPO III – A figura 03, mostra o fluxograma de segurança, monitoração e controle, enchimento, saídas
de líquidos e gás, do tipo Grupo III, não possuem a tubulação de retirada opcional de líquido.

As pressões de Abertura/Ruptura dos componentes de segurança dos tanques dos Grupos II e III,
apresentam-se na tabela abaixo:

Vaso (Classe de 250 # 400# 600#


Pressão)
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Válvula de Segurança 17,0 kgf/cm² 27,2 kgf/cm² 40,8 kgf/cm²


Disco de Ruptura 23,3 kgf/cm² 35,0 kgf/cm² 56,4 kgf/cm²
Válvula de Alívio 27,2 kgf/cm² 27,2 kgf/cm² 61,2 kgf/cm²

Fig. 03 (Grupo III)

- GRUPO II
- São equipamentos antigos, tendo as seguintes diferenças dos Grupo III, Fig. 04.
- Circuito de segurança junto com o circuito economizador
- Válvula de bloqueio localizada entre a SLP e a reguladora de pressão.
- Mais uma válvula de bloqueio no circuito economizador/segurança
- Mais uma válvula de alívio entre a válvula reguladora de pressão e a válvula de bloqueio da SLP.
- O dispositivo de segurança é um disco de ruptura

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Fig. 04 (Grupo II)

GRUPO I – São destinados principalmente à operação entre bombas para enchimento de cilindros e
pequenos recipientes. As diferenças entre o Grupo II e III são:

- Não existe tubulação de retirada de líquido para o vaporizador


- O circuito economizador funciona como um sistema de segurança, aliviando a pressão para a
atmosfera.

As pressões de Abertura/Ruptura dos componentes de segurança dos tanques dos Grupos I,


apresentam-se na tabela abaixo:

Vaso (Classe de 3000 6000 11000 13000


Pressão)
Válvula de Segurança 5,1 kgf/cm² 5,1 kgf/cm² 4,2 kgf/cm² 4,2 kgf/cm²
Disco de Ruptura 9,5 kgf/cm² 9,5 kgf/cm² 7,7 kgf/cm² 7,7 kgf/cm²
Válvula de Alívio 27,2 kgf/cm² 27,2 kgf/cm² 27,2 kgf/cm² 27,2 kgf/cm²
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Fig. 05 (Grupo I)

5.1. Circuito de Segurança

Para condições operacionais segura, o circuito de segurança reside em aliviar as pressões excessivas,
que colocariam em risco a integridade do equipamento, que é subdividido em dois sistemas: proteção
do vaso interno (container) e proteção do vaso externo (casco), fig. 06.

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Fig. 06

- Válvula de Segurança: protege o tanque interno em caso de sobre pressão, calibrada para a PMTA.
- Disco de Ruptura: caso falhe a PSV, sendo dimensionado para romper a uma pressão acima da
PMTA.

- Válvula de três vias: permite a manutenção preventiva das PSV´s e dos discos de ruptura e garantir
o consumo contínuo em caso de ruptura por falha de um dos discos de ruptura.

- Dispositivo de Segurança: protege o tanque externo (casco) em caso de pressurização da câmara


de vácuo, acionado quando a pressão na câmara de vácuo for superior ao peso do flange cego que se
encontra sobre o bocal do casco.

5.2. Circuito de Monitoramento

Tem a finalidade de monitorar a pressão e o nível de líquido no interior do container, fig. 07.

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Fig. 07

- Manômetro: Indica a pressão de fase de gás do vaso interno.

- Manômetro Diferencial (Indicador de Nível): Indica o nível de líquido em polegadas de água, por
pressão diferencial.

- Válvulas de bloqueio de alta e baixa pressão: isola o manômetro diferencial/manômetro. Normalmente


abertas.

- Válvulas “by pass”: Normalmente mantida fechada. Permite equalizar a pressão das câmaras de alta e
baixa pressão do indicador de nível e é utilizada para o ajuste do zero do indicador.

5.3. Selo Líquido

Sua função é reter o líquido na câmara de vácuo, impedindo o contato com a tubulaç ão externa, evitando
que o líquido vaporize e retorne ao tanque, aumentando sua pressão, conforme fig.06. O princípio de
funcionamento baseia-se no equilíbrio das pressões (sifão). A formação do selo se dá quando parte do
líquido vence a curva e entra em contato com a tubulação exposta com o ambiente, vaporizando-se. O vapor
gerado vai aumentando até que a pressão PL se equaliza com a soma das pressões (Pg+PL).

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Fig. 08

Pg = Pressão do Gás

PL = Pressão do Líquido

P1 = Pressão gerada através do Líquido Vaporizador com o Ambiente

P1 = PL + Pg

5.4. Circuito de Enchimento

São as tubulações que permitem que o container seja abastecido para controlar/manter a pressão de
operação durante o enchimento do tanque através do ajuste (abertura/fechamento) das válvulas de
enchimento superior e enchimento inferior, conforme fig. 09

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Fig. 09

- Flange de Enchimento: utilizado para conectar a mangueira de transferência de carreta/caminhão

- Válvula de Alívio: protege a tubulação contra a elevação da pressão resultante da vaporização do líquido
criogênico, que por ventura fique retido entre o trecho bloqueado.

- Válvula de Enchimento Superior: usada para abastecer o tanque pela parte superior, com a finalidade
de diminuir a sua pressão, ocasionando a pulverização do líquido na fase de gás, obtido através de um
difusor localizado no container, resfriando e condensando parte deste gás, com a consequente redução da
pressão., mantida fechada em operação.

- Válvula de Enchimento Inferior: usada para abastecer o container pela parte inferior com a finalidade de
aumentar a pressão e elevando o nível da fase líquida, comprimindo a fase gás, com a consequente
elevação da pressão, mantida fechada em operação. Esta válvula também é utilizada para drenar o líquido.

- Válvula Ladrão: permite o controle visual da finalização do enchimento através da saída de líquido,
deixando em volume do tanque interna na fase gasosa que “absorve” as vaporizações do líquido.

5.5. Circuito de Controle (Sistema Levantadora de Pressão-SLP)

Tem por finalidade compensar a queda de pressão no interior do recipiente criogênico sempre que há
retirada de líquido do recipiente criogênico, figura 10.

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Quando da retirada de líquido do container, há expansão do volume da fase gasosa e a consequente queda
de pressão no vaso. Esta queda de pressão só pode compensar com a vaporização de mais líquido, que é
realizada pelo escoamento por gravidade de uma parte líquida através do circuito de controle (Sistema
Levantador de Pressão – SLP), onde há troca de calor com o ambiente ocorrendo a sua vaporização. Este
gás retorna ao tanque permitindo dessa forma, a manutenção de uma pressão interna suficiente para impelir
o líquido e garantir o fornecimento ininterrupto do produto.

Fig. 10

- Serpentina Levantadora de Pressão: tem a finalidade de vaporizar o líquido retirado da parte inferior do
vaso container

- Válvula Redutora de Pressão: controla automaticamente pressão interna do vaso, permitindo a


passagem de líquido quando a pressão de gás cair.

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- Filtro: retém impurezas e protegem as válvulas de controle do sistema.

- Válvulas de Bloqueio: interrompem o funcionamento do circuito e operam normalmente abertas.

- Válvulas de Alívio: protege a tubulação contra elevação da pressão resultante da vaporização do líquido
criogênico, que por ventura fique retido ao trecho bloqueado. O ajuste da pressão de abertura deve ser
superior a pressão de ruptura do disco do circuito de segurança.

5.6. Circuito de Controle (Economizador)

O circuito economizador, fig.11, permite a retirada do excesso de gás contida no interior do tanque interno,
quando a sua pressão é superior à pressão de operação. Esta condição pode existir nas situações de
consumo extremamente reduzido ou de falha no sistema de isolamento do container. O conta iner passa a
fornecer o produto diretamente sob a forma gasosa, restabelecendo a pressão às condições de operação,

Fig. 11

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- Válvula Economizadora (Back Pressure): entra em funcionamento assim que a pressão interna do
tanque atinja um valor pré-determinado, fazendo com que a mesma se abra conectando à fase gasosa do
tanque interno à tubulação de saída do líquido.

- Válvula de Retenção: impede a passagem de líquido/gás em direção às válvulas economizadoras e


reguladora de pressão.

- Válvula de Bloqueio: permite bloqueio para manutenção da válvula economizadora em conjunto com a
válvula de bloqueio do circuito de controle SLP.

- Serpentina Elevadora de Pressão – SLP: funciona somente como elemento de passagem do gás.

5.7. Saídas de Líquidos e Gás

A fig. 12, mostra as saídas de líquidos e gás de um vaso criogênico.

Fig. 12

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- Válvula de Saída de Líquido: permite a passagem de líquidos e sua conexão com o vaporizador.

- Saída Opcional de Líquido: normalmente tamponada, permite a passagem do líquido com o container.

- Conexão de gás: Normalmente tamponada, situada na tubulação de enchimento superior, permite retorno
de gás gerado na vaporização do líquido utilizado no resfriamento de bombas

- Conexão de Líquido: Normalmente tamponada, tem como finalidade captar o líquido proveniente de
vazamento de gaxeta do selo das bombas alternativas.

6. CARACTERÍSTICAS DOS GASES DE ARMAZENAMEMNTO

6.1. Oxigênio

Oxigênio gás incolor, inodoro e insípido, liquefeito à temperatura de – 183 °C a pressão atmosférica normal.
Participa de toda a reação química de materiais combustíveis, sendo tanto mais violenta a reação quanto
maior for a concentração de oxigênio na atmosfera presente.

Oxigênio se comporta de modo diferente para o ar comprimido, nitrogênio e outros gases inertes. É muito
reativo. O oxigênio puro em alta pressão, tal como a partir de um cilindro, pode reagir violentamente
com materiais comuns tais como o óleo, graxa, querosene, como madeiras, tecidos, tintas,
alcatrão e sujeira contendo óleo. Outros materiais podem pegar fogo espontaneamente. Quase todos
os materiais, incluindo têxteis, borracha e metais queimarão vigorosamente em oxigênio.

6.2. Nitrogênio

Nitrogênio é um gás praticamente inerte até temperaturas de 1000°C, incolor, inodoro e insipido, liquefeito
à temperatura de -196 °C à pressão atmosférica.

O principal risco atribuído ao manuseio deste elemento é a sua natureza altamente inflamável. Um
exemplo de situação que pode resultar em um acidente, é a combinação do hidrogênio com um oxidante,
que forma uma mistura combustível. Por este motivo, deve-se evitar a manipulação deste composto
próximo a chamas e outras fontes de ignição e utilizar somente equipamento à prova de explosão e
ferramentas à prova de faíscas.

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6.3. Argônio

Argônio é um gás inerte, inodoro, não tóxico e inerte, liquefeito à temperatura de – 185 °C à pressão
atmosférica.

Argônio é considerado um asfixiante simples, não é considerado insalubre e não possui um limite de
exposição máximo recomendado.

7. PLACA DE IDENTIFICAÇÃO
A placa de identificação deverá conter as seguintes informações, conforme mostrada na fig.1 3.

Fig. 13

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7. INSPEÇÃO PERIÓDICA
Os principais requisitos a serem verificados e as informações que devem constar no laudo de inspeção:

7.1. Documentação

7.1.1. Identificação (Fabricante, Modelo Número de série, Data de Fabricação, Capacidade Volumétrica,
Norma de Projeto, Materiais, Pressão máxima de Operação, Pressão de Abertura das Válvulas de
Segurança, Pressão de Ruptura do disco).
7.1.2. Data da última inspeção
7.1.3. Proprietário
7.1.4. Usuário

7.2 Exame Externo

7.1.2 Vaso Costado/Periféricos

- Sinais de Corrosão (localizada ou generalizada).

- Medição de espessura do casco.

- Inexistência de deformações comprometedoras.

- Dispositivos de fixação em bom estado.

- Placa de identificação em bom estado.

- Verticalidade e nivelamento menor que 1%

- Aterramento em bom estado.

- Bocal de enchimento em boas condições.

- Conexão para medição do vácuo em bom estado.

-Disco de ruptura em boas condições. Verificar se a pressão de ruptura identificada ao alojamento coincide
com a placa de identificação.

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- Indicador de nível ou célula de carga em bom estado e aferido.

- Manômetro em bom estado e aferido.

- Tubulações não comprometidas (sem torções, amassamento.)

- Válvula de segurança em bom estado. Verificar se a pressão de abertura indicada na válvula coincide com
a da placa ou prontuário. Verificar se a data de aferição está correta.

-Válvulas de operação em boas condições.

- Tubulações em boas condições.

- Superfície com formação de gelo (falha no isolamento térmico referente à perlita; ou trincas do vaso
container ou a quebra de vácuo).

7.2.2. Pintura

Deverá ser inspecionado o costado, em função da análise, referente a:

- Corrosão.

- Danos mecânicos.

- Defeitos permanentes e/ou progressivo (falta de aderência, bolhas, etc.).

O reaproveitamento da pintura de acabamento depende dos seguintes aspectos:

- Porcentagem da área total da superfície do vaso que necessita de jateamento de areia.

- Tipo de tinta usada no acabamento.

7.2.3. Vácuo

- Verificar a pressão de vácuo, se superiores a 400 microns de Hg à frio, são consideradas condenatórias.

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7.2.4. Calibração dos Instrumentos

- Calibrar e aferir manômetro diferencial, manômetro, válvula de segurança, conforme procedimentos da


Megasteam.

7.3. Exame Interno

7.3.1. Preparação

A inspeção interna, deve ser realizada com envolvimento da empresa contratante, pois implica em uma
logística operacional, que deve ser da responsabilidade da contratante.

Para a inspeção interna é necessário tirar o tanque de serviço, que devem obedecer aos procedimentos a
serem adotados para que a operação seja efetuada com segurança e maior facilidade, a saber:

- Esperar que o nível do produto estiver baixo no container.

- Caso haja certa quantidade de líquido no container, drená-lo através da válvula de enchimento inferior para
um equipamento criogênico de transporte, para posterior utilização.

- Pequenas quantidades de líquido podem ser vaporizadas através da saída de líquido/vaporizador na


existência da pressão no container

- Não existindo pressão, colocar um tubo/mangueira no flange de enchimento, abrir a válvula de enchimento
inferior com cuidado de direcionar o líquido para uma região sem óleo, graxa, asfalto, canaletas, se possível
vaporizar para a atmosfera sempre observando os critérios de segurança.

Paralela a esta operação, procedimentos complementares devem ser seguidos:

- Ter cuidado de deixar uma pressão de 1,4 kgf/cm² no container.

- Observar os cuidados e critérios de segurança (Ex.: Purgar o container com nitrogênio que opere com
oxigênio, não manusear o container pressurizado).

A operação de Nitrogênio, deverá ocorrer com o fluido quente (cilindros), obedecendo as seguintes etapas:

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1- Pressurizar com nitrogênio “quente” através da válvula de enchimento inferior até 0,689 bar / 0,703
kgf/cm² (10- psig)
2 - Esperar 05 minutos
3 - Drenar pela mesma válvula eventual quantidade de líquido que ainda esteja retida.
4 - Purgar pela válvula ladrão até a pressão atmosférica.
5 - Repetir a operação 03 (três) vezes.

7.3.2. Exame de Endoscopia

Introduzir o cabo do endoscópio, pela conexão de enchimento, até ter acesso a superfície interna do
container e examinar sua superfície verificando possíveis anomalias.

7.3.3. Alternativa caso seja impossível esta operação 7.3.1 e 7.3.2

Em alternativa, o critério adotado para atendimento da inspeção periódica interna nos vasos criogênicos
referente ao container não pode se executada e com base nos seguintes ítens:

• Inexistência de registros de acidentes relacionados à segurança em uma população grande vasos

com um grande número de em horas de serviço.

• Inexistência de corrosão, fadiga ou erosão.

• Proteção de isolamento.

• Características nas propriedades dos materiais inoxidáveis à baixa temperatura.

• O fluido criogênico armazenado não compromete o material do vaso.

• O exame interno de um vaso poderia ser mais prejudicial do que os benefícios obtidos a partir do

exame.

• As Autoridades Competentes reconhecem a natureza especial destes vasos e têm concedido

isenções a partir de regimes de inspeção mais rigorosos.

A inspeção Interna, será substituída por uma inspeção externa, com ênfase no teste de ´vácuo e de todas
as instrumentações de controle responsáveis pela sua condição operacional do container.

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Histórico de vasos que são desmanchados e examinados o container não apresentando defeitos estruturais
que afetem a segurança operacional.

8. PERIODICIDADE DOS TANQUES CRIOGÊNICOS

Conforme menciona a NR13, referente ao item 13.5.4.6:

“Vasos de pressão que não permitam acesso visual para o exame interno ou externo por impossibilidade
física devem ser submetidos alternativamente a outros exames não destrutivos e metodologias de avaliação
da integridade, a critério do PLH, baseados em normas e códigos aplicáveis à identificação de mecanismos
de deterioração”, adotando como literatura a:

• NR-13
• ASME VIII Div. 1
• API 571

Por critério do PLH (Profissional Legalmente Habilitado), os Tanques Criogênicos devem ser submetidos
a exame externo + interno conforme este procedimento, de 2 em 2 anos, no caso de atendimento do
item 7.3.3 deste procedimento.

Caso possa ser atendido os itens 7.3.1 e 7.3.2 deste procedimento, o Exame Interno será realizado a
cada 10 anos.

9. CONDIÇÃO OPERACIONAL – ANOTAÇÃO DO REGISTRO DE SEGURANÇA


Imediatamente após a inspeção do vaso de pressão, o inspetor deverá anotar no Registro de Segurança
a sua condição operacional, conforme exigências do item 13.5.4.12 da NR-13.

10. NÃO CONFORMIDADES CONDIÇÃO OPERACIONAL

Imediatamente após a inspeção do vaso de pressão, o inspetor deverá anotar As Recomendações e


Não Conformidades recorrentes da inspeção no formulário Relatório Diário FOR 001. O mesmo deve ser
assinado pelo cliente responsável e entregue a segunda via para o mesmo.

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12. RELATÓRIO DE INSPEÇÃO

O relatório de inspeção de segurança, deve conter no mínimo:

a) identificação do vaso de pressão;

b) categoria do vaso de pressão;

c) fluidos de serviço;

d) tipo do vaso de pressão;

e) tipo de inspeção executada

f) data de início e término da inspeção;

g) descrição das inspeções, exames e testes executados;

h) registro fotográfico das anomalias do exame interno do vaso de pressão;

i) resultado das inspeções e intervenções executadas;

j) recomendações e providências necessárias;

k) parecer conclusivo quanto a integridade do vaso de pressão até a próxima inspeção;

l) data prevista para a próxima inspeção de segurança;

m) nome legível, assinatura e número de registro no conselho profissional do PLH e nome legível e
assinatura de técnicos que participaram da inspeção;

n) número do certificado de inspeção e teste da(s) válvula(s) de segurança.

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13. ALTERAÇÕES

N° RA Revisão Alterações Data


- A Emissão 09/09/2019
B Exclusão de itens e revisão nas 12/09/2019
informações técnicas
- C Revisão Eng.º Carlos Eduardo 01/02/2023

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