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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9

Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE


NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
LEILA ROSÁRIA DE FELIX PEREIRA

AMBIENTE VIRTUAL DE ENSINO E APRENDIZAGEM:


Uso do Moodle para ampliar os recursos didáticos dos
professores da Educação Básica

Caderno Pedagógico apresentado à


Coordenação Pedagógica do PDE -
2013, como exigência parcial para
obtenção da certificação do Programa
de Desenvolvimento Educacional.

Orientadora: Profa. Drª. Lindamir Salete


Casagrande

CURITIBA

2013
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO - SUED

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS DPPE

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

LEILA ROSÁRIA DE FELIX PEREIRA

AMBIENTE VIRTUAL DE ENSINO E APRENDIZAGEM:


Uso do Moodle para ampliar os recursos didáticos dos
professores da Educação Básica

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

CURITIBA
2013

ii
Ficha de Identificação - Produção Didático-pedagógica
Professor PDE/2013
AMBIENTE VIRTUAL DE ENSINO E APRENDIZAGEM:
Título
Uso do Moodle para ampliar os recursos didáticos dos
professores da Educação Básica

Autor Leila Rosária de Felix Pereira


Disciplina/Área
Matemática

Escola de Implementação do Colégio Estadual Prefeito João Maria de Barros


Projeto e sua localização

Município da Escola Campina Grande do Sul

Núcleo Regional de Educação Curitiba - Área Metropolitana Norte

Professora Orientadora Drª. Lindamir Salete Casagrande

Instituição de Ensino Superior UFTPR

Relação Interdisciplinar O projeto está focado para o uso de Ambiente Virtual de


Ensino e Aprendizagem na disciplina de Matemática,
porem, caberá a cada professor estabelecer relações
interdisciplinares de acordo com seu planejamento.

Resumo: Este projeto analisará como os recursos do


AVEA-Moodle podem auxiliar professores e professoras
de Matemática em suas práticas pedagógicas para
motivar e a manter o interesse dos alunos da Educação
Básica pelos conteúdos escolares e proporcionar
aquisição de conhecimentos e atitudes pertinentes
frente às dúvidas e interrogações, de alunos do Colégio
Estadual Prefeito João Maria de Barros, do município
de Campina Grande do Sul. Para tanto o corpus será
constituído por meio de conversação, debate e
desenvolvimento de atividades com os Professores de
Matemática do Colégio, treinamento do uso da
plataforma AVEA-Moodle; capacitação para uso
adequado da referida plataforma no Laboratório de
Informática, tendo como referência a Teoria da
Complexidade disseminada por Morin (2001) e Capra
(2005). O passo seguinte do projeto será indexar o
AVEA-Moodle ao site da escola como ferramenta
pedagógica. Será feito o acompanhamento da inserção
dos trabalhos dos alunos, oferecendo soluções para
eventuais dúvidas técnicas e com isto avaliar o grau de
dificuldade de uso da Plataforma. Como resultado da
pesquisa espera-se criar uma proposta metodológica
consistente para uso do ambiente Virtual de Ensino e
Aprendizagem em educação básica regular,
considerando que o educando possa usufruir com maior
facilidade de outros ambientes virtuais que
eventualmente possa surgir em seu futuro acadêmico.

Palavras-chave Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem - Moodle,


Educação, Informática na Educação, Internet,
Metodologia de Projetos

iii
Formato do Material Didático Impresso, digital e virtual

Público Alvo Professores e alunos

iv
SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO.............................................................................................1
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.........................................................................3
3 MATERIAL DIDÁTICO......................................................................................8
Unidade I - Conhecendo o Moodle.................................................................8
Breve Historia do Moodle................................................................................8
Acessando o Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem..........................10
Porque criar um curso presencial em AVEA?...............................................15
4 ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS..............................................................17
Unidade II - A metodologia de projetos..........................................................17
Unidade III - Direitos autorais........................................................................19
5 AVALIAÇÃO PARCIAL DOS ASPECTOS POSITIVOS OU NEGATIVOS DA
PROPOSTA....................................................................................................21
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................22
7 REFERÊNCIAS...............................................................................................23

v
1

1 APRESENTAÇÃO

As atuais tendências da educação abrem espaço, entre outras


considerações, à integração de diversas áreas do conhecimento a partir de suas
relações interdisciplinares. É neste contexto que o uso das Novas Tecnologias da
Informação e Comunicação (NTICs) desempenha papel importante, pois mediante
sua aplicação é possível criar propostas de trabalho inovadoras, enriquecendo-se o
processo ensino aprendizagem da educação, e de modo especial, da educação
básica.
A rede estadual de ensino conta hoje com laboratórios de informática
conectados à Internet instalados em todas as escolas, que são utilizados muitas
vezes sem uma metodologia adequada. É comum o professor levar seus alunos até
a sala de informática e dizer: “Pesquisem no Google” e os estudantes anotam em
seus cadernos aquilo que encontram na “pesquisa” ou copiam e colam quando têm
que entregar em forma de trabalho, nada além disso. Esta atividade pode ser útil,
porém o laboratório pode ser utilizado para buscar atingir outros objetivos,
desenvolvendo atividades que propiciem maior ganho de conhecimentos
significativos para o estudante.
Com base nesta constatação, o tema para esta pesquisa está
relacionado à aplicação dos recursos de um AVEA – Ambiente Virtual de Ensino e
Aprendizagem − o Moodle −, como mecanismo de inserção, divulgação e
aprendizagem de conteúdos trabalhados por docentes e discentes da educação
básica de escolas públicas.
O Moodle é um software que fora desenhado, a princípio, para
educação à distância, todavia, seus recursos poderão enriquecer o processo ensino
aprendizagem na sala de aula da educação básica no ensino presencial, tendo em
vista que a referida plataforma suporta as mais diferentes possibilidades
pedagógicas.
Serão convidados a participarem do projeto os professores de
Matemática do Colégio Estadual Prefeito João Maria de Barros e estes por sua vez
escolherão as turmas às quais lecionam para fazerem parte do projeto. O colégio
Estadual Prefeito João Maria de Barros está localizado na periferia da cidade de
Campina Grande do Sul e atende basicamente uma clientela de baixa renda
familiar.
2

Sendo assim, chegou-se a seguinte questão: de que forma o


AVEA-Moodle pode servir de ferramenta aos professores e professoras em suas
práticas pedagógicas para motivar e manter o interesse dos alunos da Educação
Básica pelos conteúdos escolares e proporcionar aquisição de conhecimentos?
3

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Este projeto de intervenção pedagógica visa, a priori, pesquisar como


os recursos do Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem, o Moodle podem
auxiliar professoras e professores na dinâmica de suas práticas de ensino e manter
o interesse dos educandos da educação básica pelos conteúdos escolares,
proporcionando a aquisição de conhecimentos e atitudes perquiridoras diante das
dúvidas e interrogações recorrentes.
A partir destes princípios será necessário revisar a produção teórica no
que tange o período pós década de 1980, tendo em vista que foi a partir deste
período que se começou, no Brasil, a se inserir as novas tecnologias dos modos
digitais e virtuais na educação. Até então o que se percebia de tecnologia
educacional, eram apenas as analógicas: o quadro de giz, material impresso,
retroprojetor, mimeógrafos. etc.
Com a entrada massiva dos recursos computacionais na escola, que
ocorreu a partir da década de 1980, diversas propostas metodológicas vêm sendo
desenvolvidas e inseridas no processo educacional. Estamos sempre em busca de
meios para se aproveitar adequadamente os novos recursos e com isto melhorar a
qualidade do ensino. A partir dessa proposta muitos computadores foram inseridos
nas escolas sem, no entanto, a devida capacitação dos professores. A exemplo
disto podemos mencionar o Programa Proinfo, do Governo Federal em meados da
década de 90, do século passado. Só com a criação dos CRTEs no Paraná é que se
começou efetivamente a capacitação profissional para seu uso em todo o Estado.
Vencer o medo dos hardware; o teclado, o mouse foi sem sombra de dúvidas a
grande dificuldade enfrentada por professores e professoras no início deste
processo, por outro lado, os estudantes sempre estiveram mais adiantados no
domínio dos PCs.
A partir das capacitações e suporte oferecidos pelo CRTE, softwares
mais complexos e ricos em recursos e possibilidades, passaram a fazer parte da
realidade escolar no Paraná. Além destes softwares, muitos deles oferecidos pelas
editoras, vindos em encartes nos livros do professor iniciaram um processo de
mudança que viria a se efetivar com a chegada da Internet, que se materializara no
Brasil a partir de meados da década de 1990, acaba por interferir definitivamente no
processo educativo, mudando inclusive seu paradigma; até então o professor era,
de modo geral, o detentor do conhecimento a ser ensinado. Com o surgimento das
4

novas mídias e da Internet, o professor passa a ser mediador do conhecimento,


tendo em vista que o conhecimento encontra-se distribuído caoticamente na rede,
podendo ser acessado de qualquer lugar, a qualquer momento.
Embora todo o conhecimento produzido pela humanidade ao longo de
sua história possa ser acessado a qualquer momento e de qualquer lugar que se
tenha um computador conectado à rede, estes conhecimentos por si só não se
transformam em bagagem cultural de relevância para o sujeito e a sociedade, pela
falta de sua criticidade. Para isto, é necessária a mediação do professor para que
se possa, a partir da reflexão, construir, desconstruir e formar novos conceitos
válidos em sua práxis. Segundo Libâneo é recomendado aos professores: “persistir
no empenho de auxiliar os alunos a buscarem uma perspectiva crítica dos
conteúdos, a se habituarem a aprender as realidades enfocadas nos conteúdos
escolares de forma crítico-reflexiva”. (LIBANÊO, 2011 p, 37)
A evolução do processo pedagógico muito se deve às novas
tecnologias. Libâneo analisa esta nova conjuntura ao dizer que:

o ensino exclusivamente verbalista, a mera transmissão de informações, a


aprendizagem entendida somente como acumulação de conhecimentos,
não subsistem mais. Isto não quer dizer abandono dos conhecimentos
sistematizados da disciplina nem da exposição de um assunto. O que se
afirma é que o professor medeia a relação ativa dos alunos com a matéria,
inclusiva com os conteúdos próprios de sua disciplina, mas considerando os
conhecimentos, a experiência e os significados que os alunos trazem à sala
de aula, seu potencial cognitivo, suas capacidades e interesses, seus
procedimentos de pensar, seu modo de trabalhar. Ao mesmo tempo, o
professor ajuda no questionamento dessas experiências e significados,
provê condições e meios cognitivos para sua modificação por parte dos
alunos e orienta-os, intencionalmente, para objetivos educativos. (idem, p,
30).

Para o professor poder acompanhar a evolução do processo


pedagógico, que ocorre em decorrência da inserção de novas tecnologias deve
buscar juntamente com suas turmas dominar e selecionar os melhores recursos das
tecnologias oferecidas.
Já está demonstrado por muitos estudos acadêmicos que as novas
tecnologias da comunicação e informação, dependendo dos encaminhamentos
dados, favorecem a aprendizagem dos conteúdos escolares, FARIA, parafraseando
Tenório (1998), afirma:

as tecnologias informáticas relacionadas com a questão da cognição são


problemas cujo desvendamento passam pela escola contemporânea,
5

afinada com as relevantes indagações de nosso tempo. Igualmente entende


que a forma de funcionamento dessas tecnologias indica que o feixe de
relações significativas que pode ser construída pelo uso e estudo das
facetas desse objeto é deveras pertinente e relevante na sociedade atual.
(FARIA, 2002, P, 85).

A preocupação com a utilização das novas mídias já era apontado por


Moran desde a inserção destes recursos na educação, que destaca a importância
da adequação da prática dos professores, para não se promover uma mudança
apenas de aparência, seguindo um modismo.

Ensinar com novas mídias será uma revolução, se mudarmos


simultaneamente os paradigmas convencionais de ensino, que mantém
distantes professores e alunos. Caso contrário, conseguiremos dar um
verniz de modernidade, sem mexer no essencial. MORAN, (1998, P, 88)

KENSKI (2003, p. 7) reconhece a importância dos espaços virtuais de


aprendizagem ao afirmar que:

Como um novo espaço possibilitado pelas tecnologias digitais surgem os


ambientes virtuais, uma outra possibilidade que pode existir em paralelo
aos ambientes vivenciais concretos (aqueles nos quais estamos
concretamente presentes e respirando), e se abre para a criação de
espaços educacionais radicalmente diferentes. (KENSKI, 2003, P, 7)

Para Kalinke “A possibilidade de interação com a máquina e de gerar


estruturas que possibilitem efeitos de simulação levam o usuário a tomar contato
com experiências até então inviáveis na prática, ao menos em curto espaço de
tempo”. (2003, p. 43). O autor considera fator de motivação a publicação de
trabalhos dos estudantes ao afirmar

Podemos destacar também a valorização da produção intelectual dos


nossos alunos. Com a possibilidade de publicação dos seus trabalhos e
projetos na Web, abre-se uma nova perspectiva de divulgação dessa
produção, que poderá atingir um grande número de pessoas, fazendo com
que as atividades desenvolvidas na escola sejam conhecidas e se tornem
pontos de referência (positivos ou negativo) sobre determinados assuntos.
(Idem 2003, p. 49)

Como a cada dia surgem novos recursos tecnológicos e principalmente


novas necessidades humanas, a Educação Pós-Moderna necessita ser pensada e
repensada, criticada e avaliada permanentemente a fim de se buscar atingir os
6

objetivos propostos pelas diretrizes da educação. A tecnologia sozinha não promove


nenhum avanço ou melhoria da qualidade da educação. É necessário o
desenvolvimento intelectual dos agentes envolvidos, e principalmente os
professores capacitando-os para o desenvolvimento de metodologias adequadas
para se fazer uso das tecnológicas e dos artefatos tecnológicos disponíveis.
Morin (2001) baliza em “Os Sete Saberes necessários à educação do
futuro”, problemáticas a serem enfrentadas no século XXI, que darão a
fundamentação necessária a este projeto.
Deve ser princípio da educação, o estímulo por todos os meios, o
enriquecimento das linguagens e, com isto, desenvolver a capacidade da
comunicação livre, porém pautada na perquirição dos conhecimentos válidos
fugindo sempre que possível do erro e da ilusão, como afirma Morin:

É necessário introduzir e desenvolver na educação o estudo das


características cerebrais, mentais, culturais dos conhecimentos humanos,
de seus processos e modalidades, das disposições tanto psíquicas quanto
culturais que o conduzem ao erro ou à ilusão.” (2001, p, 14)

É natural no ser humano a classificação das variáveis de suas


experiências, usando-se de conceitos abstratos para classificar e raciocinar sobre
as mais diversas categorias de conhecimentos, estas categorias são sempre
categorias conceituais. Dada a fragmentação e complexidade dos conhecimentos,
estes, portanto, estão sempre sujeitos ao erro. Morin ao analisar esta problemática
humana, define que:

É necessário desenvolver a aptidão natural do espírito humano para situar


todas essas informações em um contexto e um conjunto. É preciso ensinar
os métodos que permitam estabelecer as relações mútuas e as influências
recíprocas entre as partes e o todo em um mundo complexo. (...)
reconhecer a unidade e a complexidade humanas, reunindo e organizando
conhecimentos dispersos nas ciências da natureza, nas ciências humanas,
na literatura e na filosofia, e põe em evidência o elo indissolúvel entre a
unidade e a diversidade de tudo que é humano. (ibdem, 2001, p, 14)

O ser humano, manifesta uma profunda angústia para viver a vida. O


que parece ser importante é aprender a viver, faz tudo o que pode para
compreender a vida, cada um do seu jeito, de modo mais ou menos certo, e cada
ser em si busca viver da melhor forma possível. Morin mais uma vez estabelece
que: “seria preciso ensinar princípios de estratégia que permitiram enfrentar os
7

imprevistos, o inesperado e a incerteza e modificar seu desenvolvimento, em virtude


das informações adquiridas ao longo do tempo”. (ibdem, 2001, p, 16)
Durante muitas décadas de educação formal no Brasil, pode se afirmar
que, a exemplo da maioria das demais nações, o ensino é sempre centrado na
disciplina conteudista, fragmentada tanto pela dicotomização dos conteúdos, quanto
pela divisão do tempo escolar que parece ser mais um elemento que desfavorece a
compreensão, Morin destaca que

A compreensão é a um só tempo meio e fim da comunicação humana.


Entretanto, a educação para a compreensão está ausente do ensino (...)
Considerando a importância da educação para a compreensão, em todos
os níveis educativos e em todas as idades, o desenvolvimento da
compreensão pede a reforma das mentalidades. (ibdem, 2001, p, 17)

Este projeto terá por base fundamental a Teoria da Complexidade, pois


como afirma Morin,

há complexidade quando elementos diferentes são inseparáveis


constitutivos do todo (...), e há um tecido interdependente, interativo e
inter-retroativo entre o objeto de conhecimento e seu contexto, as partes e
o todo, o todo e as partes, as partes entre si. (MORIN, 2001. p. 38)

Embora se busque centrar a pesquisa no rol da disciplina de


Matemática, se buscará compreender a inter-relação das linguagens no sentido de
se estabelecer relação no tecido das interdependências disciplinares usando o
ambiente AVEA-Moodle para este fim.
8

3 MATERIAL DIDÁTICO
Unidade I - Conhecendo o Moodle

Apesar de todos os avanços tecnológicos, o magistério tem sido uma


das profissões que menos aproveita os recursos disponíveis (KALINKE, 2004, p15).
Nesta primeira unidade sobre o uso de um ambiente virtual de ensino
e aprendizagem aplicado na educação básica presencial, vamos conhecer um
pouco sobre o Moodle, que é um projeto de ambientação virtual para ensino e
aprendizagem online, como muitos outros que foram desenvolvidos ao longo da
breve história do uso da Internet como recurso pedagógico prioritariamente voltado
para a EaD. O Moodle se destaca dos demais ambientes por, em primeiro lugar ser
um software livre, ou seja, quem quiser fazer uso dos seus recursos em suas aulas,
não precisa pagar por isso, basta aprender a usá-lo. Outro aspecto muito
interessante é a sua praticidade e facilidade de uso. Uma pequena barra de
ferramentas surge na tela sempre que se ativa o modo de edição. Veja como ela é:

Com apenas estes nove recursos é possível abrir janelas para quase
tudo no ambiente: editar o título, mover para qualquer lado, escrever ou editar um
conteúdo, duplicar, excluir, ocultar, associar a um ou a outro grupo e também atribuir
funções aos usuários.
Como se trata de uma plataforma online, nativo para Internet, sua
configuração básica fica sempre nas mãos de um administrador de cursos, mas
nada impede que seja instalado em um computador pessoal. O professor pode
instalar em seu computador para montar um curso ou uma aula, depois, com o
ambiente pronto, já com todos os conteúdos e encaminhamentos didáticos
estruturados, poderá fazer o upload para um sistema online, carregando em um
servidor na Internet e, com isto, poder cadastrar todos os que participarão do
mesmo.
Breve história do Moodle.

O Moodle é um sistema destinado à criação de atividades


educacionais online. Hoje caracterizado como um ambiente virtual de
aprendizagem. Foi criado em 2001 por Martin Dougiamas. Esta plataforma está em
constante aperfeiçoamento, sua organização e estrutura tem como filosofia a
abordagem construtivista e construcionista da educação.
9

A teoria do construtivismo já é nossa velha conhecida. Entretanto o


Construcionismo, segundo a Wikipédia (http://pt.wikipedia.org/wiki/
Construcionismo):

é uma teoria proposta por Seymour Papert, e diz respeito à construção do


conhecimento baseada na realização de uma ação concreta que resulta em
um produto palpável, desenvolvido com o concurso do computador, que
seja de interesse de quem o produz. A esse termo frequentemente se
associa o adjetivo contextualizado, na perspectiva de destacar que tal
produto - seja um texto, uma imagem, um mapa conceitual, uma
apresentação em slides - deve ter vínculo com a realidade da pessoa ou
com o local onde será produzido e utilizado. O construcionismo implica
numa interação aluno-objeto, mediada por uma linguagem de programação,
como é o caso do Logo.

O Moodle foi projetado em código aberto, livre e gratuito. Apesar de


resguardar os direitos autorais em nome de seu criador, seu código fonte pode ser
alterado ou desenvolvido para atender necessidades específicas de cada escola
instituto de ensino e até mesmo de pessoas e empresas.
A palavra Moodle é um acrônimo de “Modular Object-Oriented
Dynamic Learning Environment”. Há quem diga pela internet que também se trata de
um verbo que descreveria o processo de navegar despretensiosamente em busca
de algo, enquanto se faz outras coisas ao mesmo tempo, mas não encontrei em
nenhum dicionário da língua inglesa, todas as definições encontradas se referiam à
plataforma Moodle.
O quadro a seguir mostra a página inicial de um curso iniciado em
Moodle. Este ambiente criado pela autora deste projeto tem por finalidade
proporcionar aos professores do Colégio João Maria de Barros contato direto com o
ambiente, com todos os seus recursos de edição e configuração disponíveis. Deste
modo acreditamos poder demonstrar na prática a usabilidade didática do mesmo.
10

Fonte: A autora

Acessando o Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem

Para iniciarmos as atividades sobre o ambiente, nada melhor que


passarmos a usar o próprio Moodle para isto.
Digite http://www.edukit.com.br/cursos/course/category.php?id=5 ;
Use o login e a senha que lhe foi fornecido para acessar o ambiente.
Dedique algum tempo para conhecer o Tutorial do Moodle – Versão
Professor, da Universidade Federal de Santa Maria, constante na biblioteca deste
curso. A partir dele é que foram definidas as atividades de fixação e memorização a
seguir:

Tarefa 1: “Explorando alguns recursos de configuração e estrutura”


1- Quando se ativa a função “ativar edição” surgem na tela “ícones”

que permitem fazer todos os tipos de modificações e


inserções de conteúdos, descreva sucintamente as suas funcionalidades.
Respostas:
Da esquerda para a direita (editar título – mover para a direita – mover – atualizar –
duplicar – excluir – ocultar – nenhum grupo – designar funções).

2- A partir da análise do capítulo que trata do trabalho em grupos, descreva


sucintamente como seria possível aos professores do ensino básico trabalhar com
suas turmas, formando grupos para desenvolvimento de projetos.
(Resposta pessoal)
11

3- A partir das orientações do Manual: Quais as caixas de utilidades que posso


adicionar?
Respostas: Poderei adicionar os seguintes recursos: Administração, Atividades,
Calendário,
Cursos, Mensagens, Professor, Participantes e Usuários Online

4- Como se pode perceber existe um ícone muito interessante representado por um

olho que permite disponibilizar ou ocultar os conteúdos. Qual ou quais os


benefícios deste recurso para a prática do professor?
Resposta pessoal

5- Falando sobre avaliação do rendimento dos alunos dentro do AVEA-Moodle,


conheça o recurso escala e faça uma síntese de seu uso e finalmente planeje uma
escala que possa ser usada para avaliação de sua turma.

Para enriquecer sua aprendizagem faça uma pesquisa na Internet em


busca de vídeos sobre o uso do Moodle, existem milhares de manuais, tutoriais,
artigos, dicas, estudos e propostas. Selecionamos um em particular que atende aos
propósitos desta unidade. Veja em: <http://www.youtube.com/watch?
v=3K5oKocEX4E>.

Tarefa 2: - “Explorando alguns recursos de configuração e reconfiguração do


ambiente” (Diário)
O recurso Diário proporciona o desenvolvimento de atividades que se
realiza através da relação professor e educando. São atividades individuais (não
visíveis aos demais), onde o educando deve ser instigado, motivado a dar uma
reposta aos problemas propostos através das problemáticas sugeridas. As
possibilidades de configuração deste recurso são muito ricas e merece maior
atenção por parte dos usuários da plataforma.

Para realizar esta atividade, propomos dois exercícios de reflexão:


12

1) A partir da leitura do item 2.9 do Tutorial – descreva sucintamente como se faz


para disponibilizar arquivos para os estudantes e explique como deve ser
construído o repositório de arquivos do professor .
(Resposta pessoal do cursista)____________________________________.

2) A partir da leitura do item 2.11.17 do Tutorial apresente sucintamente as várias


possibilidades de sua utilização e descreva como este recurso “Questionário”
poderia ser utilizados em suas aulas afim de promover o interesse dos alunos pelo
conteúdo. Justifique sua resposta, indicando, também, como pretende desenvolver
esses conhecimentos.

(Resposta pessoal do cursista)____________________________________.


13

Conhecendo o ambiente AVEA-Moodle, suas possibilidades e desafios.


A) Configurações – Administração
do curso
Ativar e desativar edição;
Escolhedor de Atividades –
Ligado/Desligado;
Editar configurações:
Inscrição de usuários
Métodos de inscrição;
Grupos
Permissões
Outros usuários
Filtros
Notas
Backup
Restaurar
Importar
Reconfigurar
Banco de questões

Além destes recursos do administrador, ainda existe a possibilidade de


se mudar de papel, ou seja, o professor que está criando o curso, pode a qualquer
momento, deixar de acessar o ambiente no modo Adm para, por exemplo, ver como
o ambiente está aparentando para o estudante. Basta clicar em Mudar papel para: e
escolher dentre as opções oferecidas Estudante no menu e poderá saber como o
estudante verá o ambiente.

A plataforma Moodle, é muito rica em recursos para diversas


possibilidades de atividades, desenhada para promover de forma leve e fácil o
14

ensino e a aprendizagem. Essa é a filosofia do projeto Moodle. Como é possível


perceber pela leitura das referências constantes na biblioteca, a importância de se
conhecer um pouco mais a sua arquitetura. Para isto vamos primeiro falar sobre o
que são Recursos e o que é Atividade.
Recursos: são as funcionalidades que o professor criador do ambiente
proporciona aos seus alunos. Ou seja, tudo aquilo que os
alunos podem usar do ambiente para desenvolver suas
atividades.
Atividades: é tudo que o professor-tutor ou o responsável pedagógico
pelo ambiente cria com a finalidade que requeira uma “ação”
dos alunos, ou seja, eles precisam, ao manipularem os
recursos, desenvolver as atividades propostas.

Os recursos do ambiente são: Arquivo, Conteúdo do pacote IMS, Livro,


Página, Pasta, Rótulo e URL.

As atividades são: Base de Dados, Chat, Escolha, Ferramenta Externa,


Fórum, glossário, Laboratório de Avaliação, Questionário, SCORM/AICC, Tarefa e
Wiki.
15

Observem que tanto os recursos quanto as atividades são acessadas


através do clique em um combo, que se estende para baixo ou para cima abrindo
acesso aos recursos ou atividades possíveis, depois basta selecionar o que se
planejou utilizar e completar os seus campos.

Porque criar um curso presencial em AVEA?

Depois de termos feito um pequeno passeio pelos recursos do


AVEA-Moodle e começarmos a ter uma noção de suas possibilidades para uso em
sala de aulas, agora vamos nos dedicar em aprender como criar um curso usando
sua estrutura para Educação a Distância em curso presencial. Para Rostas &
Rostas (2009, p. 149)

Os registros em um ambiente de aprendizagem, no nosso caso em AVA,


servem para oferecer referenciais de reflexão para o professor. Mesmo não
o utilizando em uma educação a distância, é possível perceber as
possibilidades, às vezes também os limites, do educador que faz uso de
tecnologias para tornar a aprendizagem de sues alunos mais significativas.
(2009, p. 149)
16

O Moodle, como basicamente todos os AVEAs que existem, apenas


reproduz aquilo que for inserido, logo, para se produzir um curso ou uma aula com
recursos multimídia, ou seja, inserção de textos, vídeos e áudios é necessário
também saber usar os recursos de outros softwares disponíveis; aqui reside um
problema que será abordado na unidade 3, o problema dos direitos autorais.
17

4 ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS
Unidade II - A metodologia de projetos

Depois de muita análise e reflexão sobre qual seria a metodologia a


ser aplicada no uso do AVEA-Moodle na educação básica presencial, seja no ensino
fundamental ou médio, concluímos que a Metodologia de Projetos atende
perfeitamente as nossas expectativas.
Recomendamos aos professores interessados em usar esta ferramenta
em suas aulas, que antes aprofundem mais seus conhecimentos sobre esta
metodologia, pois de acordo com Oliveira:

o aluno precisa ser motivado para a aprendizagem; o conhecimento se dá


na relação sujeito-objeto-realidade e pela ação do educando sobre o objeto
de estudo, com a mediação do professor, e não pela ação do professor e
pela simples transmissão. O aluno traz uma bagagem cultural que precisa
ser valorizada; o trabalho em sala de aula tem uma dimensão coletiva, as
atividades de grupo devem ser tidas como atividades colaborativas, e os
educandos devem ser colocados em situações de pesquisa que,
pedagogicamente, são mais enriquecedoras.(2006, p, 4).

A motivação para a aprendizagem é o grande desafio de todos os


professores e este desafio parece ainda maior quando se tem que motivar o
estudante para a pesquisa, ou seja, buscar construir o seu conhecimento a partir de
outras fontes alem dos conteúdos constantes nos livros didáticos. Assim, parece ser
necessário que o professor estruture seu conteúdo em forma de problema,
instigando os estudantes para a construção de seus próprios conhecimentos
através das respostas possíveis encontradas para a resolução do problema, pois
como ensina Antunes:

A essência e chave do sucesso de um Projeto é que representa um esforço


investigativo, deliberadamente voltado a encontrar respostas convincentes
para questões sobre o tema, levantadas pelos alunos, professores, ou pelos
professores e alunos juntos e eventualmente funcionários da escola, pais e
pessoas da comunidade escolhidas por amostragem. (2002, p, 15)

Para atender adequadamente a esta metodologia é importante


inicialmente, que o professor demonstre a seus alunos o que é um problema e o que
são problemáticas, assim, ficará mais fácil conduzir o projeto para o resultado
esperado.
Para exemplificar a diferença entre problema e problemática,
apresentamos a seguir um quadro pinçado do livro A Construção do Saber: Manual
18

de metodologia da pesquisa em ciências humanas, uma definição simples e


esclarecedora do processo de problematização.

Fonte: (Laville e Dionne, 1999, p, 98)

Adotamos aqui o binômio, problema e problemática por estes já serem


conceitos bem definidos e aceitos pela metodologia da pesquisa científica. Todavia, para
efeito de informação apenas, há que se saber que outros autores falam em quadro de
referência, há os que conceituam como quadro conceitual ou ainda quadro
epistemológico, em lugar de problemática. Mas este não é nosso objetivo aprofundar
aqui.

Atividade avaliativa no recurso diário


Acesse o material “O ambiente virtual de aprendizagem (moodle)
como ferramenta auxiliar no processo ensino-aprendizagem: uma questão de
comunicação” de Márcia Helena Sauáia Guimarães Rostas e Guilherme Ribeiro
Rostas e faça uma análise sobre as novas possibilidades de ensino e
aprendizagem que o Moodle oferece à educação presencial. A sua análise
deverá considerar:

• Os apontamentos dos autores quanto ao uso do AVEA-Moodle na educação


presencial;
• Os exemplos e as possibilidades indicadas no supracitado ensaio;
• Seu posicionamento pessoal sobre as vantagens (ou desvantagens) que
esses espaços podem apresentar para a educação presencial.
19

Seu texto deve apresentar até 30 linhas (considerando a formatação


do recurso diário). Lembre-se que no diário o professor-tutor fará observações
sobre a sua produção e você poderá alterá-la, caso haja necessidade.

Unidade III - Direitos autorais

Depois de termos feito o reconhecimento do Moodle e suas


possibilidades pedagógicas é importante considerarmos a questão dos direitos
autorais. Não é ético nem tem guarida legal usar qualquer recurso produzido por
terceiros sem autorização. Nem tampouco fazer uso de softwares proprietários, sem
a devida licença de uso. Por exemplo, podemos usar um software de edição de
vídeo sem licença, “pirata”, para editarmos um vídeo de uma festinha de aniversário
que vai ser distribuído apenas para os familiares. Este tipo de uso não implica em
nenhuma ilegalidade, a ilegalidade reside em produzir um vídeo com finalidades
profissionais. Neste caso recomenda-se providenciar o registro do produto para se
ter direito de uso, de acordo com os termos constantes no produto.
Por outro lado, se se pesquisar bem, é possível encontrar ótimos
softwares para edição de textos, imagens, vídeos e áudios em Software livre, ou
seja, o interessado pode usar livremente sem ter que pagar Royalties a seu criador.
Todas estas informações são necessárias para não gerar frustrações depois.

Uma dica! Uma fonte muito rica de recursos compatíveis com o


Moodle desenvolvidos em Software Livre é a comunidade
Moodle na Internet, daa qual qualquer interessado pode
participar, existe a comunidade oficial do Moodle e outras
tantas que vamos nos limitar em recomendar pesquisa na
internet, verão que existem muitas coisas boas por lá.

Com o desenvolvimento dos meios de comunicação e a facilidade que


se atingiu para acessar os mais diferentes e diversos materiais, o problema da
cópia, do plagio tornou-se mais evidente. Para regulamentar o uso destes materiais
e garantir sua autoria e o direito do autor, foi sancionada a Lei n 9.610/1998,
disponível em http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/l9610.htm, cujo conhecimento tanto por professores e estudantes é
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fundamental para se promover a cultura da ética e responsabilidade sem infringir


nenhum direito de terceiros.
Atividade. Diário
Acesse o livro digital Direito Autoral: Perguntas e respostas
constante na biblioteca do curso e também online em <http://www.bibliotecavirtual.
celepar.pr.gov.br/arquivos/File/Livros/Direito/LivroDireitoAutoral.pdf> para
apresentar sua opinião sobre o tema em até 15 linhas:
a) Como é caracterizado o direito autoral?
b) Quais são os direitos morais do autor?
c) Em que se diferencia o direito moral do direito patrimonial?
d) Por que se caracteriza crime copiar obras intelectuais?

Atividade no Fórum de discussão:

Procure ler com atenção o livro digital Direito Autoral: Perguntas e


respostas para discutir com os demais colegas do curso sobre a seguinte situação:
a) Um professor elabora algumas aulas multimídia fazendo uso de
softwares proprietários sem a devida licença, ou seja, “pirata”. Este
professor está cometendo um ilícito civil e criminal? Por quê?
b) O estudante que faz uso de softwares “piratas” para desenvolver suas
atividades escolares enquadra-se no ilícito civil e criminal? Justifique.
c) O estudante que se apropria de trabalho intelectual de terceiros, copiado
da Internet ou de qualquer outro lugar, enquadra-se também no ilícito
civil e criminal? Justifique.

Depois que você postar a tua participação no fórum será possível ver o
que os demais colegas postaram, interaja com no mínimo dois colegas sobre o
assunto.
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5 AVALIAÇÃO PARCIAL DOS ASPECTOS POSITIVOS OU NEGATIVOS DA


PROPOSTA

Depois de ter tido contato com o Projeto: Ambiente Virtual de Ensino e


Aprendizagem: Uso do Moodle para ampliar os recursos didáticos dos professores
da Educação Básica. através de sua leitura e análise e ter exercitado diretamente
com os recursos do Ambiente em
<http://www.edukit.com.br/cursos/course/view.php?id=26>. Elencar, em sua opinião,
os pontos positivos e negativos do projeto.

Positivos
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Negativos
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Se considerar viável a proposta justifique, em até 5 linhas.


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Se considerar inviável a proposta justifique, em até 5 linhas.


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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Numa época em que se discute “Partícula Deus” (God Particles) ou


“Partícula de Deus”, mais precisamente o Bóson de Higgs, projeto que vem sendo
desenvolvido pelo CERN, (Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire), onde o
conhecimento já conquistado vai além de nossa própria imaginação e compreensão,
época de grandes transformações mundiais. Não podemos nos furtar de pensar a
nossa prática considerando a inserção de novos meios de comunicação para se
propiciar aos educandos meios mais fáceis de acesso ao conhecimento.
Hoje o professor conta com a maior biblioteca caótica que há 10 ou 15
anos não era possível sequer imaginar – a internet. Tudo mudou quando os
professores passaram a perceber que podiam usar de tudo na web, porém, como
fazer isto corretamente deve ser o problema a ser enfrentado e sempre que possível
solucionado.
Com os poucos exercícios e atividades aqui propostas não foi nosso
objetivo oferecer um curso completo sobre as possibilidades do Ambiente Moodle,
mesmo porque isto é basicamente impossível dado a evolução diária do ambiente. A
nós, neste contato com a plataforma, coube apenas conhecer e refletir sobre a
viabilidade ou não de sua utilização para complementar e enriquecer a nossa
prática com os mais novos recursos de um Ambiente Virtual de Ensino e
Aprendizagem.
O mundo se reorganiza para formar uma sociedade conectada, As
redes sociais expandiram-se atendendo a esta necessidade humana. Além das mais
conhecidas e populares existem ainda as específicas: “comunidades de prática”,
“grupos temáticos”, “grupos de discussões”, tudo isto interagindo-se com o modo de
conhecer e aprender de cada indivíduo.
A criação de aulas em ambiente virtual, interativo dentro deste
contexto pode ser considerada como instigante devido as possibilidades oferecidas
ao educando. O acesso do conteúdo de aprendizagem de qualquer ponto em que
se estiver conectado, só isto talvez já bastasse para estimular a produção de aula
nestes ambientes, mas resta aos professores e professoras dominarem a
ferramenta. Aprender a preparar aulas usando um softwtare com o Moodle,
conhecendo os seus recursos, possibilidades e limitações é hoje uma necessidade
profissional.
23

7 REFERÊNCIAS

ALMEIDA, F. J. et al. Educação e informática: Os computadores na escola. São


Paulo: Cortez. 2006. (Coleção Questões de nossa época; v. 126).

ANTUNES, Celso. Um método para o ensino fundamental: O Projeto. 3 ed.


Petrópolis: Vozes, 2001.

BRANCO, Eguimara Selma, CANTINI, Marcos Cesar e MENTA, Eziquiel.


Investigando o uso de tecnologias nas escolas públicas estaduais do Paraná.
10 Congresso Nacional de Educação – EDUCERE. Disponível em:
<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/
materiais/0000016199.pdf> Acesso em 31 mar. 2013.

CAPRA, Fritjof. As conexões ocultas: Ciência para uma vida sustentável. Trad.
Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: Cultrix, 2005.

DUARTE, Eliane Cordeiro de Vasconcellos e PEREIRA, Edmeire Cristina. Direito


Autoral Perguntas e respostas. Org. Curitiba; UFPR. 2009. Disponível em:
http://www.bibliotecavirtual.
celepar.pr.gov.br/arquivos/File/Livros/Direito/LivroDireitoAutoral.pdf Acesso em: 10
jul 2013.

KALINKE, Marco Aurélio. Internet na Educação. Curitiba: Chain, 2003.

________. Para não ser um professor do século passado. Curitiba: Chain, 2004.

LIBÂNEO, José Carlos. Adeus professor, adeus professora? Novas exigências


educacionais e profissão docente. 13ª Ed. São Paulo: Cortez, 2011 (Coleção
Questões da nossa época; v. 2).

MORIN. Edgar, Os sete saberes necessários à educação do futuro. Trad.


Catarina Eleonora F. da Silva e Jeanne Sawaya. 3 ed. São Paulo: Cortez; Brasília,
DF: UNESCO, 2001.

________.Complexidade e liberdade Disponível em:


<http://www.teoriadacomplexidade.com.br/textos/teoriadacomplexidade/
Complexidade-e-Liberdade.pdf> Acesso em 31 mar 2013.

LAVILLE, Christian, DIONNE, Jean. A construção do saber: Manual de


metodologia da pesquisa em ciências Humanas; trad. Heloísa Monteiro e Francisco
Settineri. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.

MORAN, José Manuel. TV e Informática na Educação. Série “Salto para a Futuro”,


Brasilia: MEC/SEED. 1998.

OLIVEIRA, Cacilda Lages - Significado e Contribuições da Afetividade, no


contexto da Metodologia de Projetos, na Educação Básica, dissertação de
mestrado – Capítulo 2, CEFET-MG, Belo Horizonte-MG, 2006. Disponível em:
http://www.tecnologiadeprojetos.com.br/banco_objetos/
24

%7B28A0E37E-294A-4107-906C-914B445E1A40%7D_pedagogia-metodologia.pdf
Acessado em: 10/11/2013.

PARANÁ (Estado) Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Sistema de


Bibliotecas: Normas para elaboração de trabalhos acadêmicos. Paraná, 2008.
122 p. (Normas).

PEREIRA, Leila R. F. Revistas Eletrônicas: Uma proposta Pedagógica. 2005. 226


f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Educação) Universidade Internacional,
Lisboa, Portugal, 2005.

SOTO, U, orgs. Linguagem, Educação e Virtualidade [online] São Paulo: UNESP;


São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009. Disponível em:
<http://books.scielo.org/id/px29p/08> Acesso em: 20 nov 2013.

TAJRA, Sanmya Feitosa. Internet na Educação. O professor na era digital. São


Paulo: Érica; 2004.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA. Tutorial do Moodle Versão


Professor. FNDE. Ministério da Educação. Disponível em:
<http://cead.ufsm.br/tutorial/tutorialProfessor.pdf>, Acesso em: 10 jul. 2013.

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