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Enquanto Antonil entendia os escravos como “pés e mãos do senhor de engenho”, Jorge
Benci, também jesuíta, entendia a escravidão (como Vieira) como social, e não como natural.
Por considerar, ao mesmo tempo, inevitável, buscava regrá-la. Em seu Economia cristã dos
senhores no governo dos escravos – reunião de quatro sermões proferidos em Salvador – Benci
defendia que, para ser um bom cristão, os senhores deveriam zelar por seus servos: “assim como
o servo está obrigado ao senhor, o senhor está obrigado ao servo”. Que eram deveres do senhor
dar “pão, ensino e trabalho” aos servos. Analogamente, aos escravos, recomendava “sustento,
vestido e moderação no trabalho” – ao entender que a escravidão era algo mais perto da morte
do que da vida.